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OPERAÇÃO NA FAZENDA NOSSA SENHORA DO

PERPÉTUO SOCORRO

RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS ATRAVÉS DO

PLANTIO DE ESPÉCIES NATIVAS

SÃO PAULO

Julho de 2009 2

premissas gerais da operação

A operação na Fazenda Nossa Senhora do Perpétuo Socorro envolve atividades para a

recuperação de áreas degradadas no estado do Pará através do plantio de espécies nativas

com interesse comercial, envolvendo uma área bruta de 128 ha (100% das áreas já

degradadas), onde 97 ha estão sendo recuperados através do plantio de aproximadamente

160.000 mudas em áreas de RL - Reservas Legais e AUAS - Áreas de Uso Alternativo de

Solo, conforme denominação na legislação ambiental. Os principais objetivos da operação

são:

ͻ A recuperação de áreas degradadas com o plantio de espécies florestais nativas,

visando agregar valor ambiental à propriedade;

ͻ A comercialização da produção de madeira, oriunda tanto da área de uso

alternativo do solo como da área de Reserva Legal recuperada, gerando benefícios

econômicos que garantam sua viabilidade;

ͻ A instalação de experimentos aplicando os conhecimentos do plantio comercial

tradicional de Eucalipto e pinus visando o desenvolvimento da silvicultura de

espécies nativas para produção comercial de madeira;

ͻ O desenvolvimento de pesquisa e desenvolvimento através de convênios com

instituições de pesquisas (EMBRAPA, dentre outras) e escolas florestais existentes

na região amazônica (UFRA - Universidade Federal Rural da Amazônia).


O modelo de operação baseia-se em que a AMATA seja responsável pela gestão de todas as

atividades operacionais, contratando EPS ʹ Empresas Prestadoras de Serviços e consultores

em algumas atividades, além de convênios com escolas, instituições de pesquisas e ONGs ʹ

Organizações Não Governamentais.

justificativas

Existe grande quantidade de áreas alteradas, degradadas, e de Reserva Legal no Estado do

Pará, principalmente na Zona de Consolidação e Expansão de Atividades Produtivas, que

necessitam ser recuperadas ambientalmente e sejam integradas à geração de benefícios

econômicos e sociais.

É premente a necessidade do desenvolvimento de atividades que diminuam a pressão

sobre as florestas nativas e que evitem a conversão de novas áreas e o aumento da

quantidade de áreas alteradas e degradadas.

A demanda por madeira para utilização industrial ou energética é grande e crescente no

Estado do Pará, principalmente devido à relevância do setor florestal para a economia

estadual.

O Brasil é referência mundial na silvicultura de espécies exóticas de rápido crescimento,

notadamente pinus e Eucalipto, que representam 93,1% das plantações florestais 3

brasileiras

Ao lado das condições ambientais do país, esta posição foi conquistada por .

décadas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, melhoria do nível dos profissionais,

através de sólidos programas de treinamento e capacitação, e de sistemas de gestão

florestal.

O país conta com várias espécies nativas com potencial silvicultural, com crescimento

similar ou superior às espécies exóticas quando do início de seu cultivo no país e cuja
silvicultura precisa ser desenvolvida em escala comercial e empresarial. Funcionando,

desta forma, como real alternativa ao desmatamento e como fonte segura e sustentável

de matéria-prima para a indústria de base florestal.

Portanto, a necessidade de desenvolvimento tecnológico para que tais espécies alcancem

as produtividades e custos dos plantios de Eucalipto e pinus é evidente.

Dentro deste contexto, o presente projeto tem como principal objetivo o plantio de

espécies nativas em áreas degradas, com a finalidade de produção de madeira para

industrialização e fins energéticos, gerando benefícios ambientais, econômicos e sociais.

caracterização do meio físico

solo

A análise de solos e clima é fruto do trabalho intitulado ͞Potencial dos Solos na Região

Nordeste do Pará para Reflorestamento͟ contratado pela AMATA e realizado em dezembro

de 2008, por uma equipe da FUNPEA e UFRA composta pelo Prof. Dr. Marcos André

Piedade Gama da UFRA, pelo graduando em engenharia florestal da UFRA Jonas Elias

Rocha e pelo mestrando da UFRA, engenheiro agrônomo Gilson Sergio Bastos de Matos.

Os resultados das amostras de solos retiradas pela equipe de pesquisadores da UFRA

mostraram os seguintes resultados:

ͻ Tradagem até 1 m de profundidade, com alguma dificuldade/resistência entre 30 a

40 cm;

ͻ Não há evidências de horizontes com concreções ferruginosas até a profundidade

avaliada;

ͻ Nas áreas que estão com uso de pastagem há uma aparente compactação do solo,

principalmente na superfície, o que se deve basicamente ao pisoteio de animais

nessas áreas;

ͻ A avaliação sugere que os solos sejam de textura média (teores de argila entre 15 e
35%);

ͻ A profundidade de subsolagem, em solos com essas características, para

reflorestamento não deve ser superior a 60 cm;

ABRAF. Anuário Estatístico da ABRAF: ano base 2008 / ABRAF. Brasília, 2009. 4

ͻ Há pontos em que ocorrem concreções ferruginosas acentuadas.

Os resultados da granulometria estão indicados na tabela 1.

Tabela 1. Resultados da granulometria.

clima

De acordo com Köppen, o clima na região do município de Castanhal (PA) é Am1

(equatorial megatérmico úmido), apresentando temperatura média de 25ºC com picos

máximos de 40ºC. A temperatura varia muito pouco e o índice pluviométrico apresenta

média de 2.200 mm por ano, chove muito na região e a umidade relativa do ar permanece

entre 85% e 90% ao longo do ano. A época de maior chuva acontece entre dezembro e

maio, e o período menos chuvoso vai de junho a novembro.

O IBGE (2002) classifica a região como Clima Equatorial, considerado quente (média >

18°C em todos os meses do ano) com 1 ou 2 meses de seca no ano.

A precipitação é mais acentuada entre os meses de dezembro a junho, com picos nos

meses de março e abril, sendo isso variável de acordo com a localização do município. No

geral observa-se que o plantio das espécies florestais sem a utilização de sistemas de

irrigação deve ser concentrado nesse período, como maior garantia de sobrevivência das

mudas no campo.

A Temperatura Média Anual está em 25-26ºC, a Umidade Relativa Média Anual entre 85 e

90 %, e a Insolação Média Anual entre 2.000 e 2.200 horas.


O clima predominante na região da Fazenda Cauã, segundo o método de Köppen, é do tipo

Am (Am1):

ͻ Subtipo Climático ͞Am͟: Apresenta característica de clima de monção, com

moderada estação seca e ocorrência de precipitação média mensal inferior a 60

mm. É considerado um clima intermediário entre ͞Af͟ e o ͞Aw͟. Na sua variação

Am1, este subtipo é caracterizado por apresentar precipitação pluviométrica média

anual superior a 3000 mm. 5

Figura 1: Variáveis climatológicas da mesorregião Nordeste do Estado do Pará: a)

Temperatura média, b) Umidade Relativa, c) Insolação média, e d) Classificação climática.

hidrografia

A região do município de Castanhal-PA não abarca nenhum rio de grande expressão

Estadual (Erro! Fonte de referência não encontrada.), no entanto, na escala municipal,

o principal rio é o Inhangapi, localizado ao Sul, constituindo-se parte do limite entre

Castanhal e o município de Inhangapi e tendo como foz o rio Guamá. Em seu percurso,

pela margem direita, seus afluentes são os igarapés Tauari e Pitimandeua, este fazendo

limite parcial ao Sul, com Inhangapi e o rio Apeú, que nasce a Noroeste da sede do

Município e tem como afluentes os igarapés Macapazinho, Castanhal e Americano, este

último fazendo limite, a Sudoeste, com o município de Santa Izabel do Pará. Pela sua

margem esquerda, seus afluentes são os igarapés São Lourenço e Timboteua. A Leste os

rios Braço direito do rio Marapanim e seu afluente Caranã, constituem-se na divisa do

município São Francisco do Pará e ao Norte, o rio Braço Esquerdo do Marapanim, faz limite

com o município de Terra Alta e, a Noroeste, com o município de Vigia.

topografia

A altitude média do município de Castanhal é de 50 metros, não possuindo acidentes

geográficos expressivos, alcançando, entretanto, em alguns pontos até 75 metros de 6


altitude, o que vem colocá-lo, entre os municípios de maiores altitudes da Zona

Bragantina. A região situa-se em uma zona com altitudes variando de 0 a 100 metros, de

acordo com levantamento feito pelo IBGE em 2005 (Fonte: IBGE, 2005.

Figura 2). A topografia da Fazenda Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é suave ondulada.

Fonte: IBGE, 2005.

Figura 2: Mapa físico da região Norte, enfoque região Belém-Castanhal/PA

meio biológico

vegetação

A vegetação originalmente representante da região do município de Castanhal, e

conseqüentemente da Fazenda Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, é a Floresta Ombrófila

Densa ou Floresta Tropical Pluvial, no entanto, atualmente a região encontra-se

antropizada, com predominância de vegetação secundária e atividades agrárias.

fauna

O ecossistema do Pará apresenta a biodiversidade característica da região amazônica,

onde já foram catalogadas mais de duas mil espécies de peixes, cerca de 950 espécies de

pássaros, 300 espécies de mamíferos e cerca de 10% de todas as espécies de plantas

existentes na Terra (http://www.istoeamazonia.com.br).

Podemos citar como exemplos de animais típicos da floresta amazônica: macacos, cobras,

marsupiais, tucanos, pica-paus, roedores, morcegos entre outros, sendo que, alguns deles

encontram-se na lista brasileira de animais em extinção.

Na região da fazenda, ou seja, ao norte do município de Castanhal (PA), de acordo com o

mapeamento dos animais com risco de extinção em todo o território nacional divulgado 7

pelo IBGE nos anos de 2005, 2006 e 2007, nenhuma ave, mamífero, réptil, anfíbio, insetos

ou outros invertebrados terrestres que estejam em risco de extinção foram identificados.

A região mais próxima da fazenda, que possui animais nesta lista, fica ao sul da região da
fazenda, na região entre o rio Guamá e o rio Capim, distante da fazenda, cerca de 110 km

em linha reta. Esta região apresenta a ave Procellaria aequinoctialis como espécie em

perigo de extinção, os felinos Leopardus tigrinus, Leopardus wiedii e Panthera onca como

espécies vulneráveis a extinção, e a aranha Taczanowskia tribolata como espécie extinta.

a fazenda

A Fazenda Nossa Senhora do Perpétuo socorro está localizada na cidade de Castanhal,

Estado do Pará - suas coordenadas geográficas são 048º29͛20.2 Latitude Oeste e

01°27͛08.9͟ Longitude Sul, distante 97 km da capital, Belém. O acesso pode ser feito pela

BR 361 ʹ rodovia Federal de pista dupla que liga a cidade de Castanhal à capital. São 65

km de rodovia e mais 35 km até a porteira da fazenda. Este último acesso é feito pela PA

136 .

O processo de compra da fazenda foi criterioso, incluindo visitas a 12 propriedades

diferentes nas proximidades da Grande Belém e mais de 2.000 km rodados em 50 dias. As

principais premissas para a tomada de decisão foram preço da terra, clima, características

físico-químicas do solo, que interferindo diretamente na produtividade da floresta,

disponibilidade de mão-de-obra, disponibilidade de tecnologia florestal, risco institucional

e presença de ONGs locais.

arredores da fazenda

As cidades ao redor da fazenda Cauã são Terra Alta, localizada a 10 km de distância, com

10.000 habitantes e Castanhal, distante 27 km, com uma população totalizando 140.000

habitantes. A economia da região é basicamente pecuária, com produção baseada em

pequenas e médias propriedades (50 ha to 1.500 ha).8

Fonte: AMATA.

Foto 1. Mudas de espécies nativas em viveiros de fornecedores de Castanhal.

licenciamento da propriedade
O licenciamento é feito em duas frentes: uma fundiária outra ambiental.

Na parte fundiária, o requisito é a regularização fundiária da propriedade através do

cadastramento do imóvel rural no INCRA

para obtenção do CCIR

3.

Para tal, é necessária o

a realização do georreferenciamento geodésico dos limites da propriedade por profissional

credenciado junto ao órgão.

Na parte ambiental, os requisitos de licenciamento são o CAR ʹ Cadastro Ambiental Rural e

a LAR ʹ Licença de Atividade Rural junto à SEMA ʹ Secretaria de Estado e Meio Ambiente do

INCRA ʹ Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

CCIR ʹ Certificado de Cadastro de Imóvel Rural. Documento emitido pelo INCRA que

comprova o cadastro do imóvel no Sistema Nacional de Cadastro Rural. Portanto,

imprescindível para o registro da propriedade em cartório, para inventários, para o acesso a

financiamentos e créditos rurais e para a aposentadoria rural. Por isso, somente com o

cadastramento do imóvel rural, o proprietário obterá o CCIR. 9

Pará. O CAR refere-se às ao georreferenciamento do uso do solo da propriedade, incluindo

os limites das áreas de Reserva Legal e Preservação Permanente.

É fundamental a distinção entre as áreas degradadas e os remanescentes florestais.

Adicionalmente, é necessária a delimitação e averbação da área de Reserva Legal junto à

matrícula do imóvel, após aprovação do órgão ambiental. O CAR não autoriza qualquer
atividade na área, visto que mesmo as áreas sem fins econômicos devem ser cadastradas,

e não representa atestado de regularidade fundiária como substituto do CCIR. Em suma, a

CAR apenas atesta a regularidade ambiental da propriedade passível de licenciar uma

atividade rural, sendo pré-requisito para obtenção da LAR.

A LAR refere-se ao licenciamento ambiental da atividade propriamente dita, isto é, do

plantio (reflorestamento) de espécies nativas, deve ser renovada anualmente. Os pré-

requisitos para obtenção da licença são o CAR e apresentação do projeto técnico da

atividade, que contempla: a caracterização dos meio físico e biológico, a descrição do uso

do solo da propriedade e o programa de reflorestamento.

Figura 3. Pré requisitos para o licenciamento da propriedade. 10

Figura 4. Modelo de uso do solo em propriedade com 50% da área de Reserva Legal. 11

ͻTreinamento

ͻ Manutenção mecânica

ͻ Desenvolvimento operacional

ͻ Pesquisa aplicada

ͻ Suprimentos

ͻ Recursos Humanos

ͻ Monitoramento do FSC

PLANEJAMENTO E TECNOLOGIA

ͻ Definição dos Procedimentos Operacionais

ͻ Geoprocessamento

ͻ Planejamento de estradas e talhões

ͻ Conservação de solos

ͻ Análise de solos e definição da adubação

ͻ Definição de material genético


ͻ Produção de mudas

ͻ Estabelecimento do cronograma de atividades

ͻ Construção de aceiros e caixas de contenção

ͻ Controles operacionais

PLANTIO

MANUTENÇÃO

PRÉ PLANTIO

ͻ Limpeza de área

ͻ Combate as formigas e cupins (área total)

ͻ Combate as daninhas (em área total)

ͻManutenção dos aceiros e estradas

ͻ Controle de formigas

ͻ Controle de daninhas

ͻ Monitoramento e controle de pragas e

doenças

ͻ Prevenção e controle de incêndios

ͻ Inventário florestal

ͻ Subsolagem e adubação base

ͻ Coveamento manual ou mecânico

ͻ Plantio das mudas

ͻ Irrigação

ͻ Replantio

ͻ Combate as formigas (ronda)

ͻ Combate as daninhas (linha e entrelinha)

ͻ Monitoramento de pragas
ATIVIDADES DE APOIO

COLHEITA E TRANSPORTE

ͻRoçadas pré-corte

ͻ Manutenção de estradas

ͻ Corte e traçamento

ͻ Arraste ou baldeio

ͻ Carga e transporte

ͻ Movimentação em pátios

ͻ Abastecimento de picador

Figura 5. Fluxo operacional de plantios de nativas.

projeto técnico operacional

objetivos

Planejar o uso e ocupação da fazenda Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizada no

município de Castanhal (PA), limítrofe a fazenda Cauã (Figura 6) abordando:

Alocação das áreas de preservação permanente;

Definição do número, tamanho e localização de talhões;

Distribuição de espécies e espaçamento;

Alocação de Reserva legal.

Instruções gerais para a instalação dos ensaios de pesquisa. 12

Figura 6: Localização das fazendas Cauã e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.13

uso atual do solo

A fazenda Nossa Senhora do Perpétuo Socorro possui uma área total aproximada de 128

ha, distribuídos em áreas florestadas (19,87 ha), áreas com benfeitorias e estradas (1,3

ha), áreas alagadiças em regeneração (17,18 ha) e áreas não florestadas (89,53 ha), ver

Tabela2 e Figura 7.
Tabela 2: Distribuição do uso do solo atual da fazenda (áreas em hectare).

RL 50% RL 80%

Uso do solo

Área total da fazenda 127,88

Área desflorestada (exceto sede e

estradas) 89,53

Sede e estradas 1,30

Área florestada total 19,87

Área alagadiça em regeneração 17,18

Passivos e AUAS

Área de uso alternativo do solo (AUAS) 47,76 25,576

APP total 16,18

APP degradada 8

APP em recuperação 3,3

APP florestada 4,88

Reserva legal total necessária 63,94 102,304

Reserva legal composta 15,17

Reserva legal a ser composta 48,77 87,14

Desta forma, faz-se necessário o isolamento de áreas de preservação permanente,

determinação da área de Reserva Legal e talhonamento da fazenda. 14

Figura 7: Uso atual do solo.

Legenda

Nascente

Hidrografia

Benfeitoria
Estrada

APP florestada

APP em recuperação

APP degradada

Área com solo horizonte concrecionário

Área alagadiça em recuperação

Área florestada total

Área deflorestada

Limite da Fazenda15

talhonamento

A fazenda será subdividida em sete talhões conforme figura e tabela abaixo, isolando-se as

áreas de preservação permanente e áreas com vegetação natural.

Quatro experimentos serão conduzidos, distribuídos nos 7 talhões e a zona mais próxima

ao curso d͛água, compreendendo teste entre diferentes espaçamentos, limpeza de área,

consórcio entre espécies e plantio de espécies exóticas.

Tabela 3. Talhonamento da fazenda.

Talhão 1 Talhão 2 Talhão 3 Talhão 4 Talhão 5 Talhão 6 Talhão 7

Experimento Espaçamento Limpeza

Exóticas

(Eucalipto, Nim e

Mogno africano)

Consórcio spp

Consórcio

spp

Consórcio
spp

Consórcio

spp

Área bruta (ha) 28,25 15,45 1,90 15,92 15,48 2,36 1,99 ha

Uso AUAS AUAS AUAS RL RL RL RL

Legenda

Nascente

Hidrografia

Benfeitoria

Estrada

APP florestada

APP em recuperação

APP degradada

Área alagadiça em recuperação

Área florestada total

Área deflorestada

Talhao

Limite da Fazenda

Figura 8. Delimitação dos talhões, APP͛s, RL e áreas com vegetação natural na fazenda.16

Cada talhão será subdivido em zonas correspondentes aos tratamentos de cada

experimento, e terão áreas variáveis conforme o talhão e o tratamento aplicado,

conforme a figura abaixo.

Figura 9. Subdivisão dos talhões por experimento.17

instalação e identificação de talhões e tratamentos

a. A instalação dos talhões em campo deverá prever a construção de aceiro de 6


metros entre talhões, entre o talhão e a floresta nativa, áreas de preservação

permanente florestadas ou não florestadas, vizinhos e estradas, conforme esquema

abaixo.

Figura 10. Instalação e identificação de talhões e tratamentos.18

b. Todos os talhões devem ser identificados com um mourão de madeira de 1,50 m.

que deverá ser enterrado 0,60 cm no solo, conforme exemplo ao lado, com o

número do talhão e a data do plantio (dia ʹ mês e ano).

Foto 2. Identificação de um talhão da fazenda.

c. Cada um dos testes deverá ser identificado com uma placa metálica medindo 1,50

m X 0,60 m e pintada em fundo verde e letras brancas, conforme exemplo abaixo.

d. O início de cada tratamento dentro de um mesmo talhão deverá ser sinalizado com

ripas de madeira medindo 0,60 cm de altura X 6 cm de largura e 1 cm de

espessura, a ser fixada ao lado esquerdo da primeira árvore da primeira linha do

tratamento, seguindo nomenclatura apropriada para cada tratamento (ex.: T1) a

ser gravado com pirógrafo.

alocação das áreas de reserva legal e de preservação permanente

As áreas de APP e RL devem ser isoladas das áreas de uso alternativo do solo (AUAS) com

aceiro de 6 metros de largura, assim como, das áreas de florestas naturais, conforme

descrito em item anterior.

A Reserva Legal (RL) é composta pelos talhões 4, 5, 6 e 7, pelas áreas florestadas fora de

APP, pelas áreas alagadiças em regeneração e área de solo concessionário, conforme

figura abaixo.

19

A área de uso alternativo do solo (AUAS) compõe-se dos talhões 1, 2 e 3.


As áreas de preservação permanente são alocadas a 30 metros do leito de maior vazão dos

córregos e a 50 metros de distância das nascentes e na fazenda N. Senhora do Perpétuo

Socorro totalizam 16,18 ha.

Legenda

Nascente

Hidrografia

Talhao

Benfeitoria

Estrada

RL total APP florestada

APP em recuperação

APP degradada

Área com solo horizonte concrecionário Limite da Fazenda

Figura 11. Áreas de APP, RL e AUAS da fazenda.20

ensaios de pesquisa a serem implantados

Quatro ensaios serão implantados na fazenda, totalizando o plantio de 183.338 mudas

aproximadamente, cumprindo com a premissa de plantio de 174.986 mudas em junho de

2009.

ͻ Ensaio 1: espaçamento (talhão 1)

ͻ Ensaio 2: métodos de limpeza de área pré plantio (talhão 2)

ͻ Ensaio 3: consórcio entre espécies (talhão 4, 5, 6, 7 e áreas alagadiças)

ͻ Ensaio 4: parcelas piloto de espécies exóticas (talhão 3)

Figura 12. Ensaios de pesquisa a serem implantados.

Talhão 1 Talhão 2 Talhão 3 Talhão 4 Talhão 5 Talhão 6 Talhão 7 Áreas alagadas

Espaçamento Inajá
Exóticas (eucalipto,

nim e mogno

africano)

Consórcio spp Consórcio spp Consórcio spp Consórcio spp

Sumúma,

andiroba e paricá

Espaçamento Diversos 3x2 3x2 3x2 3x1,5 3x1 3x1 3x1

28,25 15,45 1,90 15,92 15,48 2,36 1,99 13,88

27,69 15,14 1,86 15,60 15,17 2,31 1,95 13,61

5,54 7,57 1,86 5,20 3,79 2,31 1,95 13,61

T1 12.304 12.616 3.101 8.667 8.428 7.709 6.501 45.355

T2 7.383 12.616 8.667 8.428

T3 6.152 8.667 8.428

T4 5.273 8.428

T5 4.614

35.727 25.233 3.101 26.000 33.712 7.709 6.501 45.355 183.338

Mudas por

tratamento

Total

Experimento

Área bruta (ha)

Área líquida (ha)

Área por tratamento (ha)

Tabela 4. Ensaios de pesquisa a serem implantados por talhão.21

divisão de tratamentos
As linhas de plantio terão sempre espaçamento entre linhas de 3 metros e espaçamento

entre plantas conforme o experimento, resultando em diferentes quantidades de linhas de

plantio por talhão e tratamento, de acordo com as áreas de cada um, conforme figura

abaixo.

Figura 13. Divisão de tratamentos.22

A. TESTE 001/2009: ESTUDO DE DIFERENTES ESPAÇAMENTOS DE

PLANTIO DE PARICÁ (SCHIZOLOBIUM AMAZONICUM)

1. Local: talhão 1 (35.727 mudas de Paricá)

2. Objetivo:

Avaliar o desenvolvimento silvicultural do Paricá - Schizolobium amazonicum frente a

diferentes espaçamentos na recuperação de áreas degradadas na região de

Castanhal-PA.

3. Tratamentos:

T1 = 3,0 m X 1,5 m (20 linhas de plantio)

T2 = 3,0 m X 2,5 m (20 linhas de plantio)

T3 = 3,0 m X 3,0 m (20 linhas de plantio)

T4 = 3,0 m X 3,5m (20 linhas de plantio)

T5 = 3,0 m X 4,0 m (21 linhas de plantio)

Plantio puro de Paricá em todos os tratamentos, variando apenas o espaçamento

entre mudas no plantio, conforme esquema abaixo.

ESQUEMA DE PLANTIO

Figura 14. Esquema de plantio do Talhão 1.23

4. Limpeza da área: padrão AMATA ʹ roçadeira

5. Calagem e Adubação: padrão AMATA para essa região recomendada pela

UFRA:
Calagem: 800 kg/ha aplicados na linha de plantio com largura de 1,0 m

antes do plantio.

Adubação de base: NPK - 280 kg/ha NPK - 06:30:06 na cova.

Adubação em cobertura aos 90 e 180 dias após o plantio aplicando 120 kg/ha

de NPKʹ 13:06:28, em cada data, na linha de plantio.

6. Preparo de solo: subsolagem de 50 cm a 60 cm de profundidade.

7. Amostragem de solo: para cada repetição, retirar 10 amostras simples a

diferentes profundidades até 60 cm e fazer uma amostra composta para cada

repetição.

8. Manutenção: as capinas e combate a formigas deverão ser realizadas com a

mesma metodologia padrão AMATA, não podendo dar nenhum tratamento

diferenciado a nenhum doa tratamentos.

9. Relatório de implantação do ensaio:

O responsável técnico pela implantação do teste no campo (Elves Pinheiro)

deverá fazer as seguintes coletas de dados:

Quantidade de diárias/rendimentos operacionais de trabalhadores, horas

de máquinas e de insumos utilizados para cada atividade.

Elaborar um relatório de eventuais irregularidades em relação ao

planejado, caso existir.

Circundar os limites dos talhões e das áreas de todos os tratamentos com

GPS para confirmar o planejado X realizado. 24

B. TESTE 002/2009: ESTUDO SOBRE DIFERENTES MÉTODOS DE LIMPEZA

DE SOLO PARA O PLANTIO DE ESPÉCIES NATIVAS

1. Local: talhão 2 (25.233 mudas de Paricá)

2. Objetivos:
Avaliar o desenvolvimento de diferentes espécies florestais nativas da

região amazônica utilizadas para a recuperação de áreas degradadas

frente a diferentes tratamentos de limpeza de solo.

Avaliar os rendimentos operacionais e os aspectos ambientais dos

diferentes tratamentos em teste.

3. Tratamentos:

T1 = Testemunha AMATA: roçada com trator de pneu ou rolo faca com trator de

esteira, podendo derrubar e enleirar árvores de palmáceas, especialmente o Inajá.

T2 = Limpeza Mínima: realizar com roçadeira acoplada em trator de pneu,

mantendo em pé as árvores de palmáceas.

Espécie: Paricá

Espaçamento: 3 x 2 m

Linhas de plantio: 43 linhas em cada tratamento

Plantio puro de Paricá nos dois tratamentos, variando apenas a limpeza entre os

mesmos.

ESQUEMA DE PLANTIO

Figura 15. Esquema de plantio do talhão 2.25

4. Preparo de solo: subsolagem de 50 cm a 60 cm de profundidade. No

tratamento 2, no plantio das mudas mais próximas das árvores de Inajá

mantidas em pé, covas deverão ser feitas de 30 cm X 30 cm X 30 cm para o

plantio das mudas.

- contar o número de inajás no talhão e se possível, marcá-los com GPS.

5. Calagem e Adubação: padrão AMATA para essa região recomendada pela

UFRA:

Calagem: 800 Kg./ha aplicados na linha de plantio com largura de 1,0 m.


antes do plantio.

Adubação de base: NPK - 280 kg/ha NPK-06:30:06, na cova.

Adubação em cobertura aos 90 e 180 dias após o plantio aplicando 120 kg/ha

de NPKʹ 13:06:28, em cada data, na linha de plantio.

6. Amostragem de solo: o solo do talhão deverá ser amostrado por meio de

amostras simples a diferentes profundidades até 60 cm e fazer amostras

compostas para cada repetição.

7. Manutenção: as capinas e combate a formigas deverão ser realizadas com a

mesma metodologia padrão Amata, não podendo dar nenhum tratamento

diferenciado a nenhum doa tratamentos.

8. Relatório de implantação do ensaio:

O responsável técnico pela implantação do teste no campo (Elves Pinheiro)

deverá fazer as seguintes coletas de dados:

Quantidade de diárias/rendimentos operacionais de trabalhadores, horas

de máquinas e de insumos utilizados.

Elaborar um relatório de eventuais irregularidades em relação ao

planejado, caso existir.

Circundar os limites dos talhões e das áreas T1 e T2 com GPS para

confirmar o planejado X realizado. 26

C. TESTE 003/2009: ESTUDO SOBRE O CONSÓRCIO DE DIFERENTES

ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS

1. Local: talhão 4 (26.000 mudas), talhão 5 (33.712 mudas), talhão 6 (7.709

mudas), talhão 7 (6.501 mudas) e áreas alagadiças (45.355 mudas).

2. Objetivo:

Avaliar o desenvolvimento de diferentes espécies florestais nativas na


recuperação de áreas degradadas na região amazônica, utilizando diferentes

métodos de consórcio.

3. Tratamentos:

Talhão 4: espaçamento 3 x 2m

T1 = Testemunha AMATA: somente Paricá (8.667 mudas de Paricá)

Linhas de plantio: 25 linhas

T2 = 4.334 mudas de Mogno nacional e 4.334 de mudas de Paricá

Linhas de plantio: 23 linhas

T3 = 2.925 mudas Tamborí e 1.409 mudas de Mogno nacional e 4.334 de

mudas de Paricá

Linhas de plantio: 26 linhas

Talhão 5: espaçamento 3 x 1,5 m

T1 = 4.214 mudas Cedro rosa e 4.214 de mudas de Paricá

Linhas de plantio: 28 linhas

T2 = 4.214 mudas de Ipê roxo e 4.214 de mudas de Paricá

Linhas de plantio: 38 linhas

T3 = 2.083 mudas de Ipê amarelo e 726 mudas Ipê rosa e 5.619 de mudas de

Paricá

Linhas de plantio: 31 linhas

T4 = 360 mudas de Cerejeira, 1.000 mudas de Cumaru, 574 mudas de Ipê

rosa, 335 mudas de Ipê roxo e 540 mudas de Jatobá e 5.619 de mudas de

Paricá

Linhas de plantio: 47 linhas

Talhão 6 e 7: espaçamento 3 x 1 m

Misto de Jucá, Cedro rosa e Mogno nacional (3.552 mudas) e Paricá (10.658
mudas)

Linhas de plantio: 66 linhas (talhão 6) e 64 linhas (talhão 7) 27

Áreas alagadiças: espaçamento 3 x 1 m

Misto de mudas de Sumaúma (2.827 mudas) e Andiroba (2.000 mudas) com

Paricá (40.528 mudas)

ESQUEMA DE PLANTIO

Talhão 4

Figura 16. Esquema de plantio do talhão 4. 28

Talhão 5

Figura 17. Esquema de plantio do Talhão 5.29

Talhão 6 e 7 Áreas alagadiças

Figura 18. Esquema de plantio dos Talhões 6 e 7.

4. Preparo de solo: subsolagem de 50 cm a 60 cm de profundidade.

5. Calagem e Adubação: padrão AMATA para essa região recomendada pela

UFRA:

Calagem: 800 kg/ha aplicados na linha de plantio com largura de 1,0 m antes

do plantio.

Adubação de base: NPK - 280 kg/ha NPK-06:30:06, na cova.

Adubação em cobertura aos 90 e 180 dias após o plantio aplicando 120 kg/ha

de NPKʹ 13:06:28, em cada data, na linha de plantio.

6. Amostragem de solo: o solo do talhão deverá ser amostrado por meio de

amostras simples a diferentes profundidades até 60 cm e fazer amostras

compostas para cada repetição.

7. Manutenção: as capinas e combate a formigas deverão ser realizadas com a

mesma metodologia padrão Amata, não podendo dar nenhum tratamento


diferenciado a nenhum doa tratamentos.

8. Relatório de implantação do ensaio:

O responsável técnico pela implantação do teste no campo (Elves Pinheiro)

deverá fazer as seguintes coletas de dados: 30

Quantidade de diárias/rendimentos operacionais de trabalhadores, horas

de máquinas e de insumos utilizados.

Elaborar um relatório de eventuais irregularidades em relação ao

planejado, caso existir.

Circundar os limites dos talhões e das áreas dos tratamentos com GPS

para confirmar o planejado X realizado.

D. TESTE 04/2009: PARCELAS PILOTO COM ESPÉCIES FLORESTAIS

EXÓTICAS

1. Local: Talhão 3 (2.500 mudas de Eucalipto, 100 mudas de Mogno africano e

500 mudas de Nim)

2. Objetivos:

Avaliar o desenvolvimento de 5 clones de Eucalipto, de Mogno africano e

de Nim na região

3. Tratamentos:

T1: 500 mudas do clone 1 de Eucalipto (9 linhas de plantio)

T2: 500 mudas do clone 2 de Eucalipto (9 linhas de plantio)

T3: 500 mudas do clone 3 de Eucalipto (9 linhas de plantio)

T4: 500 mudas do clone 4 de Eucalipto (9 linhas de plantio)

T5: 500 mudas do clone 5 de Eucalipto (9 linhas de plantio)

T6: 100 mudas de Mogno africano (2 linhas de plantio)

T7: 500 mudas de Nim (9 linhas de plantio)


Espaçamento para todos os tratamentos: 3x2m 31

ESQUEMA DE PLANTIO

Figura 19. Esquema de plantio do Talhão 3.32

4. Preparo de solo: subsolagem de 50 cm a 60 cm de profundidade.

5. Calagem e Adubação: padrão AMATA para essa região recomendada pela

UFRA:

Calagem: 800 kg/ha aplicados na linha de plantio com largura de 1,0 m antes

do plantio.

Adubação de base: NPK - 280 kg/ha NPK-06:30:06 na cova.

Adubação em cobertura aos 90 e 180 dias após o plantio aplicando 120 kg/ha

de NPKʹ 13:06:28, em cada data, na linha de plantio.

6. Amostragem de solo: o solo do talhão deverá ser amostrado por meio de

amostras simples a diferentes profundidades até 60 cm e fazer amostras

compostas para cada repetição.

7. Manutenção: as capinas e combate a formigas deverão ser realizadas com a

mesma metodologia padrão Amata, não podendo dar nenhum tratamento

diferenciado a nenhum dos tratamentos.

8. Relatório de implantação do ensaio:

O responsável técnico pela implantação do teste no campo (Elves Pinheiro)

deverá fazer as seguintes coletas de dados:

Quantidade de diárias/rendimentos operacionais de trabalhadores, horas

de máquinas e de insumos utilizados.

Elaborar um relatório de eventuais irregularidades em relação ao

planejado, caso existir.

Circundar os limites dos talhões e das áreas de todos os tratamentos com


GPS para confirmar o planejado X realizado. 33

instalação de parcelas

Devem ser instaladas parcelas nos experimentos referentes a espaçamento e

consórcio entre espécies, conforme segue abaixo:

Parcelas: quadradas com 100 m² (10 X 10m) plantas por parcela, com bordadura

dupla, sendo medidas pelo inventario apenas as 36 plantas centrais.

Repetições: quatro (04) de cada tratamento

Delineamento estatístico: blocos ao acaso

Identificação das parcelas no campo: a estaca de madeira deverá ser afixada no

solo sempre na primeira planta do lado esquerdo inferior da parcela, conforme figura

abaixo. Utilizar estacas de madeira e identificação com pirógrafo ou etiqueta de

alumínio.

BBBBBBBBBB

BBBBBBBBBB

BBMMMMMMBB

BBMMMMMMBB

BBMMMMMMBB

BBMMMMMMBB

BBMMMMMMBB

BBMMMMMMBB

BBBBBBBBBB

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Legenda Bordadura B

Medir M

Tratamento x
Figura 20. Instalação das parcelas. 34

meio socioeconômico

benefícios sociais

A AMATA acredita que a responsabilidade social e a proteção ambiental são tão

fundamentais quanto a qualidade de seus produtos para o desempenho de seu

negócio, por isso é intrínseco da forma de negócio da AMATA contribuir com o

desenvolvimento econômico e social em conformidade com a preservação ambiental,

com base nos conceitos do FSC de promover um ambiente socialmente justo,

ambientalmente saudável e economicamente viável.

Para que haja um desenvolvimento das comunidades locais por meio de uma série de

programas e projetos desenvolvidos nas regiões de atuação da empresa. Esta é

baseada em três pilares: governança, inovação e capacitação.

Governança é o pilar que faz referência à estrutura organizacional das comunidades

e como a empresa pode contribuir para a melhoria desta, sugerindo e estruturando

sistemas de governança mais desenvolvidos como cooperativas, associações de

moradores, pequenas unidades de negócios, as quais auxiliarão o acesso da

comunidade a sistemas financeiros e ao mercado. Um sistema organizacional bem

estruturado possibilita a inserção das populações locais no processo de tomada de

decisão e monitoramento de programas e projetos conjuntos. O segundo pilar é

governança.

O segundo pilar é inovação refere-se à capacidade da empresa em contribuir com

projetos e tecnologias inovadoras concernindo o uso e beneficiamento de produtos

madeireiros e não madeireiros, bem como serviços ambientais, a fim de permitir que

as comunidades do entorno apropriem-se do valor máximo dos produtos florestais,

reduzindo a pressão para a conversão da floresta em áreas agrícolas. AMATA


fortemente acredita em um potencial de novos produtos e serviços gerados pela

floresta. O pensamento inovador da empresa não se restringe apensa a

comercialização de produtos, mas também a projetos que possam melhorar a

qualidade de vida da comunidade.

O terceiro pilar é capacitação. Referente à competência da empresa em fornecer a

comunidade treinamento em tecnologia que contemplem seu método de trabalho,

como o corte direcionado das árvores, manuseio de motosserras, utilização de

máquinas pesadas, produção, marketing, controle de qualidade e certificação de

produtos madeireiros e não madeireiros, a fim de garantir o sucesso do manejo,

realizando as atividades com eficiência e segurança.

A estimativa de empregos a serem gerados devido a atividade na Fazenda Nossa

Senhora do Perpétuo Socorro é de 36 pessoas. Estima-se que a atividade gere outros

36 empregos indiretos e por efeito renda, de acordo com índices do BNDES. As

contratações são preferencialmente destinadas aos moradores locais, considerando

ainda política de afirmação de gênero e as necessidades condições identificadas no 35

diagnóstico sócio econômico. Tais medidas têm o objetivo de inserir a comunidade na

cadeia de valor.

Para tanto, faz-se necessário treinamento, atividade esta que se estende para toda a

comunidade, multiplicando o potencial gerador de conhecimento da atividade.

Nestes treinamentos são oferecidos: Treinamentos quanto a métodos de trabalho;

Prevenção de acidentes; Educação ambiental; Capacitação para produção

comunitária (projetos orientados pelo diagnóstico socioeconômico).

Por ter a certificação como ferramenta de gestão, a AMATA garante aos seus

colaboradores os direitos garantidos de saúde e segurança no trabalho. Possibilitando

melhores condições de trabalho.


A AMATA se fundamenta em, além das melhores práticas de gestão no manejo,

padrões para contratação fundamentados no que determina a OIT ʹ Organização

Internacional do Trabalho. Padrões legais e de boas práticas de manejo FSC também

são exigidos pela AMATA às EPS (Empresas Prestadoras de Serviço), cujas exigências

são feitas via contrato e o cumprimento do estabelecido é monitorado pela AMATA.

Dentre as normas definidas para execução dos projetos AMATA estão:

(a) Cumprimento da legislação quanto à entrega de declarações e

recolhimento de tributos como previdência social (INSS), o fundo de

garantia (FGTS), o imposto de renda (IR) e outros.

(b) O cumprimento da legislação quanto ao recolhimento de encargos é

de responsabilidade das EPS.

(c) A disponibilização de EPIs, alimentação, hospedagem e transporte

são de responsabilidade da EPS, garantindo qualidade de trabalho a

seus colaboradores.

(d) Os colaboradores tanto da AMATA quanto das EPS não devem

receber salários inferiores ao mínimo da região.

Uma das etapas proposta pela estratégia de gestão social da AMATA é o diagnóstico

socioeconômico, uma ferramenta utilizada para retratar a realidade socioeconômica

local a fim de prover a AMATA de informações para a estruturação e implantação de

projetos de integração social. Para isso a AMATA estabeleceu uma parceria com uma

ONG local, o Instituto Peabiru, o qual realizou o diagnóstico.

Devido à escala reduzida do projeto e objetivando não gerar expectativas negativas,

a AMATA definiu a metodologia do estudo baseada em ferramentas nãoparticipativas, ou seja, sem


compreender a realização de oficinas com grande

mobilização das comunidades ou questionários.

Para a coleta de informações foram feitas algumas visitas de campo, entrevistas com
algumas lideranças, e coleta de dados secundários. 36

Foram identificadas, visitadas e mapeadas 11 (onze) comunidades no entorno da

fazenda, são elas: Campina; São Benedito; Canta Galo; Bacabalzinho; Bacabal; Cinco

de Outubro; Loteamento Canaã; Acampamento Jesus de Nazaré; São Lucas; Km 17; e

Km 21 (todas as comunidades localizadas no espaço entre o Km 19 da PA 163 até os

limites com o município de Terra Alta).

Foram coletadas informações quanto às condições de moradia, saúde, educação,

potenciais conflitos, organização social, infraestrutura, aspectos econômicos, entre

outros.

Em termos de composição, as comunidades são bastante diversificadas, havendo

comunidades com mais de 220 famílias, como a chamada Agrovila Bacabal, e

comunidades bastante reduzidas como a São Benedito e Canta Galo, comunidades

compostas por um único núcleo familiar (5 famílias).

Essas famílias vivem basicamente da agricultura familiar, praticada com métodos

tradicionais (queima) e em propriedades que variam de 3 mil m² (Loteamento Canaã)

a 6 hectares (Cinco de Outubro).

Esta atividade é a base da economia, mas além disso alguns possuem renda oriunda

de trabalhos informais em fazendas próximas, são beneficiários de programas

assistenciais do governo, como o Bolsa Família (70 a 80% das famílias), ou vivem de

renda da aposentadoria.

O principal produto dessas comunidades é a mandioca, produzida sem mecanização

(plantio e arranquio manual), destinada a produção de farinha. A produtividade varia

de 15 a 20 ton/hectare, o que produz 95 a 110 sacas de farinha. Cada saca chega a

ser vendida por R$ 50,00 a 60,00 reais, representando cerca de 80% da renda das

famílias.
Na comunidade Campina, a menos de 5 km da fazenda Cauã, existe uma Cooperativa

de produtores chamada Agroindústria de Processamento da Mandioca (Casa de

Farinha comunitária). Esta associação é assistida pela Emater, e a farinha produzida

é comercializada em Vigia e Santo Antonio do Tauá.

Além da mandioca produzem feijão, milho, melancia, animais de pequeno porte,

laranja, cupuaçu e outros produtos para subsistência. Os excedentes são comerciados

em Castanhal, Terra Alta ou as margens da PA 136, através de atravessadores. Alguns

produtores possuem ponto de comercialização na feira do Agricultor de Castanhal.

Mas como o produto não é de boa qualidade, a aceitação pelo mercado é restrita.

Em termos de organização social, a maioria das comunidades possui ao menos um

tipo de organização, como a Associação de Trabalhadores Rurais de Campina;

Associação de Desenvolvimento Sustentável de Bacabalzinho (também uma

associação de trabalhadores rurais); Associação de Trabalhadores Rurais e Associação

de Desenvolvimento Comunitário São Bento (Bacabal); Associação Cinco de Outubro

(Trabalhadores rurais); Associação De Produtores da Comunidade São Lucas;

Associação São Sebastião (Km 17); Associação Comunitária Pedro de Matos (Km 21).

Além das associações de trabalhadores rurais, as comunidades têm as Igrejas 37

(católicas e evangélicas) como entidades de referencia, e local de encontro, eventos

e discussões. Apesar da existência dessas organizações estas não são muito

fortalecidas e representativas, o que dificulta o acesso a crédito, assistência técnica

entre outros benefícios aos produtores.

A assistência técnica é oferecida aos produtores pelo Sindicato Rural de Castanhal,

pela Emater e pela prefeitura de Castanhal. Mas são visitas pontuais e devido à falta

de organização dos produtores, não é muito eficiente, além de não ser presente em

todas as comunidades.
Quanto às questões de gênero, em algumas comunidades as mulheres são mais

atuantes, ocupando cargos na diretoria da associação, coordenando a organização de

eventos locais, principalmente em atividades religiosas. Já em comunidades

compostas apenas por poucos núcleos familiares, as mulheres não participam

ativamente da sociedade, apenas em atividades domésticas.

Além das festividades comemoradas em todo o Brasil como carnaval, festas juninas, e

festas religiosas, as comunidades celebram algumas datas específicas como:

ͻ 29 de setembro ʹ Festa de São Miguel Arcanjo - Padroeiro da Comunidade

Campina;

ͻ 11 de Julho - Festa de São Bento ʹ Padroeiro de Bacabal;

ͻ 18 de outubro ʹ Dia do Padroeiro da Comunidade São Lucas.

O acesso as comunidades se dá facilmente pelas estradas vicinais que atravessas as

comunidades e chegam até a PA 136, rodovia estadual por onde a população das

comunidades identificadas se desloca até Castanhal, Terra Alta e outros municípios

do entorno. As comunidades não possuem ônibus de linha, com exceção de Bacabal,

todas acabam andando de 4 a 5 km ate a PA 136 para ter acesso a transporte. O

transporte escolar, no entanto, é oferecido pela prefeitura.

O Programa Luz para Todos foi bastante eficaz na região, garantindo eletrificação

rural para todas as comunidades.

A moradia da maioria das famílias é uma casa alvenaria com cobertura de telha de

barro. Algumas comunidades ainda possuem casas de taipa e madeira, como no Caso

da Comunidade Cinco de Outubro.

O acesso a comunicação se dá por TV e rádio, equipamentos presentes em todas as

casas. O sistema de telefonia se dá principalmente por operadoras de celulares.

As condições de saneamento básico são bastante precárias, com sistema de esgoto a


céu aberto, fossa negra ou sistema sanitário no quintal. O sistema de abastecimento

de água do governo, no entanto, atende as todas as famílias.

Para os padrões Amazônicos as condições de sanidade são razoáveis. A maioria das

comunidades possui um Posto de Saúde ou Unidade da Família, onde médicos 38

atendem em média, 1 vez por semana. Comunidades como Bacabalzinho, São

Benedito, Canta Galo, Jesus de Nazaré e Canaã, que não possuem estrutura própria

de saúde, são atendidos em Campina ou Castanhal. Bacabal possui uma unidade de

Saúde da Família mais estruturada, comparativamente as outras comunidades, onde

médicos estão presentes 3 vezes na semana. Além disso, Bacabal possui uma

ambulância para atendimento das comunidades próximas. Em casos de internação e

casos mais graves, as famílias se deslocam até Castanhal.

Das onze comunidades visitadas, cinco delas possuem escola de ensino fundamental

(1ª a 4ª série), sendo elas Campina, São Lucas, Comunidade Km 17, Comunidade Km

21 e Bacabal. Bacabal também possui uma Escola de Jovens e Adultos (EJA), para

onde se deslocam vários moradores de outras comunidades. Para ter acesso ao Ensino

médio e profissionalizante, os interessados se deslocam até Castanhal, geralmente

através de transportes oferecidos pela prefeitura municipal.

Analisando este contexto, e considerando sempre o sistema de gestão social da

empresa, e sua estratégia de definição de projetos e programas de ação social, a

AMATA possui algumas oportunidades como:

ͻ Implantação de Sistemas Agroflorestais (mandioca, milho, feijão e frutíferas)

ͻ Apoio Institucional as Associações de Trabalhadores

ͻ Apoio ao fortalecimento da Casa de Farinha Comunitária na Campina

ͻ Realização de Programas de Educação Ambiental nas escolas (Ensino

fundamental)
ͻ Parceria com a Prefeitura de Castanhal e Emater

Apoio a iniciativas ambientais já existentes em comunidades como São

Benedito, Bacabalzinho e Km 17, referentes à recuperação de área

degradada, conscientização sobre prejuízos do desmatamento

benefícios ambientais

Entre os benefícios gerados pelo plantio de espécies arbóreas nativas para

recuperação de áreas degradadas, destacam-se o controle da temperatura, da

umidade relativa do ar e da umidade do solo. A redução da variação destes

elementos climáticos ao longo do dia, proporcionada pela presença do componente

arbóreo no ambiente, traz benefícios às plantas e aos animais que habitam este

sistema.

Outra alteração causada pela presença das árvores no ambiente, diz respeito à

temperatura do solo que, normalmente, é menor no interior da floresta. Isto

evidencia a importância do estrato herbáceo e da serapilheira como agentes

reguladores das condições térmicas no solo da floresta. O principal efeito do

sombreamento, proporcionado pelas árvores, é sobre as temperaturas extremas da

superfície do solo, as quais diminuem significativamente. 39

A modificação do microclima, na presença do componente arbóreo, repercute sobre

o balanço hídrico do solo, contribuindo para a elevação da umidade disponível para

as plantas sob a copa das árvores. O maior teor de umidade no solo favorece a

atividade microbiana, resultando em aceleração da decomposição da matéria

orgânica e possibilitando o aumento da sua mineralização, tornando os nutrientes

novamente disponíveis.

É muito importante a utilização de espécies leguminosas como o Paricá (Schizolobium

amazonicum), na recuperação de áreas degradadas, pois este grupo de espécies tem


a capacidade de se associar a bactérias fixadoras de nitrogênio (dos gêneros

Rhizobium, Bradyrhizobium e Azorhizobium, principalmente). Essas bactérias alojamse nas raízes de


leguminosas e promovem a transformação do nitrogênio gasoso,

presente no ar, em substâncias assimiláveis pelas plantas e os demais seres vivos.

Portanto, a matéria seca destas plantas acrescentada ao solo, melhora as suas

condições químicas.

Outro benefício gerado pelo plantio de árvores nativas é sua possível utilização como

matéria prima para produção de madeira serrada, laminados e energia, fazendo com

que diminua a pressão por madeira proveniente da Floresta Tropical Amazônica.

parceiros

A AMATA adota rígidos critérios no processo de seleção de terceiros e fornecedores,

levando em consideração aspectos técnicos e operacionais, bem como a excelência

nos processos administrativos necessários para a gestão da empresa.

A decisão da AMATA em contratar os serviços de um fornecedor ou terceiro é baseada

nos seguintes aspectos:

a)A empresa deve adotar os princípios e critérios do FSC ʹ Forest

Stewardship Council;

b)A empresa deve estar em dia com seus tributes, impostos, pagamento

de fornecedores e funcionários;

c)Deve estar tecnologicamente atualizada no que tange aos

equipamentos e procedimentos operacionais, visando maior

produtividade da equipe, qualidade e segurança;

d) Deve ter capital suficiente para renovação de frota, visando manter

baixo custo de manutenção e custos operacionais.

BRAFLOR

O processo de seleção da Braflor iniciou-se em Setembro 2008, quando a empresa e


outras quatro reconhecidas empresas da indústria florestal receberam uma cartaconvite da AMATA
contendo todas as informações técnico-operacionais das principais

atividades que envolvem o plantio de espécies nativas em áreas degradadas. A 40

intenção foi entender o conhecimento de cada empresa com relação às atividades

operacionais que o projeto envolve.

Uma vez recebida as respostas, a AMATA optou por contratar a Braflor por apresentar

a melhor relação custo/benefício. A Braflor foi fundada há 36 anos, tem larga

experiência em serviços de implementação e manutenção de projetos florestas como

Eucalipto, Pinus, Teca e espécies tropicais da região amazônica.

EMBRAPA

A Embrapa Amazônia Oriental teve sua origem em 1939, com a criação do Instituto

Agronômico do Norte (IAN). É um dos mais antigos centros de pesquisa da região

amazônica e uma das 41 Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,

empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Pesquisa e Desenvolvimento são as atividades fins da Embrapa Amazônia Oriental,

trabalhando, prioritariamente, com os seguintes temas: Recursos Naturais e Meio

Ambiente, Recursos Genéticos e Biotecnologia, Produção Florestal e Agroflorestal,

Produção de Cultivos, Produção Animal e Agroindústria.

A Embrapa Amazônia Oriental possui cerca 500 empregados, entre pesquisadores,

analistas e assistentes.

Para apoiar as atividades de pesquisa e desenvolvimento, dispõe de modernos

laboratórios especializados em Agroindústria, Botânica, Climatologia, Ecofisiologia,

Entomologia, Fitopatologia, Nutrição Animal, Propagação de Plantas, Recursos

Genéticos e Biotecnologia, Sementes de Culturas Agrícolas, Sementes Florestais,

Sensoriamento Remoto e Solos.

UFRA
A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) com sede em Belém no Estado do

Pará é vinculada ao MEC e, dispõe de autonomia didática, disciplinar e

administrativa. É sucessora da Escola de Agronomia da Amazônia (EAA), a qual foi

instituída em 1945 e transformada em 1972 em Faculdade de Ciências Agrárias do

Pará (FCAP). É a instituição de Ensino Superior mais antiga na área das Ciências

Agrárias na Amazônia, sendo hoje a IES com o mais alto Índice de Qualificação do

Corpo Docente (IQCD) na Região.

Criada em substituição à Faculdade de Ciências Agrárias do Pará ʹ FCAP, a UFRA

instituída pela Lei no 10.611, DE 23/12/2002, tem como missão formar profissionais

de nível superior, desenvolver e compartilhar cultura técnico-científica através de

perspectiva e extensão, oferecer serviços à comunidade e contribuir para o

desenvolvimento econômico, social e ambiental da Amazônia. É dotado de autonomia

didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, de acordo

com a legislação vigente (Art. 1º - Estatuto da UFRA, Belém ʹ PA, 2003). Oferece 41

atualmente 5 cursos de graduação distribuídos em campi na sede Belém e municípios

do interior do Estado do Pará: Santarém ʹ Engenharia Florestal, Parauapebas ʹ

Zootecnia, Capitã Poço ʹ Agronomia, e em Belém: Agronomia, Engenharia Florestal,

Medicina Veterinária, Engenharia de Pesca e Zootecnia, além de cursos de Mestrado e

Doutorado nas áreas de Biologia Vegetal, Solos e Manejo Florestal.

De acordo com seus objetivos, a UFRA deve promover permanentemente o

aperfeiçoamento cultural e profissional, possibilitando estimular os profissionais a

participar do desenvolvimento da sociedade brasileira, particularmente no complexo

mundo amazônico.

AIMEX

A Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará - Aimex foi


fundada em 1983, por um grupo de empresários que tinham como objetivo discutir os

problemas específicos referentes à exportação de madeira.

A Aimex é uma associação sem fins lucrativos, compostas por empresas de base

florestal, comprometidas com o desenvolvimento sustentável da Amazônia e do Pará.

Suas associadas desenvolvem projetos de reflorestamento e manejo florestal

sustentável, além de beneficiaram produtos madeireiros, agregando valor e

tecnologia à madeira.

Uma das grandes conquistas da AIMEX foi o Laboratório de Mudas e Sementes de

Espécies Florestais da Amazônia, fruto da preocupação dos industriais com o

reflorestamento. O objetivo da AIMEX é, justamente, incentivar o reflorestamento,

disponibilizando várias espécies florestais para o replantio.

O Laboratório tem 7 hectares plantados, com mais de 5 mil árvores de várias

espécies nativas (Mogno, Mogno africano, Paricá, jatobá, jacarandá do Pará, Ipê,

Sumaúma, Cerejeira, entre outras). As sementes e mudas são vendidas para todo o

Estado do Pará e vários outros estados do Brasil, como o Rio Grande do Sul, São

Paulo, Minas Gerais, etc.

PEABIRU

As questões sociais são intrínsecas a proposição de negócio da AMATA. Buscando o

estabelecimento de parcerias com instituições e indivíduos que tenham uma forte

ligação com as comunidades locais e populações tradicionais, AMATA firmou uma

parceria com a antropóloga Mary Allegretti e o Instituto Peabiru.

A Sra. Mary Allegretti é uma antropóloga que vem trabalhando com comunidades na

região Amazônica desde 1978. É uma pesquisadora com foco nos movimentos sociais

e desenvolvimento de políticas públicas e professora de diversas universidades 42

nacionais e internacionais como a Universidade de Brasília (UNB), Yale University,


University of Chicago, University of Florida and Wisconsin-Madison. A Mary Allegretti

é consultora do sistema de gestão social da AMATA como um todo.

O Instituto Peabiru é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público ʹ

OSCIP, a qual apresenta 10 anos experiência no desenvolvimento de projetos na

região Amazônica. Os projetos do Peabiru são, na sua maioria, voltados ao

desenvolvimento social e econômico de comunidades locais e tradicionais e à

implementação de cadeias de valor sustentáveis, buscando a conservação da

diversidade biossocial da Amazônia.

O Instituto Peabiru desenvolverá, em parceria com a AMATA, um diagnóstico

socioeconômico nas áreas do entorno da operação da empresa, na região de

Castanhal. Esse diagnóstico visa retratar a realidade socioeconômica local, a fim de

compreender os desafios e oportunidades a serem enfrentados pela AMATA no

relacionamento com as comunidades locais, bem como avaliar a possibilidade de

parcerias e projetos futuros que possam integrar a comunidade e proporcionar

desenvolvimento local.

O diagnóstico contempla várias fases, sendo a primeira delas o conhecimento dos

stakeholders locais, objetivando mapear o público que sofrerá maior influência das

atividades da AMATA a fim de realizar um diagnóstico mais focado ao público de

interesse. A segunda fase baseia-se na conscientização e mobilização das

comunidades, onde são aplicados instrumentos de pesquisa como questionários e

oficinas para a coleta de informações referente à realidade e demandas locais.

Busca-se, através de uma sistematização de informações pré-existentes e da coleta

de informações em campo. Criar um ͞mapa social͟ que permita a visualização dos

riscos e oportunidades existentes, da estrutura organizacional e de informações


gerais como principais produtos da região (madeireiros e não madeireiros), sistemas

produtivos (agricultura, pecuária, florestal), nível de beneficiamento dos produtos,

acesso a educação e saúde etc.

Os resultados obtidos na coleta e sistematização de informações serão apresentados

a AMATA a fim de subsidiar o planejamento e a implementação de projetos futuro.

Esses projetos devem ser voltados às demandas e perspectivas das comunidades,

fundamentados no conceito de integração das comunidades na cadeia de produção da

empresa, e proporcionar desenvolvimento local.

IPÊ ʹ instituto de pesquisas ecológicas

O IPÊ é sediado em Nazaré Paulista, interior de São Paulo, e é considerada a terceira

maior ONG do Brasil. O instituto hoje contempla mais de 60 profissionais atuando em

trinta projetos pelo Brasil todo.

Nos locais onde atua, a organização tem adotado o modelo IPÊ de Conservação,

desenvolvido com base nas experiências obtidas com os anos de trabalho. É um 43

modelo de ação integrado que inclui pesquisa de espécies ameaçadas, educação

ambiental, restauração de habitats, envolvimento comunitário e desenvolvimento

sustentável, conservação da paisagem e envolvimento em políticas públicas. Um dos

objetivos do IPÊ é conservar a biodiversidade respeitando as tradições das

comunidades do entorno dos locais que precisam ser protegidos e onde são realizadas

as pesquisas do IPÊ. As alternativas sustentáveis para geração de renda surgem para

criar novas fontes de sustento para as famílias destas regiões, o que auxilia na

diminuição da pressão humana sobre a biodiversidade local.

Uma das preocupações do IPÊ desde a sua criação é a transferência do conhecimento

adquirido em suas pesquisas. Por isso, capacitam continuamente seus profissionais e

dá oportunidades e incentivo a seus estagiários que, muitas vezes, continuam a


trabalhar no instituto após a graduação. Como parte do processo educacional, hoje a

instituição já conta com quase 10 doutores e 20 mestres, muitos deles professores do

Centro de Biologia da Conservação (CBBC) - centro de ensino multidisciplinar criado

pelo IPÊ para multiplicar e transmitir o conhecimento em biodiversidade e temas

socioambientais a um público amplo, que inclui todos os segmentos sociais.

Os projetos do IPÊ têm recebido reconhecimento nacional e internacional em

diversas ocasiões, e receberam vários prêmios de prestigio, incluindo o Whitley Gold

Award, considerado o "Oscar" da conservação ambiental. O IPÊ, como organização,

recebeu também, em 2003, o ͞Premio de Eficiência͟, que reconhece as 50

organizações mais bem administradas no Brasil Estes entre outros prêmios indicam a

qualidade do trabalho do Instituto (www.ipe.org.br)

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