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Manual de

Direitos Difusos
DIREITO AMBIENTAL
Fernando Reverendo Vidal Akaoui
DIREITO DA EDUCAÇÃO
Motauri Ciocchetti de Souza
DIREITO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE (ECA)
Martha de Toledo Machado
DIREITO DO CONSUMIDOR
Antonio Carlos Alves Pinto Serrano
e Vidal Serrano Nunes Júnior
DIREITO SANITÁRIO
Geisa de Assis Rodrigues
DIREITO URBANÍSTICO
José de Carlos Freitas
DIREITOS DO IDOSO
Oswaldo Peregrina Rodrigues
DIREITOS HUMANOS
Flávia Piovesan
PROBIDADE ADMINISTRATIVA
Nilo Spinola Salgado Filho
PROCESSO COLETIVO
José Luiz Ragazzi, Raquel Schlommer Honesko e Soraya
Gasparetto Lunardi
PROTEÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Luiz Alberto David de Araujo e Eliana Franco Neme
VIDAL SERRANO NUNES JÚNIOR
(COORDENADOR)

Manual de
Direitos Difusos
DIREITO AMBIENTAL
Fernando Reverendo Vidal Akaoui
DIREITO DA EDUCAÇÃO
Motauri Ciocchetti de Souza
DIREITO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE (ECA)
Martha de Toledo Machado
DIREITO DO CONSUMIDOR
Antonio Carlos Alves Pinto Serrano
e Vidal Serrano Nunes Júnior
DIREITO SANITÁRIO
Geisa de Assis Rodrigues
DIREITO URBANÍSTICO
José de Carlos Freitas
DIREITOS DO IDOSO
Oswaldo Peregrina Rodrigues
DIREITOS HUMANOS
Flávia Piovesan
PROBIDADE ADMINISTRATIVA
Nilo Spinola Salgado Filho
PROCESSO COLETIVO
José Luiz Ragazzi, Raquel Schlommer Honesko e Soraya
Gasparetto Lunardi
PROTEÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Luiz Alberto David de Araujo e Eliana Franco Neme

editora
VERBATIM
Editor: Antonio Carlos A P Serrano
Capa e diagramação: Claudio Tito Braghini Junior
Conselho Editorial: Antonio Carlos Alves Pinto Serrano (Presidente); Felippe Nogueira
Monteiro; Fernando Reverendo Vidal Akaoui; Hélio Pereira Bicudo; Luiz Alberto David
de Araujo; Marcelo Sciorilli; Marilena I. Lazzarini; Motauri Ciocchetti de Souza; Oswaldo
Peregrina Rodrigues; Roberto Ferreira da Silva; Vidal Serrano Nunes Junior.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Machado, Martha de Toledo


Proibições de excesso e proteção insuficiente no processo penal: as hipóteses de
crimes sexuais contra a criança / Martha de Toledo Machado. -- 1. ed. -- São Paulo: Editora
Verbatim, 2008.

Bibliografia
ISBN 978-85-61996-01-7

1. Brasil - Constituição (1988) 2. Crianças e adolescentes - Direitos 3. Crianças -


Violência sexual 4. Crimes sexuais 5. Direito Penal 6. Prostituição juvenil 7. Vitimas de
abuso sexual I. Titulo.

08-10553 CDU-343.1

Índice para catálogo sistemático:


1. Crimes sexuais contra criança: Proibições de excesso e proteção
insuficiente: Direito penal: Direito 343.1

Direitos reservados desta edição por


EDITORA VERBATIM LTDA.
Rua Jorge Augusto, 547
CEP 03645-000 – São Paulo – SP
Tel. (0xx11) 5533.0692
www.editoraverbatim.com.br
e-mail: editoraverbatim@editoraverbatim.com.br
APRESENTAÇÃO
A idéia que orientou a concepção deste Manual de Direitos Difusos
foi a de propiciar ao estudante e ao profissional do Direito um único livro que
reunisse todas as matérias habitualmente tratadas sob essa rubrica.
Dentro desta perspectiva, era absolutamente inviável, sob o aspecto
científico, que todas elas fossem abordadas por um único autor, tamanha a
variação de conteúdos a serem manejados.
Com efeito, algumas da matérias foram inauguradas, do ponto de vista
de um tratamento normativo sistemático, recentemente (ex. Direitos do Idoso),
outras são pouco abordadas pela doutrina tradicional (ex. Direito Sanitário), ou-
tras reclamam abordagem específica e refratária ao trato cotidiano dos operadores
do Direito (ex. Habitação e Urbanismo), outras ainda devem ser integradas por
uma abordagem de Direito Internacional (ex. Direitos Humanos).
Exatamente por isso, deliberamos organizar a presente edição, convi-
dando experts, da mais alta suposição e da mais larga experiência, em cada um
dos temas tratados.
Todos, em verdade, professores e profissionais consagrados nas respec-
tivas áreas, dispensando, verdadeiramente, uma apresentação individual, vez
que, pela notória especialização, já são suficientemente conhecidos nas áreas
em que prioritariamente atuam.
Finalmente, cabe registrar ainda que houve uma preocupação com a
padronização das formas, com o objetivo de fazer com que cada tema pudesse,
de um lado, ser isoladamente estudado, mas sem que houvesse perda da noção
de conjunto, em relação àqueles que pretendam um estudo minucioso e siste-
mático da matéria.

São Paulo, 8 de janeiro de 2009.

Prof. Vidal Serrano Nunes Júnior


Livre-docente em Direito Constitucional, Promotor de
Justiça, Professor da PUC-SP, Presidente do Conselho Diretor
do IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor e
Presidente do Centro Santo Dias de Direitos Humanos da
Arquidiocese de São Paulo

VII
SUMÁRIO

DIREITO AMBIENTAL.................................................9
Fernando Reverendo Vidal Akaoui
DIREITO DA EDUCAÇÃO ........................................85
Motauri Ciocchetti de Souza
DIREITO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE ..............145
Martha de Toledo Machado
DIREITO DO CONSUMIDOR ................................201
Vidal Serrano Nunes Júnior
Antonio Carlos Alves Pinto Serrano
DIREITO SANITÁRIO ..............................................287
Geisa de Assis Rodrigues
DIREITO URBANÍSTICO ........................................385
José de Carlos Freitas
DIREITOS DO IDOSO .............................................431
Oswaldo Peregrina Rodrigues
DIREITOS HUMANOS.............................................551
Flávia Piovesan
PROBIDADE ADMINISTRATIVA............................567
Nilo Spinola Salgado Filho
PROCESSO COLETIVO ...........................................659
José Luiz Ragazzi
Raquel Schlommer Honesko
Soraya Gasparetto Lunardi
PROTEÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ... 725
Luiz Alberto David de Araujo
Eliana Franco Neme
DIREITO AMBIENTAL
Fernando Reverendo Vidal Akaoui
DIREITO AMBIENTAL
Fernando Reverendo Vidal Akaoui1

Sumário: 1. Bem ambiental 1.1 Introdução 1.2 Conceito 1.3 Natureza jurídica1.4 Classificação didática 2.
Proteção constitucional do meio ambiente 2.1 Panorama geral 2.2 Competência legislativa 2.3 Competência
material 2.4 Responsabilidade por danos ambientais 3. Princípios constitucionais do meio ambiente 3.1
Princípios da precaução e da prevenção 3.2 Princípio do desenvolvimento sustentável 3.3 Princípio do
poluidor-pagador 3.4 Princípio da participação 3.5 Princípio da ubiqüidade 4. Política Nacional do Meio
Ambiente 4.1 Princípios 4.2 Objetivos 4.3 Instrumentos 4.4 CONAMA 5. Licenciamento ambiental 5.1
Noções gerais 5.2 Classificação das licenças ambientais 5.3 Estudo prévio de impacto ambiental – EIA 6.
Proteção jurídica da flora 6.1 Áreas especialmente protegidas 6.2 Áreas de preservação permanente 6.3
Unidades de conservação 6.4 Reserva legal 7. Proteção jurídica da fauna 8. Proteção jurídica do patrimônio
cultural 8.1 Classificação didática e aspectos gerais 8.2 Meios de proteção 9.Outros temas ambientais de
relevância 9.1 Poluição sonora 9.2 Recursos hídricos 9.3 Resíduos sólidos 9.4 Mineração 10. Tutela Penal
do Meio Ambiente 10.1 Considerações preliminares 10.2 Responsabilidade penal da pessoa jurídica 10.3
Sujeito do crime. Pessoa física. Crimes omissivos 10.3 Penas aplicáveis 10.4 Aspectos processuais 10.5
Aspectos polêmicos da Lei de Crimes Ambientais.

1. Bem ambiental

1.1 Introdução
Ao iniciarmos nosso estudo sobre a tutela do meio ambiente, é de
suma importância fixarmos, de uma vez por todas, que a defesa deste bem
jurídico, além de uma obrigação constitucional, é um dever de sobrevivência
a toda a humanidade.
Aquela visão ingênua, e absolutamente simplista, de protetores do
meio ambiente como pessoas radicais, que sempre estão pleiteando coisas in-

1 Promotor de Justiça.
Mestre e Doutorando em Direitos Difusos pela PUC/SP.
Professor da Graduação e Pós-Graduação da UNISANTA (Santos).
Professor dos cursos de Pós-Graduação em Direito Ambiental da UNIMEP, UNIANCHIETA
e ESA/SP.
Professor convidado de cursos de Pós-Graduação e de aperfeiçoamento das Escolas Supe-
riores dos Ministérios Públicos dos Estados de São Paulo, Acre, Amazonas, Espírito Santo,
Maranhão, Pará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Autor da obra “Compromisso de Ajustamento de Conduta Ambiental” (Ed. RT).

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MANUAL DE DIREITOS DIFUSOS

significantes ou impossíveis, já não tem mais espaço diante da magnitude dos


problemas hodiernamente verificados em decorrência das agressões múltiplas
a este bem jurídico difuso.
Não há dúvidas de que a verdade está nas palavras de José Renato Nali-
ni, quando afirma que “a ameaça ao ambiente é questão eminentemente ética.
Depende de uma alteração de conduta”2. Porém, até que consigamos obter, por
meio da transformação cultural da sociedade, resultados mais positivos quanto
à proteção do meio ambiente, precisamos lançar mão de todos os instrumen-
tos jurídicos postos à disposição da coletividade e de seus representantes, para
coibir aqueles que não respeitam o ordenamento jurídico, a se enquadrar nesta
nova visão de mundo, sob pena de, daqui a algum tempo, não existir mais um
mundo sadio para as presentes e futuras gerações.

1.2 Conceito
Importantíssimo para a delimitação do objeto de nosso estudo, o
conceito de bem ambiental não se traduz em algo fácil.
Em excelente monografia sobre o tema, Rui Carvalho Piva anota que “a
vida digna com qualidade representa, certamente, o fim maior a ser colimado pelo
direito em benefício do ser humano, mas a proteção ambiental, sem a qual os outros
interesses, é verdade, não terão onde sobreviver, não é a única proteção capaz de
possibilitar a existência de um homem feliz e digno”. E concluiu, apresentando o
conceito no sentido de que “bem ambiental é um valor difuso, imaterial ou material,
que serve de objeto mediato a relações jurídicas de natureza ambiental”3.
Já Celso Antonio Pacheco Fiorillo retira do próprio artigo 225, caput, da
Constituição Federal, o conceito de bem ambiental, consignando que este é “um bem
de uso comum do povo, podendo ser desfrutado por toda e qualquer pessoa dentro
dos limites constitucionais, e, ainda, um bem essencial à sadia qualidade de vida”4.
Esses dois conceitos fornecidos por ilustres juristas do Direito Ambiental
em verdade se complementam, pois os elementos caracterizadores do bem ambien-
tal por eles trazidos são todos aplicáveis. Por isso já termos tido a oportunidade

2 José Renato Nalini. Ética Ambiental. Campinas: Millennium, 2001, p. 22.


3 Rui Carvalho Piva. Bem Ambiental. São Paulo: Max Limonad, 2000, pp. 111 e 114.
4 Celso Antonio Pacheco Fiorillo. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 2. ed. São Paulo:
Saraiva, 2001, p. 52.

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DIREITO AMBIENTAL

de afirmar que este “é um bem jurídico de natureza material ou imaterial, de uso


comum do povo, e que permite a manutenção de uma vida com qualidade”5.

1.3 Natureza jurídica


A natureza jurídica do bem ambiental se mostra de extrema rele-
vância para sua efetiva proteção, na medida em que, a partir desta verificação,
poderemos analisar a possibilidade de aplicação dos institutos de tutela coletiva
existentes em nosso ordenamento jurídico.
Para isso, é preciso que não olvidemos que, por influência externa, nosso
ordenamento jurídico alicerçou seus pilares na vetusta classificação dos bens em
públicos e privados, tal como o fazia o Código Civil de 1916, e novamente, e
até surpreendentemente, o fez o Codex de 2002 (art. 98).
A supra mencionada dicotomia não atende, entretanto, o avanço dou-
trinário que reconheceu há muito a existência de uma outra categoria de bens,
que não está inserido no âmbito público, e muito menos no particular.
Com efeito, e antes de avançarmos, é necessário destacar que os bens
públicos são, em última instância, aqueles cujo domínio pertence aos entes
federados, como claramente se depreende do conceito legal disposto no artigo
98 do Código Civil.
Esta nova categoria de bens tem como principais características a tran-
sindividualidade e indivisibilidade. Seus titulares são pessoas indetermináveis,
exatamente como o bem ambiental, que, como já mencionado, é bem de uso
comum do povo.
Mas não bastava que a doutrina reconhecesse a existência dessa nova catego-
ria de bens, tanto é verdade que o constituinte de 1988, curvando-se à necessidade
de afastar qualquer discussão acerca do tema, fez menção expressa a eles.
De fato, adotando a terminologia já consagrada na doutrina, a Constitui-
ção Federal previu no artigo 129, inciso III, que o Ministério Público tem como
função institucional a proteção de bens difusos e coletivos. Dentre estes, exempli-
ficativamente, mencionou o patrimônio público e social, e o meio ambiente.
Faltava ainda delimitar o conceito de direitos difusos e coletivos. Nova-
mente, o legislador acolheu as orientações doutrinárias e, aproveitando o ensejo
das discussões legislativas em torno do Código de Defesa do Consumidor, inse-

5 Fernando Reverendo Vidal Akaoui. Compromisso de Ajustamento de Conduta Ambiental.


2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008, p. 25.

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MANUAL DE DIREITOS DIFUSOS

riu no bojo deste diploma legal a classificação de direitos e interesses coletivos


lato sensu, que se dividem em difusos, coletivos e individuais homogêneos, e
receberam uma conceituação legal.
Logo no conceito de direitos e interesses difusos (art. 81, inc. I, CDC)
encontramos os elementos que sustentam que o bem de natureza ambiental
é difuso, pois, de acordo com o texto legal, estes são “os transindividuais, de
natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas
por circunstâncias de fato”.
Os elementos definidores do bem ambiental, constantes do Texto Magno
(art. 225, caput), não deixam dúvida quanto à sua natureza difusa, o que nos
dará amparo para sustentar que pode ser tutelado pela via da ação civil pública
(art. 129, inc. III, CF e art. 1°, da Lei n. 7.347/85), da ação popular (art. 5°, inc.
LXXIII, CF e Lei n. 4.717/65), e de outros instrumentos processuais (mandado
de segurança coletivo, mandado de injunção e ação direta de inconstitucionali-
dade) e extrajudiciais (compromisso de ajustamento de conduta).
Tal afirmação é feita em face da titularidade do bem ambiental, que é de
uso comum do povo. É res omnius e res nullius ao mesmo tempo, o que permite
seu uso racional dentro das limitações legais e a impossibilidade de apropriação
fora das previsões legislativas.
Aliás, este posicionamento nos ajuda a sustentar que, quando a Carta de
Regência afirma em seu art. 20 que determinados bens tipicamente ambientais
(rios, lagos, mar territorial, recursos naturais) são de domínio da União, devemos
interpretar que, na verdade, este ente federado é um mero gerenciador destes.
Fica claro, portanto, que o bem ambiental integra a categoria de bens
de natureza difusa.

1.4 Classificação didática


Os bens de natureza ambiental se apresentam sob diferentes óticas, o que
condiz com a extensão de seu conceito legal (art. 3°, inc. I, Lei n. 6.938/81). No
entanto, para fins didáticos, a doutrina tem consignado uma divisão do meio
ambiente em natural, artificial (ou construído), cultural e do trabalho.
Apesar de tratados em dispositivos diversos da Constituição Federal, toda
a matéria ambiental está mediatamente tutelada pelo artigo 225, caput.
O meio ambiente natural é constituído de elementos necessários ao equi-
líbrio entre os seres vivos e o meio em que vivem. Tal fenômeno é denominado de
homeostase. Os elementos são a flora, a fauna, a água, o solo e o ar atmosférico.

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DIREITO AMBIENTAL

Enquanto que o meio ambiente artificial cuida especificamente do


espaço urbano, sejam as normas que regem os desmembramentos de terras, as
edificações em geral ou os equipamentos públicos à disposição da comunidade
para garantia de sua necessária qualidade de vida.
Em outro panorama, temos o meio ambiente cultural, que engloba a tutela de
todas as fontes da cultura nacional, bem como seu acesso, valorização e difusão (art.
215, caput, CF). O objeto de proteção desta classificação ambiental é tanto material
como imaterial (art. 216, caput, CF), visto que o patrimônio cultural nem sempre é
palpável, como nas manifestações folclóricas, indígenas etc. Tais fontes são decorrentes
de nosso patrimônio histórico, artístico, arqueológico, paisagístico e turístico.
Quanto ao meio ambiente do trabalho, tutela a higidez e a segurança no
local onde é exercida qualquer atividade laboral, de sorte a garantir a qualidade
de vida do trabalhador. A existência desta classificação do meio ambiente está
amparada pelo artigo 200, inciso VIII, de nosso Texto Maior, que admite ser
esta uma vertente do meio ambiente.
Nossa missão, neste trabalho, será analisar o meio ambiente em suas
características natural e cultural, na medida em que as outras duas (artificial
e do trabalho), por terem peculiaridades que merecem uma análise estanque,
deverão ser abordadas em oportunidade mais adequada.

2. Proteção constitucional do meio ambiente

2.1 Panorama geral


Diretamente ou indiretamente, o meio ambiente vem sendo tu-
telado no Brasil desde as Ordenações Afonsinas, com uma intensa produção
legislativa nesta área na década de sessenta. No ano de 1981, ocorre um verdadeiro
marco na história de proteção deste bem jurídico em nosso país, com a edição
da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (.Lei n.. 6.938/81).
Todavia, o ápice da tutela ambiental se dá com a promulgação da Cons-
tituição Federal de 1988, que nos brinda com todo um capítulo dedicado ao
meio ambiente, além de outros dispositivos contidos no corpo da Magna Carta,
e onde são insculpidos princípios e regras que se encontravam de forma esparsa
em nosso ordenamento jurídico infraconstitucional.
Normas de cunho ambiental não são novidades em nossas cons-
tituições, porém, nenhuma delas havia antes demonstrado de forma tão clara
a importância da matéria para nossa sociedade, valendo consignar que em um

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