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Indice

Introdução .................................................................................................................................................. 3
Pergunta de partida ............................................................................................................................... 5
Objecto de Estudo .................................................................................................................................. 5
Objectivo Geral ...................................................................................................................................... 5
Objectivos Específicos ............................................................................................................................ 6
Hipótese da Investigação ........................................................................................................................ 6
A novidade de Investigação.................................................................................................................... 6
Metodologia ............................................................................................................................................ 7
CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 8
1.1-Conceitos e Definições de Turismo Sustentavel............................................................................... 8
1.2- Diagnóstico do Passado – Presente – Futuro .................................................................................. 9
1.3- O turismo na economia mundial ................................................................................................... 10
1.4- Conclusão e síntese do capítulo. .................................................................................................... 11
CAPÍTULO II- O IMPACTO DO TURISMO SUSTENTAVEL PARA O DESENVOLVIMENTO A
NIVEL MUNDIAL .................................................................................................................................. 11
2.1- Desenvolvimento Sustentavel ........................................................................................................ 11
2.2- Factor de êxito do desenvolvimento turístico. .............................................................................. 12
CAPITULO III- ESTUDO DE CASO ANÁLISE DO TURISMO NA ILHA DE LUANDA ................ 13
3.1- Caracterização do trabalho .......................................................................................................... 13
3.2- Justificativa ................................................................................................................................... 13
3.3- O Turismo na Ilha de Luanda ...................................................................................................... 15
Análise FOFA ....................................................................................................................................... 18
3.3.1- A Oferta e procura turistica da Ilha de Luanda. ....................................................................... 18
Oferta turística ..................................................................................................................................... 19
Procura turística .................................................................................................................................. 19
3.4- Estudo de percepção dos turistas .................................................................................................. 20
3.5- Estudo das percepções dos residentes ........................................................................................... 20
3.6-Análise dos questionários ............................................................................................................... 21
3.7- Caracterização dos turistas ........................................................................................................... 22
3.7.1-Avaliação realizada pelos turistas ............................................................................................... 24
1
3.8-Caracterização dos residentes ........................................................................................................ 27
3.9- Questões e Resultados do inquérito de 2016 ................................................................................. 27
3.10- Dados dos Residentes .................................................................................................................. 28
3.11- Conclusão do capítulo ................................................................................................................. 31
3.12- Principais resultados, recomendações e limitações .................................................................... 32
3.13 Contributo para a linhas de investigações futuras ...................................................................... 37
IV- Considerações Finais ......................................................................................................................... 37

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Introdução

Este trabalho visa a contribuir como suporte para o desenvolvimento do sector turistico sustentável
da Ilha de Luanda, como uma actividade socio-economica que garante a criação de postos de trabalho no
seu desenvolvimento económico e na continuidade socio-cultural e parte da mundialização da economia e
da cultura.

O turismo é uma actividade preponderante nas sociedades pós-industriais, é um fenómeno


económico, político, social e cultural dos mais significativos sectores que se originou e se desenvolveu com
o capitalismo. Ele tem representado nas últimas décadas como uma das mais promissoras actividades
económicas mundiais, geradora de postos de trabalho, melhoria de qualidade de vida e geração de divisas.

O turismo é duplamente um fenomeno social total, em primeiro lugar pela sua riqueza e
complexidade, é considerado um objecto de análise, estudo e investigação por parte de todas as Ciencias
sociais. Por outro lado, é pelas diversas implicações, influencias e impactos que tem na vida das
comunidades, regiões e países, (Ramos 1992:189).

Para Mathieson e Wall, o Turismo é um movimento temporario de pessoas para destinos fora dos
seus locais habituais de trabalho e residencia, onde as actividades desenvolvidas durante a sua permanencia
nestes destinos e as facilidades criadas para satisfazer as suas necessidades, evidenciando, assim, a
complexidade da actividade turisticas e as relações que esta envolve.

A turismologia surgiu nos anos 60, foi popularizada em 1972 pelo cientista Zivadin Jovicic como
uma ciencia do turismo por ser simplesmente acertada, desde o ponto de vista da linguagem.

Dentro da comunidade do turismo há um crescente consentimento da relevância do turismo


sustentável, pois, a longo prazo, garante a viabilidade do turismo e o bem-estar dos meios e pessoas
envolventes.

Contudo, o crescimento do turismo pode suscitar impactos negativos sobre os recursos naturais, pela
sua excessiva e má utilização. Alguns destes impactos passam por um ambiente nocivo que faz aumentar a
poluição e a deterioração da atmosfera, degrada valores ambientais, esgotando a vida marinha e os
ecossistemas florestais, desaparecendo flora, fauna e espécies valiosas.

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É necessária a conservação dos recursos, realizando-se políticas eficazes para encorajar e ajudar as
pessoas a participarem no negócio do turismo local para um desenvolvimento económico favorável.

O sector turistico em Angola tem sido um gigante adormecido visto que os agentes economicos nao
apostam no mesmo tendo em consideraçao varios factores que influenciam no adormecimento do mesmo.

Autores como (Guerreiro et al., 2008; Doh, 2006; Aref, Redzuan e Gill, 2009; Tsundoda e
Mendlinger, 2009; Chen e Raab, 2009, citados por Lopes, 2012) analisaram a questão da percepção da
população local sobre os impactos do turismo na sua comunidade. Porém, apesar de não constituir novidade
em relação a afirmação dos mesmos, a constatação generalizada é que o turismo apresenta implicações no
campo socio-cultural, antropológico, económico, entre outros, tanto positivas como negativas para as
comunidades anfitriãs.

A International Scientific Council for Island Development – INSULA (1998), considera que as ilhas
são o segundo maior destino turístico, depois das cidades históricas. Na opinião de Baum (1997, cit. em
Correia, 2002), a atractividade exercida pelos destinos insulares relaciona-se com factores como a sensação
de distanciamento, diferença e aventura e por serem encarados como lugares tranquilos que proporcionam
aos visitantes uma sensação psicológica de domínio.

Os aspectos positivos, o turismo contribui, por exemplo, na geração de postos de trabalho, na Balança
de Pagamento, no rendimento das famílias, no aumento da produção, na consciencialização das pessoas
para a importância de fomentarem o empreendedorismo, na conservação e salvaguarda do património
cultural. Por outro lado, pode dar origem a alguns problemas tais como custos ligados ao desenvolvimento
do sector do turismo, nomeadamente, a inflação, a forte dependência do turismo, a sazonalidade, o fraco
retorno do investimento a curto e medio prazos. Ou seja, o turismo tem a capacidade de criar oportunidades
resumidamente tais como:

-Geração de emprego;

-Integração social das comunidades;

-Promove a criação de pequenas e médias empresas;

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-Preservação do ambiente;

-Incentiva e promove a construção de infraestruturas básicas;

-Gera importantes trocas comerciais e divisas necessárias para o equilíbrio da balança de pagamentos do
Estado Angolano.

Estas hipoteses são confirmadas pela afluência paulatina de turistas a Ilha de Luanda, principalmente
desde 2010, a Ilha tem registado uma evolução significativa do número de turistas, com taxas de
crescimento consistentemente superiores a media nacional.

Pergunta de partida

A pergunta de partida para este trabalho consubstancia-se, em quais as políticas do turismo em curso
no País e para Ilha de Luanda em particular, que contribuem para o desenvolvimento local sustentavel?

Objecto de Estudo

 O turismo sustentavel como instrumento do desenvolvimento económico

Objectivo Geral

Demonstrar como os conceitos derivados da sustentabilidade turistica, podem ser aplicados no


quotidiano, beneficiando do mundo mais compacto, saudavel e de uma economia favoravel, sem prejuizos
das gerações futuras.

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Objectivos Específicos

 Diagnosticar o potencial turistico da Ilha de Luanda;

 Definir métodos que possibilitam o desenvolvimento sustentavel da Ilha de Luanda;

 Caracterizar os turistas que afluem os locais turisticos da Ilha de Luanda;

 Demonstrar até que ponto o desenvolvimento turistico contribui para a diminuição do desemprego.

Hipótese da Investigação

H1-A aplicação rigorosa das políticas do turismo definidas para Angola, contribuem para o
desenvolvimento sustentavel da Ilha de Luanda.

H2- O Turismo contribui para a melhoria da qualidade de vida da população local.

A novidade de Investigação

Consiste em identificar as metodologias definidas no Plano Director do Turismo em Angola, fazendo


acolação prática com os pontos turísticos da Ilha de Luanda e caracterizar o pessoal que frequenta o local,
relação com os residentes, bem como a avaliação dos resultados deste relacionamento em termos de
emprego e satisfação.

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Metodologia

Este trabalho está organizado em três partes essenciais, sendo apresentada inicialmente a
fundamentação teórica antecedida por uma parte introdutória, definindo-se o tema e o que se pretende com
ele, referindo-se as explicações necessárias do que irá decorrer ao longo do relatório, bem como a definição
conceituais de todos argumentos que se impõem no tema do trabalho.

Na segunda parte encontram-se as abordagens teóricas do tema, explicando no que consiste, qual a
sua importância e como está presente a nível mundial.

A terceira parte refere-se a análise de resultados obtidos no processo da investigação, tanto na


primeira como na segunda etapa, bem como a aplicação mais concreta ao caso da Ilha de Luanda, e uma
exploração mais profunda deste tema, apresentando a utilização da metodologia da investigação,
caracterizando o espaço, a evolução do turismo e particularmente as características que a ilha possui para
oferecer.

O trabalho de campo foi desenvolvido no período compreendido entre 2016/2017, através de


frequência constante e até mesmo em algumas vezes estadia na ilha de Luanda.

No último capítulo apresenta-se uma síntese final da monografia, expondo as principais conclusões
em resposta à principal questão do trabalho e aos objectivos expostos inicialmente.

Denotam-se as referências bibliográficas, assim como as limitações e emite-se sugestões para


posterior melhoramento através do reconhecimento da sustentabilidade como um objectivo a alcançar,
sendo muito importante para um próspero desenvolvimento económico.

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CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1-Conceitos e Definições de Turismo Sustentavel

O conceito de turismo sustentável é muito abragente na medida em que muitos especialistas vêm
discutindo esta definição apresentando diversos pontos de vistas. Trata-se de um fenómeno difícil de
descrever e não há uma definição universalmente aceite (Mill & Morrison, 2002), portanto o conceito de
turismo apresenta interpretações diversas e uma variedade de definições e descrições.

O conceito de turismo sofreu grandes alterações ao longo dos tempos, tendo surgido pela primeira
vez em 1910 com o autor austríaco Herman Von Schullern Schrattenhoffen. No entanto, foram os
professores Valter Hunziker e Kurt Krapf, em 1942, que estabeleceram a definição mais elaborada,
considerando o turismo como o conjunto das relações e fenómenos originados pela deslocação e
permanência de pessoas fora do seu local habitual de residência, desde que estas deslocações e
permanências não sejam utilizadas para o exercício de uma atividade lucrativa principal.

É um automobilista de gestão de todos os recursos, de tal forma que as necessidades económicas,


sociais e ambientais possam ser satisfeitas sem desprezar a manutenção da integridade cultural, dos
processos ecológicos essenciais, da diversidade biológica e dos sistemas que garantem a vida, (Luis
Noronha 2010).

Segundo a OMT o turismo sustentável deve ser aquele que salvaguarda o ambiente e os recursos
naturais, garantindo o crescimento econômico da atividade, ou seja, capaz de satisfazes as necessidades das
presentes e futuras gerações.

O Turismo Sustentáve deve acima de tudo buscar a compatibilização entre os anseios dos turistas e
os das regiões receptoras, garantindo não somente a proteção do meio ambiente, mas também estimulando
o desenvolvimento da atividade em consonância com a sociedade local envolvida.

O conceito de turismo pode ser definido como “a atividade ou as atividades económicas decorrentes
das deslocações e permanências dos visitantes.” (Cunha, 2009), no entanto analisando esta definição ao
pormenor torna-se demasiado vaga e de contornos ilimitados. Vários autores procuraram definir esta
atividade complexa e multissectorial, tentando abranger todos os aspetos que a envolvem.

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Como actividade económica capaz de gerar rendas e rendimentos, o turismo tem um reflexo notório
para o desenvolvimento da Ilha de Luanda. Nesta perspectiva o desenvolvimento do turismo pode ser
promovido utilizando diferentes modelos que segundo (Ângela Manuel 2016) em algumas ocasiões podem
ser não apenas destino mas divergentes.

1.2- Diagnóstico do Passado – Presente – Futuro

Escrutando a literatura universal em razão da matéria, pode-se observar que, o turismo tem vindo a
evoluir desde o século XIX, através do repouso, cultura, negócios, saúde, vida profissional e relações
familiares e de amizade como principais objectivos. Este se iniciou com a Revolução Industrial, onde os
deslocamentos tinham como intuito fundamental o lazer. Contudo, tanto na Grécia Antiga como no Império
Romano o turismo já era muito importante na cultura, diversão, religião, desporto e até mesmo na saúde.

Foi no final do século XVI que surgiram as palavras essenciais desta vertente, como turismo e turista,
pelo costume de mandar os jovens aristocratas ingleses para fazerem uma gran-tour no final de seus estudos.

A crise de 1929 e a Segunda Guerra Mundial, afectaram negativamente o turismo, porém em meados
de 1950 ocorreu um crescente progresso deste sector devido à estabilidade social e à recuperação económica
de determinados países, surgindo a sociedade do bem-estar, com a finalidade de fugir das cidades,
aproveitando os tempos livres para conhecer novos produtos e locais.

Autores como Gómez (1997) e outros considerem que o desenvolvimento sustentável é gerado entre
o final do séc. XIX e o início do séc. XX, o conceito começou a ser aplicado nos finais do séc. XX, o
processo de desenvolvimento do turismo sustentável Só é considerado desenvolvimento quando traz
beneficios que contribui para a melhor qualidade de vida, quando não acumula riquezas e nem compromete
o ambiente.

Existem duas características fundamentais para conceito de Turismo sustentável, onde o memo é
intendido como uma busca pelo que não é possível afirmar.

De acordo com o Instituto Brazileiro de Turismo (EMBRATUR) O ecoturismo é um segmento da


actividade turistica que ultiliza de forma sustentável o patrimonio natural e cultural, incentiva a conservação

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e busca a formação de consciencia ambientalista através da interpretação do ambiente promovendo o bem-
estar das populações envolvidas.

O ecoturismo é um termo relativamente novo, referindo-se segundo Ceballos como turismo baseado
na natureza, viajando-se para zonas relativamente imperturbadas, não contaminadas e intactas, com o
objectivo específico de estudar, observar ou desfrutar da paisagem ajudando o planeta onde as pessoas
podem participar activamente na preservação das áreas protegidas que estão visitando.

O ecoturismo intervém na diversificação da economia, gerando investimento para o desenvolvimento


dos locais turísticos, principalmente nas áreas mais isoladas, que não retém benefícios económicos de outras
actividades devido à sua localização.

A sustentabilidade económica segundo (Ignacy sachs) é a locação e gerenciamento dos recursos e de


fluxo constante de investimento públicos e privados. A visão do autor sobre a sustentábilidade economica
a mesma seja avaliada em termos macrossociais, e não apenas por meio do criterio da rentabilidade
empresarial de caracter microeconomico.

A sustentabilidades economica é um dos princios que garante a proteção do meio ambiente, porque
os recursos presentes nos destinos turísticos contribuem no aumeto da rentabilidade dos local turisticos,

Angola tem capacidade para se tornar uma nova fronteira do Turismo no século XXI. Os
investimentos públicos em turismo são ferramentas importantes para criar maior valor agregado na região.
Inúmeros locais utilizam o turismo como meio de desenvolvimento económico, planeando e expondo novas
atracções e produtos, realizando publicidade através das midias, para alcançar um desenvolvimento turístico
sustentável mediante a captação de novos mercados e da regulação da sazonalidade.

Logo, pretendem-se aumentar os benefícios do turismo pelo reconhecimento das melhores práticas,
normas e sistemas de gestão da intervenção na qualidade das actividades turísticas, diminuindo os efeitos
negativos, através de uma aplicação optimizada do excedente criado pelos visitantes.

1.3- O turismo na economia mundial

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O turismo é o sector com maior crescimento a nivel mundial, ele representa para os Países africanos
uma das formas de diversificação da sua abase económica, além de extração de recursos naturais, tendo
como Angola, por exemplo, vindo apontar como prioridade o desenvolvimento do sector para o aumento
de receitas e de divisas.

A crise económica que o País enfrenta, motivada pela baixa do preço de petróleo no mercado mundial,
bem como pelos excessivos gastos que grande parte da sociedade angolana se habituou, influenciou
negativamente o turismo, ocorrendo uma queda das receitas, falta de crédito, aumentou o desemprego que
levou à diminuição das reservas de dinheiro auferidas pelos utentes, logo menos gastos em viagens,
causando uma queda da confiança e da procura neste mercado, isto no ponto de vista externo. Internamente,
o País tem outros locais turísticos, mas, o acesso a esses locais é bastante deficitário, tendo em consideração
o mau estado das estradas. Contribuiu ainda para o abaixamento do turismo em Angola, as politicas que se
vinham implementando, sobretudo a burocracia de obtenção de vistos. Estes constrangimentos poderão ser
ultrapassadas com as novas políticas do Executivo que aposta amplamente na diplomacia económica, tendo
criado estratégias abragentes em relação ao desenvolvimento do turismo, entre os quais, a superação de
vistos de turismos dentro das fronteiras de possibilidades.

1.4- Conclusão e síntese do capítulo.

Neste capítulo notou-se que ainda não possui uma definição mais abrangente. Consoante as
necessidades que o Homem manifesta, deste modo, o turismo é uma actividade com elevado potencial para
o crescimento económico. Para que isso seja possivel, devem-se reduzir os consumos dos recursos naturais,
intencificar, inovar nos produtos e serviços apresentados aos turistas e residentes.

CAPÍTULO II- O IMPACTO DO TURISMO SUSTENTAVEL PARA O


DESENVOLVIMENTO A NIVEL MUNDIAL
2.1- Desenvolvimento Sustentavel

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Para Sachs (1998), o conceito de sustentabilidade surgiu da tentativa de conciliação entre ecologia e
economia. Gutberlet (1998) contribui com a ideia de ecodesenvolvimento, que observa o princípio de
minimizar os impactos da economia sobre a ecologia, sem restringir a qualidade de vida das populações e
a satisfação de suas necessidades básicas. Os principais instrumentos na tentativa de correção dos prejuízos
já ocorridos seriam o progresso desmedido, com uso da tecnologia e da ciência. As atividades de qualquer
cunho, ao serem planejadas visando à sustentabilidade, devem estar orientadas por padrões de conservação
em primeiro plano, ou seja, estar adequadas ao progresso a níveis cada vez menores de degradação
ambiental e impactos culturais.

As estratégias de desenvolvimento sustentável deverão ter como principais características:


viabilidade econômica, justiça social, priorização ecológica e aceitação moral e estética. No entanto, a falta
de precisão do conceito de sustentabilidade mostra-se evidente pela ausência de um quadro de referência
teórico, capaz de relacionar sistematicamente as diferentes contribuições dos vários conhecimentos
específicos relacionados.

2.2- Factor de êxito do desenvolvimento turístico.

O sector do turismo interno projetou atinguir uma meta de 4,5% milhões de turista até o ano de 2020,
mas para que isso se concretize é necessario que o sector cresca em termos de melhoria da qualidade dos
serviços e diminuição dos preços dos serviços prestados,o sector turistico pretende atinguir 60% dos turistas
nacionais isso só sera possivel quando os preços das unidades hoteleiras baixarem.

(Januário Marra).

O património turístico contém um conjunto potencial de bens materiais à disposição do Homem que
podem utilizar-se mediante um processo de transformação de meios técnicos, económicos e financeiros,
para satisfazer as necessidades turísticas, Necessidades estas que passam por atracções como a cultura,
tradições, restauração, animação, paisagens, entre muitos outros, resumidos em bens e serviços que se
referem como recursos e podem proclamar como recursos turísticos, tornando mais apelativa a estadia dos
visitantes, fazendo com que retornem aos destinos que os ofereceram maor qualidade ou interesses a cada
visitante.

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CAPITULO III- ESTUDO DE CASO ANÁLISE DO TURISMO NA ILHA DE
LUANDA
3.1- Caracterização do trabalho

Neste capítulo descrevem-se os objectivos gerais assim como o método empírico utilizado para o
desenvolvimento da monografia.

Será apresentada a metodologia efectuada para a investigação do trabalho, as principais questões de


investigação e a metodologia presente em cada uma das amostras, residentes e turistas. Posteriormente
serão analisados os dados adquiridos e expostos os resultados dos inquéritos.

Para além destes factores, o crescimento do turismo na Ilha ao longo dos anos e as perspectivas da
sua continuidade, contribuíram para a motivação da execução deste trabalho. O trabalho incidiu sobre dois
grupos na Ilha de Luanda, turistas e residentes, para a melhoria do processo de tomada de decisão no
planeamento e gestão da ilha.

3.2- Justificativa

Estas considerações revestem particular interesse para a presente investigação, uma vez que se
escolheu como caso de estudo, a Ilha de Luanda e porque quando se visita esta ilha, espera-se certa
qualidade nos aspectos sociais, culturais e ambientais que devem ir de encontro à sustentabilidade do meio
ambiente.

A principal questão de investigação está enquadrada no sector do turismo sustentável, pretendendo-


se investigar como é que a Ilha de Luanda o aporta e como o deveria melhorar para cativar o turismo e deste
modo ter uma forte contribuição no desenvolvimento económico da cidade Capital Angolana (Luanda) e
do próprio país. Outro dos motivos foi responder à questão sobre se os factores analisados permitirão fazer
face ao que se viveu, vive e se pretende viver na Ilha de acordo com o seu desenvolvimento turístico.

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Alguns outros objectivos passam por encontrar potencial de desenvolvimento nos factores
apresentados para um próspero progresso da Ilha identificando as principais dificuldades e desafios, meios
e soluções utilizados para os enfrentar.

No desenvolvimento do trabalho teve-se em consideração algumas hipóteses de forma a


complementar a questão central da monografia, denotando-se estas na comprovação das vantagens
competitivas que o turismo sustentável garante em relação aos locais que não o implementam e também,
se há procura e consideração suficiente pela área, por parte dos turistas, que justifique a implementação
deste tipo de turismo.

Aquando a realização do presente trabalho, não foram identificados muitos projectos em curso sobre
a construção e/ou aplicação de indicadores de sustentabilidade do turismo na Ilha de Luanda. Deste modo,
com a realização desta monografia, pretende-se preencher parte desta lacuna, apresentando um contributo
para a identificação dos principais pontos fracos e fortes.

O processo de investigação para o estudo empírico foi desenvolvido em várias fases. Inicialmente
realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre estudos de casos relacionados com o turismo sustentável e
posteriormente na própria Ilha de Luanda, de onde se retiraram as questões de investigação para a
formulação dos questionários e deste modo realizar-se um estudo comparativo anual quanto à evolução do
turismo na ilha. Porém não se encontraram muitos estudos, denotando-se a necessidade da realização de
mais trabalhos nesta área.

Na realização dos questionários teve-se por base os inquéritos ―Questionário aos Turistase
―Questionário aos Residentes‖ utilizado no âmbito do estudo efectuado pelo Rui Santos Silva sobre a
sustentabilidade do turismo na Ilha de Luanda, desenvolvida pela Delloite Angola (2014).

Com este questionário pretendeu-se averiguar essencialmente a opinião dos residentes face ao
turismo, qual a satisfação dos turistas com a sua estadia e se as suas expectativas foram além do esperado
ou se ficaram decepcionados.

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O método da entrevista é preferível em termos de qualidade da informação obtida e da taxa de
resposta, no entanto traz desvantagens em termos de custos, pois o recurso a entrevistadores podem ser
muito dispendiosos, o tempo disponível para levar a cabo as entrevistas é limitado, as respostas aos
inquéritos podem ser baixas e podem exigir métodos complexos de amostragem para assegurar dados
representativos da população. Como vantagens é de notar o aumento da precisão, dado que a informação é
obtida junto do turista, permite a recolha de informação mais detalhada e a determinação do período de
recolha. Seguidamente identificou-se a população alvo e definiu-se a amostra, gerada aleatoriamente a
partir dos 18 anos de idade na Ilha de Luanda, e recolheram-se os dados. Estudou-se a informação através
da construção de bases de dados de acordo com as regras estatísticas mais apropriadas ao estudo em questão.
Por fim, analisaram-se os resultados e discutiram-se os mesmos, retirando as conclusões necessárias, de
forma a alcançar os objectivos apresentados.

3.3- O Turismo na Ilha de Luanda

A Ilha de Luanda situa-se na sede Capital de Angola, banhada pelo oceano atlântico e fazendo
fronteira terrestre com distrito de ingombotas, com uma localizaçao geografica privilegiada, usufruindo de
uma baia e de uma restinga, que se estende por mais de 14 kms de praias, permitindo boas acessibilidades,
tanto por terra como para o mar.

A Ilha de Luanda possui o principal porto e centro económico do país, constituído pelos bairros da
Chicala 1, Chicala 2, Kianda, Praia do Bispo e Marginal.

Demograficamente a Ilha de Luanda caracteriza-se pelo elevado efectivo populacional, maculado


apenas pelas transformações que abrangiu a Provincia de Luanda, o que originou a migração de muitos
desses povos para os outros pontos da Província.

A Ilha de Luanda tem vindo a ganhar uma nova imagem com as obras de requalificação da Avenida
Murtala Mohamed, a bela vista do novo calçadão, logo á entrada da ilha e os enormes barcos que podem
ser avistados de longe dão ao horizonte um ar de grandeza, trasmitindo aos visitantes/turistas varias opções
de acesso para chegar a praia onde os mesmos têm a oportunidade de desfrutar de um panorama

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extremamente agradável, porque tudo na ilha de Luanda transpira charme e beleza, por outro lado o visitante
vislumbra de uma parte da cidade de Luanda onde a remodelada Marginal é o cartão de visita.

A Ilha de Luanda é um cordão litoral em Angola, composto por uma estreita língua de terra com 7
km de comprimento que separando a cidade de Luanda do Oceano Atlântico, cria a Baia de Luanda, a ilha
encontra-se ligada á cidade por um pequeno istmo no sopé da fortaleza de São Miguel, ela é composta por
três comunas, Imgombota, kinanga e ilha do cabo.

Na ilha esta localizada a igreja da nossa senhora do cabo, a mais antiga de Angola fundanda em 1575
pelos quarentas portugueses que viviam na ilha antes da mudança da cidade de Luanda para o continente,
feita por Paulo Dias de Novais.

Os habitantes originais da Ilha são Axilwanda (Axilwanda), um subgrupo dos Ambundu, em tempos
súbditos do rei do congo. Os seus descendentes, “ os pescadores da Ilha” guardam até hoje alguns hábitos
tradicionais, no mês de Novembro comemora-se a Festa da Kianda, ritual de veneração a divindade das
águas, protectora dos pescadores, na Ilha também se encontram dois clubes náuticos históricos, que são: o
Clube Náutico e Clube Naval.

A Ilha de Luanda, mais concretamente o ponto final, tem vindo a apresentar uma crescente apetência
para o desenvolvimento turístico, com a captação de alguns investimentos. No entanto, pela
heterogeneidade da ilha, há necessidade de desenvolver um Plano Estratégico capaz de contemplar os
distintos recursos turísticos dispersos pelo território.

Apesar do esforço de investimento desenvolvido pelo Governo na dinamização da oferta e promoção


turística, o efeito para a Ilha é reduzido quando comparado com outras ilhas ao nível dos Países de Lingua
Portuguesa em Àfrica. A evolução positiva do turismo na Ilha de Luanda, deve-se sobretudo à Ilha do
Mussulo.

De facto, esta Ilha representa actualmente cerca de 64% do total de dormidas, enquanto a
representatividade das duas Ilhas, no seu conjunto, é de apenas 36%. Na Ilha de Luanda, a sazonalidade da
procura é muito acentuada. Nos meses de Outubro à Dezembro, época alta, a afluência de turistas na Ilha
aumenta bastante quando comparada com o número de hóspedes dos meses de Janeiro à Setembro, época
baixa.

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Para além das dormidas, a alimentação representa um gasto muito relevante, cerca de pelo menos um
terço dos gastos turísticos. Os objectivos estratégicos para o desenvolvimento do turismo na Ilha de Luanda
entre 2016-2017 passam essencialmente por aumentar o produto turístico em 6,8%, criar posicionamento da
Ilha de Luanda dentro do País e redesenhar e focalizar a oferta, de forma a aumentar o número de turistas, a
estadia média e consequentemente o aumento do gasto médio.

O nível de maturidade dos produtos turísticos na Ilha de Luanda é bastante reduzido, encontrando-se
ainda numa fase de recurso ou produto turístico emergente. No entanto, devem-se potenciar produtos
turísticos diferentes em cada um dos lugares turísticos, no Ponto Final, Marginal, Museu das Forças Armadas
(Fortaleza de São Miguel), e o turismo náutico, isto é, a cultura do mar.

As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC´s) são um instrumento importante na divulgação


do marketing Ilheu e melhoram a eficácia e eficiência da estrutura económica e administrativa, aumentando
o acesso à informação e o conhecimento por parte dos turistas, sendo um grande difusor da imagem ao
exterior, tanto a nível regional como internacional.

Porém, a distribuição e propaganda através da internet realizada para Ilha é mínima e a estratégia de
comunicação baseia-se na riqueza paisagística e de biodiversidade. No caso específico da Ilha de Luanda, os
investimentos em promoção têm sido significativos no mercado nacional, o que denota uma clara estratégia
de aposta na penetração neste mercado, denotando-se que se procura abranger um nicho de mercado,
apostando na personalização por alguma segmentação, usufruindo de mais investimento por cada público-
alvo.

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Análise FOFA
Tabela 1

FORÇAS FRAQUEZAS
Politica de expansão do turismo perfeitamente Falta de infra-estruturas que possibilitem o acesso fácil
definida; aos locais de lazer;
Criação do ambiente interno do turismo; A má conservação dos edifícios históricos das cidades;
Aposta gradual quantitativa da Rede de hotéis e A utilização inadequada dos locais com valores
similares; culturais históricos;
Existência de Associações que ajudam em Número bastante exíguo de guias turísticos;
traçar estratégias do desenvolvimento do Falta de criação de pacotes turísticos definidos;
turismo; A alta de preços dos hotéis e lugares turísticos
A aposta na diversificação das fontes de existentes.
receitas.

OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Ambiente económico mais aberto e favorável A imigração ilegal bastante acentuada;
para o crescimento da classe; Vasta fronteira do País sem cobertura necessária;
Incentivos aos investidores nacionais e Entrada de novos elementos no sector com culturas
estrangeiros param o sector do turismo no País; alheias aos hábitos e costumes das comunidades
Liberalização de visto de turismo por parte das angolanas.
autoridades competentes.

Fonte: Elaboração própria

3.3.1- A Oferta e procura turistica da Ilha de Luanda.

Os aspectos relacionados com a oferta e a procura turística em espaços de lazer têm uma demanda
elevada; o governo e a administração da Ilha de Luanda, poderiam apostar mais e incentivar os particulares,
visto que todos os investimentos nesta área rondam à volta da Baia de Luanda; os serviços prestados e a

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falta de concorrência; podem se tornar inviável a possibilidade de turismo calmo e ligado à natureza; os
preços de hotelaria e a degradação da qualidade de vida pela saturação do meio.

Oferta turística

Para que a Ilha de luanda se torne o principal ponto de atracção turística é necessario que as principais
limitações e possibilidades sejam evidenciadas tornando a Ilha como uma marca propria que para além de
atrir turistas geram um crescimento economico consideravél onde o turismo seja viavel e sustentável que
possa preservar o patrimonio, a fauna e a flora no contributo das contribuições das tradições.

A Ilha de Luanda oferece uma diversificação de atração que satisfazem o seguimento populacionais,
com uma paísagens únicas tem monumentos raros que oferecem actividades extraordinaria de qualidade e
singularidade, hospitalidade composta pelos transportes de diversas formas de alojamentos, alimentação,
recreação, entretenimento estabelecimento noturno, artesanato, hoteis e ofertas diversificadas que
enriquecem a atracção segmentação do turismo na Ilha de Luanda.

Procura turística

A Ilha de Luanda é procurada por ser o maior ponto de referência em termos de turismo em Angola
com diversidades cultural, clima, paisagem, gastronomia, por curiosidade sendo o publico alvo mas exigente
torna-se necessario aliar factores que o tornam o turismo mas interessante desde a qualidade de vida ao
alojamento.

19
3.4- Estudo de percepção dos turistas

O questionário realizado foi baseado nos inquéritos referidos anteriormente para facilitar a sua
comparabilidade, apresentando algumas modificações em determinadas questões consoante os objectivos do
trabalho para obter uma opinião autêntica dos turistas. Este foi dividido em três grupos principais: as
características sóciodemográficas da amostra; os aspectos ligados à viagens de atitudes e motivações. e foram
abordados em hotéis, por e-mails e locais de visitas turísticas de forma a aumentar a contribuição do maior
número de turistas num menor espaço de tempo.

Na amostra considerou-se como Universo o conjunto de turistas da Ilha de Luanda, definido através
do método de amostragem aleatória com características estatísticas da população de Bernoulli. A
especificação desta população resulta de situações relativamentes claras onde os elementos podem ser de
dois tipos: os que possuem ou não possuem determinada característica.

Apesar de teoricamente a observação exaustiva conduzir a resultados exactos, desaparecendo o erro de


amostragem, tipicamente os erros de recolha da informação aumentam imenso, logo ao recolher e processar
uma menor quantidade de informação, diminuem-se as possibilidades deste tipo de erro.

3.5- Estudo das percepções dos residentes

Através do estudo aos residentes pretende-se avaliar suas opiniões e percepções em relação ao turismo
e ao que este pode desencadear naquela localidade de Luanda, para auxiliar nas medidas que devem ser
tomadas para um favorável desenvolvimento sustentável. Como objectivos para esta vertente do trabalho
fixaram-se as opiniões, expectativas e avaliações dos residentes relativamente ao desenvolvimento do
turismo e seus impactos, reconhecendo quais os aspectos positivos e negativos para a Ilha.

O questionário aos residentes foi dividido em quatro referências fundamentais: os aspectos sócio-
demográficos; o grau de envolvimento no sector do turismo; variáveis de caracterizações de experiências
pessoais e a opinião deste sector.

20
Na sua realização foram utilizados os mesmos inquéritos referidos para os questionários dos turistas e
considerou-se como Universo de estudo a população residente na Ilha de Luanda.

A amostra foi definida através do método de amostragem aleatória com características estatísticas da
população de Kianda e a especificação desta população é idêntica à utilizada para os turistas. Tendo também
em conta o tempo e os recursos disponíveis, decidiu-se distribuir os questionários durante o mês de Setembro
à Dezembro, por serem os meses em que os turistas também os preencheram e porque os residentes têm uma
maior noção da permanência dos visitantes na Ilha nestas datas. Os inquiridos foram abordados em locais
públicos, como mini-mercados, hotéis e por e-mails. Também realizou-se o método de amostragem por
quotas através duma fracção amostral, estipulando-se uma amostra de 50 indivíduos, tomando por referência
o total de residentes dos Bairros da Ilha em estudo durante os anos de 2016 e 2017.

A apresentação, análise e interpretação dos resultados obtidos através deste questionário aos residentes
é realizada posteriormente, através de técnicas estatísticas, com o auxílio do Microsoft Excel.

3.6-Análise dos questionários

Da análise efectuada aos questionários, apurou-se que os indicadores de sustentabilidade auxíliam a


síntese de informação, a quantificação de problemas e a clarificação de determinados fenómenos, sendo
muito importantes como ferramenta de análise e diagnóstico. Neste ponto de vista, acha-se prudente a
insistência na necessidade de informação sobre o desenvolvimento sustentável, porquanto, é necessário,
elaborar indicadores a fim de que eles constituam uma base útil à tomada de decisão a todos os níveis.

A comparação entre os resultados dos inquéritos de 2016/2017 foi realizada com prudência, mas deve-
se ter em conta que não foram feitos os testes que nos permitam detectar se as diferenças encontradas são
estatisticamente significativas. No entanto, em ambos os casos em estudo, a metodólogia de amostragem e
de recolha de informação foi idêntica na realização e análise dos inquéritos, questionando-se
aproximadamente 50% de pessoas de cada genero para uma distribuição homogénea da amostra.

Na análise das respostas teve-se em consideração a percentagem de turistas que não responderam a
determinadas questões e tendo em conta que maioritariamente as questões foram respondidas não ocorreram
problemas de enviesamento de resultados.

21
3.7- Caracterização dos turistas

Foram inquiridos cerca de 50 turistas que apresentaram uma idade média variando entre os 18 e 78
anos de idade.

Os turistas que responderam aos questionários detêm uma escolarização maioritariamente do ensino
superior, seguido pelo ensino básico e secundário, profissional, técnico ou comercial.

Quanto à situação profissional, os turistas são na sua grande parte trabalhadores e estudantes, como se
pode ver no gráfico.

Gráfico 1-Frequência de Turistas


Gráfico Tabela 2

Nacionalidade Dados Percentagem


Frequência Brasileira 22 44%
44%
4% 46% 6% Moçambicana 02 4%
Portuguesa 23 46%
Sueca 03 6%

Fonte: Criação Própria Total 50 100%

O gráfico e tabela a cima, demonstram exactamente que os turistas que mais frequentaram a Ilha de
Luanda foram os Portuguesa com 46%, seguindo-se os Brasileiros com 44%, constatando-se uma diferença
mínima, sendo que os Moçambicanos foram os que estão com uma representatividade inferior com 4%.

22
Tabela 3

Gráfico 2-Frequência de Turista Idade Quantidade Frequência


25 05 10%
Frequência
25 à 34 12 24%
34%
24% 35 à 44 17 34%
10% 22%
45 à 54 11 22%
6%
4%
55 à 64 03 6%
25 25 à 35 à 45 à Mais de 65 02 4%
34 44 55 à 65 ou
54 64 mais Total 50 100%

Fonte: Criação Própria Fonte: Criação Própria


O Gráfico e a tabela a cima, revela que a idade dos turistas que mais frequentou na Ilha de Luanda no
período da pesquisa foi a compreendida entre 35 à 44, correspondente a 34%, enquanto que os turistas de
65 anos ou mais, foram os que frequentaram menos, representando 4% do total dos inquiridos.

Gráfico 3-Situação de Académica

Tabela 4

Nivel de Escolaridade Quantidade Percentagem


Situação Académica Médio 10 20%
Médio Curso Técnico 15 30%
6%
20% Curso Técn Licenciados 13 26%
18%

Licenciados Mestres 09 18%


30%
26%
Mestre Doutorados 06 6%

Doutorado Total 50 100%

Fonte: Criação Fonte: Criação Própria


Ao analisar a situação académica dos turistas inquiridos, constatou-se que 30% possuem o curso
técnico com maior representatividade, enquanto que os doutorados foram os menos representados com 6%.

23
Tabela 5

Gráfico 4- Razões de Hospedagem 1


Razões de Hospedagem Qtdade Percentagem

Razões de Hospedagem Confiança 46 21,80%


Segurança 43 20,37%
21,80%
20,37%22,27%
18,48% 17,06% Capacidade de Resposta 47 22,27%
Tangibilidade 39 18,48%
Empatia 36 17,06%
Total 211 100%

Fonte: Criação propria Fonte: Criação Própria


Questionados sobre as razões de hospedagem nos hoteis da Ilha de Luanda, mais de 22% respondeu
ser por razões de capacidade de resposta e cerca de 17% responderam ser por empatia, que representa a
menoria. Neste gráfico observa-se uma relatividade maior em termos de resposta.

3.7.1-Avaliação realizada pelos turistas

A Ilha do Cabo tem uma grande vantagem pela sua proximidade com a cidade de Luanda e o baixo
custo em transportes tanto terrestre, como marítimos, deste modo, a maioria dos turistas usufruem destes
benefícios assim descriminados videm a baixo:

1- Actividades relacionadas com o mar; restauração

2 - Atracções e instalações que incluem os serviços de transportes e diversas actividades que se encontram
em locais fechados como cafés, bares, restaurantes e outros.

1 – Numa escala de 1 a 5, 36% demostraram satistação pela cultura, gastronomia,paisagem


ambiental que a Ilha proporciona e 14% julgam que tem se feito muito pouco para a preservação
do ambiente turistico na Ilha de Luanda, dentre os entrevistados muitos destes veem por motivos
de férias e lazer, seguindo-se pela visita a amigos e familiares.

Após ser realizada a análise descritiva dos motivos das visitas à Ilha, o nosso estudo procedeu a um
levantamento que visa a determinar as idades de pessoas que mais realizam actividade turistica na Ilha de
Luanda.
24
Nesta análise foram utilizados os dois motivos mais apresentados pelos turistas. Aplicou-se uma
análise factorial para testar a existência de associação entre as duas variáveis, observando-se essencialmente
o motivo que refere a visita a amigos ou familiares, pois a sua ênfase colabora a hipótese de que os mais
jovens viajam para visitar e conhecer a Ilha de Luanda.

Na análise dos questionários foi muito importante denotar que a grande maioria dos turistas pretende
voltar a Luanda e que os recomendaria aos seus amigos, apostando-se na principal fonte de marketing, isto
é a estratégia de boca-a-boca.

O grau de satisfação global com a visita é outro factor relevante e foi baseado numa escala de 1 a 5,
que ia desde o muito insatisfeito até ao muito satisfeito, respectivamente. Para testar a existência de
associação entre o grau de satisfação com uma nova visita a Ilha de Luanda, foi aplicada uma análise
factorial, onde se estudaram os graus de correlação de Pearson entre as variáveis e os p-value para as
hipóteses H0: 37 0 vs. H1: 0.

Os resultados do teste apontam para a inexistência de associação entre estas duas variáveis,
denotando-se falta de coerência nas respostas dos turistas, pois maioritariamente referiram que voltavam a
Luanda mas quando pontuaram ao nível da sua satisfação com o local referiram classificações mais baixas
que as esperadas.

Deste modo, conclui-se que as variáveis não estão correlacionadas significativamente, validando H0.
A fonte de informação utilizada pelo turista é uma variável qualitativa importante para o planeamento e
marketing turístico, pois relata como os visitantes tomaram conhecimento do destino.

Para testar a existência de associação entre a fonte de informação e o motivo da viagem, foi aplicada,
da mesma forma, uma análise factorial. Os resultados do teste apontam para uma correlação elevada entre
estas duas variáveis. Deste modo, conclui-se que as variáveis estão correlacionadas significativamente,
rejeitando H0, corroborando a teoria de que quem recebe recomendações dos amigos e familiares acaba por
visitá-los.

Em 2016 os principais tipos de alojamento foram os hotéis, seguido por outro, de onde se retira que se
encontram nesta referência a casa dos amigos e familiares pois não foi colocada esta indicação na questão,
pensão e turismo rural.

25
Para testar a existência de associação entre o tipo de alojamento utilizado pelos turistas com a situação
profissional e o nível de escolaridade, foi aplicada uma análise factorial, para as hipóteses H0: 0 vs. H1: 0.

Os resultados do teste apontam para uma existência mínima de associação nas variáveis situação
profissional e grau de escolaridade. Deste modo, conclui-se que a situação profissional e o nível de
escolaridade não estão correlacionados significativamente com as restantes variáveis, mas que as variáveis
do alojamento estão, rejeitando H0.

Para além do teste de Esfericidade de Bartlett apontar para a existência de correlação entre as
variáveis, permitindo prosseguir com a análise factorial, também a medida de associação de KeiserMeyer-
Olkin (KMO), que varia entre zero e um, compara as correlações simples com as parciais observadas entre
as variáveis.

A duração da estadia dos visitantes varia substancialmente de cada ponto da ilha de Luanda, onde por
média na Baía de Luanda a estadia é de 3 dias, no Pico de 4 dias e no ponto final, é de 2 dias. A estadia
média em 2016 na Baía de Luanda era de 2,6, facto que aumentou bastante, passando a ser de oito dias.

Após ser realizada a análise descritiva dos atributos referidos estudou-se a relação de alguns deles
com a idade dos visitantes. Para este estudo foram utilizados os seguintes atributos: singularidade do
destino, convívio com amigos, nível de preços, património, natureza, tranquilidade e ritmo de vida,
isolamento e qualidade do ambiente.

Aplicou-se uma análise factorial para testar a existência de associação entre as diversas variáveis.
Desta forma, foi apresentado um grau de correlação de Pearson de 0,361 e 0,409 e um 0, concluindo-se que
partes das variáveis estão correlacionadas significativamente, validando H0.

Os resultados do teste apontam para a existência de uma associação entre a idade, o património e a
cultura, enquanto as restantes variáveis não são correlacionadas pois as divergências de opiniões entre as
idades não são significativas. As visitas aos amigos foram o principal motivo referido pelos turistas na visita
a Luanda fora da época de cacimbo, seguido pelos fins-de-semana de descanso devido à tranquilidade
presente na Ilha do Cabo.

As actividades levadas a cabo nas Ilha do Cabo, fornecem informação sobre os produtos turísticos
procurados e as infra-estruturas utilizadas, sendo útil ao planeamento da Ilha.

26
Grande parte das actividades de 2016 coincidiu com as mais praticadas em 2017, demonstrando os
principais pontos a melhorar e os que se devem manter.

3.8-Caracterização dos residentes

Foram inquiridos 50 residentes com idade média variando entre os 18 e 71 anos de idade,Os residentes
que responderam aos questionários detêm uma escolarização baixa na sua maioria, onde o ensino superior
representa cerca de 13%, seguido pelo ensino básico, 30% e secundário, profissional, técnico ou comercial
com 49,5%, sendo que os demais 7.5% não têm qualquer nível de escolaridade.

Em 2016 não foram verificadas estas percentagens, sendo o ensino básico o mais apresentado,
seguido pelo secundário, e só depois pelo universitário, facto bastante semelhante aos inquéritos de 2017 e
que poderá ter sido originado por terem sido inquiridas pessoas mais velhas nos questionários, pois eram
as que se encontravam em casa, local onde se colocaram as questões.

3.9- Questões e Resultados do inquérito de 2016

Tem algum envolvimento pessoal no sector do turismo Sim - 11%, Não - 89%;

Os locais turísticos da Ilha de Luanda contribuem no crescimento económico do Município? Sim -


36%; Não - 64%;

Nos últimos dois anos, efectuou alguma viagem para fora da ilha onde reside Sim - 63,3%; Não -
36,7%;

Das viagens efectuadas constatou alguma diferença em termos de atendimento? Sim - 86%, Não -
14%

Se efectuou uma viagem nos últimos anos, qual foi o motivo dessa viagem - Férias/Lazer - 56%;
Visita a amigos ou familiares - 18%; Negócios/Motivos profissionais - 17%; Eventos culturais/desportivos
- 4%; Outros - 5%;

27
Para os Pontos turísticos de Angola, Baía de Luanda 48%, Ilha de Luanda, 9%, Memorial António
Agostinho Neto 12%, Quedas de Kalandula, 8%, Morro do Moco, 7%, Àguas Quentes, 6%, Museu das
FAA 5%, Gruta de Zenzo, 1%, Museu da Moeda Nacional, 1% e os polos de desenvolvimento turístico de
Okavango Zambeze 1% e Cabo-Ledo,kalandula 1%.

Na avaliação realizada aos moradores da Ilha de Luanda, pretendeu-se averiguar se havia alguma
ligação destes com o sector turístico, mais precisamente algum envolvimento pessoal como um negócio,
emprego ou outra actividade com contacto directo com turistas. Para testar a existência de associação entre
a opinião do desenvolvimento turísticos e a sua importância daqui a dez anos, foi aplicada uma análise
factorial, para as hipóteses H0: 0 vs. H1: 0. Os resultados do teste apontam para uma correlação entre estas
duas variáveis.

3.10- Dados dos Residentes

Para aferir os efeitos positivos e negativos que podem causar a afluência de turistas na Ilha de Luanda,
foi elaborado um conjunto de questionários que possibilitaram esclarecer tais desideratos, bem como a
forma como a implementação do turismo pode influenciar no crescimento económico e no estado de
saneamento básico.

Assim, quanto ao local de entrevista e o nível de escolaridade dos entrevistados, o trabalho científico
apurou o seguinte:

Gráfico 5- Local de Entrevista Gráfico 6-Nível de Escolaridade

Local Local Nivel de Nivel de Nivel de


Local de Entrevista
Local Nivel de Escolaridade do pessoal
Local de de Escolari Escolari Escolari
Entre… de Entre… dade…
residente
dade… dade…
de
Entre… Entre…

28
Para aferir se o pessoal inquirido beneficia-se com o emprego neste sector, 94% responderam que e 6%
responderam sim.

Grafico 7 - pessoal que trabalha no sector


Pessoal
Pessoal que trabalha no sector
que
trabalha
no…
Pessoal
que
trabalha
no…

De conformidade os dados dos gráficos, a Marginal de Luanda representa maior percentagem dos
entrevistados, seguindo-se com a Kianda, sendo que a Chicala com 14% é o local com menor percentagem
dos entrevistados.

Em relação ao nível de escolaridade, os que possuem o ensino básico representam maior percentagem
com 38%, enquanto os dos níveis superior com 28% são os que menos responderam o inquérito.

Gráfico 8-Efeitos Positivos Gráfico 9- Efeitos Negativo do Turismo

;
Efeitos
; Maior Cresci… Efeitos
Efeitos Negativo do Turismo
; Efeitos Nega…
Diversã… Nega…
Aumen… Nega…

Perguntados sobre os efeitos positivos, foram determinados três pilares, designadamente, Maior
diversão, Crescimento Económico e aumento da taxa de emprego. Os resultados do gráfico demonstram
29
que cerca de 60% responderam que o turismo está a contribuir no crescimento económico da Ilha e 10%
dos inquiridos acham que aumentou a taxa de emprego.

Quanto aos efeitos negativos, as premissas avançadas são, aumento da prostituição, aumento de
consumo de drogas e aumento de consumo de bebidas alcoólicas. Aqui o aumento de consumo de bebidas
alcoólicas lidera com 58% e o aumento de consumo de drogas são menores com cerca de 18%.

Gráfico 10-Saneamentos Básico Gráfico 11-Poluição Sonora

Série1; Poluição
Poluição Sonora
Sim; Série1; Sonora; Poluição
68,50% Não; Sim; 67% Sonora;
31,50% Não; 33%

Em relação ao saneamento básico, 68,50% respondeu que provoca saneamento básico precário.
Enquanto perguntados sobre a poluição sonora, 67% responderam que sim, o movimento dos turistas
provoca poluição sonora.
Os moradores Recebem bem os Turistas? Os turistas respeitam os costumes do Distrito

Gráfico 13-Respeito dos Costumes dos Distritos

Série1;
Sim; Série1;
Gráfico 12- Recepção de Turista Não;
74%
26%
Série1
; Sim; Série1
74% ; Não;
26%

30
No que tange a relação entre os turistas e moradores, cerca de 54% responderam terem a
capacidade de receberem bem os turistas, e mais de 45% responderam não. Já em relação ao
comportamento dos turistas, 74% responderam ser bom e 26% respondeu não ser bom.

3.11- Conclusão do capítulo

Neste capítulo foi descrita a metodologia da investigação empírica utilizada no estudo das
expectativas dos turistas e residentes face à visita realizada aos pontos turísticos da Ilha de Luanda.
Foi apresentada a natureza do problema, objectivos gerais e a justificação da abordagem utilizada.
Também foi feita a apresentação, análise e interpretação dos dados e discutidos os resultados.
Na comparação entre os resultados dos inquéritos realizados em 2016/2017, dever-se-á ter em
conta que não foram realizados testes estatísticos, que permitam detectar se as diferenças
encontradas são estatisticamente significativas.

Note-se, sobretudo, a coerência da evolução das respostas dadas aos inquéritos de 2016 e
2017. Esta coerência e aderência aos questionários são mais um factor que permite concluir
favoravelmente acerca da representatividade da amostra e da qualidade das respostas obtidas.

Há que ter em conta que este inquérito reflecte as opiniões e atitudes dos residentes face ao
turismo num determinado momento, logo não há garantia que as opiniões e atitudes tenham sido
as mesmas no passado ou venham a ser as mesmas futuramente, contudo, tendo em conta o
espaçamento temporal do estudo as convicções foram bastante semelhantes.

Com os questionários denotou-se que os residentes não se sentem prejudicados com a


quantidade de turistas que visitam a Ilha de Luanda, mas é legítimo pensar que este ambiente é
resultante de uma pequena frequência do número de turistas a visitar os pontos turísticos da Ilha
em referência.

Como conclusão, podemos dizer que a comparação do perfil demográfico em estudo com os
dados dos questionários de 2016 mostra uma grande aderência e semelhança entre ambos.
Denotaram-se pequenos desfasamentos que se podem justificar pelo facto da maioria dos
questionários de 2016 terem sido realizados no ponto final e não apenas à Baía de Luanda.
31
Observa-se também o facto do local de recolha da informação em 2016 ser a habitação,
implicando maior facilidade em encontrar pessoas com uma idade mais avançada, ao contrário da
recolha de dados de 2017, onde os inquéritos foram apresentados às pessoas em variadas
localizações, facilitando desta forma uma maior diversificação etária.

Outro ponto crucial são as opiniões positivas e negativas, vantagens e inconvenientes,


comentários e sugestões apresentados, que apoiam as diversas decisões a serem tomadas para se
conseguir um desenvolvimento económico favorável no ponto final e consequentemente na Baía
de Luanda.

Para além deste ponto a fonte de informação, a recomendação do destino, os destinos


alternativos e as principais actividades praticadas durante a viagem são também factores muito
relevantes do estudo em questão, pois pela sua análise encontram-se pontos a melhorar,
contribuindo para a favorável evolução económica.

Autenticidade é a palavra-chave. Segundo Ferreira (1999, p.20 e 21), em [105] ―Cada vez
mais turistas, independentemente da sua idade e nível de rendimento, mas de forma directamente
relacionada com o seu nível de educação, mostram uma grande apetência por destinos autênticos,
que oferecem algo de único, verdadeiro, original, que reflecte a identidade de um território e não
pode ser transportado ou experimentado fora dele. Continuando a citar este autor, ―Numa
perspectiva de longo prazo, é na identidade eco-cultural que podemos encontrar os factores de
sucesso para um Turismo competitivo e durável.

3.12- Principais resultados, recomendações e limitações

Este trabalho tem como objectivo expor através de orientações metodológicas, factores para
a conservação do património cultural e social de forma sustentável e os principais meios económicos
a desenvolver para aumentar a notoriedade e desenvolvimento da Ilha de Luanda.

32
Para tal, as respostas obtidas nos questionários distribuídos foram sujeitas a uma análise
descritiva e a uma análise factorial. Na análise descritiva foram observadas as respostas aos
questionários através de gráficos e das percentagens obtidas por resposta e na análise factorial
relacionaram-se as respostas obtidas em diferentes questões do questionário entre si. Nesta última
utilizaram-se os coeficientes de Pearson sendo possível quantificar o nível de correlação entre as
mesmas.

Para além do referido coeficiente, com a medida de associação de Keiser-Meyer-Olikin


(KMO) e o p-value do teste de esfericidade de Barllette confirmou-se a existência de correlações
significativas entre possíveis respostas a diferentes perguntas dos questionários.

Algumas das sugestões para um próspero desenvolvimento da Ilha de Luanda passariam pela
criação de um site e de um CD sobre os principais pontos turísticos da Ilha de Luanda por forma a
dar aos turistas uma visita virtual, para servir de souvenir, dando a conhecer a Ilha e publicitando-
a.

Criar um pacote com desconto nos, Hoteis e similares, bem como as viaturas ao serviço de
Rent-a-car, estadia em caso de visita de todos os pontos turísticos da Ilha de Luanda.

É igualmente importante criar um forte posicionamento de todos os pontos turísticos da Ilha


de Luanda, mencionando-os como um sub-destino, demarcando estas estratégias de promoção com
as dos demais pontos turísticos do País pela melhoria da informação sobre o destino e incentivando
a sua divulgação.

Desenvolver a elaboração de um guia em várias línguas, com a oferta turística e propostas


concretas de actividades a realizar durante a estadia na Ilha de Luanda assim como melhorar as
acessibilidades. Para tal, deve-se focalizar a oferta turística em produtos e incentivar programas
que fomentem a ocupação em época baixa nomeadamente o desenvolvimento de programas de
bem-estar, a atracção a eventos nacionais, o desenvolvimento de um calendário de eventos locais,
reduzindo a sazonalidade da procura associando a Ilha de Luanda a um turismo de qualidade.

33
A classificação dos trilhos com maior potencial deve ser melhorada, colocando a Ilha de
Luanda no Top dos destinos turisticos para trekking do mundo, até porque a sua localização
geográfica facilita este intento.

Devem-se desenvolver e dar a conhecer os produtos da Ilha através da implementação de


itinerários turísticos temáticos centrados nos principais atributos e características naturais,
históricas e culturais.

Também se deve implementar um sistema coordenado de sinalização que, constitui muitas


vezes o primeiro contacto visual e que deve permitir uma correcta orientação na exploração do
destino.

Sensibilizar empresários para a realização de investimentos privados para o desenvolvimento


de projectos e produtos.

Visto que a conservação do meio ambiente é indispensável devem-se realizar campanhas de


sensibilização sobre a importância do Turismo na Ilha de Luanda para criar consciência turística
na população.

Realizar formação para profissionais do sector e atribuir incentivos e desenvolver parcerias


com os principais canais de distribuição, aumentando a notoriedade do destino junto do cliente
final.
Deste modo, a prioridade que a Ilha de Luanda deveria apresentar para o seu
desenvolvimento, seria o investimento, essencialmente nas pessoas, uma economia Provincial
baseada nas vantagens competitivas, apresentando o ambiente como meio de diferenciação e o
património cultural, social e a religião como o espírito da Província.

Outras sugestões referidas pelos turistas remeteram às low-costs e ao aumento de transportes


terrestres e marítimos entre pontos turísticos com preços mais acessíveis; aumentar a publicidade
da Ilha de Luanda;

Criar circuitos diários de visitas alternativos; a promoção dos produtos nas ementas dos
restaurantes e a presença em todos pontos turísticos dos produtos tradicionais das restantes.

34
Algumas outras sugestões referidas pelos residentes para estimular o turismo na Ilha de
Luanda de forma a melhorar o desenvolvimento económico da Província de Luanda foram
maioritariamente, dar maiores e melhores condições aos turistas a nível de observação das
paisagens, excursões, entre outras, pois são formas de turismo mais ecológicas e ao mesmo tempo
são descobertos pontos de atracções turísticas naturais; assim como o melhoramento e oferta de
mais equipamentos desportivos e culturais, de lazer e actividade nocturna.

Deve-se apostar no turismo rural, aumentar o envolvimento das entidades turísticas junto das
Agências de Viagens de modo a criar um pacote turístico equilibrado, com uma boa relação
preço/qualidade, assim como uma maior divulgação dos projectos actuais e futuros.

Cooperar entre os pontos turísticos com os planos turísticos e realizar novos eventos e
empreendimentos. Como exemplo, para estes últimos pontos poderá ser apresentada a promoção
de um turismo cultural na época baixa através de iniciativas associadas com a organização de feiras
gastronómicas e centros de informação geral sobre a história de cada Ponto turístico em infra-
estruturas destinadas para esse fim, espaços comerciais com produtos locais, centros de exposições,
apresentações, actuações, zonas de apoio aos visitantes e centro de multimédia com alusões à
história socio-económica de cada ponto turístico, bem como as suas potencialidades naturais.

Em suma, as principais limitações e possibilidades de desenvolvimento passam pelos


transportes, reforço das marcas próprias e sites de divulgação e dedicados à preservação do
património, incentivando viajar de forma responsável.

Bates afirma, que quando "devidamente planeado, com uma visão de longo prazo, o turismo
pode melhorar as economias locais, contribuir para a conservação dos seus costumes, preservar os
ambientes naturais e ainda resultar em rentabilidade para aqueles que praticam e desfrutem do
turismo sustentável.

Denota-se com esta definição que o lazer e o turismo tornaram-se catalisadores conhecidos
pelo desenvolvimento económico, aumentando o rendimento e a qualidade de vida.

Após as recomendações enumeradas há que ter em conta as limitações que os residentes e


turistas referiram, encontrando-se bases fiáveis de aspectos a melhorar. Deste modo, como factores

35
que os turistas menos gostaram na sua estadia nos pontos turísticos encontrou-se o preço dos hotéis,
transporte e gastronomia; horário em alguns restaurantes e o facto de estes terem pouca escolha;
dificuldade de comer sem reserva e a pequena frequência de barcos entre pontos turísticos.

Também foi referida a falta dos pratos típicos; de formação profissional genérica; dificuldade
em alugar carros; maus acessos rodoviários e preços elevados na alimentação e alojamento, devido
essencialmente à sazonalidade.

Como principais inconvenientes enumerados pelos residentes encontram-se demasiados


problemas económicos e de flexibilidade com transportes e poucos acessos entre os pontos
turísticos, sendo os poucos existentes demasiado caros; a tentativa de alguns nacionais degradar
paisagem e meio ambiente e a pressão sobre os ecossistemas; perigo de massificação; poluição e
falta de atracções turísticas e o fraco desenvolvimento do tecido empresarial não-turístico, aspectos
referidos várias vezes por diferentes pessoas.

Foram mencionados aspectos relacionados com a oferta e a procura turística, assim como
espaços de lazer com demasiadas pessoas; o governo e consequentemente a administração da Ilha
de Luanda poderiam apostar mais e incentivar os particulares, visto que todos os investimentos
nesta área rondam à volta da Baia de Luanda; os serviços prestados e a falta de concorrência; poder
se tornar inviável a possibilidade de turismo calmo e ligado à natureza; os preços de hotelaria e a
degradação da qualidade de vida pela saturação do meio.

Pelos factores negativos referidos devem-se tentar melhorar alguns pontos, como a
gastronomia e restauração, expondo mais pratos típicos na realização de uma ementa variada;
oferecer mais carros para alugar; diminuir alguns preços na alimentação e alojamento; aumentar a
formação profissional genérica, e disponibilizar mais guias na realização de trilhos e actividades
ao ar livre. Contudo, o meio ambiente é um factor muito importante, essencialmente como produto
turístico e deve ser preservado, porém a base económica da Ilha de Luanda é um pouco limitada,
não devendo ficar dependente do turismo para não contribuir no desgaste dos seus recursos
naturais.

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3.13 Contributo para a linhas de investigações futuras

O turismo é geralmente subestimado, devido à falta de informação adequada, é de notar que


se devem realizar e promover trabalhos sobre estes assuntos, de forma a aumentar a
consciencialização das pessoas.

Estamos consciente de que muito ficou por analisar e muito se poderá melhorar em futuras
análises semelhantes, mas o inquérito realizado contribui para uma reflexão e consciencialização
da direcção que esta actividade deve ter, de forma a manter a sua preservação e atractividade,
garantindo uma competitividade sustentável.

Deste modo, pesquisas como a presente devem ser constantemente realizadas e divulgadas,
tentando causar o impacto necessário para se contornar e diminuir estes problemas. Da nossa parte,
comprometemo-nos em aprofundar mais este sector, nos desafios futuros, sobretudo no mestrado
e doutoramento.

E claro, os dados aqui apresentados são animadores, mas, são igualmente desafiantes a todos
os intervenientes tais como: acadêmicos, pesquisadores, empreendedores do sector, e profissionais.

IV- Considerações Finais

De conformidade o conteúdo do trabalho, pode-se aferir que os aspectos abordados são de


extrema importância, sobretudo no momento como este em que o País precisa de diversificar as
fontes de receitas, sendo o sector hoteleiro que pode ser considerado como um dos que permitem
contribuir significativamente neste processo. Pelo que, a aplicabilidade das técnicas e conceitos
debruçados, pode constituir uma mais-valia no crescimento económico do País.

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O turismo sustentável tem um impacto muito grande para a económia nacional, visto que
promove o emprego, faz circular a liquidez no mercado e acima de tudo tem um efeito psicológico
bastante positivo às pessoas que realizam o mesmo.

A Ilha de Luanda como o principal ponto de atração turistica para que possa gerar contributos
significativos, é necessário que as principais delimitações e possibilidades sejam evidenciadas
tornando-a por marca própria, que para além de atrair turistas gere um crescimento económico
considerável onde o turismo seja viável e sustentável na preservação do património, nas tradições
local, na fauna e flora.

Espero que com a realizaçao deste trabalho possa servir de material de apoio e consultado
com um grande significado para os agentes hoteleiros, estudantes em geral e de forma particular
para os do curso de (TGHA) Turismo, Gestão Hoteleira e Animação, de maneira que outras
investigações da área possam ser feitas para o crescimento do campo de investigação deste ramo
de formação académica. Assim sendo, espero ter correspondido as expectativas dos leitores deste
trabalho por mim elaborado e outros que queiram saber sobre o tema aqui elaborado.

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