Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Naísa Modesto
Poucas são as pessoas que conseguem eleger suas carreiras antes dos 10 anos de idade
e, mesmo depois de tanto tempo, sentirem-se realizadas.
Dr. Lair Ribeiro, médico especializado em cardiologia, decidiu ainda muito jovem
sua trajetória profissional, e mesmo com a aquisição de conhecimento e
desenvolvimento encontrou maneiras de agregar valor à sua formação, usando suas
experiências para criar um diferencial na profissão.
Ele viveu e trabalhou durante quase 20 anos nos Estados Unidos, adquiriu grande
experiência nos campos educativo e empresarial e voltou para o Brasil, onde se tornou
palestrante e escritor de sucesso.
Em entrevista exclusiva ao Jornal Carreira & Sucesso, o médico conta sobre sua
trajetória profissional e fala sobre inteligência e realização.
C&S: O senhor tem contato com profissionais de diversas áreas. Quais são as
necessidades deles? O que estão buscando?
Ribeiro: A maioria dos profissionais que trabalha em empresas está buscando a auto-
realização. Se você não se realiza no seu trabalho, você adoece. Você dedica mais de
50% da sua vida, enquanto está acordado, trabalhando. Se você não se realiza no seu
trabalho, meus pêsames. Você está jogando 50% da sua vida fora. Infelizmente, a
maioria não se realiza por problemas próprios ou pelo sistema da empresa. As pessoas
também buscam uma remuneração mais justa, que depende da produtividade. É um
desafio muito grande: como a pessoa deve ser remunerada? Acho que a melhor
remuneração consiste em ter um fixo e um percentual por produtividade, não vejo
outro jeito que possa incentivar tanto, porque se você trabalha – muito ou pouco – e
recebe a mesma coisa é uma questão natural você diminuir seu ritmo. Em terceiro
lugar, as pessoas estão procurando oportunidades de crescimento, de evolução. Elas
sabem que o emprego em que estão não é permanente. No dia em que deixá-lo, vão sair
com o conhecimento que adquiriram.
C&S: No livro "Homens & Mulheres - Espécies Iguais, Mundos Diferentes", você
fala sobre a diferença entre os dois. Como isso afeta a relação entre eles?
Ribeiro: Tremendamente, porque o homem só faz uma coisa de cada vez: o marido
quando está assistindo à televisão está dentro da televisão. Toca a campanhinha e ele
não escuta. Chora o bebe, ele não escuta. Toca o telefone, ele não escuta. A mulher
assiste à novela, administra o jantar, cuida do relatório do dia anterior, fala com a
mãe no telefone. Tudo ao mesmo tempo. O marido se irrita porque a mulher está
fazendo muitas coisas e a mulher se irrita porque ele só consegue fazer uma coisa de
cada vez.