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Rui Estrela – Ciência Política- nº 9802973- Turma

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Será abordado neste trabalho, o livro “A política como profissão” de Max


Weber, um sociólogo, politólogo, economista alemão. Uma figura do
liberalismo germânico, natural de Erfurt (Prússia) onde uma família
industrial abastada o viria nascer em 1864. Sua mãe, uma calvinista
ortodoxa, exercerá uma forte influência no seu carácter e
consequentemente no seu pensamento.

Em 1882 vai estudar na universidade de Heidelberga, sendo obrigado a


interromper os seus estudos durante 2 anos para cumprir as suas
obrigações militares em Estrasburgo. Aproxima-se da família da sua mãe,
residente nessa cidade, que contava com Hermann Baumgarten como
membro. Um historiador alemão que certamente terá contribuído para o seu
talento e apego ao estudo da disciplina.

Cumprido o serviço militar, muda-se para Berlim de modo a continuar os


seus estudos nessa universidade de 1884 a 1893.

Em 1893 já tinha conseguido tornar-se auto-suficiente e sair da casa da sua


família; após anos de esforço e trabalho intenso como assistente jurídico,
professor de política económica, militante da União Social Protestante e na
tese que o lança como académico. A sua primeira obra de referência, incidia
sobre o estudo da história agrária romana e das sociedades medievais;
nesta alcança profundos conhecimentos sobre a antiguidade ao ponto de se
confrontar com as teses de Marx e acusa-las de comportarem um vazio no
que toca ao entendimento sobre o que terá sido a democracia grega.

Tal empenho era de facto a manutenção e cultivo de um autêntico ritmo


calvinista de trabalho, que daria a este académico o privilégio de levar a
cabo uma sessão inaugural em Freiburgo (1895) onde revelaria 5 anos de
estudo sobre os junkers, a aristocracia em declínio e deixar clara a sua
posição sobre o estado actual do seu país. Não aceitava que os partidos
liberais estivessem aptos para substituir os tradicionais Junkers nem que a
classe proletária estivesse capacitada para domar o poder. Expõe o
caminho imperialista que a nação devia seguir de forma a acompanhar o
resultado da evolução do império napoleónico e a afirmação da marinha
inglesa.

Em 1903 afasta-se da vida académica por motivos de saúde. Em 1907


alcançará uma significativa independência financeira ao receber uma
herança. Em 1930 o trabalho que o ocupara durante este período da sua
vida é publicado. Seria a sua obra de referência “ A ética protestante e o
espírito do capitalismo”. Weber já falecera nessa altura (1920), mas para
além desta controversa obra, outras ficaram ao dispor dos cultores do
conhecimento desde a literatura, á história, às artes, e á política.

É neste contexto que se insere esta obra. Estamos perante o resultado do


trabalho de um académico alemão transdisciplinar, que dedicou-se a
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delinear o espaço que as ciências da história e da cultura, entre as quais a
sociologia - e nesta obra a sociologia política -, poderão ocupar no campo do
estudo científico.

Ao longo do seu trabalho a tipificação dos objectos de estudo é a proposta


de garantia de da análise social científica, distinguindo-se desta forma da
descrição do facto social.

Weber realça as particularidades do indivíduo na sociedade, preocupando-


se com a acção deste enquanto elemento autónomo desta, estimulado
pelas relações com os outros e destas resultar o seu desempenho enquanto
fonte de eventos passíveis de serem não só identificados, distinguidos,
como também ser categorizados (tipificados).

Para a análise social científica da acção social expõe a seguinte proposta


tipológica:

wertrational - acção racional relativamente a um valor tomadas com


base nos valores do indivíduo, e poderá não considerar as consequências e
muitas vezes nem a escolha dos meios apropriados. Weber foca a sua
análise na recolha de dados que poderão permitir delinear o campo de
conhecimento – a consciência, do autor da acção e não de quem o observa
(como optaria Vilfredo Pareto). Seria um exemplo deste tipo de acção , a de
um capitão que se afunda com o seu navio, mantendo-se fiel a um código
de honra independentemente do sacrifício que este exige.

zweckrational - acção racional instrumental que visa a prossecução de


um fim, que segue uma planificação estratégica que visa a selecção de um
fim e a aplicação de todas fórmulas para atingi-lo. A acção económica é um
exemplo, assim como a política.

affektual -acção afectiva emocional que parte das emoções do indivíduo,


e resulta da expressão dos sentimentos pessoais. Chorar num funeral seria
um exemplo. O estado de humor pode afectar o estado de consciência do
autor da acção.

traditional - acção tradicional que reflecte a tradição enraizada, um


caso típico seria na descontracção de um domingo relaxar e optar por
vestuário mais leve. Podem por vezes se transformar em artefactos
culturais que acabam por não servir um fim, mas apenas reflectirem
vivências naturalmente aceites pelo seu carácter histórico.

Somos abordados então por uma proposta de sociologia compreensiva, que


procura o sentido que cada membro (indivíduo) dá ao seu comportamento.
Entendemo-la com recurso à analogia do átomo social, que pode ser
identificado e isolado a uma escala microscópica e como parte de um corpo
quando observado a uma escala maior. Poderá certamente entender-se que
o autor não evitou os reflexos ideológicos que se manifestam por este
posicionamento da sua ferramenta de análise científica.
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O tipo racional de acção social merece, na obra em análise, uma atenção
acrescida. Neste modelo cabe a actividade burocrática do estado moderno e
o grosso da actividade social da sociedade moderna organizada. Max Weber
procura o tipo ideal de político e de cientista, tenta descortinar a fórmula
que permite equilibrar o académico e o político; o estudo e a acção. O
problema já era colocado na filosofia da antiguidade e continua a sê-lo na
modernidade. O “filósofo-rei” encontramo-lo em Kant mas já o conhecemos
nas propostas de Platão. Poderemos estar perante o contemporâneo e
racional advento de uma espécie de Académico -Rei, ou chanceler cientista?
Weber foi brilhante enquanto académico, embora se possa reconhecer
como frustrado ou desencantado enquanto político (jornalista, diplomata,
conselheiro).

Para compreender esta obra temos que conhecer o professor académico


que elabora esta histórica aula de ciência política, que é o mesmo que envia
notas aos altos dirigentes do seu país, como foi o caso do erro que
considerava ser a ideia de alguns militares alemães de provocar uma guerra
submarina com os Estados Unidos. Fez parte de uma delegação alemã que
se deslocou para França com a missão de receber as condições da paz que
viria com o fim da primeira guerra mundial. Transporta a má notícia do
desencanto ao povo alemão.

Um aspecto que marca a posição científica deste pensador é a sua


constante interrogação sobre as condições em que a ciência histórica e a
sociologia podem ser objectivas, como pode ou não ser permitido ao actor
político agir em conformidade com a sua VOCAÇÃO (particularidade
individual em contraposição á predeterminação). O político por trás do
cientista identifica-se seguramente como um opositor do socialismo, o
pensador que inspira o político nega o que considera ser o determinismo
histórico do materialismo histórico e a dialéctica do marxismo. Nega
também a ideia de um sistema finito de leis sociais defendido por Émile
Durkheim, que reforçara a conceptualização de um quadro fechado de leis
fundamentais de Auguste Comte. As suas propostas de tipificações não são
rígidas, deverão funcionar apenas como referências das quais poderão se
aproximar eventos detectados pela observação social.

Para Weber: [in Pag. 487, As etapas do pensamento sociológico] “não pode
haver um fim da história, tal seria aceitar o limite da criatividade humana,
que não está á vista.”

A acção do cientista, como propõe, define-se por atingir racionalmente a


validade universal, procurar alcançar a verdade como único fim, respeitar as
regras lógicas e de investigação para validar os resultados. O cientista não
pode projectar os seus juízos de valor, as suas preferências estéticas, nem
as suas preferências políticas. Estas serão as particularidades que se
agrupam num juízo de valor que deverá ser contrariado pelo investimento
na observação, pela não declarando o valor que pessoalmente atribui á
acção humana, observando os conceitos e as formatações -tipo e tudo o que
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estabelece contacto com estas. O cientista procede á escolha de factos, á
elaboração de conceitos e á tipificação da relação com valores.

Para esta figura fundadora da sociologia, a ciência da cultura não poderá


partir para o relacionamento matemático, dedutivo com base em princípios
e leis fundamentais simples; é a sua competência articular e compreender
um sistema de valores. Desta forma a escolha da matéria de estudo é
sempre uma opção, e quando se procura reconstruir, por exemplo, o
Homem no passado – que já não existe fisicamente -, o que é plausível é
partir do universo de valores que o poderá ter afectado e traçar os
contornos da sua identidade. Esta tarefa será sempre, sobretudo, um
trabalho de interpretação, de resposta a perguntas que poderão (estas sim)
carregar juízos de valor. Weber não aceita que a ciência proponha aos
homens como viver, tal como o fez Durkheim. Não aceita que seja possível
saber o que virá a acontecer, e aqui critica Marx e sua vontade de pré-
determinar o futuro e de desvalorizar a acção espontânea que o indivíduo
poderá ter perante uma hipotética descoberta do futuro.

O estudo da actividade política como actividade


científica.
A tipificação da acção política

Acção política, entendida não como toda a gama de “tipos de actividade


directiva” [pag.15, Política como profissão], mas sim de [pag.16] uma “
influência exercida sobre a direcção de uma agremiação política, por
conseguinte um Estado”. É visada sobretudo a partir do Estado moderno
que tem como particular recurso (comum a outras associações políticas) a
violência física. O autor, citando Trotski, afirma: “todos os Estados assentam
na força”. Nesta proposta de análise é trabalhado este recurso como algo
muito específico do Estado, desta “comunidade humana que dentro de um
território… reclama para si (com êxito) o monopólio da violência física
legítima” [IDEM] o que o torna distinto das restantes associações políticas
pois formalmente todas as outras terão que requisitar ao Estado a aplicação
da violência.

A palestra (que deu origem a esta publicação) começa por destacar este
atributo específico. Não se trata apenas de um ponto de partida conceptual
de onde se deve começar para reflectir sobre noções de política moderna. A
época que inspirou esta obra de Weber, e daqueles que a beberam em
primeira mão, foi inteiramente marcada pela violência, tanto pela corrente
progressista que se revelava em projectos revolucionários por toda a
Europa, como pelos seus opositores. Trata-se de um marco histórico - entre
outros - que permitem-nos reflectir sobre o impacto brutal da articulação da
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actividade política e da violência enquanto prática social catalisada pela
disputa pelo poder.

Mas há uma preocupação ideológica de Weber por esta “única fonte de


«direito» à violência” [pag.17], o Estado, esta entidade que se revela para o
autor como “uma relação de domínio dos homens sobre os homens, apoiada
no recurso à violência legítima” [pag. 18]. Preocupa-lhe enquanto
mecanismo que incide sobre a individualidade, enquanto autoridade que
possa ser legitimamente convocada para submeter o outro à vontade de
alguém e, partindo deste aspecto, inicia a sua reflexão sobre o processo de
legitimação, propondo a tipificação dos fundamentos da legitimidade dos
diferentes tipos de poder.

Em concordância com a sua tipologia da acção humana, a acção


social de disputa do poder categoriza-se nestes formatos: [pag.18]
(poder carismático, poder tradicional, poder legalista -burocrático).

O poder tradicional, “…a autoridade do «eterno passado», do «costume»


consagrado pela sua imemorial validade … tal como o exerciam os
patriarcas, e os príncipes hereditários do poder antigo.”

Este tipo parece merecer do autor uma avaliação profundamente imbricada


com as suas reflexões sobre as características do povo alemão, face à
susceptibilidade de ainda no seu tempo se revelarem estes indivíduos livres,
submissos à imagem forte e autocrática de um monarca, ou de um kaiser.
Este eterno sebastianismo germânico preocupa-o na medida em que na sua
avaliação do poder burocrático, ligando-o à proeminência do
parlamentarismo e à sua dimensão prevista no eminente projecto socialista,
será de novo a expressão máxima da violência física ou simbólica da
máquina política sobre o indivíduo (sob o domínio do monarca, do militar, ou
do revolucionário). O autor expõe o método que a monarquia tinha sido
capaz de criar para manter o poder nas câmaras parlamentares, usando o
aliciamento, o recrutamento de prebendeiros para garantir o controlo do
voto. Com este, entre outros exemplos que abrangem a democracia
burguesa e a democracia revolucionária, propõe um conjunto de aspectos
que considera serem rotineiros, padronizados no decorrer da acção política
e como tal, variáveis constantes que permitem a análise científica.

Conhecia então a qualidade dos parlamentares, da classe potente, dos


fabricantes de status elevados; de como de toda a Alemanha se deslocavam
para a sede do poder (o parlamento), muitas vezes ideologicamente inaptos
para a democracia parlamentar. O que o preocupa é exactamente estes
serem os receptores dos despojos da burocracia no poder, e como tal serem
os mais propensos para defender e alimentar um sistema que se quer auto-
sustentável.
É este o seu político-tipo, o gestor de interesses com acesso a uma máquina
administrativa pública, que combina métodos de legitimação com processos
racionalizados que visam apenas garantir a sua vantagem no equilíbrio de
forças.

A ideia é articulada a observação quando avalia a oposição dos junkers


prussianos aos industriais das margens do Reno e aos mercadores das
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cidades portuárias do oriente do território. Ao exemplificar como esta
dicotomia serviu para sedimentar posições na disputa entre Bismarck e
Guilherme II, revela os aspectos típicos do sistema de despojos que
alimenta também a democracia parlamentar. Posiciona-se como crítico
desta evolução sistémica e reforça a ideia de acção política como acção de
pura disputa de poder, racionalmente delineada num sistema cuja
complexidade não serve outro propósito que não seja o de alcançar a
posição dominante na repartição de cargos. Desta forma, qualquer que seja
a solução proposta, o cerne da política será sempre a violenta disputa pelo
poder, com recurso a autênticos exércitos de caçadores de votos ao serviço
de um quadro dirigente – de uma cúpula. Reconhece, no entanto, o
progresso que o alargamento do voto permite, na escolha dos programas
estratégicos e dos seus coordenadores e consequente envolvimento de
mais cidadãos. Não deixa de revelar o seu cepticismo face aos resultados
práticos que esta solução poderá trazer.

A articulação do costume (monarquia) com a democracia parlamentar


(burocracia) acontece num contexto revolucionário, que sentia-se desde o
impacto da revolução francesa (1789) nas fronteiras europeias, amplificado
pela revolução russa de 1917 que prolonga-se até aos movimentos
revolucionários de Berlim (1918, queda do Kaiser que coloca os socialistas
no poder), Bremen (república soviética proclamada em Janeiro de 1919),
Munique (republica soviética Bávara de 1919) e Leipzig (1921). Os
movimentos socialistas reforçam a posição do poder burocrático tal como
foi ensaiado na articulação entre sindicatos e partidos políticos no combate
pelo sufrágio universal. Mas também dividem-se e competem entre si,
sendo em 1919 o próprio SPD (social democrata), após participar na
revolução a levaria ao fim da monarquia, que atinge o poder e alia-se aos
conservadores Freikorps para fazer frente às cisões à esquerda; organizadas
em volta dos sociais-democratas independentes e da liga espartaquista.
Esta acção resulta na morte simbólica dos líderes revolucionários: Karl
Liebneck e de Rosa Luxemburgo. É o efeito típico da política, o confronto
violento, a encaixar no conceito de acção política do modelo de análise
proposto pelo politólogo alemão.

Como conservador cristão, a visão mais positiva de Weber em relação á


política, é académica e simplesmente projectada no futuro hipotético. Mas
poderia afirmar-se como uma alternativa ainda imbricada do característico
profetismo alemão. O sociólogo tipifica o que denomina de poder
carismático, [pag.18] liderado por alguém com uma imagem messiânica (”
… tão profeta ou – no campo político o cabo-de-guerra eleito ou o regente
plebiscitário, o grande demagogo, ou o chefe do partido político.”). Que
embora ao longo desta obra seja fortemente criticado em várias formas de
expressão – todas as que essencialmente não passam de acções racionais
políticas -, para um descrente do parlamentarismo, do socialismo, e de um
tradicional liberal que não vê outro destino para a Alemanha que não aquele
que passe por um projecto imperialista, de expansão do território; é a opção
do autor, mais tarde convertida numa proposta de culto ao carisma das
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instituições democratas. É sobretudo um momento de negação da
racionalidade burocrática massificada e de inspiração conservadora.

O poder carismático.

A defesa desta legitimação carismática é baseada na avaliação ética da


actividade política e da ferramenta burocrática como já se encontrava
desenvolvida na altura. Em oposição a uma ética de responsabilidade que
obriga o líder a apresentar resultados aos seus seguidores sem ponderar
sobre os meios aplicados, é teorizada uma ética de convicção que faz a
apologia dos valores como base da acção, que garante a temperança na
escolha e aplicação do método para atingir o mais justo dos fins [pag.87]. A
proposta validada pelo cientista é apresentada com o exemplo bíblico do
sermão da montanha, como alternativa pela entrega sem contrapartidas,
pela negação da violência, de complacência e tolerância e ascetismo. É em
todos estes aspectos contrária á prática política, á acção racional, ao
projecto que apresenta-se como infalível, superior aos restantes, ao
objectivo da conquista do poder consciente dos erros que serão cometidos e
das limitações do processo que apenas terão a atenção que permita
garantir que não comprometerão a estratégia de conquista do poder. Weber
assume que não é apenas contrária à acção política como não seria eficaz
no campo de conflito, confrontação, coacção e adulação que é a esfera
política. Mas o autor destaca as adaptações de vários códigos religiosos a
esta necessidade humana de recorrer á violência. De Lutero a Calvino ao
islamismo, a violência é integrada no conjunto de aspectos com os quais o
Homem convive e que não dependem da sua vontade humana mas da
autoridade que governa o homem de fé. Aceita que perante a incapacidade
de agir de outra maneira para além daquela que consegue entender das
escrituras, das suas crenças, não seja invalidada acção do convicto na
prática política, aliás o político por vocação, por chamamento, equilibra esta
limitação como a tentativa de contrariar os atributos centrais da política – a
aplicação da violência, a expropriação do outro, o materialismo, o
caudilhismo - e da burocracia – sobretudo a impessoalidade -. Não retiraria
proveitos materiais da sua actividade política? Será esta a diferença? No
entanto não teria alternativa senão integrar-se no jogo político, socorrendo-
se de um fundamento diferente para legitimar a sua prática.

O estudo dos recursos humanos e da burocracia a


partir de Weber.
A teoria da burocracia e a sociologia de Weber. A empresa política e a
administração pública.

O académico de Friburgo e de Heidelberga é apresentado nos Estados


Unidos por Talcott Parsons, uma referência na teoria da burocracia levada a
cabo nos anos 40. Esta alternativa à teria clássica e à teoria das relações
humanas (no estudo da gestão dos recursos humanos), [ver Idalberto
Chiavenato - TEORIA DA BUROCRACIA] completou-as ao focar a análise
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científica na estrutura e nos participantes da organização. Este modelo
racional propunha-se a caracterizar todas as variáveis possíveis, assim
como categorizar os comportamentos dos elementos da organização
humana (publica ou privada). Quando nos anos 40 se começou a reflectir
sobre a dimensão que as organizações começavam a atingir, a tendência foi
de se exigir modelos racionais mais precisos, que respondessem á nova
escala das organizações.

A massa humana da grande indústria, da administração (global por


exemplo, como se conhece da organização da ONU), passa a ser distribuída
por sectores de produção, sobrepostos em diferentes níveis hierárquicos. No
topo da pirâmide os técnicos superiores e dirigentes (por exemplo da
Tamany Society no partido democrata de Nova Iorque), na base os operários
especializados (ou os notáveis ou estruturas locais dos partidos políticos).
As tarefas tornam-se cada vez mais específicas, mais dirigidas e mais
controladas. Estavam superadas as escolas anteriores que não conseguiam
responder a este fenómeno da complexidade crescente das relações sociais.
Neste contexto a obra de Weber foi recuperada dado ao contributo que os
seus estudos oferecem a quem quer que esteja interessado em discutir a
organização enquanto processo de direcção da acção humana.

A racionalidade, a racionalização dos recursos, dos meios de forma a


alcançar os fins, em Weber é identificada desde a antiguidade, na perícia
dos primeiros técnicos – escribas e sacerdotes - que apoiavam príncipes e
reis. Quando se registaram os primeiros códigos de normas, de organização,
iniciou-se o método burocrático de organização do poder. Mas é a partir do
renascimento que começa a atingir os contornos modernos que a definem
actualmente como ferramenta do capitalismo. No entanto, o exercício de
Weber contraria a tese de Marx e não aceita que estes seus novos formatos
(burgueses) tenham surgido a partir da alteração da tecnologia e do seu
efeito nos meios de produção e da propriedade como defendiam Marx e
Engels. Propõe o desenvolvimento de uma ética protestante como base de
normas morais e sociais que inspiram o espírito capitalista. Da importância
e valor que é dado ao trabalho duro, á poupança, ao ascetismo, ao
reinvestimento dos excedentes em vez do seu dispêndio, do consumismo,
do apogeu do materialismo, do culto da vaidade e da apologia do prestígio.

É no momento em que numa determinada estrutura, subordinados aceitam


as ordens de superiores como justificadas, legítimas, simplesmente como
executáveis; é a partir daí que reforça-se o impacto do comando directivo e
massifica-se o sentido da acção individual. Esta alteração é consentida
perante o compromisso de se poderem proceder a alterações necessárias
para ajustar o método, sempre que se recorra aos procedimentos legais,
racionais, formais. As normas do processo de legitimação são
antecipadamente escrutinadas, e cultiva-se a crença na justiça jurídica, no
primado da lei. Aceita-se o dirigente e todos os poderes concentrados na
sua pessoa, por um verdadeiro depósito de fé no processo democrático
-burocrático. Este líder, como verifica Weber, arrasta consigo o máximo de
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elementos da sua máquina de apoio para máquina burocrática e
administrativa. Deste mecanismo é esperado um resultado impessoal,
imparcial, automatizado e regulamentado. A contratualização é o momento
chave nesta relação de poder, na esfera pública e na esfera particular. É
sem dúvida o Estado moderno o melhor exemplo deste tipo de organização.

Conforme as sociedades se multiplicam, as tarefas de administração são


potencializadas, complexificadas e este processo abre caminho para a
organização parametrizada, rígida e burocrática. A evolução na rapidez de
execução das transacções monetárias, a especialização técnica dos
burocratas, e o papel que a tecnologia exerce em todo este processo são
outros aspectos que os trabalhos de Weber comportam e que hoje
conhecemos a sua evolução.

Massificando-se absorve-se a escala micro-social, a tecnologia propõe maior


capacidade de previsibilidade, e este modelo para além do Estado na sua
forma contemporânea é reflectido em projectos empresariais como a IBM,
General Motors, Ford entre outros projectos capitalistas de topo. Da
resistência do funcionário público ao novo método de organização, do
programador informático á nova lógica de programação, do industrial de
automóveis às novas exigências do mercado verde; de todos estes
exemplos recolhemos um resultado comum: a resistência á mudança, a
inflexibilidade do corpo burocrático.

Para Weber a burocracia é sempre o estudo da empresa, seja a empresa


política (de que é exemplo o partido) ou particular. É o desenvolvimento das
rotinas, e do domínio destas pelos agentes, resultando na maximização dos
resultados pela aplicação deste método. O autor aborda-o como uma
proposta de organização bastante eficaz e que realmente afectou as
relações sociais pela profissionalização da organização do trabalho. É o
extremo da eficiência no princípio do século XX, do taylorismo ao
bolchevismo.

Resumindo: a combinação da hierarquia, com o desenvolvimento de um


sistema avançado de comunicação, do estudo e da aplicação de rotinas
padrão, da apologia da competência técnica e culto da meritocracia, todo
este fenómeno de especialização da administração, de profissionalização
dos participantes, terá formalmente como possível a completa revisibilidade
do funcionamento, como fundamento da sua legitimação (racional).
Acontece que a argumentação para a mudança exige um domínio profundo
das normas e procedimentos, e neste aspecto, peca por comportar uma
ferramenta de exclusão incorporada no próprio mecanismo.

A burocracia é baseada em: Conseqüências previstas: 0bjetivo:


1. Caráter legal das normas. Previsibilidade do Máxima eficiência
2. Caráter formal das Comportamento humano. da organização.
comunicações.
3. Divisão do trabalho. Padronização do
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4. Impessoalidade no
relacionamento. desempenho
5. Hierarquização da autoridade. dos participantes.
6. Rotinas e procedimentos.
7. Competência técnica e mérito.
8. Especialização da
administração.
9. Profissionalização.
10. Previsibilidade do
funcionamento.
Fonte. Chiavenato.

O sistema democrático, partidos, organização e ciência.

A configuração de regimes pelo método de disputa burocrática


(Recrutamento e alianças).

Monarca 1- Clero, escribas, 1- Cortes


sacerdotes
2- Alta nobreza
2-Pequena nobreza

2-Burguesia urbana

3-Parlamento
3-Ministro
4-Câmara baixa
4-Câmara alta (escrutínio)
(nomeações vitalícias)

Partido maioritário -Whip / Leader Parlamento (Câmara


baixa)
(escrutínio)

Presidente americano - Gabinete/Office Câmara alta /Senado


vitalícios por
(escrutínio) (nomeações) antiguidade
-Câmara baixa
(escrutínio)

Pela análise deste quadro podemos entender como ao longo da história vão
sendo formadas alianças políticas de forma a impor preferências de
organização de sistemas de poder. Para o estudo deste académico
germânico importa realçar a importância de dois aspectos que se alternam
nos critérios de recrutamento: a confiança política e a confiança técnica.
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A evolução da legitimação tradicional, para a legitimação racional e desta
para o seu formato plebiscitário, resulta de um processo sempre racional,
sempre burocrático; ou seja, altera-se o fundamento que legitima a
organização racional do poder mas nunca deixa de haver um método
burocrático. Neste caso (monarquia) demonstra a transição de uma prática
de articulação de alianças palacianas num sistema de linhagens dinásticas,
e extra palacianas quando as cortes se tornavam ameaçadoras.
Posteriormente procede-se à criação de posições que fortaleçam o poder de
aliados de confiança do monarca (em grande parte dos casos reforçando a
influência do clero, e da baixa nobreza e tardiamente a alta burguesia
urbana). Quando finalmente é o contraposto pelo poder camarário o
monarca socorre-se do ministro (de forma a evitar o desgaste do seu poder
carismático/simbólico do debate intensivo e técnico do parlamento) da sua
confiança que será avaliado tecnicamente pela oposição parlamentar.
Perante o reforço do parlamentarismo recorre á garantia de cargos
nomeados e de sua confiança, essencialmente vitalícios e conservadores
(numa câmara própria). Desta forma foi articulada a relação de forças que
resultou no modelo bicamarário anglo-saxónico.

Mas quando o monarca perde a sua capacidade de intervenção executiva na


sede do poder parlamentar, caberá ao líder do poder executivo fazer uso de
engenhos burocráticos de forma a garantir o seu sucesso. Para garantir a
disciplina de voto os britânicos criaram a figura do detentor do chicote
parlamentar. Neste momento são as forças escrutinadas que detêm a
maioria, a negociar a sua influência e a figura do whip, o leader que geria a
distribuição dos cargos e por isso será importante para garantir a disciplina
de voto no aparelho representativo pelo trabalho que desenvolve na ligação
entre os deputados e as circunscrições locais.

No sistema político americano o chefe do executivo (e simultaneamente


chefe carismático) é escrutinado, no entanto enfrenta na câmara alta a
rigidez do voto de um conjunto de senadores que atingem um estatuto
vitalício sem qualquer intervenção popular para além da que lhes permite
levar a cabo uma carreira política longa e influente. Nesse momento não
tem a mesma força quando tem que escolher os membros da sua
administração onde combina perícia técnica com confiança política de forma
a enfrentar a oposição legislativa e a opinião pública.

Todo este percurso é uma parte do que nos é proposto como uma resenha
história da profissionalização do político na perspectiva) burocrática pois
explica-nos como vão surgindo conselheiros, ministros, líderes
parlamentares, entre outros indivíduos -tipo (subcategorias de político. Os
exemplos de regime escolhidos são modelos que demonstram ser ainda
bastante influenciados pela tradição da democracia de notáveis reunidos
em caucus como unidade de organização. Pouco rigorosa, e pouco exigente
na afectação da vida profissional dos seus membros, e na intensidade da
sua acção de “militância”, com uma cobertura geográfica muito vasta,
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passaria a contar com o método concorrente, mais intensivo da nova
máquina partidária.

Ambos sofreram a transição para o novo sistema que resultou da luta pelo
alargamento do direito ao voto e reagiram pela burocratização eficiente que
está na origem do político profissional a tempo inteiro.

Quando a máquina partidária se esforça por sentir a sua influência cada vez
mas presente na vida das populações, que se verifica no momento em que
se desdobra de forma a conseguir levar a cabo a manutenção permanente
dos programas políticos concorrenciais, em que procura desenvolver e
manter de uma forma duradoura a representação sintética de várias
tendências regionais representadas num programa geral e abrangente, em
que intensifica os seus esforços para manter a publicidade presente a nível
nacional; neste patamar em que a rede de estruturas locais não se dilui
após a época de campanha marca-se a criação da empresa política
profissional e o início da transição para a “democracia plebiscitária”.

Esta evolução vai forçar a aplicação de mais esforços para controlar o


eleitorado e as notabilidades locais não conseguem garantir pela compra do
voto a sua influência. A promoção de contrapartidas terá que se tornar
numa tarefa permanente, remunerada de coordenação contínua entre
várias assembleias locais e supra-locais, onde são discutidas as propostas
estratégicas de níveis hierárquicos distintos até assumiram a forma de
compromisso estratégico geral discutido em congresso. A este nível a
concorrência faz-se sentir entre forças internas que disputam o nível mais
alto de direcção e em volta de personalidades fazem uso dos seus atributos
demagógicos na articulação de distribuição de benefícios, que por sua vez
fará a escolha de quem irá ser a figura central das campanhas, que Weber
não deixa de referir como um notável em disputa com outros notáveis,
internos e externos, de base e de topo.

A máquina partidária como é apresentada não descura a influência das


leituras que terão sido feitas sobre Ostrogorsky e a sua ideia de partido
eleitoral. Neste raciocínio o partido não é mais que uma empresa de
interesses, que coloca um grupo social politicamente activo em contacto
intensivo com um grupo social politicamente passivo. Certamente haverá
uma diferença entre o resultado de um exercício plutocrata da democracia
caudilhista e o resultado da “expropriação do expropriador” resultante da
democracia revolucionário. A empresa política é vista como muito
semelhante á empresa capitalista e a preocupação de weber é saber se fará
sentido alargar este processo expropriativo à esfera particular.

Em qualquer um destes processos matem-se a questão: estará o aparelho


político imune á influência do aparelho económico, coabitará com uma
máquina de interesses que não são escrutinados como estrutura
independente ou como estrutura subordinada?
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Conclusão.

Durkheim propunha uma religião civil, Marx a dedicação á causa proletária,


Weber acentua o desencanto social e o cinismo do indivíduo face á causa
pública, destaca a tendência hedonística da mentalidade dessa época.
Acredita que o individualismo tenha chegado um ponto extremo
aprisionando metaforicamente numa jaula de ferro o Homem no princípio do
século XX.

Face a este cenário desolador o líder carismático deveria aparecer como a


solução, como algo que atingisse o nível mais primário da psicologia
humana e injecta-se uma crença na causa pública, pela proximidade e
recurso a valores a rituais e emoções de todos os elementos da sociedade,
do mais instruído até o elemento base e ignorante.

O racionalismo não estava configurado para suceder em tal missão, o seu


carácter impessoal e demasiado neutral, expresso por um tipo de ditadura
ora militar ora burocrática, afastava cada vez mais as instituições das
pessoas.

O mito weberiano é essencialmente messiânico, propõe a ordem e o sentido


da vida pela regência de um sistema de crenças partilhado, pela antítese do
mito positivista e da proposta bolchevista. Afasta-se da ciência absoluta e
pondera sobre o valor do raciocínio lógico na sociedade moderna

Esta apologia da liderança carismática atingida por plebiscito iria custar


caro á Humanidade. Embora não tenha vivido para presenciar a crise de
1923, o impacto da hiper-inflação provocada pelo rigor das negociações de
Versalhes, o autor já transcrevia para a sua obra o que se lia nas ruas da
Alemanha e nos corredores do poder, pois ele próprio levou para o seu país
as condições impostas pelos aliados enquanto diplomata.

O legado de Weber.

Georg Lukacs (uma referência marxista desta época) fora aluno deste
académico germânico, e partilhavam uma atitude crítica face á II
internacional (embora de perspectivas diferentes), assim como uma prática
transdisciplinar do estudo combinando o interesse pela história, pela
sociologia da arte e da literatura. Ambos acentuaram o papel da Ética na
análise e pratica da actividade política - e forçosamente sobre o marxismo.
É aceite que este teórico socialista tenha feito uso de toda a reflexão de seu
mestre sobre a temática das classes sociais, talvez mais até do que os
estudos de Marx.
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Os conservadores que terão conhecido a obra de Max Weber certamente
souberam instrumentalizar a ideia do desencanto, a nudez da democracia
parlamentar, a violência do socialismo e a proposta carismática. Os
militares que Weber apoiara na primeira guerra mundial levariam a cabo a
repressão das insurreições socialistas na Alemanha, a mando dos
revolucionários de 1918. Entre estes, os míticos Freikorps na sua oposição
aos guardas vermelhos, chegariam a contar com actividade do cabo de
guerra Hitler, acompanhado de Rudolf Hess (futuro vice führer), Ernst Röhn
(futuro líder das SA), de Reinhard Heydrich (SS), Heinrich Himmler (SS) e
tentariam o golpe de estado em 1920 na Baviera, onde se ensaiava o fim da
república de Weimar. Acabaram por comprovar que era legítima a
preocupação dos intelectuais que nessa época atribuía o povo alemão uma
tradição militarista excessiva que se fez acompanhar de um sentimento de
desencanto, de traição face ao resultado de Versalhes, de isolamento
internacional como resultado da política de Guilherme II e que cairia nas
malhas populistas da apologia da Grossdeutschland, levada a cabo pelos
teutónicos cavaleiros da máquina carismática, burocrática e inicialmente
plebiscitária do nacional-socialismo.

Se como conservador e nacionalista em 1914 alistara-se como voluntário no


exército para sair um ano a seguir, em 1917 coloca-se a favor da
continuação da guerra, pois aceita que a Alemanha tenha a necessidade de
expandir a sua fronteira física e territorial. Em 1918 participa na formação
do DDP partido democrata que chegaria a formar governo com o Zentrum
(partido essencialmente católico) e o SPD. O DDP tratava-se sobretudo de
um partido composto por judeus e académicos que romperam a coligação
de governo quando foram propostas as condições de rendição da Alemanha.
Este partido desempenhou a função de fiel da balança entrando em cena o
SPD não consegue formar alianças á esquerda. Como partido liberal rejeita
também o projecto de nacionalização da indústria do carvão que o SPD
chegou a propor.

Como académico, a sua contribuição permite-nos tirar partido de uma


reflexão epistemológica profunda, da qual resultou um forte contributo para
categorizar a acção e a organização política, e a organização dos recursos
humanos, tal como ela se desenvolveu a partir do princípio do século XX.
Esta obra continua a manter a sua validade enquanto orientação para o
estudo da política, para a reflexão sobre a prática política á semelhança da
obra de Aristóteles ou de Maquiavel. Conta com a particularidade de focar
questões cuja actualidade é reconhecida, pois o regime democrático como o
conhecemos e vivemos, evolui significativamente na época que Weber
(entre outros teóricos) viva, observa e sintetiza.

Bibliografia.
Rui Estrela – Ciência Política- nº 9802973- Turma
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WEBER, Max, A política como profissão. Edições Lusófonas, Lisboa, 2005

CHIAVENATO, Idalberto, Teoria geral da administração São Paulo : McGraw-Hill, 1979

MILZA, Pierre, As Relações Internacionais de 1871 a 1914. (Lisboa: ed. 70: 2007

ARON, Raymond, As etapas do pensamento sociológico; trad. Miguel Serras Pereira, 8ª ed,
Publicações Dom Quixote, 2007

Internet.

German Bundestag: History of German parliamentarianism

http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Nacional_Democrata_Alem%C3%A3o

http://www.bundestag.de/htdocs_e/artandhistory/history/factsheets/parties_empire.pdf

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http://en.wikipedia.org/wiki/Fatherland_Party_(Germany)

Free Conservative Party - Wikipedia, the free encyclopaedia

Free-minded People's Party (Germany) - Wikipedia, the free encyclopaedia

General German Workers' Association - Wikipedia, the free encyclopaedia

Democratic Union (Germany) - Wikipedia, the free encyclopaedia

Progressive People's Party (Germany) - Wikipedia, the free encyclopaedia

Social Democratic Workers' Party of Germany - Wikipedia, the free encyclopaedia

Fatherland Party (Germany) - Wikipedia, the free encyclopaedia


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pereira.marques@sapo.pt

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