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Karina Ap.

Marini Ribeiro
OAB/SC 28.035

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUÍZ(A) DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA


COMARCA DE PONTE SERRADA – SANTA CATARINA.

SILVANA SUTIL, brasileira, casada, do lar, portadora do RG nº


5.129.069-3, e do CPF nº 065.001.099-02, residente e domiciliado no Assentamento 20
de Novembro, Interior, município de Passos Maia, nesta comarca de Ponte Serrada - SC,
através de sua procuradora que abaixo subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, propor a presente;

AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C REINTEGRAÇÃO DE POSSE DE BEM


MÓVEL

Em face de, MARCOS FONTANA, brasileiro, solteiro, agricultor,


portador do RG nº 16/R 4.498.200 e CPF nº 006.302.399-75, residente e domiciliado em
Linha Maier, interior do Município de Ponte Serrada – Santa Catarina, pelas razões de
fato e de direito a seguir aduzidas;

Em Ponte Serrada; João Busetti, 267 – Sala 005 – Condomínio Harmonia - Ponte Serrada-SC Cep 89.683-
000. Em Passos Maia; R. Padre João Botero, nº 709, Centro– Passos Maia – SC - CEP 89687-000. Fone
(49) 99830943 email; karinamariniribeiro@yahoo.com.br
Karina Ap. Marini Ribeiro
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DOS FATOS

Foi firmado entre a autora e o réu o Contrato de Confissão de


Divida (doc. ) em data de 19/05/2008, em que estabelecia que o réu declara e confessa
que pagaria as prestações do dia 11/08/2007 a 11/06/2009, no Banco Bradesco no valor
de R$ 253,33 ( duzentos e cinqüenta e três reais e trinta e três centavos) referentes ao
contrato de financiamento da moto Honda/NXR 125BROS ES ano 2003, com Chassi nº
9C2JD20203R013197 e placa MBY 5473, sendo que após a quitação de todas as
parcelas a autora iria transferir para o nome do réu, o bem supra citado, no entanto, o
financiamento continuou em nome da autora.

Contudo, relata a autora que após se dirigir a uma instituição


financeira para fazer um financiamento para compra de vacas leiteras, foi informada que
não poderia fazer tal financiamento por que seu nome estava cadastrado junto ao SPC
( Serviço de Proteção ao Crédito).

Diante de tal fato dirigiu-se até a ACIP (Associação Industrial


Comercial de Passos Maia) para ter mais informações, quando então ficou ciente que o
réu descumpriu com o pactuado não pagando as prestações relativas aos meses de
janeiro/2008, fevereiro/2008 e março/2008, estando a divida perfazendo um montante de
R$ 3.990,88 ( três mil novecentos e noventa reais e oitenta e oito centavos).

A autora procurou insistentemente o réu para buscar uma solução


ao problema, já que em face o descumprimento do pacto, a autora estava com seu
crédito restrito, sendo que não obteve uma resposta satisfativa.

Destaca a autora ainda, que depois que o réu pegou a moto não
pagou o Licenciamento Anual e o Seguro DPVAT dos anos de 2007, 2008 e 2009,
estando em débito com relação aos mesmos no valor de R$ 835,21 ( oitocentos e trinta e
cinco reais e vinte e um centavo), relembrando que todos esses débitos estão em nome
da autora.

Em face o exposto, não restou outra alternativa a autora a não ser


procurar o respaldo legal para ampará-la, para então rescindir o citado contrato,
reintegrando a posse bem, já que mesma terá que quitar as dividas com relação ao

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financiamento de R$ 3.990,88 ( três mil novecentos e noventa reais e oitenta e oito


centavos) e do Licenciamento Anual e o Seguro DPVAT dos anos de 2007, 2008 e 2009,
no valor de R$ 835,21 ( oitocentos e trinta e cinco reais e vinte e um centavo), o que
perfaz um total de R$ 4.826,09 ( quatro mil oitocentos e vinte e seis reais e nove
centavos). Sendo que hoje a moto em questão segundo a tabela FIPE ( doc. em anexo)
esta avaliado em R$ 4.824,00 ( quatro mil oitocentos e vinte e quatro reais).

DO DIREITO

Deflui-se da narração dos fatos de que assiste o direito a Autora,


posto que na formação do contrato, constou claramente a obrigação do réu, nesse
sentido o inadimplemento das prestações importaria imediata rescisão contratual.

É o princípio da força obrigatória dos contratos (pacta sunt


servanda), a qual assevera ORLANDO GOMES, em sua obra "Contratos":

"O princípio da força obrigatória consubstancia-se na regra


de que o contrato é lei entre as partes. Celebrado que seja,
com observância de todos pressupostos e requisitos
necessários à sua validade, deve ser executado pelas partes
como se suas cláusulas fossem preceitos legais imperativos.
O contrato obriga os contratantes, sejam quais forem as
circunstâncias em que tenha de ser cumprido. Estipulado
validamente seu conteúdo, vale dizer definidos os direitos e
obrigações de cada parte, as respectivas cláusulas têm, para
os contratantes, força obrigatória. Diz-se que é intangível,
para significar-se a irretratabilidade do acordo de vontades.
Nenhuma consideração de eqüidade justificaria a revogação
unilateral do contrato ou a alteração de suas cláusulas, que
somente se permitem mediante novo concurso de vontades.
O contrato importa restrição voluntária da liberdade; cria
vínculo do qual nenhuma das partes pode desligar-se sob o
fundamento de que a execução a arruinará ou de que não o
teria estabelecido se houvesse previsto a alteração radical
das circunstâncias.(12ª.Ed.Ano.1991.Editora.Forense)

A melhor doutrina entende que uma vez convencionada a condição resolutiva


expressa, o contrato rescindir-se-á automaticamente fundando-se no princípio da

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obrigatoriedade dos contratos, justificando-se quando o devedor estiver em mora.


Nesse mesmo sentido destaca Carlos Roberto Gonçalves, em sua
obra “ Direito das Obrigações – Parte Especial” , Editora Saraiva, 7º Ed, pag. 52/53;

Verifica-se a dissolução do contrato em função de causa


posteriores á sua criação por: a) resolução, como
conseqüência de seu inadimplemento voluntário, involuntário
ou por onerosidade excessiva. (...) a) Resolução – A
resolução por inexecução voluntária decorre de
comportamento culposo de um dos contraentes com prejuízo
ao outro.

Da mesma forma predispõe a norma exposta no Código Civil;


Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno
direito; a tácita depende de interpelação judicial.

Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a


resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o
cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização
por perdas e danos.

Ora, se o pedido principal antecedente é a desconstituição do


contrato e a pretensão cumulativa acessória conseqüente é a recuperação da moto, esta
última é lógica e absolutamente dependente do acolhimento da primeira pretensão de
natureza desconstitutiva (constitutiva negativa).
Assim a legislação do Código de Processo Civil atual retrata o
direito da autora em reintegrar a posse do bem;

Art. 926 - O possuidor tem direito a ser mantido na posse em


caso de turbação e reintegrado no de esbulho.

Da mesma forma assegura o Código Civil;

Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em


caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de
violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§ 1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou
restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo;
os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do
indispensável à manutenção, ou restituição da posse.

Já a doutrina estabelece;
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“Para o exercício da reintegração, exige-se uma posse, seja


ela qual for, o que significa que nem se exige a anualidade,
nem a ausência de vícios, sendo protegida a própria posse
ilegítima” (Roberto de Ruggiero. Instituições de Direito Civil,
Campinas, Bookseller, 1999, v. 2, p. 808.)

Assim, diante do descumprimento do acordo estabelecido pelas


partes existem motivos para a resolução do contrato ( rescisão), estando claros tais
motivos, é mister que se acolha da primeira pretensão de natureza desconstitutiva, para
então, passe a análise da pretensão cumulativa acessória, e conseqüente reintegração
e recuperação da moto.

DO PEDIDO

Pelo exposto, REQUER:

a) seja julgado procedente o pedido em questão, para


RESCINDIR o contrato elaborado pelas partes em seguida REINTEGRANDO A
POSSE da autora a MOTO Honda/NXR 125BROS ES ano 2003, com Chassi nº
9C2JD20203R013197, placa MBY 5473;

b) A concessão do beneficio da JUSTIÇA GRATUITA, nos


termos da Lei nº 1.060/50, por se tratar de pessoa que não possui condições
financeira para suportar os encargos judiciais relativas às custas processuais ,
sem comprometer seu sustento próprio ou de sua família, conforme a
declaração em anexo (doc. em anexo);

c) A citação do RÉU para, contestar no prazo legal;

d) Seja intimado o Douto representante do Ministério Público


para participar do feito

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f) Pretende provar o alegado por todos os meios de provas


admitidos em direito.

Dá-se a causa o valor de R$ 4.824,00 ( quatro mil oitocentos e vinte e


quatro reais).

Nestes termos,
Pede o deferimento.

Ponte Serrada, 16 de outubro de 2009.

KARINA APARECIDA MARINI RIBEIRO


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ROL DE DOCUMETOS

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1 – Procuração;
2 – Cópia RG e CPF;
3 - Declaração de Hipossuficência;
4 – Tabela FIPE;
5 – Consulta do Veículo no DETRAN;
6 - Cópia do Contrato de Confissão de Divida;

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