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Aulas Práticas
1. A diferença entre ouvir e escutar
Ouvir: é um processo fisiológico; processo passivo que ocorre sem nenhuma atenção ou
esforço especial.
1 - Receber
2 - Perceber
3 - Relembrar
4 - Apreciar
5 - Responder
1ª Etapa – Receber:
2ª Etapa – Perceber:
Evitamos assumir que já sabemos o que a pessoa nos vai dizer antes de ela de
facto o fazer;
3ª Etapa – Relembrar:
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4ª Etapa – Apreciar:
5ª Etapa – Responder:
2. Diversidade Humana
Evolução do Conceito de Diversidade:
Desconstrução de preconceitos/estereótipos;
Sensibilidade à diversidade
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Significa que adequamos o nosso comportamento ao reconhecimento/valorização das
diferenças;
Sem esta não poderão desenvolver-se comunicações interpessoais eficazes entre
pessoas diferentes.
Prepare-se quando sabe que vai ter de lidar com pessoas/grupos diferentes
(ex: conhecer a história, os costumes, etc…);
3. Liderança
A liderança é um elemento inevitável na vida dos grupos;
Muitas pessoas assumem que ser bom líder significa ser capaz de manipular, controlar
e forçar os outros elementos à obediência, mas as pessoas que usam a manipulação e
coerção para influenciar as outras pessoas (quer sejam reis, presidentes, patrões ou
chefes) não são líderes.
O termo líder deve ser usado para aqueles que agem no melhor interesse do grupo e
com o consentimento desse.
A liderança é uma forma de poder, mas poder com as pessoas em vez de poder sobre
as pessoas, o que implica uma relação recíproca entre o líder e os liderados.
Estudos realizados em grupos (em diversas situações: políticos, escolas, militares, religiosos,
etc.) indicam que alguns grupos prosperam quando guiados por bons líderes.
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1. Os membros sentem que o sucesso da tarefa do grupo está ao seu alcance;
2. É feita uma avaliação positiva das recompensas do sucesso;
3. Um membro com experiência anterior de liderança está presente no grupo.
Liderança é:
1. Modelo de carácter
2. Modelo situacional
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3.Modelo interaccionais
Cruzam estes outros dois modelos, referindo que o carácter e a situação interagem
para determinarem quem irá liderar e quem não irá;
Tipos de Liderança
Liderança democrática (LD): O líder faz questão de discutir com o grupo todas
as actividades a serem desenvolvidas, permite que os membros façam as suas
escolhas e enfatiza a igualdade, etc;
Existem muitas formas e teorias sobre os diferentes tipos de liderança, mas dois tipos básicos
acabam por emergir na maioria das definições:
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4. Coesão
1. Forças que compelem os membros para a união e opõem-se às disposições que os
tentam separar, mantendo, assim, os grupos intactos” (Kurt Lewin,1943);
Alguns autores (Lott & Lott, 1965) consideram a coesão uma forma especial de atracção
interpessoal; outros (como Michael Hogg) fazem uma clara distinção entre atracção individual
e atracção social e apenas esta última corresponderia a coesão grupal. Esta atracção social é
despersonalizada, não tem a ver com as características individuais de cada membro.
Outros autores consideram que a coesão tem mais a ver com a vontade/disponibilidade dos
membros para trabalharem em conjunto para alcançarem os seus objectivos do que com
relações interpessoais positivas e sentimentos de união;
Esta definição torna-se mais evidente em: Equipas de desporto, grupos militares, grupos de
trabalho, etc.
De facto, muitos grupos definidos como coesos (no sentido em que procuram alcançar os seus
objectivos com grande intensidade) são caracterizados por:
Escalas de auto-resposta.
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Em geral a coesão dos grupos tende para consequências positivas:
1. Formação – Forming
2. Fase de Conflito – Storming
3. Fase de Estruturação – Norming
4. Fase de Execução/Trabalho - Performing
5. Fase de Dissolução – Adjourning
1 - Formação - Forming
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2- Fase de conflito – Storming
Esta fase tende a acontecer quando os membros começam a definir os objectivos do grupo, as
relações entre os membros e os papéis que cada membro desempenhará no grupo;
Quando não existe tensão/conflito nos grupos o mais provável é que os membros estejam
desmotivados, pouco envolvidos e aborrecidos/entediados;
A maioria das vezes os conflitos têm consequências positivas para os grupos: definição dos
objectivos do grupo, compreensão da visão/perspectiva dos outros, expressão de hostilidades
(que permitem que o grupo evolua).
A produtividade dos grupos tende a desenvolver-se quando o grupo se torna mais maturo;
nem todos os grupos atingem esta fase; muitos estudos sugerem que é necessário tempo para
que os grupos cheguem a uma fase em que as relações de produtividade se tornam reais, mas
só o tempo não torna esta fase real.
Esta fase pode ser planeada ou espontânea; no primeiro caso é porque o grupo alcançou a sua
missão ou esgotou o seu tempo ou recursos;
Esta fase pode ser stressante para os elementos, mesmo quando planeada.
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O que define um grupo?
2. “Um grupo define-se por, duas ou mais pessoas que interagem mutuamente de tal
forma que cada pessoa influencia e é influenciada pelas restantes.” (Shaw, 1981, p. 8)
Cada grupo é único na sua essência. Contudo existem propriedades e dinâmicas que são
comuns a todos os grupos:
1. Interacção,
2. estrutura, coesão,
3. identidade social,
4. objectivos.
Interacção
Surge de muitas formas, mas sobretudo relaciona-se com as tarefas que o grupo tem
de executar.
Neste sentido os grupos têm de coordenar as suas competências, recursos, motivação
para que o grupo tome decisões, para gerarem algo ou alcançarem algo.
Estrutura
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1. Papéis: comportamentos que são esperados de determinadas pessoas
que ocupam certos lugares, ou seja, os papéis desempenhados pelos
diferentes membros de um grupo (líder, pesquisador de informação,
apaziguador, brincalhão, encorajador, etc…)
Coesão: É definida pelas forças e laços que ligam os membros uns aos outros e ao grupo.
Identidade Social: Refere-se à percepção partilhada, por parte dos indivíduos, de que
pertencem a um determinado grupo ou categoria social.
Objectivos
Definição de Equipas
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6.Tecnologia de Espaço Aberto-“Open Space Technology”
PRINCÍPIOS:
OBJECTIVOS:
Conflito latente: Que existe potencialmente, mas que não tem efectivamente lugar
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Métodos de resolução de conflitos
1. Evitar;
2. Negociar;
3. Mediar;
4. Arbitrar;
5. Litigar/ Adjudicar;
6. Lutar/ Guerra
Elementos da Negociação
Clima Geral
Visão do Mundo
Posições
Necessidades e Interesses
Reenquadramento
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Chips e Chops
Evadir: Ignorar, mudar de assunto, sair, adiar para obter mais informações, pedir para pensar.
Informar: Afirmar o que se quer e porquê, justificar a posição assumida, revelar as suas
necessidades e sentimentos.
Open: Colocar questões que não impliquem o julgamento sobre a posição, necessidades ou
sentimentos do outro, demonstrar que se está a ouvir parafraseando, testar a compreensão
resumindo a ideia sem que necessariamente se concorde com ela.
Unir: Tomar o diálogo comum ou mesmo um ritual, estabelecer o que é o terreno comum,
reenquadrar o tema de modo a ir ao encontro das necessidades das partes. Propor soluções
que liguem as necessidades expressas com o tema em discussão.
Etapas da Negociação
1- Ritual Sharing – Protocolo Inicial
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4- Resolução dos Problemas e Alcançar o Acordo
Mediação:
Processo de negociação conduzido por uma terceira parte que actua de forma neutral e
assume a confidencialidade acerca dos conteúdos em conflito.
Declaração de Abertura
Apresentações
Mediador
Partes
Neutralidade
Confidencialidade
Regras
Não se interromperem
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Aulas Teóricas
3. Melhorar a Sociedade
1.
O estatuto social
O contexto
A diversidade de experiências e desempenho de papéis
Os suportes sociais
O enquadramento das experiências e dos contextos negativos
As ideias provenientes de outros locais
As coincidências
Responsabilidade Pessoal
Escolha
Liberdade
Espiritualidade
Acção Social
Consciência Crítica
Significado Pessoal
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1. Sabedoria
Devemo-nos centrar:
Coragem Altruísmo
Perseverança
Em vez de Psicopatologias, estudos apontam que as pessoas com doença mental e que tenham
esperança e oportunidades participação social recuperam mais depressa.
Colaboração
1. Conjunto de pessoas que se juntam com o intuito ou com a orientação para cooperar.
Processos de colaboração:
Colaboração e comunicação:
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Colaboração - Significado Partilhado
Um comunicador eficaz:
4. Na comunicação não é apenas o que o emissor diz que atribui significado ao que
profere, mas também o que o receptor ouve e percebe.
o fortalecimento comunitário;
- fundamentação empírica.
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Bem-estar Individual
A Ψ comunitária relaciona esse bem-estar individual com o contexto social e político mais
abrangente e político, procurando:
Sentimento de Comunidade
Justiça Social
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Participação Cívica
Neste sentido a participação cívica liga-se com um outro valor fundamental da Ψ comunitária,
o empowerment.
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Respeito pela Diversidade
A diversidade requer igualmente a criação de contextos sociais que permitam aos indivíduos
estabelecer relações recíprocas e interdependentes, compreender a variedade das suas
histórias pessoais, culturais e sociais e usar as suas diferenças apara alcançar um objectivo
colectivo.
Fundamentação Empírica
Teoria do Empowerment
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A participação das pessoas no seu próprio processo de empowerment é essencial para a
compreensão do seu significado que só é operacionalizado na relação entre os indivíduos, as
organizações e a comunidade.
O empowerment envolve uma perspectiva de mudança que ocorre de baixo para o topo
(bottom-up) e que varia consoante os contextos que tem lugar. É eminentemente interactivo,
pelo que ocorre em contextos colectivos e constituí-se como um processo e não um estado
fixo.
Dimensões do Empowerment
Zimmerman, considera que o empowerment tem três dimensões: controlo, consciência crítica
e participação.
Controlo
O controlo refere-se à percepção que o indivíduo tem sobre as suas competências para
influenciar o sistema sociopolítico ou sobre o controlo que detém numa situação específica.
Este conceito torna-se um contraponto do conceito de powerlessness, entendido como o
sentimento de falta de poder, decorrente de uma situação de vulnerabilidade ou mesmo
desamparo, para controlar ou alterar o rumo dos acontecimentos ou alcançar os resultados
pretendidos. E.g: A morte de um ente querido.
Consciência crítica
Participação
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Níveis Individual, Organizacional e Comunitário
Processos e Resultados
Não é fácil medir o empowerment, na medida em que este pode assumir formas diferenciadas
para pessoas diferentes, nas suas interacções com os mais diversos contextos. Por outro lado,
o empowerment é um processo dinâmico que se desenvolve e altera ao longo do tempo.
Trata-se de um processo contínuo de crescimento e fortalecimento dos indivíduos, grupos, e
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comunidades, construído através da experiência de participação e tal como se desenvolve,
também pode ser reversível.
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inseridos, ou ainda, os efeitos das intervenções estruturadas no sentido de promover o
empowerment dos seus participantes. Estes também podem ser diferenciados de acordo com
os níveis de análise.
- Nível comunitário: os resultados poderão incluir as formas através das quais se expressa o
pluralismo e a diversidade, a importância de coligações/parcerias de base comunitária ou
ainda a acessibilidade dos recursos comunitários. O empowerment de uma comunidade
traduz-se na sua capacidade de responder eficazmente aos problemas colectivos, facto que só
ocorrerá quando tanto os indivíduos como as organizações tenham sido empowered no
sentido de alcançarem resultados satisfatórios. Uma comunidade empowered caracteriza-se
pela sua capacidade de organização e pela mobilização dos seus membros etc.
Recovery
Os médicos em vez de se focarem no alívio dos sintomas da doença mental devem
focar-se no apoio ao indivíduo no sentido do desenvolvimento pessoal incluindo a construção
da sua identidade e na procura de um papel importante na sociedade.
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da institucionalização e do estigma social que ela provocou, da discriminação e do isolamento,
da falta de oportunidades de auto-determinação e de participação social.
Narrativas de recovery: A melhor forma de compreender o recovery é partir das narrativas das
pessoas com experiência de doença mental e das suas experiências vividas e pessoais de
recovery. Estas narrativas são de uma riqueza imensa, apresentando uma diversidade de
definições de recovery e de descrições das estratégias, suportes e actividades que facilitaram e
promoveram esse processo.
Esperança e determinação Social: “Ter alguma esperança é crucial para o recovery; nenhum
de nós se esforçaria se pensasse que era um esforço inútil. Eu acredito que se confrontarmos a
nossa doença com coragem podemos vencer os obstáculos para viver de forma independente,
aprender e contribuir para a sociedade, a sociedade que tradicionalmente nos abandonou”
Cuidados e Gestão Pessoal: Este processo envolve uma maior auto-consciência e atenção às
fontes de stress e aos recursos positivos do contexto. Com o tempo, cada pessoa desenvolve
um conjunto de estratégias para que os sintomas diminuam ou não ocorram e para lidar com
os desafios diários (alimentação saudável, descanso, exercício físico, actividades significativas,
espiritualidade, planos de crise).
Apoios Naturais: Embora seja uma experiência individual, o recovery não é um processo
solitário, nem acontece num vácuo (Ralph, 2005; Davidson et al, 2005). O recovery envolve
uma dimensão social e ocorre através da participação social e das relações com os outros. A
família, os amigos, os pares, os colegas de trabalho, os vizinhos são fontes importantes de
suporte e interdependência.
Apoios dos Pares: Os pares podem despoletar e apoiar o recovery através da ajuda-mútua,
encontros informais, apoio mútuo e partilha das suas histórias de recovery. O movimento de
ajuda-mútua dá às pessoas a ideia de que elas são as principais peritas no seu próprio processo
de recovery e podem resolver os seus próprios problemas. As pessoas descobrem um
propósito e significado no processo ajudarem outras pessoas a iniciarem as suas viagens de
recovery (Deegan, 1994; Unzicker, 1989).
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Integração Comunitária: A integração comunitária significa fazer parte da comunidade e não
apenas estar na comunidade
Actividades significativas
Papéis sociais valorizado
Redes de relações sociais
Integração física
Integração social
Integração psicológica (sentimento de comunidade)
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Ajuda Mútua
Definição: Encontro voluntário de pessoas que partilham experiências ou problemas comuns
e oferecem, entre si, suporte permanente e continuado
Características:
1. Partilha
2. Conhecimento da Experiência
4. Companheirismo
Helper Therapy Principle: Mecanismo que permite que uma pessoa recupere quando, ela
própria procura ajudar outros, na medida das suas capacidades.
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AJUDA MÚTUA: EVOLUÇÃO SÓCIO-POLÍTICA
Para alcançarem esses objectivos, promoveram a partilha das suas experiências pessoais
como método para, e em conjunto, encontrarem mecanismos de resolução (Monteiro).
A etapa mais recente na evolução do movimento da ajuda mútua é a ligação aos estudos
académicos.
Esta ligação pretende provocar uma mudança da colocação das pessoas em desvantagem
ao nível dos domínios científicos, passando a existir como agentes e sujeitos do
conhecimento.
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