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A FORMAÇÃO DA CRISTANDADE
(SÉCULOS 11-13)
O DESENVOLVIMENTO DA CRISTANDADE:
DESENVOLVIMENTO DA CONSTRUÇÃO,
PROGRESSOS AGRÍCOLA E DEMOGRÁFICO
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. : • • Parte 1
Do mudo antigo à cristandade medieval
Canteiros de construção (não apenas das catedrais mas também das inúmeras
igrejas de todos os tamanhos; das construções com fins econômicos como
pontes, celeiros, mercados; e das casas de ricos, cada vez mais construídas em
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pedra) o centro da primeira, e praticamente única j indústria medieval,,-
Mas este impulso da construção não era o fenômeno primeiro. Ele res-
pondia a diversas necessidades, sendo a principal a do alojamento de u m a po-
pulação mais numerosa.jvlasjé claro que n e m sempre havia u m a relação dire-
ta entre o t a m a n h o das igrejas e o n ú m e r o de fiéis. Motivos ligados ao prestí-
gio e à devoção t a m b é m influenciaram na busca da grandiosidade.
É ^ f í c i l ^ B ^ g j i i r jieste desenvolvimento da cristandade o que foi a
causa e o que foi conseqüência, e a maior parte dos aspectos deste processo fo-
ram ao mesmo tempo u m a e outra coisa. Mais difícil ainda é apontar a causa
primeira e decisiva de tal progresso. Masjgode-se negartal papel a fatores fre-
qüentemente invocados para explicar o arranque do Ocidente. C o m o o cres-
cimento demográfico, que foi apenas o primeiro e mais espetacular resultado
daquele progresso. O mesmo pode-se dizer da relativa pacificação que se ins-
taura no séculçt 10°: fim das invasões, aperfeiçoamento das instituições de
"paz" que regulamentam a guerra ao limitar os períodos de atividade militar
e ao colocar certas categorias da população não combatente (clérigos, mulhe-
res, crianças, camponeses, comerciantes e por vezes animais de trabalho) sob
a proteção de garantias juradas pelos guerreiros (foi o sínodo de Charroux, em
989, que estabeleceu a primeira organização destinada a fazer respeitar a paz
de Deus). Esta diminuição da insegurança não era mais do que a conseqüên-
cia do desejo de vastas camadas da sociedade cristã de proteger o progresso
nascente. "Todos estavam sob o efeito do terror das calamidades da época pre-
cedente, atormentados pelo m e d o de, no futuro, ser-lhes arrancadas as doçu-
ras da abundância", diz bem Raul Glaber para explicar o movimento de paz a
que se assiste na França do começo do século 11.
A o r i g e m do impulso deve ser procurada do lado da terra, que na Ida-
de Média era a base de tudo. Não parece que a classe dominante - com exce-
ção de alguns senhores eclesiásticos e de altos funcionários carolíngios - tenha
se interessado diretamente pela exploração de seus domínios. Mas os rendi-
mentos e os serviços que exigiam da massa camponesa incitaram esta massa,
para os satisfazer, a um certo melhoramento de seus métodos de cultivo. Pen-
so que os progressos decisivos que iriam constituir o que já se chamou de u m a
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Capítulo 3
A formação da cristandade (séculos 11-13)
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Parte 1
Do mudo antigo à cristandade medieval'
EXPANSÃO DA CRISTANDADE:
CRISTIANIZAÇÃO NO NORTE E NO LESTE.
RECONQUISTA ESPANHOLA, CRUZADAS
1 P a r t e d a b o t â n i c a d e d i c a d a ã o e s t u d o d o p ó l e n . (N.T.)
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Capítulo 3
A formação da cristandade (séculos 11-13)
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Parte l
Do mudo antigo à cristandade medieval
4 A n t i g o t í t u l o g e r m â n i c o a t r i b u í d o a o s g o v e r n a n t e s de t e r r i t ó r i o s fronteiriços. (N.T.)
5 Trata-se de Sweyn B a r b a F o r q u e a d a . (N.T.)
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O RENASCIMENTO URBANO
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Capítulo 3
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Parte I
Do mudo antigo à cristandade medieval
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Febvre. Certamente as cidades atraíram nomines novi, recém-chegados evadi-
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dos do campo, das familiae monásticas, livres de preconceitos; prontos a ne-
gociar e obter ganhos, mas com eles, misturados a eles ou dando-lhes ajuda -
emprestando-lhes o dinheiro que só eles tinham no início -, estavam os m e m -
bros das classes dominantes: a aristocracia fundiária e o clero tiveram um pa-
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pel determinante. Uma categoria como a dos ministeriales, agentes senhoriais
saídos quase sempre da escravidão e da servidão e elevando-se rapidamente às
camadas superiores da hierarquia feudal, certamente teve parte significativa
no renascimento urbano. Ás regiões fortemente urbanizadas do Ocidente m e -
dieval - se deixarmos de lado aquelas onde a tradição greco-romana, bizanti-
na e muçulmana havia deixado bases mais sólidas (Itália, Provença, Langue-
doc, Espanha) - são sem dúvida aquelas tocadas por grandes rotas comerciais
(Norte da Itália, onde terminam as vias alpestres e as rotas marítimas medi-
terrânicas; Norte da Alemanha e Flandres, onde chega o comércio do Leste;
Nordeste da França, onde sobretudo nos séculos 12 e 13 mercadores e produ-
tos do Norte e do Sul podiam ser encontrados nas feiras de Champanhe). Mas
estas regiões são também de ricas planícies, onde se pode observar os progres-
sos obtidos pelo afolhamento trienal, o uso mais difundido da charrua e do
cavalo como animal de tração. É difícil ainda determinar o que é causa e o que
é conseqüência na íntima relação entre cidade e campo durante a Idade Mé-
dia. Para nascer, as cidades tiveram necessidade de um meio rural favorável,
mas, na medida em que se desenvolveram, exerceram u m a força de atração
cada vez maior na área rural circunvizinha - cuja dimensão aumentava de
acordo.com suas exigências. Grupo de consumidores, que não participava se-
não marginalmente da produção agrícola (na verdade não existiram campos
no interior da cidade medieval, e sim jardins e vinhedos que tiveram certo pa-
pel na alimentação dos citadinos), a população urbana tinha necessidade de
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Capítulo 3
A formação da cristandade (séculos 11-13)
11 Do a n t i g o g e r m â n i c o barman, p r o c l a m a r . D e s i g n a v a o p o d e r de m a n d o r e c o n h e c i -
d o a o chefe d e u m g r u p o d e g u e r r e i r o s . N o v o c a b u l á r i o feudal, o t e r m o indicava o
a m j u t ó o _ d e j ) o d e r e s (judiciais, e c o n ô m i c o s ) , inclusive d e c o e r ç ã o , r e s e r v a d o a o s
s e n h o r e s , d e onde_as_obrÍgações j m p o s t a s a o s d e p e n d e n t e s derivada.s d o exercício
,í : 0
d ° J E L Í 2 S Í i Ê £ Í á â i Ç . í S 9 " b a n a l i d a d e s " ^ O s s e n h o r i o s coletivos d e t i n h a m p o d e r
b a n a l . A s c i d a d e s , p o r e x e m p l o , e x e r c i a m esse p o d e r n a c i r c u n v i z i n h a n ç a r u r a l ,
c h a m a d a banlieue. N o s séculos 11 e 12, o s e n h o r i o r e p o u s a v a p r i n c i p a l m e n t e no
exercício d o ban, s e n d o p o r isto c h a m a d o p o r . a l g u n s h i s t o r i a d o r e s d e " s e n h o r i o b a -
nal". ( N . T . ) '
12 Leaders, no o r i g i n a l . (N.T.)
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A RENOVAÇÃO COMERCIAL
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14 E m itálico, n o o r i g i n a l . (N.T.)
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Parte 1
Do mudo antigo à cristandade medieval
15 C h a r l e s de M o n t a l e m b e r t ( 1 8 1 0 - 1 8 7 0 ) . Publicista, h i s t o r i a d o r , filósofo, o r a d o r e
m e m b r o da Academia Francesa, colaborador em periódicos e escritor de u m a his-
t ó r i a d o m o n a s t i c i s m o n a I d a d e M é d i a , pelas q u a i s d i f u n d i u c o m v e e m ê n c i a o
i d e á r i o católico. (N.T.)
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Parte 1
Do mudo antigo à cristandade medieval
16 S e g u i d o r e s d a R e g r a d e S ã o Basílio, r e d i g i d a p o r volta d e 3 6 5 n a c i d a d e d e C e s a r é i a
e m u i t o e m voga n o m o n a s t i c i s m o o r i e n t a l . (N.T.)
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alio, a transpor um..vau_oujuna p o n t e . São modelos não corrompidos pela
política.do clero organizado, orientadores espirituais dos ricos e dos pobres,
das almas dos aflitos e dos amantes. Com seu bastão, símbolo da força mági-
ca e da errância, com seus pés descalços e suas vestimentas de peles de ani-
mais, eles invadem a arte e a literatura. Encarnam as inquietações de u m a so-
ciedade que, com o crescimento econômico e suas contradições, procura na
solidão o refúgio dos problemas do m u n d o .
Mas o desenvolvimento e o crescimento das cidades colocam em se-
gundo plano o antigo anacronismo e o. novo, as comunidades monásticas e os
eremitas solitários ligados a u m a sociedade rural e feudal. Adaptando-se ain-
da, aTgreja cria as novas ordens mendicantes, mas não sem dificuldade, nem
i crise. Em torno de 1170, Pedro Valdo, mercador de Lyon, e seus discípu-
, os Pobres de Lyon que_serãc^chamados de Vakiens.es, levam tão longe sua
à Igreja que acabam por serem expulsos dela. Em 1206 o filho de um
• mercador de Assis, Francisco, parece embrenhar-se no mesmo caminho,
i grupo forma-se em t o r n o dele, no início com doze "irmãozinhos", "ir-
• menores", com a única preocupação de, pela prática da humildade e da
pobreza absoluta da mendicidade, ser um fermento de pureza n u m m u n d o
jmpido. Tal intransigência inquietou a Igreja. Os papas, a cúria romana e
i bispos querem impor a Francisco e seus companheiros u m a regra, criando
i ordem inserida na grande ordem da Igreja. É dramática a aflição de Fran-
cisco de Assis, díyidido entre seu ideal desnaturado e sua ligação apaixonada
ã igreja e à ortodoxia, e ele acaba aceitando, mas se retira. Pouco antes de sua
s o r t e (1226), na solidão de Verna, os estigmas foram o fim, o resgate e a re-
compensa de sua angústia. Depois, sua ordem permaneceu por muito tempo
sacudida pela luta entre os adeptos da pobreza absoluta e os partidários da
acomodação ao m u n d o . Ao mesmo tempo em que a iniciativa de Francisco de
Assis dava nascimento, contra sua vontade, à Ordem dos Frades Menores que
Tgiam a ser conhecidos como Franciscanos, Domingos de Guzman, cónego
sspanhol de origem nobre, aceitou mais facilmente a aplicação da regra de
Santo Agostinho ao pequeno grupo de pregadores que reunira visando a re-
-izidazir os hereges aos caminhos da ortodoxia pela prática da palavra e da
r*:oreza. Contemporâneos, os Frades Menores e os Pregadores — que depois
:-erão chamados de dominicanos - foram a substância das ordens mendican-
;= que nq século 13 integraram a nova milícia da Igreja. Sua originalidade e
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ção viria a ser eficaz na medida em que visava a tendências de vanguarda que
não se apoiavam em infra-estruturas suficientemente seguras. Certamente era
um sinal de que a Igreja, mesmo que nem todos os clérigos aprovassem tais
condenações, tornafa-se não apenas atrasada, mas "reacionária".
J r y e r d a d e que seu monopólio ideológico tinha sido gravemente amea-
çado. Desde as primeiras manifestações do progresso do Ocidente, em t o r n o
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do ano mil, as contestações à liderança eclesiástica vieram à tona. Tratavam-
se de heresias limitadas. Leutard, o camponês de Champanhe que pregava um
evangelho pouco ortodoxo aos habitantes de Vertus e seus arredores, os heré-
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ticos italianos de Monforte e também os de Milão agrupados na Pataria, es-
treitamente ligados ao movimento urbano, e muitos outros agitavam u m a ci-
dade ou u m a região apenas temporariamente. Da mesma maneira as heresias
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eruditas de um Roscelino, de um Abelardo (se é que foi herético), de seu
discípulo Arnaldo de Brescia, que desloca a heresia do ambiente escolar para
as ruas de Roma, amotinando o povo contra o papa, perturbam somente cír-
culos restritos. A Igreja - muitas vezes apoiada pelos príncipes que lhe trazem
de b o m grado o socorro de seu "braço secular" - reagira rápido e coro força.
Em 1022 acenderam-se as primeiras fogueiras contra hereges em Orléans.
Mas em breve um movimento mais vasto e mais perigoso ganhou for-
ma e se espalhou. Inspirado nas heresias orientais, em ligação com os Bogomi-
los dos Balcãs, percorreu as estradas da Itália à França e à Europa central, agru-
pando coalizões heterogêneas nas quais u m a parte da nobreza, novos burgue-
ses e artesãos - sobretudo das classes urbanas - formaram movimentos mais
ou menos interligados com nomes diversos. O que conheceu maior fortuna foi
o dos cátaros - que eram maniqueístas. Para eles, havia dois princípios igual-
18 Leadership, no o r i g i n a l . (N.T.)
1 9 M o v i m e n t o religioso, p r e d o m i n a n t e m e n t e laico e p o p u l a r , o c o r r i d o e m M i l ã o n a
s e g u n d a m e t a d e d o século 1 1 , m o t i v a d o i n i c i a l m e n t e c o n t r a a p r á t i c a d a s i m o n i a e
d o c o n c u b i n a t o d e clérigos. N o p r i n c í p i o teve a p o i o d a Igreja, m a s c o m o t e m p o
a s s u m i u c a r á t e r a b e r t a m e n t e c o n t e s t a t ó r i o e h e r é t i c o . (N.T.)
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Do mudo antigo à cristandade medieval
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Capítulo 3
A formação da cristandade (sécidos 11-13)
O FEUDALISMO OCIDENTAL
- 24 D e s i g n a ç ã o d a r e g i ã o c i r c u n v i z i n h a à c i d a d e d e M â c o n , s i t u a d a n o sul d a B o r g o -
n h a . (N.T.)
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Parte 1
Do mudo antigo à cristandade medieval
25 T r a i ç ã o . Ver s e g u n d a p a r t e , c a p í t u l o 8, n o t a 3 4 . (N.T.)
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' Capítulo 3
A formação da cristandade (séculos 11-13)
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Parte 1
Do mudo antigo à cristandade medieval
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Capítulo 3
A formação da cristandade (séculos 11-13)
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Parte 1
Do mudo amigo à cristandade medieval
T r a b a l h a d o r e s m a n u a i s , t r a b a l h a d o r e s b r a ç a i s . (N.T.)
T e r m o o r i g i n á r i o p r o v a v e l m e n t e d o g e r m â n i c o al-lod, d e s i g n a e m geral o s b e n s p a -
o
t r i m o n i a i s , p o r o p o s i ç ã o aos b e n s a d q u i r i d o s . A p a r t i r d o s séculos 8 e 1 1 , aplica-
va-se a o s b e n s t i d o s e m p r o p r i e d a d e p l e n a . (N.T.)
Capítulo 3
A formação da cristandade (séculos 11-13)
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Parte 1
Do mudo antigo à cristandade medieval
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Capítulo 3
A formação da cristandade (séculos 11-13)
91
Parte 1
Do mudo antigo à cristandade medieval
92
Capítulo 3_
A formação da cristandade (séculos 11-13)
93
Parte 1
Do mudo antigo à cristandade medieval
94
, Capítulo 3
Aformação da cristandade (séculos 11-13)
95
Parte 1
Do mudo antigo à cristandade medieval
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Parte I
Do mudo antigo à cristandade medieval
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