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SÍNTESE
ABSTRACT
This article intends to make us aware of the fact that Education is permanent,
communitarian, inter generative and inter spatial. Since to educate is to animate and
to animate is to educate, the existence of an inseparable connection becomes
indispensable.
The social and cultural animation extends to different ambits that emerge from the
relation between certain areas established on techniques which should have a
nucleus as the basis of the social, cultural and educational extent. Not only in social
work but also in the educational practise we have chosen Animation as motivation.
Thus, it is essential to regard social and educational animation in one of its main
ways of actuation - the juvenile animation.The action of animation in childhood is
expressed by the performance of fun activities aimed to be performed by children
from eight to thirteen years old. These activities can be developed independently or
linked to formal education.
The juvenile animation can be found on the educational triad: formal – non-formal –
informal, because in a permanent and unconscious way we are always learning. So,
this is, mainly, to educate through activities intended to be fun, where a child’s
creativity, participation, involvement and satisfaction are essential.
1- INTRODUÇÃO
Esta dinâmica social de constante mudança impulsiona-nos para uma nova era,
onde diariamente somos confrontados com acontecimentos sobre as relações cada
vez mais complexas que se criam e desenvolvem entre o ser humano e a sociedade.
Vivemos num mundo globalizante, onde os problemas passam a ter que ser
encarados e resolvidos à escala planetária. O ritmo das mudanças não pára de
crescer, diminuindo de forma drástica os tempos úteis de resposta.
Vivemos em plena era de grandes possibilidades, mas também de grandes riscos,
pois surgem constantes fenómenos sociais paralelos.
Os empregos são muito mais absorventes, visto que existe uma maior
competitividade bem como um alargamento da carga horária, o que origina uma
redução do tempo passado em família e, por consequência, um afastamento das
crianças do seio familiar desde uma idade muito precoce.
Neste contexto torna-se premente não só encarar a educação como algo mais que
um meio de proporcionar/transmitir conhecimentos, mas também e acima de tudo
como um meio de ligação do indivíduo à comunidade, um meio para comunicar, para
promover a expressividade, a criatividade e a confiança.
A concepção de educação limitada no tempo está condenada, pois na realidade o
ser humano está em constante aprendizagem, tal como é referido por Lopes (2008:
p. 411) ao parafrasear Cardeira: “ Ninguém é suficientemente culto que não tenha
nada para aprender, por outro lado, ninguém é tão ignorante que não tenha nada
para ensinar”.
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sistema educativo actual deve tornar possível a coabitação da educação formal, da
não formal e da informal.
Recentemente, notáveis pedagogos têm-nos demonstrado que existe educação fora
dos muros da escola, nomeadamente, Quintana (1992), Ander-Egg (1995), Caride
(2000) e outros.
Segundo o mesmo autor, deve existir uma íntima relação entre o plano educativo e o
plano social, uma vez que e educação é condicionada e condiciona a sociedade. É
nesta interacção entre sociedade e educação que o acto de animar deve assumir um
papel de participação/acção, o que vai também ao encontro do defendido por Ander-
Egg (2000), que afirma que a educação permanente, para construir uma acção
válida, deve ser complementada por acções de animação.
Henrique Gomes Araújo, como referido em Lopes (2008: p. 141), é da opinião que:
“ (…) a Animação sociocultural não é manipulação, é um trabalho directo com as
pessoas a partir da acção e não de discursos em abstracto.
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A Animação Sociocultural é um acto na liberdade que leva as pessoas a fazerem
uma caminhada para poderem evoluir de uma forma mais acelerada”.
Segundo Américo Nunes Peres (2004) como citado em Lopes (2008: p. 149):
“ Assumimos a animação sociocultural como uma estratégia política, educativa e
cultural de emancipação individual e colectiva, assente num conjunto de práticas de
investigação social, participação e acção comprometida. Um processo
fundamentalmente centrado na promoção de participação consciente e crítica de
pessoas e grupos na vida sociopolítica e cultural em que estão inseridos, criando
espaços para a comunicação interpessoal”.
Este processo parte das pessoas, dos grupos, ou de uma comunidade delineada
territorialmente, tendo como elemento chave a participação comprometida com um
processo de desenvolvimento.
Promover a Animação Sociocultural é levar e elevar o ser humano à autonomia e à
emancipação, anulando a passividade, a resignação e o fatalismo.
Partilha da mesma opinião Ander-Egg (2000), tal como é referido por Lopes (2008:
p. 403): “ (…) a Animação Sociocultural trata de superar e vencer atitudes de apatia
e fatalismo em relação ao esforço por «aprender durante toda a vida» que é o
substancial da educação permanente”.
Peres et tal (2002) defendem que Animar é intervir e intervir é participar e participar
é não delegar – Animar é agir. Deste modo, a Animação pressupõe três princípios
básicos:
- Fé na pessoa (acreditar que qualquer pessoa é capaz de decidir o que lhe
convém, capaz de reflectir, capaz de pensar e de tomar decisões);
- Fé no grupo (acreditar que as relações interpessoais nos enriquecem e nos
potenciam como pessoas);
- Fé na acção (acreditar na acção cultural/social/educativa para promover o
encontro, a participação, o convívio, o diálogo e uma democracia participativa).
Segundo Lopes (2008: p. 311) a Animação Sociocultural não pode ser encarada
num carácter unívoco, mas sim plural e extensivo a diferentes âmbitos que emergem
da evolução histórica da vida.
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O autor referido, assim como Quintas (1998) defendem que quando se fala em
âmbitos da Animação Sociocultural, se está a falar, sobretudo, na relação de
determinadas áreas assentes em técnicas que têm de possuir uma dimensão social,
cultural, educativa e política. Contudo, existe um núcleo base que gira à volta dos
âmbitos: cultural, social e educativo.
ÂMBITOS
CULTURAL SOCIAL
EDUCATIVO
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Espaços Educativos/Tríade Educacional
Articulação/Cruzamento/Partilha
Segundo Trilla (1998) “ Nas instituições escolares, apesar de, de uma maneira geral,
acontecerem processos de Educação Formal, incluem sempre processos também
Informais (as relações entre iguais, talvez o chamado currículo oculto, ou pelo
menos parte dele…) e actividades Não Formais (geralmente as organizadas pelas
associações de pais…)”.
4- Animação na Infância
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Num primeiro momento (anos 70), a Animação Infantil era encarada como um
conjunto de actividades que aconteciam no espaço exterior á escola – Educação
Não Formal. Estas actividades consistiam em: colónias de férias, passeios e visitas
de estudo, permitindo às crianças visitarem e conhecerem lugares e regiões
diferentes dos seus locais de residência. Deste tipo de actividades resultavam a
partilha e a interacção das crianças entre si e com os seus monitores, criando-se
assim uma dimensão intergeracional.
Em concordância com esta opinião está Jaume Trilla (1998) quando refere que a
Animação Infantil tem como primeiro objectivo permitir à criança que possa brincar,
mas sobretudo que o faça em condições que lhe permitam o seu desenvolvimento
pessoal e em grupo.
Para Lopes (2008) estas últimas actividades consistem na realização de acções de:
expressão dramática, plástica, musical, jogo dramático e jogo simbólico.
Anos 70 Actualidade
Actividades extracurriculares
Colónias de férias; (Clubes);
Passeios; Biblioteca.
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De salientar que em todo este processo está presente a Educação Informal no seu
carácter não organizacional/institucional e Permanente.
a) Actividades Extracurriculares;
b) Actividades de recursos de carácter cultural;
c) Actividades e recursos recreativos;
d) Instituições Educativas.
Importa salientar que as Instituições Educativas podem ser laicas, geridas pela
Administração Pública, ou ser entidades de voluntariado. Contudo, todas têm a
mesma é muito vasto e sem fins lucrativos, apontando essencialmente para:
Uma educação que parte das crianças, em que se coloca a ênfase dos
valores educativos no Jogo e na vida quotidiana;
Fomentar a vida em grupo e o envolvimento pessoal;
Defender a presença e intervenção de um grupo de educadores.
Segundo Pere Soler (2008) posemos definir uma tríade de programas e serviços de
Animação Sociocultural na Infância, no âmbito da Educação Não Formal
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Ainda relativamente à Educação Não Formal, Lopes (2008) e Soler (2008) estão em
concordância na importância dos seus serviços para o sector infantil, não só pela
quantidade de ofertas que representa, como também pela qualidade e riqueza de
muitas das experiências que se desenvolvem neste contexto. Ambos são unânimes
em concordar que estas actividades podem ser utilizadas como práticas ou recursos
educativos no marco da escola tradicional, funcionando como técnicas de incentivo à
Educação Formal.
Lopes (2008), defende que qualquer acção a levar a cabo no domínio da Animação
Infantil deve obedecer a princípios que contemplem:
Jaume Trilla (1998) é da opinião que seria um erro pensar que a Animação
Sociocultural no meio Infantil tenta dar resposta unicamente ao reconhecimento
alargado do tempo livre Infantil com o espaço educativo, apesar de a maior parte
das actividades desenvolvidas serem de carácter educativo possuindo um leque de
acções muito distintas.
Pedagogia
ASC
do Òcio
Lopes (2008: p .454) ao parafrasear Cuenca (1997) defende que: “ (…) a Animação
Sociocultural sempre se preocupou com o correcto uso do tempo de ócio e,
tradicionalmente, tem mantido um diálogo enriquecedor com a denominada
pedagogia do tempo livre (…)”.
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Linha de SOS para dar voz às crianças e jovens;
Realiza rondas nocturnas para evitar a marginalidade infantil;
Trabalhos de rua com crianças de risco através de animadores de rua que
recorrem ao afecto e ao companheirismo;
Contribuem para que todas as crianças possam exercer o seu direito de
brincar.
Nesta faixa etária o animador deve ter uma formação voltada para o âmbito
socioeducativo, em que utiliza como meios para a sua actuação suportes de índole
recreativo e cultural voltados, fundamentalmente, para o estímulo da criatividade.
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7- CONCLUSÃO
Uma vez que Educar é Animar e por sua vez, Animar é Educar torna-se fundamental
que a Animação decorra nos mesmos princípios básicos que a Educação.
BIBLIOGRAFIA
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sociocultural. Madrid: Editorial CCS.
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MELLO, A. Sampaio & CARVALHO, Alexandre A. Pires de e outros 2001. Diciopédia
2002 Cd – 1.Porto: Porto Editora.
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Sociocultural e os desafios do Século XXI. Portugal: Intervenção.
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REFERÊNCIAS
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