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Definição de narrativa transmidiática ou transmidia story telling

Para os estudos de caso e de perfil de público das séries analisadas


neste trabalho (Lost, 24 Horas e Grey´s Anatomy), é importante ressaltar que
foram escolhidos apenas as estratégias transmidiáticas que julgamos contribuir
de forma significativa para as narrativas em questão, segundo o conceito de
transmidia story telling proposto por Henry Jenkins em seu livro Cultura da
Convergência de 2009.

Uma nova forma de contar histórias na qual um


universo ficcional se desenvolve por meio de
diversos suportes midiáticos, com cada novo texto
contribuindo de forma única e valiosa para o todo.
P138

Segundo ele, no formato ideal, cada mídia contribui com o que faz de
melhor, de modo que uma história pode ser introduzida em um filme, expandida
em uma série de TV, transformada em um romance ou uma história em
quadrinhos, adaptada para uma série de curtas-metragens e remodelada para
uma aventura de videogame. Nem todas as séries aqui relatadas fazem uso de
todos esses recursos simultaneamente pois o universo de sua narrativa não
abre espaço para tal expansão como é o caso de Grey´s Anatomy.

Cabe ainda ressaltar que por se tratar de uma forma relativamente nova
de se contar histórias, ainda poucas produções lançam mão de um grande
número de recursos transmidiáticos, uma vez que primeiramente, é necessário
que exista uma demanda para esse tipo de conteúdo e uma narrativa complexa
o suficiente para agregar diversas mídias, além do fato de tais
desdobramentos gerarem maiores custos de produção e necessitarem de
equipes especificas para cuidar do conteúdo de cada plataforma.

Para uma melhor compreensão, elencamos as principais características


de uma narrativa transmidiática completa segundo Jenkins.

- Possui um universo ficcional complexo o suficiente para abrigar


múltiplos personagens, múltiplas histórias e múltiplas plataformas.
- Cada acesso à franquia deve ser independente e construir sentido sem
que seja necessário recorrer às outras plataformas.

- A compreensão obtida por meio de diversas mídias sustenta uma


profundidade de experiência que motiva mais consumo.

A complexidade do universo narrativo faz com que o consumo dessas


obras de ficção passe a ser um processo coletivo, como sustentado por Pierre
Lévy ao dizer que a inteligência coletiva é “é uma inteligência distribuída por
toda parte”, deste modo, os espectadores recorrem às mídias sociais para
compartilhar informações e opiniões sobre aquilo que está acontecendo nas
séries.

Narrativas transmídias como LOST instigam a curiosidade do público e


investem na capacidade de envolvimento emocional da audiência. O conteúdo
não está sendo imposto ao espectador ao ligar a TV, ele está espalhado,
fazendo que o espectador procure por ele, caso tenha interesse. Tal fato acaba
direcionando essas séries para o que Jenkis denomina de público fiel, também
em seu livro Cultura da Convergência.

Assistem a menos horas de TV, mas escolhem a


dedo a programação conforme seu interesse.
Passam mais tempo livre falando sobre o que
assistem e têm mais possibilidades de buscar
conteúdos em outras mídias. P111
Os recursos transmídia de LOST

- Lost University

Em julho de 2009, durante a Comic-Con, foi lançada a Lost University,


cujo site promocional também é hospedado na página da emissora ABC. A
Universidade fictícia tem como objetivo recrutar fãs/alunos que queiram estudar
os principais aspectos da narrativa do seriado. No dia 22 de setembro de 2009,
exatamente cinco anos após a estréia de Lost, a universidade fictícia realizou
um teste de seleção para os alunos interessados, no qual os participantes
deveriam responder 23 perguntas sobre o universo da série. Além de tratar de
conhecimentos gerais sobre Lost, as questões também testaram o
envolvimento dos fãs com o conteúdo publicado e discutido online.

- Conteúdos extras de dvd

As coleções das temporadas de Lost em DVD oferecem conteúdo criado


exclusivamente para o formato, em extras que abrangem comentários em
áudio da equipe e do elenco, diversas cenas de bastidores e making-of,
entrevistas, cenas deletadas e erros de gravação, entre outros. Parte do que é
produzido para o site também é lançado em DVD – a série Lost: Missing
Pieces faz parte da lista de extras da coleção da quarta temporada, e o
documentário Mysteries of the Universe: The Dharma Initiative foi incluído no
DVD da quinta temporada, lançado em novembro de 2009.

- Livros

Os livros baseados no roteiro original de Lost têm como objetivo ampliar


a história dos sobreviventes e aproximar a audiência dos personagens
secundários, que não ganham destaque na narrativa central. Ao todo, foram
produzidas três obras – Lost: Identidade Secreta e Lost: Risco de Extinção, de
Cathy Hapka36, e Lost: Sinais de Vida, de Frank Thompson –, todas lançadas
no Brasil pela Editora Prestígio Editorial, em 2006.
O formato da narrativa nos livros é semelhante ao da televisão: os capítulos
intercalam passagens em flashback e na ilha e revelam o passado das
personagens ao mesmo tempo em que elas enfrentam algum dilema interior no
presente. A expansão do universo de Lost satisfaz a curiosidade dos fãs de
conhecer algumas daquelas pessoas que aparecem como figurantes nos
episódios, sem que isso interfira na trama principal.

- Alternate Reality Games (ARGs)

Como uma tentativa de envolver os fãs ainda mais com o universo de


Lost, os produtores-executivos do programa desenvolveram quatro Alternate
Reality Games (ARGs, ou Jogos de Realidade Alternativa) sobre a série: The
Lost Experience (2006), FIND 815 (2007), The Dharma Initiative Recruiting
Project (2008) e Damon, Carlton and a Polar Bear (2009).
Os quatro jogos foram lançados de forma que a maior parte de seu conteúdo
fosse revelada no intervalo entre as temporadas do programa (de maio a
setembro de 2006, de dezembro a janeiro de 2007, de maio a novembro de
2008, e de julho a dezembro de 2009, respectivamente). A estratégia era
manter os fãs em contato com o universo narrativo de Lost enquanto episódios
inéditos não eram transmitidos pela televisão.
Tanto The Lost Experience quanto Dharma Initiative Recruiting Project
tinham como ponto central a Iniciativa Dharma e suas pesquisas. O primeiro foi
lançado em maio de 2006, três semanas antes do final da segunda temporada,
e estendeu-se até setembro daquele ano, na véspera do episódio de estreia da
terceira temporada e revelou informações cruciais sobre a série em uma
brincadeira que envolvia sites, propagandas televisivas, podcasts em áudio,
anúncios em jornais impressos, livros e interações ao vivo – como a criação e
comercialização das barras de chocolate Apollo, citadas na série, em cidades
dos Estados Unidos, da Inglaterra e da Austrália.

- Jogo para videogame e computador

Lost: Via Domus é o primeiro e, até então, único jogo de Lost disponível
para videogames e PC. O jogo foi desenvolvido pela empresa Ubisoft Montreal
e lançado para os consoles Xbox360 e PlayStation 3 e para PC Windows em
fevereiro de 2008, um mês após a estreia da quarta temporada. Via Domus –
do latim, “a caminho de casa” – conta a história de Elliott Maslow, sobrevivente
que perde a memória logo após o acidente. Elliott é um fotojornalista e tem sua
história contada por meio de flashbacks que podem ser jogados e que ajudam
a montar o quebra-cabeça que é a jornada da personagem. Apesar de não
apresentar muitas revelações significativas para a série, o jogo permite ao
jogador interagir com as personagens, testemunhar acontecimentos vistos nos
episódios e explorar locais como o acampamento na praia, as cavernas, a
Escotilha, também conhecida como Estação O Cisne, as estações O Cajado, A
Chama e A Hidra e o navio Black Rock, entre outros.

- Mobisódios

Lost: Missing Pieces foi uma série de 13 mobisodes (ou mobisódios,


como
são chamados no Brasil) distribuídos, em um primeiro momento, para os
celulares da empresa de telecomunicações norte-americana Verizon e, mais
tarde, no site da série. Cada episódio tinha duração entre dois e três minutos e
eram feitos pela mesma equipe de produção e elenco de Lost. A série de micro
episódios apresentou novos aspectos das personagens já conhecidos do
público, mostrou outra perspectiva para acontecimentos que já haviam sido
exibidos e introduziu o personagem Neil “Frogurt” (Sean Whalen), o qual
posteriormente apareceu em alguns episódios da série.

Os recursos transmídia de 24 Horas

- Websódios

The Rookie: Criada em 2007, foram produzidos 12 episódios com duração de 3


a 5 minutos. Nela apareciam diversos personagens da sexta temporada da
série.
24: Day Zero: Também de 2007 a série animada foi patrocinada pelo
desodorante Axe e funciona como um prelúdio da série, relatando os 18
primeiros meses de Jack Bauer na CTU.

24: Day 6 Debrief: Websódios de 2 minutos de duração exibidos antes do inicio


da sexta temporada.

- Mobisódios

24: Conspirancy: Foi uma série para dispositivos móveis lançada em 2005,
composta por 24 episódios de um minuto de duração a série é ambientada em
Washington DC e faz referências à trama televisiva.

- Filme

24 Horas: A redenção: Foi lançado em 2008 e dá início a historia que será


abordada na sétima temporada. O enredo traz um Jack sensível, que, fugido,
após ter que enfrentar seu próprio pai na sexta temporada está abrigado na
casa do amigo de longa data Carl Benton, que tem uma escola para
reabilitação de crianças africanas atingidas pelas guerras civis.

- Revistas em quadrinhos

24: One shot (2004)

24: Stories (2005)

24: Midnight Sun (2005)

24: Nightfall (2005-06)

24: Cold Warriors (2008)


- Jogos

24: The Game: Jogo para Playstation 2, lançado em 2006. Passado seis meses
após os eventos da primeira temporada e três meses antes dos
acontecimentos da terceira, o jogo narra a aventura de Jack Bauer em um dia
no qual uma série de atentados terroristas acontecem. O título conta com os
personagens originais da série, que são dublados pelos seus respectivos
atores. Assim como a série, o jogo acontece durante um período de 24 horas,
que são divididas em 58 missões.

24: DVD Board Game: Jogo interativo para DVD.

24: Agent Down: Jogo para celulares em que o jogador deve realizar missões
de estratégia e conta com o auxilio de outros personagens da série, lançado
em 2006.

24: Countdown: Jogo online onde o jogador deve pilotar o carro de Jack Bauer
e ajudá-lo a resgatar um agente.

- Livros

24: The House Special Subcomittee´s Findings at CTU (Marc Cerasini, 2003)

Operation Hell Gate (Marc Cerasini, 2005)

Veto Power (John Whitman, 2005)

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