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Colecção
ESPECIALIZADOS
3
CADER-
ENB
S I N T R A 2005
Ficha Técnica
Ficha Técnica
Título
Manual de Brigadas de Incêndio
Colecção
Cadernos Especializados ENB
(nº3)
Edição
Escola Nacional de Bombeiros
Quinta do Anjinho – Ranholas
2710 - 460 Sintra
Telef.: 219 239 040 • Fax: 219 106 250
E.mail: edicao@enb.pt
Texto
António Matos Guerra
Comissão de Revisão Técnica e Pedagógica
Carlos Ferreira de Castro, F. Hermínio Santos,
J. Barreira Abrantes, Luís Abreu, Sónia Rufino
Fotografia
Rogério Oliveira, Victor Hugo
Ilustrações
Osvaldo Medina, Ricardo Blanco, Victor Hugo
Grafismo e fotomontagens
Victor Hugo Fernandes
Impressão
Gráfica Europam, Lda.
ISBN: 972-8792-19-0
Depósito Legal nº 174421/01
1.ª edição: Março de 2003
2.ª edição: Agosto de 2005
Tiragem: 2 000 exemplares
Preço de capa:
15,00 (pvp)
7,50 (bombeiros)
Prefácio
Manual de Brigadas de Incêndio
A presente edição cumpre um objectivo definido como fundamental
pela direcção da Escola Nacional de Bombeiros, enquanto instituição de
referência na construção de uma sociedade que possa, no futuro, caracterizar-
-se por elevados padrões de segurança.
Este manual, inserido na colecção «Cadernos Especializados», visa
sustentar a formação de brigadas de incêndio a criar nas empresas ou
quaisquer outras entidades, integradas por meios humanos capazes de actuar
na primeira intervenção, antes da chegada dos bombeiros, potenciando deste
modo o adequado salvamento de pessoas e bens.
O volume agora dado à estampa aborda áreas tão importantes como os
equipamentos e sistemas, a protecção individual e a organização da segurança,
entre outros, cabendo ao formador das brigadas de incêndio ajustar a matéria
aqui publicada à especificidade de cada empresa ou entidade, tornando-a
mais ou menos desenvolvida em função dos riscos em presença.
A Escola Nacional de Bombeiros prosseguirá a sua missão «enquanto
autoridade pedagógica da formação e aperfeiçoamento dos bombeiros e
agentes de protecção civil», bem como na qualidade de instituição formadora
no domínio da autoprotecção dos cidadãos.
É neste contexto que inserimos a edição futura de outros «Cadernos
Especializados», dedicados a matérias relevantes para a promoção de uma
consistente cultura de segurança na sociedade portuguesa.
Duarte Caldeira
Presidente da direcção da E.N.B.
Sumário
Manual de Brigadas de Incêndio
Introdução 9
2 Equipamentos e sistemas 37
3 Protecção individual 97
ARICA Aparelho respiratório isolante de circuito aberto
BI Brigada de incêndio
CDI Central de detecção de incêndios
LII Limite inferior de inflamabilidade
LSI Limite superior de inflamabilidade
RIA Rede de incêndio armada
SAEI Sistema automático de extinção de incêndios
SADI Sistema automático de detecção de incêndios
Manual de Brigadas de Incêndio
Introdução
Manual de Brigadas de Incêndio
Introdução
10
Manual de Brigadas de Incêndio
A chegada dos bombeiros a determinado local, embora possa ser rápida,
leva sempre alguns minutos, que podem ser fundamentais para o salvamento
de pessoas e bens.
As medidas a tomar nesses preciosos minutos são inteiramente da
responsabilidade das brigadas de incêndio (BI) das empresas ou de outras
entidades.
O objectivo da criação de uma brigada de incêndio é dotar empresas
ou outras entidades com meios humanos capazes de actuar sobre eventuais 11
incêndios, até à chegada de socorros provenientes do exterior e, se necessário,
coordenar a evacuação das pessoas.
Introdução
A elaboração deste manual tem por finalidade ministrar aos elementos
daquelas brigadas os conhecimentos adequados para combaterem um foco
de incêndio, orientarem a evacuação de pessoas, estarem atentos a medidas
de prevenção que seja necessário implementar e chamar a atenção para que
conheçam, perfeitamente, o plano de emergência do seu local de trabalho.
Importa salientar que os temas apresentados devem, em alguns casos,
devido à especificidade da empresa ou entidade, ser mais desenvolvidos ou até
incluir outros.
Um papel importante cabe ao formador das brigadas de incêndio no
sentido de completar o que atrás foi referido, adequando as acções de formação
às realidades de cada empresa ou entidade com os seus riscos próprios e
múltiplas características.
1.
Princípios básicos da 1.
fenomenologia da combustão 13
e agentes extintores
Manual de Brigadas de Incêndio
1. 4. Classes de fogos
1. 5. Agentes extintores
14
1.
Manual de Brigadas de Incêndio
Fenomenologia da combustão 1. 1.
Conhecido pelos homens desde a pré-história, o fogo pode ser considerado
como uma das suas conquistas no domínio da natureza.
O fogo é uma manifestação da combustão. Contudo, quando deixa de ser
controlado, surge o incêndio com todas as suas dramáticas consequências.
Para controlar o fogo e evitar que se torne num incêndio é necessário
conhecer alguns princípios do fenómeno da combustão.
Combustão é uma reacção de oxidação entre um agente combustível e 1.
um comburente, provocada por uma energia de activação. Essa reacção é 15
exotérmica ou seja com libertação de calor.
Qualquer substância na forma gasosa, líquida ou sólida, que seja capaz de
• Combustível;
• Comburente;
Estes três elementos formam o que se designa por triângulo do fogo (fig. 1).
Manual de Brigadas de Incêndio
(1)
Partículas extremamente instáveis que se deslocam a velocidades muito elevadas, possuindo
grande energia.
(2)
Tetra = quatro + edro = face.
Formas de combustão 1. 2.
A combustão depende de um grande número de factores ligados à energia
de activação, ao combustível e ao comburente, mencionados nos pontos
seguintes.
• Origem térmica
• Origem eléctrica
– Resistência (aquecedor eléctrico);
– Arco voltaico (cabo de alta tensão quebrado ao contactar com o solo);
– Electricidade estática;
– Descarga eléctrica atmosférica.
• Origem mecânica
– Chispas provocadas por ferramentas;
– Atrito (contacto não lubrificado entre duas peças metálicas em
movimento).
• Origem química
– Reacção química (limalha de ferro + óleo).
1.2.2. Combustíveis
■ Temperaturas características
■ Limites de inflamabilidade
2% 3% 5% 6% 7% 9% 10%
Campo de inflamabilidade
ou de explosividade
lII lsI
QUADRO II
Campo de inflamabilidade (ou DE explosividade) de vários combustíveis
CAMPO DE INFLAMABILIDADE
COMBUSTÍVEL
LII (%) LSI (%)
1.
23
1.
24
■ Fumo
■ Calor
É a energia libertada pela combustão, sendo o principal responsável pela
1.
sua propagação dado que aquece todo o ambiente e os produtos combustíveis
26
presentes, elevando-os às temperaturas de inflamação, possibilitando, deste
modo, a continuação do incêndio.
■ Gases
Produzidos pela combustão, são o resultado da modificação da composição
do combustível.
A combustão pode produzir monóxido de carbono (CO), anidrido
carbónico (CO2), cianeto de hidrogénio (HCN), fosgénio, anidrido sulfuroso,
óxido de nitrogénio, ácido clorídrico, vapor de água e outros gases.
1. 3. Métodos de extinção
A extinção da combustão corresponde sempre à eliminação ou neutrali-
zação de, pelo menos, um dos elementos do tetraedro do fogo. Existem quatro
métodos para se proceder à extinção da combustão:
• Arrefecimento ou redução da temperatura – é o método mais
utilizado e consiste em eliminar o calor de forma a que a temperatura
do combustível seja inferior à da combustão (fig. 8). Deste modo, é
necessário um agente extintor que tenha uma grande capacidade de
absorção de calor como, por exemplo, a água;
1.
27
1.
28
QUADRO III
Classes de fogos
Agentes extintores 1. 5.
Existem vários agentes extintores que actuam de maneira específica sobre
cada um dos quatro métodos anteriormente citados.
Os agentes extintores devem ser usados de forma criteriosa para evitar
acidentes pessoais e agravamento do incêndio e ainda, quando possível,
minimizar os efeitos negativos do próprio agente extintor sobre os materiais e
equipamentos não atingidos pelas chamas.
Apresentam-se nos três estados normais da matéria e têm âmbitos de
aplicação, eficácia e limitações diferentes. Os agentes extintores mais utilizados
são a água, a espuma, os pós químicos e o CO2.
1.5.1. Água
1.5.2. Espuma
1.
32
1.
35
Equipamentos e sistemas
Manual de Brigadas de Incêndio
2.
37
2. 1. Extintores
Equipamentos e sistemas
2. 2. Redes de incêndio
2. 3. Sistemas automáticos
2. 4. Iluminação de segurança
2. 5. Sinalização de segurança
e de informação
38
2.
Manual de Brigadas de Incêndio
Extintores 2. 1.
Um extintor é um aparelho que contém um agente extintor que pode ser
projectado e dirigido sobre um incêndio pela acção de uma pressão interna.
Esta pressão pode ser fornecida por uma compressão prévia permanente ou
pela libertação de um gás auxiliar.
É utilizado como meio de primeira intervenção no combate a um incêndio
acabado de despontar.
A utilização de um extintor pode ser feita por qualquer pessoa logo que
detecte um incêndio. Na realidade, a rapidez de actuação é primordial, na
medida em que o extintor só é eficaz no início de um incêndio. Com efeito, a
quantidade do agente extintor, assim como o tempo de utilização, são limitados. 2.
No entanto, o êxito da utilização do extintor depende dos seguintes factores: 39
Equipamentos e sistemas
• Conter o agente extintor adequado para combater o incêndio desencadeado;
• Ser utilizado na fase inicial do combate ao incêndio;
• Conhecimento prévio pelo utilizador do seu modo de funcionamento e
utilização.
• Manuais;
• Dorsais.
■ Modo de funcionamento
Equipamentos e sistemas
■ Eficácia de extinção
2.
42
Fig. 16 Exemplo de um rótulo.
2.
43
Equipamentos e sistemas
A B
Fig. 17 Extintor de pressão permanente. A – De água; B – De pó químico.
2.
Fig. 18 Extintor de CO2.
44
A B
Fig. 19 Extintores de pressão não permanente. A – Com garrafa interior; B – Com garrafa
O gás propulsor, normalmente CO2, encontra-se numa garrafa (cartucho)
colocada no interior ou no exterior do recipiente. Quando se coloca o extintor
em funcionamento, o gás propulsor, expande-se no interior do recipiente
através do tubo de descarga, indo ocupar o volume da câmara de expansão,
misturando-se, assim, com o agente extintor.
Pela acção da pressão exercida pelo gás, o agente extintor é projectado e
dirigido para o fogo através de uma mangueira ligada à parte superior ou
inferior do recipiente, sendo a descarga controlada por uma pistola difusora,
colocada na extremidade da mangueira.
Os extintores portáteis em que a garrafa se encontra no exterior do extintor
estão a ser cada vez menos utilizados.
Os extintores transportáveis (fig. 20) podem ser, quanto ao modo de
funcionamento, de pressão permanente ou de pressão não permanente.
Neste último caso, o gás propulsor encontra-se normalmente numa garrafa
exterior. 2.
45
Equipamentos e sistemas
2.
46
Equipamentos e sistemas
■ Extintores à base de água
■ Extintores de pó químico
2.
49
2.1.4. Distribuição dos extintores
Equipamentos e sistemas
■ Princípios a respeitar na implantação dos extintores
2.
50
A B
Equipamentos e sistemas
Fig. 23 Localização dos extintores de acordo com a legislação.
■ Inspecção
2.
A inspecção é feita normalmente por pessoal designado pelo proprietário,
52
inquilino ou entidade exploradora e consiste na verificação rápida de que o
extintor está pronto a actuar no local próprio, devidamente carregado, que não
foi violado e que não existem avarias ou alterações físicas visíveis que impeçam
a sua operação.
Os extintores devem ser inspeccionados com a frequência que as circuns-
tâncias imponham, devendo contudo sê-lo, pelo menos, trimestralmente.
Ao inspeccionar um extintor, o pessoal designado deve verificar se:
Quando uma inspecção revelar que houve violação e que o extintor está
danificado, com fugas, com carga superior ou inferior à normal ou que
apresenta indícios visíveis de corrosão ou outros danos, deve ser submetido a
medidas de manutenção adequadas.
Deve existir um registo permanentemente actualizado que contenha as
datas das inspecções, a identificação de quem as fez e todas as indicações das
medidas correctivas necessárias.
■ Manutenção
Quadro V 2.
Procedimentos de manutenção 53
Equipamentos e sistemas
OU REVISÃO NA EMPRESA DO EXTINTOR
E RECARGA SE FOR NECESSÁRIA
A T E N Ç Ã O
Como já foi referido, a utilização de um extintor pode ser feita por qualquer
pessoa que detecte um incêndio no seu início. Para isso, é necessário conhecer
previamente o modo de funcionamento e utilização deste equipamento.
Considera-se que o conhecimento de algumas regras básicas sobre a
utilização dos extintores são importantes para a segurança das pessoas e êxito
na extinção do incêndio.
Nestas condições, é indispensável tomar em consideração as seguintes
regras a observar pelos operadores:
• Conhecer a localização, tipo e modo de utilização dos extintores
distribuídos pelas instalações;
• Ao detectar um foco de incêndio, alertar meios suplementares de
socorro (segurança, bombeiros, etc.);
• Actuar rapidamente, utilizando o extintor adequado à classe de fogo.
Sempre que possível, e sobretudo em interiores, fazer-se acompanhar
por outras pessoas; o operador deverá lembrar-se que poderá actuar
em ambientes envoltos em fumo onde a desorientação e perda de
consciência são fáceis;
• Tentar extinguir o incêndio de acordo com os procedimentos indicados
a seguir. 2.
55
Equipamentos e sistemas
A T E N Ç Ã O
■ Activação do extintor
56
2.
57
Fig. 28 Premir o manípulo.
Equipamentos e sistemas
• Premir o manípulo de comando existente na pistola difusora (fig. 29);
2.
58
2.
59
Equipamentos e sistemas
2.
61
Fig. 35 Movimentos laterais (varrimento).
Equipamentos e sistemas
• Em incêndios de combustíveis líquidos contidos em recipientes, não
incidir o jacto na vertical do fogo pois existe o perigo de se espalhar o
combustível para fora do recipiente (fig. 36);
2.
62
• Se o extintor for de água pulverizada, esta deve ser projectada por cima
do incêndio em movimentos circulares (fig. 38);
2.
63
Fig. 39 Líquido a cair por gravidade.
Equipamentos e sistemas
2.
64
2. 2. Redes de incêndio
As redes de incêndio são instalações fixas de protecção contra incêndios
compostas por diversos equipamentos, acessórios e tubagens de diâmetros
adequados às necessidades de caudal e pressão.
O objectivo da implementação das redes de incêndio é permitir o combate
a incêndios cuja intensidade supere a capacidade de extinção dos extintores.
2.2.1. Equipamentos
■ Hidrantes
Equipamentos e sistemas
Os instalados na via pública têm, normalmente, um diâmetro de admissão
de água de 100 mm. As tomadas de água, encontram-se, uma na parte frontal
com um diâmetro de 90 mm e duas laterais com diâmetros, de 70 e 45 mm
(fig. 42).
2.
66
A B
Fig. 44 Bocas de incêndio. A – De parede; B – De passeio
As bocas de incêndio «tipo teatro» na sua grande maioria encontram-se
instaladas no interior do domínio privado. Podem ser montadas à vista ou
dentro de armários de protecção.
Existem também outros modelos de bocas de incêndio para uso no domínio
privado, sendo o mais usual do tipo de candeia (fig. 45).
2.
67
Equipamentos e sistemas
A B
Fig. 45 Bocas de incêndio utilizadas no domínio privado.
A – Tipo de teatro; B – Tipo de candeia.
■ Mangueiras e agulhetas
2.
68 • Agulhetas – existem diversos tipos e modelos de agulhetas para o
combate a incêndios.
As agulhetas que oferecem uma maior segurança/eficácia são, sem
dúvida, as que permitem trabalhar com diversos débitos e posições de
regulação do jacto e pulverização e, ainda, formar uma cortina de água
de protecção (fig. 47). As mais utilizadas nas redes de incêndio são as
conhecidas como de três posições (fechada, jacto e chuveiro) (fig. 48).
Equipamentos e sistemas
o diâmetro de 25mm. Outros comprimentos e diâmetros também são
utilizados.
2.
70
Fig. 51 Disjuntores.
• Chaves de manobra – a maioria dos hidrantes precisa, para se abrir
a passagem da água e aperto das junções das mangueiras, de chaves
próprias para estas manobras. Existem diversos tipos de chaves com
funções bem definidas. Na figura 52 apresentam-se alguns desses tipos.
2.
71
Equipamentos e sistemas
• Armário para equipamentos de combate a incêndios – destinam-se a
guardar os equipamentos de combate a incêndios, protegendo-os da
intempérie, sujidade e possíveis actos de vandalismo (fig. 53).
Para se poder designar por rede de incêndio armada (RIA), esta tem que
ser composta no mínimo por duas bocas de incêndio normalizadas e armadas,
canalizações e alimentação de água em pressão.
Uma boca de incêndio armada compreende os elementos a seguir descritos,
que devem ser guardados num armário:
Manual de Brigadas de Incêndio
Equipamentos e sistemas
Sistemas automáticos 2. 3.
Designa-se por sistema um conjunto de órgãos e/ou equipamentos que
concorrem para a execução de um mesmo fim.
Na segurança contra incêndio considera-se a existência de dois tipos de
sistemas automáticos: de detecção (SADI) e de extinção de incêndios (SAEI).
2.
74
Detectores automáticos
Detectores de fumo
Equipamentos e sistemas
Detectores ópticos de chamas
Detectores de temperatura
2.
Central de detecção de incêndios (CDI)
76 A central de detecção de incêndios constitui o painel de exploração
e de transmissão das informações. Deve ser capaz de interpretar e de
explorar diferentemente as informações vindas dos detectores automáticos
e dos detectores manuais, iniciar as diversas funções e permitir, assim, uma
intervenção humana e/ou automática, rápida, eficaz e adaptada à situação e
ao objecto a proteger (fig. 56).
Equipamentos e sistemas
A transmissão do alarme à distância pode ser efectuada por linha telefónica
(privativa ou comutada) ou via rádio.
A mensagem transmitida pode ser uma gravação, uma comunicação oral
ou um sinal digital.
A transmissão à distância permite conduzir informações da central de
detecção aos seguintes grupos:
• Equipas de intervenção privativas da empresa (brigadas de incêndio);
• Equipas de intervenção públicas (bombeiros).
■ Fiabilidade do SADI
2.
79
Equipamentos e sistemas
Fig. 57 Tipos de sprinklers. A – De ampola; B – Termofusível.
Além dos automáticos, existem outros designados por abertos (fig. 58)
e de pulverização.
2.
80
Equipamentos e sistemas
Fig. 60 Esquema de um sistema de sprinklers.
������������
������������
������������������
��������������������
����������������
������������
Manual de Brigadas de Incêndio
���������
������������
Equipamentos e sistemas
No caso de depósitos dentro de bacias de retenção, estas devem ser
protegidas com um sistema fixo de média expansão (fig. 63).
2.
84
Equipamentos e sistemas
• Tubagem de distribuição;
• Sistema de detecção de incêndios;
• Difusores;
• Central de comando.
Nos sistemas de inundação total, para que a extinção seja eficaz é necessário
criar em local fechado, onde venha a ocorrer um incêndio, uma atmosfera
inerte durante algum tempo (fig. 66).
2.
87
Equipamentos e sistemas
por CO2 devem ter procedimentos de aviso e alerta que levem as pessoas a
abandonar os locais, antes de se dar a descarga do agente extintor.
2.
89
Iluminação de segurança 2. 4.
Equipamentos e sistemas
A iluminação é um factor essencial para a segurança das pessoas. O súbito
desaparecimento da iluminação pode originar acidentes e provocar o pânico.
Uma iluminação mínima é indispensável para, em caso de necessidade,
garantir a evacuação de locais ocupados por pessoas e a intervenção de socorros.
se avariar ou falhar.
A iluminação de substituição é alimentada por outra fonte de energia,
geralmente própria do edifício (p. ex. grupo gerador de emergência).
O edifício fica assim com dois tipos de iluminação distintos podendo
minimizar os riscos para o público.
2.
90 2.4.2. Funções da iluminação de emergência de segurança
Equipamentos e sistemas
alimenta, ao mesmo tempo, as lâmpadas do bloco autónomo, isto é,
no estado normal há um fluxo luminoso equivalente ao fornecido pelos
acumuladores. Este fluxo pode ser obtido a partir das mesmas lâmpadas
ou de lâmpadas distintas.
Os blocos não permanentes não se encontram iluminados em estado de
vigília, podendo ter lâmpadas de fraca potência para sinalização.
■ Cores:
• Vermelho – alarme e combate a incêndios;
• Amarelo – aviso;
• Azul – obrigação;
• Verde – salvamento ou socorro;
• Branco – proibição.
■ Formas geométricas:
• Círculo – para sinais de obrigação e de proibição;
• Triângulo – para sinais de perigo;
• Quadrado ou rectângulo – para sinais de emergência, indicação e
adicionais.
proibição negro
aviso negro
salvamento
sem branco
ou socorro
2.
alarme 93
e combate sem branco
a incêndios
Equipamentos e sistemas
Fig. 68 Características da sinalização, de acordo com Portaria n.º 1456-a/95.
2.
94
2.
95
Equipamentos e sistemas
Fig. 74 Sinais de informação.
LÍQUIDO
INFLAMÁVEL CORROSIVO
COMBURENTE VENENOSO
Protecção individual
Manual de Brigadas de Incêndio
3.
3. 1. Vestuário e equipamento 97
3. 2. Aparelho respiratório isolante de
Protecção individual
circuito aberto
98
3.
Manual de Brigadas de Incêndio
Vestuário e equipamento 3. 1.
Sempre que os elementos das brigadas de incêndio tenham que actuar em
acidentes de dimensões já consideráveis é de todo conveniente que disponham
de vestuário e equipamento de protecção individual.
Assim, os elementos das brigadas de incêndio devem ter em atenção a
protecção:
• Da cabeça;
• Dos olhos;
• Respiratória;
3.
• Do tronco e membros superiores e inferiores. 99
Protecção individual
Por exemplo, pode dizer-se que os elementos componentes das brigadas
se encontram protegidos na sua globalidade, para combater incêndios, se
estiverem equipados com o seguinte (fig. 76):
• Luvas;
• Botas;
3.
100
Fig. 76 Vestuário e equipamento de protecção individual para combate a incêndios.
9 14 7
6
10
Legenda: 11
13 5
1 – Peça facial. 12
2 – Válvula de expiração.
3.
3 – Fiel. 101
4 – Orifício de ligação da válvula de chamada. 1
5 – Precinta da peça facial (elásticos).
6 – Válvula de chamada.
Protecção individual
7 – Tubo de admissão de ar de média pressão.
8 – Tubo de alta pressão. 4 2
9 – Manómetro e avisador sonoro de segurança.
10 – Precintas de fixação do aparelho ao utilizador (arnês).
11 – Suporte dorsal. 3
12 – Sistema redutor de pressão.
13 – Válvula da garrafa.
14 – Garrafa de alta pressão.
Organização da segurança
Manual de Brigadas de Incêndio
4. 1. Considerações gerais
4.
4. 2. Brigadas de incêndio: composição 103
e funções
Organização da segurança
4.
104
Manual de Brigadas de Incêndio
Considerações gerais 4. 1.
A organização da segurança contempla o conjunto de pessoas responsáveis
pelo estudo, planeamento e gestão do sistema no seu conjunto, ao nível da
execução das medidas de prevenção, intervenção, formação, fiscalização e
aquisição de equipamentos de combate a incêndios.
Um sistema organizativo da segurança contra incêndio onde estejam
definidas responsabilidades, competências e interdependências, deverá
ser elaborado de forma adequada ao caso concreto de cada empresa ou
instituição.
Um serviço de segurança contra incêndio deve ser basicamente estruturado
de acordo com a área de ocupação, tipo de construção do edifício, risco
existente e do tipo e índice de ocupação de pessoas.
A segurança contra incêndio deverá ser constituída por uma ou mais
brigadas de incêndio coordenadas por um delegado de segurança, com um
perfil bem determinado e caracterizado por: 4.
105
• Competência técnica;
Organização da segurança
• Capacidade de decisão;
4.
106
• Proteger vidas;
Organização da segurança
5.
5. 1. Disposições construtivas
5. 2. Prevenção de incêndios
5.
5. 3. Plano de emergência 109
5. 3. Evacuação
• Edifícios contíguos;
• Diversos pisos de um mesmo edifício;
• Espaços sujeitos a ocupações distintas, mesmo que se encontrem no
mesmo piso;
• As vias de evacuação verticais (escadas) e os espaços que lhes são
adjacentes;
• Os locais de risco agravado de incêndio e os espaços que lhes são
adjacentes, em especial se estes forem acessíveis ao público.
Manual de Brigadas de Incêndio
5.
112
5.
115
5.
117
■ Após o incêndio
5.
121
5.
122
5.
123
Combate a incêndios e
estabelecimento dedemangueiras
Manual de Brigadas Incêndio
6. 1. Combate a incêndios
6. 2. Estabelecimento de mangueiras
6.
125
• A inalação de ar quente e fumo provoca lesões graves no aparelho Combate a incêndios e estabelecimento de mangueiras
6.
128
• A linha de mangueira deve estar pronta a actuar (em carga), mas não se
deve abrir a agulheta até se localizar o foco de incêndio, excepto se tal 6.
for necessário para protecção dos elementos da brigada de incêndio;
129
• Em princípio, não incidir a água sobre o fumo pois provocará o seu Combate a incêndios e estabelecimento de mangueiras
arrefecimento e a sua descida em direcção ao pavimento, diminuindo
bastante a visibilidade;
6. 2. Estabelecimento de mangueiras
Manual de Brigadas de Incêndio
6.2.1. Mangueiras
A T E N Ç Ã O
6.2.2. Agulhetas
Para que a água possa ser projectada com eficácia, é necessário que na
extremidade das linha de mangueira sejam montadas agulhetas, com a
finali-dade de orientarem a projecção da água, conferindo-lhe determinadas
características conforme o fim a que se destina.
Assim, com uma escolha criteriosa do tipo de agulheta, podemos obter
jactos mais ou menos concentrados, projecção da água em cones de abertura
variável, cortina de protecção e caudais diversos.
Um factor importante no momento do ataque a um incêndio é a forma
como a água é aplicada. Este factor envolve a aplicação da água sobre os
materiais em combustão, assim como nas áreas quentes do espaço onde se está
a desenvolver o incêndio.
A água pode ser aplicada em jacto, pulverizada em cone de ataque ou em
cortina de protecção (fig. 91), de maneira a que, em qualquer momento,
se recorra à forma de aplicação mais conveniente e requerida pelas circuns-
tâncias.
Manual de Brigadas de Incêndio
Jacto
Cone de ataque
6. Cortina de protecção
132
6.
134
Glossário
Índice remissivo
Índice geral
137
138
Manual de Brigadas de Incêndio
Bibliografia
Manual de Brigadas de Incêndio
A
Abafamento – Método de extinção de incêndios que consiste em eliminar o
comburente, através de uma acção exterior
Agente espumífero – Substância que misturada com a água e, posteriormente, com
o ar dá origem a uma espuma destinada à extinção de incêndios
Agente extintor – Substância sólida, líquida ou gasosa especificamente adequada
para extinguir um incêndio, quando aplicada em determinadas
condições
B
Boca de incêndio – Hidrante, normalmente com uma única saída, podendo ser
ou não armado
C
Calça de protecção – Ver «Fato de protecção»
Caminho de evacuação – Percurso a percorrer entre qualquer ponto susceptível
de ocupação, num recinto ou num edifício, até uma zona de 141
segurança exterior, compreendendo em geral um percurso inicial
Glossário
146
Índice remissivo
Manual de Brigadas de Incêndio
A
Actuação com extintores ............................................................................... 54
Agentes extintores ........................................ 13, 29, 33-35, 47, 49, 54, 88, 141
Água ....................... 27, 30-32, 41-43, 47, 48, 62, 65-72, 78-84, 127, 129-133
Agulhetas ................................................................................... 67, 68131-133
Alta expansão ............................................................................. 30, 32, 83, 84
Armário para equipamentos de combate a incêndios ..................................... 71
Arrefecimento ou redução da temperatura .............................................. 26, 27
B
Baixa expansão ....................................................................................... 30, 31
Bocas de incêndio ...................................................................... 65-67, 72, 141
C
Calor ...................................... 15, 17-19, 22-24, 26, 28, 30, 74, 120, 129, 133
Característica e funcionamento dos extintores .............................................. 42
147
Carência ou limitação do combustível .......................................................... 28
Carretéis ................................................................................. 69, 72, 130, 141
Índice remissivo
D
Deflagração .................................................................................................. 21
Detectores automáticos ........................................................................... 74, 76
Detectores de fumo ...................................................................................... 75
Detectores de temperatura ............................................................................ 75
Detectores especiais ...................................................................................... 76
Detectores manuais ...................................................................................... 76
Detectores ópticos de chamas ....................................................................... 75
Dióxido de carbono ............................................ 27, 34, 41, 47, 48, 78, 86, 88
Disjuntores ........................................................................................... 70, 142
Dispositivos de alarme ...................................................................... 77, 80, 89
Distribuição dos extintores ........................................................................... 49
Dorsal .................................................................................................. 40, 101
E
Eficácia de extinção .................................................................... 33, 39, 41, 50
Manual de Brigadas de Incêndio
F
Fonte abastecedora de água ........................................................................... 81
Fumo .............................. 24, 25, 55, 58, 74, 75, 113, 120, 123, 127, 129, 144
G
Gases ......................... 21, 22, 24-26, 34, 54, 58, 64, 75, 78, 88, 120, 127, 129
H
Halons ........................................................................................ 34, 35, 47, 88
Hidrantes ........................................................................... 65, 66, 70, 71, 144
I
Inspecção, manutenção e recarga dos extintores ............................................ 52
J
Junções ............................................................................................ 70-72, 130
L
Lenta ............................................................................................................ 21
Limitação do comburente ............................................................................. 27
Limite inferior de inflamabilidade ................................................................ 20
Limite superior de inflamabilidade ............................................................... 20
Limites de inflamabilidade ...................................................................... 19, 20
Líquidos de 1.ª categoria .............................................................................. 19
Líquidos de 2.ª categoria .............................................................................. 19
Líquidos de 3.ª categoria .............................................................................. 19
M
Mangueiras ........................................................... 67, 68, 70-72, 125, 129-133
Manual ............................................................... 40, 76, 86, 88, 116, 120, 125
Marcos de água ..................................................................................... 65, 144
Média expansão ...................................................................................... 31, 83
Métodos de extinção ............................................................................... 13, 26
Mobilidade do extintor ........................................................................... 39, 40 149
O
Origem mecânica ......................................................................................... 17
Origem química ........................................................................................... 17
P
Portáteis .................................................................................................. 34, 40
Pós químicos ..................................................................................... 29, 33, 34
Posto de controlo .......................................................................................... 80
Pressão permanente ................................................... 41-43, 45, 47, 48, 55, 85
Procedimentos de manutenção ..................................................................... 53
Produtos e manifestações da combustão ........................................................ 24
Projecção e deslocamento de corpos inflamados ............................................ 24
Propagação da energia da combustão ............................................................ 22
R
Radiação ................................................................................... 17, 22, 26, 145
Rede de incêndio armada .............................................................. 72, 106, 145
Rede de tubagem ........................................................................ 78, 80, 83, 88
Redes de incêndio ............................................................................. 37, 64, 68
Rótulos ......................................................................................................... 41
S
Sistema de extinção por água (sprinklers) ....................................................... 78
Sistemas automáticos de detecção de incêndios ............................................. 73
Sistemas de extinção por CO2 ....................................................................... 88
Manual de Brigadas de Incêndio
T
Temperatura de combustão .......................................................................... 18
Temperatura de ignição ................................................................................ 19
150 Temperatura de inflamação ........................................................................... 18
Temperaturas características .......................................................................... 18
Transmissão à distância ................................................................................. 77
Transportáveis ................................................................................... 40, 44, 50
V
Velocidade de combustão ..................................................................... 21, 146
Índice geral
Manual de Brigadas de Incêndio
Prefácio 3
Sumário 5
Siglas 7
Introdução 9
2. Equipamentos e sistemas 37
2.1. Extintores ....................................................................................... 39
2.1.1. Classificação dos extintores .................................................... 39
2.1.2. Características e funcionamento dos extintores ...................... 42
2.1.3. Escolha do agente extintor ..................................................... 47
2.1.4. Distribuição dos extintores .................................................... 49
2.1.5. Inspecção, manutenção e recarga dos extintores ..................... 52
2.1.6. Actuação com extintores ........................................................ 54
2.2. Redes de incêndio ........................................................................... 64
2.2.1. Equipamentos ....................................................................... 65
2.2.2. Rede de incêndio armada ....................................................... 72
2.2.3. Coluna seca ........................................................................... 72
Manual de Brigadas de Incêndio
3. Protecção individual 97
3.1. Vestuário e equipamento ................................................................. 99
3.2. Aparelho respiratório isolante de circuito aberto .............................. 100
4. Organização da segurança 103
4.1. Considerações gerais ....................................................................... 105
4.2. Brigadas de incêndio: composição e funções .................................... 106
Bibliografia 139
Glossário 141
Anotações
Anotações
155