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As empresas são organizações sociais que utilizam recursos administrativos para atingir
seus objetivos, portanto é necessário um sistema de gestão que envolva o controle
financeiro e econômico.
A gestão financeira tem por objetivo geral, direcionar a empresa para que esta obtenha
lucro dentro de um nível aceitável de risco e que esse lucro se transforme rapidamente
em dinheiro.
Portanto, os recursos financeiros das empresas, consistem em uma das áreas mais
importantes para a sobrevivência das organizações, e nesta área destaca-se a gestão do
capital de giro que se dedica principalmente aos recursos de curto prazo que influem
diretamente na liquidez e rentabilidade da empresa, motivo este, que justifica o estudo
que será abordado no presente trabalho.
As decisões de investimento são de vital importância pois, produzem efeitos de risco nos
resultados, para manter o seu equilíbrio financeiro devem adequar a maturidade dos
passivos à capacidade de geração de caixa dos ativos.
Para Assaf e Silva (1997), ³capital de giro refere-se aos recursos correntes da empresa,
geralmente identificados como aqueles capazes de serem convertidos em caixa no prazo
máximo de um ano´, ou seja, são recursos exigidos para financiar o ciclo operacional da
empresa.
³Uma boa administração do capital de giro envolve imprimir alta rotação (giro) ao
circulante, reduzindo seu ciclo operacional, tornando mais dinâmico seu fluxo de
operações, de modo a fazer frente aos compromissos com as fontes de financiamento,
reduzindo o ciclo financeiro´.
As contas que compõem o capital de giro são classificados no balanço, como contas de
curto prazo ± circulante ± da empresa.
De acordo com Gitman (1997), as contas que compõem o capital de giro são: Caixa,
Títulos Negociáveis, Duplicatas a receber e Estoques.
O termo caixa presente neste trabalho refere-se a ativos de liquidez imediata, ou seja,
recursos monetários e saldos em contas correntes bancárias. ³Caixa representa valores
que podem ser utilizados a qualquer momento em pagamentos de diversas naturezas´.
(Martins e Assaf, 1986; p. 298).
Segundo Gitman (1997, p. 664), ³ caixa é a moeda corrente à qual todos os ativos
líquidos podem ser convertidos´.
Ross et. al (1995) citam que o objetivo básico com relação a caixa é o investimento no
ativo, dando continuidade normal as atividades da empresa de forma eficiente e eficaz.
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De acordo com Gitman (1997), títulos Negociáveis são instrumentos á curto prazo que
podem ser facilmente convertidos em dinheiro e são muitas vezes considerados parte
dos ativos líquidos da empresa (quase caixa). Os investimentos em títulos negociáveis
são vantajosos para a obtenção de lucratividade adicional sobre recursos
temporariamente ociosos.
Segundo Gitman (2002, p.696), ³as duplicatas a receber são o resultado da concessão
de crédito de uma empresa a seus clientes, a fim de conservar os clientes atuais e atrair
outros´.
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Segundo Assaf e Silva (1997), possuir estoques é importante para dar continuidade ao
fluxo econômico contínuo.
Segundo Gitman (1997), os recursos investidos no capital de giro, são recursos que não
gerarão lucro, mas que são indispensáveis ao suporte operacional da empresa. O nível
de recursos a ser investido, depende da extensão do ciclo operacional, que quanto mais
extenso for, maior o nível de recursos a ser mantido como capital de giro, o que
resultará em maior custo de oportunidade.
O ciclo operacional das empresas é o período que vai desde a compra da matéria-prima,
até o recebimento das vendas a prazo.
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³Caixa e títulos negociáveis são mantidos pela empresa com o objetivo de reduzir o risco
de insolvência técnica, pois representam disponibilidades que podem ser usadas tanto
nas situações de saídas de caixa planejadas quanto inesperadas´.
Para que o caixa seja mantido a níveis necessários de modo que não afete a liquidez e
nem a lucratividade, as empresas deverão fazer uso de modelos específicos como
modelo do Caixa Mínimo Operacional, Modelo Baumol e Modelo de Miller-Orr.
Apesar destas restrições, é importante notar que o modelo traz para a discussão
importantes princípios teóricos, essenciais ao estudo da administração de caixa, sendo,
pois, um parâmetro bastante útil para a avaliação do saldo de caixa.
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Conforme Gitman (1997), quando uma empresa não consegue prever com certeza a
sincronia dos seus t1uxos de caixa futuros, a empresa deverá optar por um modelo mais
realista, embora mais complexo, como o modelo de Miller-Orr, que determina um saldo
de caixa a ser mantido, considerando-se o limite máximo desse saldo, que quando
alcançado deverá ser convertido 2/3 em títulos negociáveis e o limite mínimo, onde o
valor do ponto de retomo deverá ser convertido de títulos negociáveis em caixa.
Segundo Ross et aI (1995, p.557), "No modelo Miller e Orr, inclui-se tanto entradas
quanto saídas de caixa. O modelo supõe que a distribuição dos fluxos líquidos diários
(entradas menos saídas de caixa) é normal. A cada dia, o fluxo líquido de caixa poderia
ser o valor esperado ou algum valor mais alto ou mais baixo."
Para Assaf e Silva (1997, pg 80), "Uma forma simples de estabelecer o montante de
recursos que uma empresa deverá manter em caixa é através do Caixa Mínimo
Operacional".
Para obter o Caixa Mínimo Operacional, basta dividir os desembolsos totais previstos por
seu giro de caixa (u.), relembrando, o ciclo de caixa de uma empresa corresponde ao
período compreendido entre o pagamento da compra de matéria-prima até o momento
do recebimento das vendas.
Conforme Assaf e Silva (1997, p 81), "O Caixa Mínimo Operacional, por sua simplicidade
de cálculo, oferecem alguns inconvenientes técnicos e por isso deve ser adotado com
certos cuidados pela empresa, avaliando principalmente se as suas características estão
adequadas à realidade de seus negócios".
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De acordo com Gitman (1997), as estratégias básicas que devem ser empregadas na
administração de caixa são:?
? retardar o pagamento de duplicatas a pagar sempre que possível e pelo maior tempo que
puder, desde que tal procedimento não venha prejudicar a posição creditícia da empresa,
aproveitando, porém, quaisquer descontos financeiros favoráveis.?
? girar os estoques com a maior rapidez possível, sempre verificando o nível de estoque a
ser mantido para evitar faltas de estoques que podem resultar interrupção na linha de
produção ou perda de vendas.?
? receber o mais cedo possível as duplicatas a receber, sem que a cobrança antecipada
venha afetar vendas futura em conseqüência da técnica de cobrança implantada. Os
descontos financeiros, se economicamente justificáveis, podem ser usadas para realizar
esse objetivo.?
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Este trabalho visou discorrer sobre técnicas específicas para a administração eficiente do
caixa, o que resulta em menor custo de oportunidade e portanto maior lucratividade, uma
vez que a manutenção desses recursos que são imprescindíveis ao suporte as atividades
operacionais de uma empresa, custam pela sua falta de rentabilidade.
Com a discussão apresentada podemos concluir que o propósito é indicar uma maneira de
administrar o caixa de forma que este forneça subsídios necessários para a administração
do negócio.
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DI AGUSTINI, Carlos Alberto. Capital de giro. 1 ed. São Paulo: Atlas, 1996.
ROSS, Stephen A. et al. Principios de administração financeira. 2 ed. São Paulo: Atlas,
2000.
ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração do capital de giro.
2 ed. São Paulo: Atlas, 1997.
SANVICENTE, Antônio Zoratto. Administração Financeira. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1997.?
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