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1.Introdução
6. Moderno-pós-Moderno
A crise da unidade
Sobre a crise de unidade que a ciência atravessa e a sua busca neste
sentido, Jean Piaget mostrou que paralelamente a este processo de inevitável
esfacelamento do conhecimento em disciplinas cada vez mais especializadas,
se desenvolveu um outro movimento em sentido contrário, a partir das
ciências exatas, por duplas, como física - matemática, fisico - química e
depois nas ciências humanas, a bio-psicologia, ou a socio-linguística. Há um
movimento que pouco a pouco, tem descoberto a unicidade de seu objeto - a
natureza, o homem, a sociedade. A própria necessidade do trabalho
interdisciplinar, tem levado à busca de um modelo transdisciplinar. A
tendência lógico matemática buscou elaborar uma linguagem que fosse
comum a todas as ciências, fundando um conjunto de estruturas e de sistemas.
Os animadores do Circulo de Viena emigrados aos Estados Unidos, criaram a
Harvard, um Instituto para a Unidade da Ciência, que criou a Encyclopedia of
United Science; o biologista Lugwig von Bertalaffy elaborou uma Teoria
Geral dos Sistemas, terminando por chegar aio conceito de
transdiciplinaridade que designa esta nova fase da revolução científica
contemporânea.
A história da ciência é atravessada por grandes unificações
transdisciplinares onde se destacam Newton, Maxwell, Einstein, Copernico,
Kepler. Emerge então um outro paradigma, aquele da complexidade,
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espetáculo celeste e é por sua vez, espelhado por ele. Existe portanto uma
relação proporcional entre o conhecimento do mundo exterior e do mundo
interior. Consequentemente, qualquer avanço em um dos sentidos sem levar
em consideração o outro, pode levar a perigosas distorções. Este princípio é
reconhecido na cosmologia mais avançada como princípio antrópico,
significando que o conhecimento do cosmos é o conhecimento tal como se
apresenta ao homem. Mais claramente falando, a nossa cosmografia imita a
nossa psiqué, e é por ela imitada. Este dado pode explicar como os místicos,
profundos conhecedores da alma, puderam intuir certas estruturas do universo
físico - seja do seu corpo ou de estrelas distantes - sem recorrer aos
telescópios, microscópios ou bisturis. Assim, o célebre conceito socrático
“Conhece-te a ti mesmo”, toma um alcance técnico e metodológico. Exigindo
um acerto no foco do observador, entre o processo interno a sua psiqué e a
imagem da realidade externa, devendo coincidir o centro de construção da
imagem com o centro do sujeito conhecedor. Este desacerto leva a uma
perspectiva falsa sobre fatos verídicos. Esta questão, chamada
antropomorfismo, foi criticada no século XIX, mas levando em conta que
qualquer modêlo adotado será inspirado em algo existente e percebido pelo
próprio homem, podemos afirmar que ou o conhecimento é antropomórfico
ou é falso.
Uma outra conseqüência fundamental ao princípio de correspondência é a
transcendência do ser. Pois, para que só é possível as duas imagens se
refletirem se existir algo comum que possa abranger a ambas. “Este ponto
comum, este eixo que articula a dupla imagem é dado na fórmula de Hermes,
pela palavra é . O ser é a instância superior “que origina, estatui, abarca e
governa o espelhismo da alma e do cosmos... Ser significa verdade, significa
realidade, significa também inteligibilidade. Pois se o Ser não fossa inteligível
a si mesmo lhe faltaria a plenitude da existência, ele estaria privado de uma
possibilidade, que é possibilidade de se conhecer. E se esta possibilidade não
se realizasse, haveria no ser uma possibilidade irreal, e o ser não seria ser.”
Assim, o autor conclui que se a inteligência humana reflete a alma e o cosmos
ao mesmo tempo, é porque ela não está limitada a nenhum deles, pois se
assim o tivesse não seria capaz de ver o outro. Assim, a inteligência humana
reflete o Ser. Tem a vocação de verdade, mesmo que não se realize sempre,
nem da mesma maneira, para todos os homens. “Mas ela só é plenamente
inteligência quando realiza essa vocação, quando transcende os domínios da
alma e do cosmos, do psíquico e do físico”.
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A perspectiva universitária
Perspectiva espiritualista