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2011/01

Professores: Ângela Accioly/Ernesto Becker/ Mª da Glória de Souza/Flavia

1. A Teoria Atômica da Matéria

Os filósofos gregos ponderaram bastante sobre a pergunta: A matéria pode ser infinitamente
dividida em parcelas cada vez menores ou há um ponto além do qual ela não é mais divisível? A maioria
dos filósofos, entre os quais Platão e Aristóteles, acreditavam que a matéria era infinitamente divisível. Um
dos que não concordavam com esta opinião era Demócrito (460-370 a.C.). Afirmava, ao contrário, que não
se dividiam, a que denominava átomo, significando, exatamente, “indivisível”.
Embora a proposta de Demócrito fosse conhecida, prevaleceu até o início do século XIX a idéia
equivocada de a matéria ser infinitamente divisível.
Finalmente, entre 1803 e 1807 foi publicada pelo inglês John Dalton ma teoria atômica coerente.
Dalton imaginou sua teoria para explicar diversas observações experimentais. Suas concepções eram tão
fundamentais que sua proposta permaneceu intacta, na essência, até os dias de hoje.
Os seguintes postulados resumem a essência da teoria atômica de Dalton:

1. Cada elemento é composto por partículas extremamente pequenas denominadas átomos.


2. Os átomos de um mesmo elemento são idênticos entre si; os átomos de elementos diferentes são
diferentes e têm propriedades diferentes (entre as quais massas diferentes).
3. Nas reações químicas, os átomos de um elemento não se transformam em outros tipos de átomos;
nestas reações, não há nem criação nem destruição de átomos.
4. Os compostos se formam quando átomos de dois ou mais elementos se combinam; um certo
composto tem sempre a mesma espécie de átomos e o mesmo número relativo destes átomos.

A partir de 1850 acumularam-se informações que sugeriam que os átomos eram constituídos por
partículas pequeníssimas, as partículas subatômicas.
Com o acúmulo de provas experimentais de que o átomo era constituído por partículas muito
pequenas, focalizou-se a atenção sobre a forma de organização dessas partículas. No início do século XX,
J. J. Thomson sugeriu que, uma vez que os elétrons correspondiam a fração muito pequena da massa de
um átomo, provavelmente eram responsáveis por fração igualmente pequena do volume do átomo. Sugeriu
que o átomo fosse constituído por uma esfera positiva uniforme de matéria na qual os elétrons ficariam
dispersos. Este modelo, conhecido como o modelo do “pudim de passas” como mostra a figura abaixo, teve
vida curta.

Elétron negativo

Carga positiva ocupando


uma esfera

Em 1910, Rutherford e colaboradores fizeram experiências que levou ao abandono do modelo de


Thomson. Rutherford investigava os ângulos sob os quais as partículas α eram espalhadas ao passar
através de delgada folha de ouro. Estes observaram que quase todas as partículas α passavam
diretamente através da folha de ouro sem desvio. Algumas poucas, porém, eram desviadas, algumas até
refletidas na direção original, como mostra a figura abaixo.

1
A maior parte
das partículas
não é desviada
Partículas espalhadas

Folha de
Feixe de
Ouro
partícula

Tela circular
fluorescente
Fonte de
partículas alfa

Em 1911, Rutherford conseguiu explicar as observações. Admitiu que a maior parte da massa do
átomo, e a totalidade da carga positiva, estivessem concentradas numa região muito pequena e
extremamente densa, a que denominou núcleo. A maior parte do volume do átomo é espaço vazio no qual
se deslocam os elétrons em torno do núcleo. Na experiência do espalhamento das partículas alfas, a
maioria das partículas passa sem desvio apreciável através da folha de ouro porque não encontra os
diminutos núcleos; as partículas alfas simplesmente atravessam o espaço vazio dos átomos. Uma ou outra,
porém, chega nas vizinhanças de um núcleo de ouro. A repulsão entre o núcleo, com carga muito grande, e
a partícula alfa é suficientemente forte para provocar o desvio da partícula.
Investigações experimentais posteriores levaram à descoberta de partículas positivas (prótons) e de
partículas neutras (nêutrons) no núcleo. Os prótons foram descobertos por Rutherford em 1919. Os
nêutrons foram descobertos em 1932 pelo cientista britânico James Chadwick (1891 – 1972).

Estrutura Atômica Moderna (Modelo de Bohr)

A partir de novas pesquisas, o cientista Niels Bohr divulga em 1913 um modelo atômico mais
avançado. Segundo esse modelo, os elétrons se movem em órbitas fixas ao redor do núcleo. Essas órbitas
são denominadas órbitas estacionárias, nas quais os elétrons se movem sem irradiar energia. Dizemos que
os elétrons nessas órbitas se encontram no estado estacionário ou estado fundamental. Com
aquecimento ou descargas elétricas, os elétrons absorvem energia, passando a outras órbitas, mais
afastadas do núcleo. Os novos estados energéticos são os estados ativos ou excitados. No entanto,
após curto tempo, os elétrons retornam aos seus estados iniciais. Nesse retorno, os elétrons emitem
energia armazenada durante o processo de excitação.
A transição de elétrons de E1 para E2 (energia absorvida) equivale ao trabalho de deslocamento
para se afastar do núcleo e, consequentemente, quanto mais longe o elétron está em relação ao núcleo,
mais facilmente muda de órbita.

2
E 2

E 1 E 1

N ú c le o N ú c le o N ú c le o

E l é t r o n n o e F s ot a r dn eo c i m e n t oE m i s s ã o d e
f u n d a m e n t da el e n e r g i a e n e r g ia

Á t o m o n o e Á s tt oa md o o e x c Ái t a t o d mo o n o e s t a d o
e s t a c i o n á r i ( o e n e2 r g i a E )e s t a c i o n á r i o
( e n 1e r g i a E ) ( e n 1e r g i a E )

Um elétron é mais facilmente ativado quanto mais externo for.

A transição de um estado de energia E2 até o nível E1, mais baixo, libera uma certa quantidade de
energia correspondente à variação:

∆ E = E2 - E1

Principais características do Átomo

Número atômico (Z)

É o número que identifica o átomo, ou seja, o seu número de prótons.

Z=P
Onde P é o nº de prótons.

Obs: O átomo é eletricamente neutro,ou seja, o número de prótons deve ser o mesmo do nº de elétrons.

Z=P=é
Número Massa ( A )
É a soma de prótons e nêutrons.

A = P +n
Representação Química. Os números de massa (A ) e atômico ( Z ) são colocados a esquerda.

Vejamos exemplo:

23 =A A = p+n
Na 12 = n 23=11+n
11 = Z n = 12

Semelhanças Atômicas
1. Isótopos:

São os átomos com o mesmo número atômico (Z) com nº de massa (A) e
número de nêutrons (n) diferentes.

1 2 3
Ex: H H H
1 1 1

2. Isóbaros:
São átomos com mesma massa ( A ) e nº atômico ( Z ) e nº de nêutrons diferentes.

Ex: 40 40
3
Ca n = 22 Ca n = 20
18 20
3. Isótonos:
São átomos que apresentam o mesmo número de nêutrons ( n ), mas diferentes números ( Z ) e de
massa ( A )
14 7p 13 6p
Ex: N 7n C 7n
7 7e 6 7e

Resumo:
Nº Atômico ( Z ) Nº Massa ( A ) Nº Nêutrons ( n )
Isótopos = # #
Isóbaros # = #
Isótonos # # =

Características das Partículas Subatômicas

Partículas Massa relativa Carga relativa


Prótons 1 +1
Nêutrons 1 0
Elétrons 1/1840 -1

Moléculas é a menor porção de uma substância. Ex: molécula da água


Átomo é a menor porção de um elemento químico. Os átomos se reúnem e formam as moléculas.
Ex: 2 átomos de hidrogênio e 1 átomo oxigênio formam a molécula da água (H2O)

Números Quânticos

• Número Quântico Principal

A cada nível de energia, ou seja, a cada órbita ou camada onde se encontram os elétrons, associa-
se um número inteiro, denominado Número Quântico Principal. Este é representado pela letra n.
São conhecidos sete níveis energéticos. A energia dos elétrons é crescente nesses níveis
energéticos, desde o nível 1 (n = 1) até o nível 7 (n = 7). Fisicamente, interpreta-se o número quântico
principal como sendo a distância de elétron ao núcleo.

Nível Energético K L M N O P Q
Número Quântico Principal (n) 1 2 3 4 5 6 7

São conhecidas, portanto, sete camadas (desde K até Q), onde se encontram distribuídos os
elétrons. O número da camada denomina-se número quântico principal, e assume valores de 1 até
7.
Numa camada há no máximo 2n2 elétrons. Essa fórmula vale até a quarta camada.

Número da Camada (n) Número Máximo de Elétrons por Camada


1 2 x 12 = 2 x 1 = 2
2 2 x 22 = 2 x 4 = 8
3 2 x 32 = 2 x 9 = 18
4 2 x 42 = 2 x 16 = 32

• Número Quântico Secundário ou Azimutal

Notou-se que elétrons pertencentes à mesma órbita (ou camada) apresentam pequenas diferenças
nas quantidades de energia emitidas.
A explicação física inicial foi proposta por Sommerfeld: as órbitas seriam elípticas em vez de
circulares e as pequenas diferenças seriam devidas às formas das órbitas.
Em cada camada há no máximo quatro subcamadas ou subníveis, cada uma com uma forma
diferente, em elipses mais ou menos acentuadas.

4
São conhecidos hoje apenas quatro subníveis: s, p, d, f. O Número Quântico Secundário ou
Azimutal é simbolizado pela letra l. Esse número define os subníveis de energia, ou subcamadas. Os
valores que l pode assumir vão de zero até n - 1.

Subnível Energético s p d f
Número Quântico Azimutal (l) 0 1 2 3

Nível ou Camada n l Número de subníveis Subníveis


conhecidos
K (1a Camada) 1 0 1 1s
L (2a Camada) 2 0; 1 2 2s 2p
M (3a Camada) 3 0; 1; 2 3 3s 3p 3d
N (4a Camada) 4 0; 1; 2; 3 4 4s 4p 4d 4f
O (5a Camada) 5 0; 1; 2; 3 4 5s 5p 5d 5f
P (6a Camada) 6 0; 1; 2 3 6s 6p 6d
Q (7a Camada) 7 0 1 7s

O quadro anterior pode ser disposto de acordo com o diagrama a seguir, onde estão representados
os subníveis conhecidos.
Assim, a representação do subnível leva o número da camada (número quântico principal) e a letra
corresponde ao tipo de subnível.

Exemplos:

4d Subnível d da camada N 3p Subnível p da camada M


Número quântico principal = 4 Número quântico principal = 3
Número quântico azimutal = 2 Número quântico azimutal = 1

• Número Quântico Magnético

A orientação ou inclinação espacial das órbitas é associada a um número denominado Número


Quântico Magnético, simbolizado pela letra m.
Os valores assumidos por esse terceiro número quântico variam de -l até +l. Cada valor representa
um orbital.

-l ≤ m ≤ +l

Os valores de orbitais por subníveis podem ser encontrados pela fórmula 2l +1, onde l é o número
quântico secundário ou azimutal.

l Número de orbitais por subnível


0 (s) (2 x 0) + 1 = 1
1 (p) (2 x 1) + 1 = 3
2 (d) (2 x 2) + 1 = 5
3 (f) (2 x 3) + 1 = 7

Os valores que m pode assumir estão resumidos no a seguir:

l m Número de orbitais por


subnível
0 (s) 0 1
1 (p) -1; 0; +1 3
2 (d) -2; -1; 0; +1; +2 5
3 (f) -3; -2; -1; 0; +1; +2; +3 7

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• Número Quântico de Spin

Os números n, l e m determinam as particularidades geométricas das nuvens eletrônicas e estão


associados às características físicas do movimento dos elétrons.
Para caracterizar completamente o movimento eletrônico nos átomos, lançamos mão de um quarto
número quântico. Este é denominado Número Quântico de Spin e é simbolizado pela letra S.
O número quântico de spin (em inglês, "rotação") assume dois valores:

S = + 1/2 e S = - 1/2

Estes valores representam a rotação dos elétrons sobre si mesmos. Lembre que, pelo atual modelo
atômico, o elétron está em algum lugar na "nuvem de probabilidades", ou seja, no orbital. Se fosse
considerado como uma esfera, teria dois sentidos contrários de rotação sobre si mesmo. Na realidade, os
dois valores representam dois campos magnéticos opostos.
Convencionaremos que o primeiro elétron a se localizar num orbital terá número quântico de spin S
= - 1/2 e será esquematizado . Um segundo elétron no mesmo orbital terá número quântico de spin S = +
1/2 e será esquematizado .
Diz-se que os elétrons estão em paralelo quando têm o mesmo número quântico de spin (S) e, em
antiparalelo, quando tem S contrário.

Princípio da Exclusão de Pauli

Como vimos até agora, os elétrons de um átomo encontram-se em diferentes situações energéticas.
A situação energética de cada elétron é definida por quatro estados energéticos. São os quatro números
quânticos. A cada estado corresponde um número. Portanto, há quatro números quânticos para cada
elétron de um átomo.

Os números quânticos identificam, assim, cada elétron.

O princípio de exclusão, de Wolfgang Pauli, estabelece que, em um mesmo átomo, não pode haver
dois elétrons com os quatro números quânticos iguais. Como consequência desse princípio, pode existir,
num mesmo orbital, no máximo dois elétrons, que têm spins contrários:
O número máximo de elétrons por subnível será, portanto, dado pela fórmula 4l + 2, o dobro da
fórmula 2l + 1, a qual, como vimos anteriormente, nos dá o número de orbitais por subnível.

l 4l + 2 (número máximo de elétrons por


subnível)
0 (s) (4 x 0) + 2 = 2 s2
1 (p) (4x 1) + 2 = 6 p6
2 (d) (4 x 2) + 2 = 10 d10
3 (f) (4 x 3) + 2 = 14 f14

Regra de Hund

A regra de Hund, chamada regra da máxima multiplicidade, rege o preenchimento eletrônico nos
subníveis.

Os elétrons distribuem-se nos orbitais disponíveis de um subnível segundo a ordem


crescente de energia.

6
Exemplos:

. No subnível s:

1o elétron: (S = - 1/2) 2o elétron: (S = + 1/2)

. No subnível p:

1o elétron: 2o elétron: 3o elétron:

Alojam-se inicialmente elétrons em paralelo, sucessivamente, enquanto houver orbitais disponíveis.

4o elétron: 5o elétron: 6o elétron:

Alojam-se em seguida elétrons em antiparalelo em relação aos primeiros, sucessivamente, até o


preenchimento total.
O mesmo procedimento se aplica aos subníveis d (dez elétrons) e f (catorze elétrons).
É possível identificar cada elétron através de seus quatro números quânticos. Vejamos os resumos
no quadro apresentado a seguir.

Número Notação Valores Interpretação Física Interpretação


Quântico Matemática
Principal n 1 até 7 Distância média Número da camada Nível
núcleo-elétron energético
Azimutal l 0, 1, 2, 3 Tipo de órbita Número da subcamada
s, p, d, f Subnível
Magnético m - l até + l Disposição do orbital Identificação do orbital
no espaço dentro do subnível
Spin S +1/2 e -1/2 Rotação do elétron Campos magnéticos
opostos

Distribuição Eletrônica

Os elétrons distribuem-se nos níveis e subníveis de maneira a ocupar inicialmente subníveis de


menor energia e em seguida subníveis com energia cada vez maior.
A ordem crescente de energia é

1s, 2s, 2p, 3s, 3p, 4s, 3d, 4p, 5s, 4d, 5p, 6s, 4f, 5d, 6p, 7s, 5f, 6d.

O subnível de menor energia é 1s. O subnível de maior energia é 6d. Note que a ordem crescente de
energia para os subníveis não segue a ordem de camadas.
O cientista americano Linus Pauling montou um diagrama prático para a distribuição eletrônica nos
subníveis. As setas indicam a ordem crescente de energia dos subníveis.

7
N í v e i s
K 1 s K = 2
L 2 s 2 p
L = 8
M 3 s 3 p 3 d M = 1 8
N 4 s 4 p 4 d 4 f N = 3 2
O 5 s 5 p 5 d 5 f O = 3 2
P 6 s 6 p 6 d P = 1 8
Q 7 s Q = 2

S u b n í: v se i =s 2 ; p = 6 ; d N = ú m1 0 e ; r o f d= e 1 4
e l é t r o n s
Exemplo:

Para fazer a distribuição eletrônica do átomo de enxofre (Z =16), basta acompanhar as setas no
diagrama de Pauling, em ordem crescente de energia dos subníveis. Começamos por 1s, com 2 elétrons,
notado 1s2, e assim por diante.
1s2 2s2 2p6 3s2 3p4
K = 2 L=8 M=6

Número de elétrons no subnível de maior energia: 4


Número de elétrons no último nível: 6
Não esqueça o significado da notação:

3p4 onde: 3 é o nível; p é o subnível e 4 é o número de elétrons no subnível.

Observação:

Alguns elementos apresentam irregularidades na distribuição eletrônica; é o caso de Cr, Cu, Nb,
Mo, Tc, Ru, Rh, Pd, Ag, Pt, Au. A razão é que as configurações d5, d10, f7 e f14 são muito estáveis. por
exemplo, o cromo (Z = 24), em vez de 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d4, apresenta como distribuição correta 1s2
2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d5, que é mais estável. O cobre (Z = 29), em vez de 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d9,
apresenta como distribuição correta 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d10, que é mais estável.

2 Classificação Periódica dos Elementos Químicos

2.1 – Introdução

Todas as tentativas de classificar os elementos químicos vieram da experiência e da observação,


antes de surgirem os conhecimentos de estrutura atômica.
Elementos com comportamentos químicos semelhantes eram agrupados em “séries” ou “famílias”.
A classificação dos cientistas Dimitri I. Mendeleyev e J. Lothar Meyer foi a mais bem sucedida e a
que maior importância ganhou. Eles ordenaram numa tabela os vários elementos conhecidos, com base
em suas propriedades físicas e químicas. Além de classificar os elementos, chegaram a prever a existência
de elementos ainda não descobertos, assim como grande parte de suas propriedades.

2.2 – A Lei Periódica

Elementos de propriedades semelhantes são colocados na mesma coluna vertical. Verificou-se que
muitas propriedades físicas e químicas dos elementos são funções periódicas de seus números atômicos.
Assim, as propriedades dos elementos dependem da carga nuclear e, portanto, da estrutura das camadas
eletrônicas do átomo neutro.

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Dizer que uma propriedade é periódica em função do número atômico significa que ela alcança
valores máximos e mínimos com o aumento do número atômico.

Algumas Propriedades Físicas e Químicas que Mantêm Curvas Periódicas em


Função do Número Atômico:

 Volume atômico;
 Energia de ionização;
 Coeficiente de dilatação;
 Energia de formação de compostos;
 Densidade;
 Ponto de fusão;
 Ponto de ebulição.

Dizemos que uma propriedade é aperiódica quando os valores que ela assume são sempre
crescentes ou decrescentes à medida que aumenta o número atômico.

Propriedades Aperiódicas em Função do Número Atômico:

 Massa atômica;
 Calor específico.

2.3 – A Tabela Periódica Atual

A tabela periódica atual é derivada da tabela de Mendeleyev, que só apresentava 63 elementos. O


modo usual de apresentar a tabela possui as seguintes convenções:

N ú m e r o A t ô m ic o

N ú m e r o d e E l é t r o n s
n a s C a m a d a s :
Z c a m a d a K
N o m e d o E le m e n to

K
L c a m a d a L
M c a m a d a M

E N
O
P
.
.
.
Q
S í m b o l Mo a d s so a A t ô m ic a
E l e m e n t o

M é d ia d a s M a s s a s A t ô m ic a s d o s
I s ó t o p o s d o E le m e n t o o u ( ) =
N ú m e r o d e M a s s a d o I s ó t o p o
M a is e s t á v e l

Na tabela periódica moderna, os elementos químicos estão dispostos segundo a ordem crescente
de seus números atômicos, em linhas horizontais chamadas PERÍODOS e colunas vertical chamadas
GRUPOS. Os grupos eram divididos em SUBGRUPOS A e B. Em 1990, a IUPAC publicou a
recomendação final para um novo sistema que não usa letras e os grupos passaram a sr enumerados com
algarismos arábicos de 1 a 18 (da esquerda para direita).
São conhecidos hoje 112 elementos químicos. Os últimos ainda não tiveram oficializados seus
nomes e símbolos.
Os elementos de número atômico maior que 92 são chamados transurânicos (que vêm depois do
urânio) e são todos artificiais, criados em laboratórios por meio de rações nucleares. Há um total de 89
elementos naturais, pois, além, dos transurânicos, são também artificiais os elementos Tc, Pm e At. Esses
três elementos são chamados cisurânicos.

9
112 Elementos Químicos
89 Elementos Naturais 23 Elementos Artificiais
3 Elementos Cisurânicos 20 Elementos Transurânicos

OBS.: Há notícias de que mais elementos foram recentemente criados, o que eleva o total para 118
elementos, porém ainda existem poucas informações a respeito destes elementos.

2.4 – Os Períodos

A tabela apresenta sete períodos, cada um corresponde a uma das camadas eletrônicas da
eletrosfera. Os elementos de um mesmo período têm o mesmo número de camadas eletrônicas, que é
igual ao número do período. Cada período inicia uma nova camada eletrônica.

2.5 – Os Grupos de Elementos

Observando a tabela periódica, nota-se que há dezoito colunas verticais, onde se agrupam
elementos de comportamento químico semelhante. Esse comportamento químico comum se deve à
semelhança que existe na camada externa (ou camada de valência) dos átomos dos elementos situados em
uma mesma coluna.

a) Os grupos de 1 a 7 subdividem-se em subgrupos (ou famílias) A e B. Algumas famílias recebem um


nome especial; outras recebem o nome do primeiro elemento da família.

Famílias Nomes Elementos


1 ou 1A Metais alcalinos Li, Na, K, Rb, Cs, Fr
2 ou 2A Metais alcalinos-terrosos Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra
13 ou 3A Família do boro B, Al, Ga, In, Tl
14 ou 4A Família do carbono C, Si, Ge, Sn, Pb
15 ou 5A Família do nitrogênio N, P, As, Sb, Bi
16 ou 6A Calcogênios O, S, Se, Te, Po
17 ou 7A Halogênios F, Cl, Br, I, At

b) A família 8B é formada por três colunas (8, 9 e 10):

Fe Co Ni
Ru Rh Pd
Os Ir Pt

c) O grupo 18 ou 0 (zero) é formado pelos gases nobres, que também se chamam gases raros. São eles:
hélio (He), neônio (Ne), argônio (Ar), kriptônio (Kr), xenônio (Xe), radônio (Rn). Até há pouco tempo,
esses elementos eram chamados de “gases inertes”, pois ainda não se conhecia nenhum composto de
gás nobre. Sua reatividade química era considerada nula, devido ao fato de apresentarem os subníveis
da última camada ns2 np6 totalmente preenchidos:

↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓
s2 p6

d) O elemento químico hidrogênio é único, e não se enquadra na família dos alcalinos (ou em nenhuma
outra), sendo aí localizado apenas por ter número atômico igual a 1. Alguns autores o localizam acima
do flúor, ao lado do hélio, ou então totalmente separado, fora do corpo da tabela.

e) Os elementos típicos são os elementos representativos e se localizam nas colunas A e 0 (zero).


Segundo a opinião de alguns autores, a coluna zero deveria chamar-se 8A. Realmente já se descobriu
que o grau de oxidação máxima dos gases nobres é +8, e isso justificaria a denominação. Por outro
lado não há nenhuma relação entre eles e os elementos de 8B. Na tabela original de Mendeleyev não
estavam os gases nobres, que não haviam sido descobertos ainda. Ao serem descobertos, foram

10
f) adicionados com o número zero devido à sua suposta reatividade nula. Conservaremos essa
denominação apenas por motivos históricos.

g) Os elementos das séries dos lantanídeos e actinídeos compõem os chamados elementos de transição
interna. Os outros elementos das colunas B são os chamados de transição simples.

Resumo:

De acordo com seu comportamento químico e físico, um elemento pode ser classificado em:
representativo, de transição simples e transição interna.
Representativos

Representativos

Transição Simples

Transição Interna

2.6 – Configuração Eletrônica nos Elementos Representativos

Observando as distribuições eletrônicas, notamos que todos os elementos da família 1A (metais


alcalinos) terminam em ns1, onde n é o número quântico principal, ou seja, o número do período. Todos têm
um elétron na última camada (chamada “camada de valência”).

 1 ou 1A - ns1 - Metais Alcalinos

11 Na1s2 2s2 2p6 3s1


Os metais alcalinos-terrosos apresentam dois elétrons na última camada, assim preenchendo o
subnível s.

 2 ou 2A - ns2 - Metais Alcalinos-terrosos

38 Sr [Kr] 5s2

Nos elementos que vão desde o subgrupo 3A até os gases nobres, o elétron de diferenciação
(último elétron distribuído) entra no subnível p da última camada, preenchendo assim, sucessivamente, os
orbitais disponíveis.

Grupo Elemento Z Configuração Subníveis da Última


Eletrônica Camada
13 ou3A Al 13 [Ne] 3s2 3p1 s2p1
14 ou 4A Si 14 [Ne] 3s2 3p2 s2p2
11
15 ou 5A P 15 [Ne] 3s2 3p3 s2p3
16 ou 6A S 16 [Ne] 3s2 3p4 s2p4
17 ou 7A Cl 17 [Ne] 3s2 3p5 s2p5
18 ou 0 Ar 18 [Ne] 3s2 3p6 s2p6

Elétron de Diferenciação

s2p1 s2p2 s2p3 s2p4 s2p5 s2p6

Nota-se que a configuração eletrônica da última camada (camada externa ou camada de valência) é
função periódica do número atômico. O número de elétrons da última camada coincide com o número do
grupo.

 17 ou 7A - ns2 np5 - Halogênios

 18 ou 0 - ns2 np6 - Gases Nobres

Resumo: Nos elementos representativos, o elétron de diferenciação está alojado em subnível s ou em


subnível p. Assim, teremos:

Grupos de Elementos Elétron na Camada Externa


1 ou 1A - Metais alcalinos ns1
2 ou 2A - Metais alcalinos-terrosos ns2
13 ou 3A - Família do boro ns2 np1
14 ou 4A - Família do carbono ns2 np2
15 ou 5A - Família do nitrogênio ns2 np3
16 ou 6A - Calcogênios ns2 np4
17 ou 7A - Halogênios ns2 np5
18 ou 0 - Gases Nobres ns2 np6

1 18
1s2
2 13 14 15 16 17
s1 s2 s2p1
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
s2p2

s2p3

s2p4

s2p5
s2p6

2.7 – Configuração Eletrônica nos Elementos de Transição

2.7.1 – Elementos de transição Simples

Esses elementos possuem um ou dois elétrons na última camada. Por outro lado, a distribuição de
seus elétrons envolve o subnível d da penúltima camada. O elétron de diferenciação, com algumas
exceções, aloja-se nesse subnível d.

Exemplos:

 Vanádio Z = 23 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d3

12
- Número de camadas = 4 ⇒ 40 período da tabela periódica ⇒ n = 4;
- Subnível de maior energia = 3d ⇒ elemento de transição simples;
- Somando o número de elétrons no subnível de maior energia (3d) com o número de elétrons no
subnível mais afastado (4s), obtemos cinco, o que localiza o vanádio no subgrupo 5B.

 Zircônio Z = 40 [Kr] 5s2 4d2

1)d9ns2 (n – 1)d8 ou ns1 (n –


1)d7ns2 (n – 1)d6 ou ns1 (n –

1)d8ns2 (n – 1)d7 ou ns1 (n –


- Número de camadas = 5 ⇒ 50 período da tabela periódica ⇒ n = 5;
- Subnível de maior energia = 4d ⇒ elemento de transição simples;
- 5s2 4d2 ⇒ 2 + 2 = 4 ⇒ subgrupo 4B.

A localização no subgrupo, dessa maneira, não vale para todos os elementos.

3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
ns1 (n – 1)d5ns2 (n – 1)d4 ou
ns2 (n – 1)d1

ns2 (n – 1)d2

ns2 (n – 1)d3

ns2 (n – 1)d5

ns1 (n – 1)d10

ns2 (n – 1)d10
*

* Elementos de transição interna

Observação:

Muitos autores não consideram elementos de transição aqueles que estão em 1B e 2B. Eles
definem como elementos de transição aquele que apresenta o subnível d incompleto, o que não ocorre em
1B e 2B. Nos elementos 1B (Cu, Ag e Au), em vez de ns2 (n – 1)d9, temos a configuração ns1 (n – 1)d10.
Assim, nos elementos de 2B (Zn, Cd e Hg) e elétron de diferenciação em ns2.

2.7.2 - Elementos de transição Interna

Geralmente apresentam o elétron de diferenciação alojando-se no subnível f da antepenúltima


camada. Lembramos que o subnível só se completa com catorze elétrons.

Exemplo:

 Európio Z = 63 [Xe] 6s2 4f7

- Subnível mais afastado: 6s ⇒ 6a camada ⇒ n = 6;


- Subnível de maior energia = 4f ⇒ 4a camada, que é a antepenúltima.

Quando o subnível mais energético é o f, o elemento pertence ao grupo 3B.

Podemos resumir de forma geral a distribuição eletrônica no seguinte esquema:

1 18

2 13 14 15 16 17
13
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

(n) s (n – 1) d (n) p

4f

5f

(n –2) f

2.8 – Raio Atômico

Propriedade periódica que refere-se ao tamanho dos átomos.


Raio atômico é a metade da distância internuclear nas moléculas ou cristais das substâncias
simples correspondentes.

Exemplo:
d = distância internuclear
Cl2
r = d/2 = raio atômico do cloro
d

Há duas forças simultâneas influenciando o raio atômico do elemento: a repulsão entre elétrons e a
atração núcleo-elétrons.
Num subgrupo ⇒ Quando aumenta o número atômico, aumenta o número de camada e aumenta o raio
atômico.
Num período ⇒ Nesse caso, prevalece a atração núcleo-elétrons, logo o átomo será menor, quanto maior
for o número atômico.

O elemento de maior raio atômico da tabela periódica é o frâncio (Fr).

2.9 – Energia de Ionização

É a energia necessária para retirar um elétron da camada mais externa do átomo de um elemento
químico no estado gasoso.
Essa propriedade periódica esta intimamente relacionada com o raio atômico. Quanto mais perto se
localiza o elétron periférico do núcleo, mais difícil se torna retirá-lo do átomo.

Quanto menor é o raio atômico de um elemento químico, maior a sua energia de ionização.
Existe a primeira, a segunda, a terceira etc, energia de ionização do átomo à medida que se retira o
primeiro, o segundo, o terceiro etc. elétron. À medida que cada elétron é retirado, aumenta a atração do
núcleo sobre os elétrons remanescentes. É necessária uma quantidade de energia maior para se retirar um
segundo elétron. A segunda energia de ionização é maior que a primeira, e assim por diante.

E1 < E2 < E3 < ... < En

À energia de ionização é medida em elétron-volt (eV). Um elétron-volt é a energia cinética adquirida


por um elétron quando acelerado pelo potencial 1 volt.

Exemplo:

14
Primeira Energia de Ionização
1A 3A 5A 0
20 período Li (5,39) B (8,29) N (14,53) He (24,58)
30 período Na (5,14) Al (5,98) P (10,48) Ne (21,56)

Segunda Energia de Ionização


1A 3A 5A 0
20 período Li (75,62) B (25,15) N (25,59) He (54,40)
30 período Na (47,29) Al (18,82) P (19,72) Ne (41,07)

Átomos que perdem elétrons são eletrizados positivamente e se chamam cátions.

Exemplo:
5,14 eV+ Na → Na+ + e-
a
1 energia de Átomo Cátion Elétron
ionização do Na Neutro de Na sódio

Genericamente, podemos representar o processo assim:

Energia de ionização + X → X+ + 1e-


Átomo Cátion Elétron
Neutro

O elemento de maior energia de ionização da tabela periódica é o hélio (He).

2.10 – Eletroafinidade

Essa propriedade periódica, também chamada afinidade eletrônica, é medida pela quantidade de
energia liberada por um átomo no estado gasoso ao receber um elétron na sua camada mais externa. Essa
energia mostra a força com que o núcleo do átomo atraí o elétron recebido.

Átomos que recebem elétrons são eletrizados negativamente, chamando-se ânions.

Exemplo:
Cl + e- → Cl- + 3,81 eV
Átomo Elétron Ânion eletroafinidade
Neutro de Cl
Genericamente, podemos representar o processo assim:

X + 1e- → X- + energia
Átomo Elétron Ânion eletroafinidade
Neutro

Tanto os ânions como os cátions são chamados de íons, que quer dizer “partículas eletrizadas”.
Nos grupos a eletroafinidade aumenta para cima. Nos períodos, ela aumenta da esquerda para
direita.

2.11 – Eletronegatividade

A energia de ionização e a eletroafinidade compõem uma propriedade muito importante chamada


eletronegatividade.
A eletronegatividade é a tendência que os átomos possuem de receber elétrons no seu nível mais
externo, na formação de uma ligação com outros átomos.

Exemplo: Cloro

 cloro tem:
- energia de ionização grande ⇒ grande quantidade de energia para retirar um elétron;
- eletroafinidade grande ⇒ maior tendência à atração núcleo-elétron livre
Assim concluímos que o cloro forma um ânion mais facilmente do que um cátion.

15
⇒ Tendência Não-metálica
A eletronegatividade é chamada caráter não-metálico porque é na região da tabela onde ela é maior
que se encontram os não-metais.

Exemplo: Sódio

 O sódio tem:
- energia de ionização pequena ⇒ pequena quantidade de energia para retirar um elétron;
- eletroafinidade pequena ⇒ menor atração núcleo-elétron livre.
Assim concluímos que o sódio forma um cátion mais facilmente do que um ânion.
⇒ Tendência Metálica
Em contraposição ao caráter não-metálico (eletronegatividade) está o caráter metálico. Sua
variação é inversa à da eletronegatividade (eletropositividade). O frâncio (Fr) é o elemento de maior caráter
metálico.

2.12 – Densidade Absoluta

A densidade de um corpo é a relação entre sua massa e seu volume:

densidade = massa/volume
d = m/V

As medidas das densidades dos elementos químicos, comparadas nas mesmas condições (estado
sólido a 200C), indicam uma variação periódica em função de sues números atômicos.
Os elementos mais densos de todos da tabela periódica são os ósmio (Os), o irídio (Ir) e a platina
(Pt).
Nos períodos, os elementos mais densos estão no centro da tabela. Nos grupos, a densidade
aumenta de cima para baixo.

2.13 – Volume Atômico

É o volume ocupado por um conjunto de átomos no estado sólido, mais exatamente por 6,02x1023
átomos do elemento. Perceba que o volume atômico não é o volume de um único átomo.
Num período, o volume atômico aumenta do centro para as extremidades. É fácil compreender que,
quanto maior densidade, menor será o volume ocupado por uma quantidade fixa de átomos.

Exemplo:

Potássio (K) d = 0,87 g/cm3 Vatômico = 46,0 cm3


Vanádio (V) d = 6,0 g/cm3 Vatômico = 8,0 cm3

Numa família, o volume atômico aumenta à medida que o número atômico cresce.

2.14 – Metais, Não-metais e Metalóides ou Semimetais

2.14.1 – Estado Físico

À pressão normal (1 atm) e à temperatura ambiente (250C), são:

- Líquidos: O bromo (Br) formando a subst6ancia simples Br2 (com ponto de fusão = -70C), e o mercúrio
(Hg), cujo ponto de fusão é –390C;
- Gases: O fluor (F), o cloro (Cl), o oxigênio (O), o nitrogênio (N) e o hidrogênio (H), todos formando
substâncias simples diatômicas (F2, Cl2, O2, N2 e H2), ao lado dos gases nobres, que são monoatômicos;
- Sólidos: Todos os demais elementos, que constituem a maioria dos elementos químicos conhecidos.

2.14.2 – Metais

Dos 107 elementos químicos conhecidos, 81 são metais. Suas propriedades físicas são:
16
- Boa condutividade térmica;
- Boa condutividade elétrica;
- Têm brilho metálico acinzentado (Au e Cu são de brilho amarelado);
- São maleáveis (maleabilidade: capacidade de formar chapas);
- São dúcteis (ductilidade: capacidade de formar fios);
- São todos sólidos, com exceção do mercúrio (Hg).

A principal propriedade química dos metais é a eletropositividade. Os metais, tendo energia de


ionização baixa, tendem a se converter em cátions.

2.14.3 – Não-metais
São eles:
C N O F no 20 período
P S Cl no 30 período
Se Br no 40 período
I no 50 período
At no 60 período

Esses elementos não são bom condutores de eletricidade (com exceção do carbono-grafite e do
selênio). Não têm brilho como os metais (com exceção do carbono-grafite, do carbono diamante e do iodo).
São eletronegativos, com tendência a converter em ânions.

2.14.4 – Metalóides ou Semimetais

Apresentam propriedades intermediárias entre os metais e os não-metais. Dentre eles, o germânio


era muito utilizado na fabricação de transistores; hoje se prefere utilizar i silício, de alto valor comercial,
também usado na fabricação de chips para computadores.

17
NÚMERO DE OXIDAÇÃO

Número de oxidação (nox) é um número associado à carga de um elemento numa molécula ou


num íon.

O nox de um elemento sob forma de um íon monoatômico é igual à carga desse íon, portanto é igual à
eletrovalência do elemento nesse íon. O nox de um elemento numa molécula e num íon composto é a carga
que teria o átomo desse elemento supondo que os elétrons das ligações covalentes e dativas se
transferissem totalmente do átomo menos eletronegativo para o mais eletronegativo, como se fosse uma
ligação iônica.

Elementos com nox fixo em seus compostos

metais alcalinos (+1)

metais alcalino-terroso (+2)

alumínio (+3)

prata (+1)

zinco (+2)

Enxofre em monossulfetos (-2)

Halogênios (-1)

Hidrogênio (+1) exceto nos hidretos que é (-1)

Oxigênio (-2)

Oxigênio nos Peróxidos (-1)

Oxigênio nos superóxidos (-0,5)

Oxigênio nos Fluoretos (+1 ou +2)

O oxigênio é o mais eletronegativo de todos os elementos, exceto o flúor. O oxigênio tem nox
negativo em todos os seus compostos, exceto quando ligado ao flúor. Na grande maioria de seus
compostos, o oxigênio tem nox = -2. Nos peróxidos (grupo -O-O-) o oxigênio tem nox = -1 e nos superóxidos
tem nox= -0,5.

O hidrogênio é menos eletronegativo que todos os não-metais e semimetais; por isso, quando
ligado a esses elementos, tem nox positivo e sempre igual a +1. O hidrogênio é mais eletronegativo que os
metais; por isso, quando ligado a esses elementos, tem nox negativo e sempre igual a -1.

A soma dos nox de todos os átomos de:

18
• Uma molécula é igual a zero.

• Um íon composto é igual à carga do íon.

O nox de qualquer elemento sob forma de substância simples é igual a zero. O nox máximo de um

elemento é igual ao número do grupo onde está o elemento na Tabela Periódica, com exceção dos

elementos do Grupo VIII B.

O nox mínimo é igual a (número do grupo - 8),no caso de o elemento ser um não-metal ou um

semimetal.

Nox e valência - O nox de um elemento na forma de um íon monoatômico é igual à sua eletrovalência. O
nox de um elemento na forma de molécula ou de íon composto não é obrigatoriamente igual à sua valência.
A valência, nesses casos, é dada pelo número de ligações covalentes e dativas. Cada ligação covalente
conta como uma unidade de valência, e cada ligação dativa, como duas unidades de valência.

Lista de Exercícios de Estrutura Atômica

1. Quais são os números atômicos, de massas (ou massa atômica), de prótons, de nêutrons e de
elétrons de um átomo dos elementos a seguir em seu estado normal?

a) 1939K; b) 2555Mn; c) 2759Co, d) 53127I; e) 1632S

2. Um átomo possui 19 prótons, 20 nêutrons e 19 elétrons. Observe os átomos abaixo e


identifique de quem este átomo é isóbaro, isótopo ou isótono.

a) 1922A; b) 1838B; c) 2039C

3. Considere os elementos abaixo e responda: Quais são isóbaros, isótopos ou isótonos.

a) 816O; b) 1940K; c) 1840Ar, d) 817O; e) 1737Cl; f) 818O; g) 2040Ca

4. São dadas as seguintes informações relativas aos átomos X, Y e Z:

• X é isóbaro de Y e isótono de Z.
• Y tem número atômico 56, número de massa 137 e é isótopo de Z.
• O número de massa de Z é 138.

Responda:

a) Os números de massa, atômico e de nêutrons de X.


b) Os números de nêutrons de Y.
c) Os números atômicos e de nêutrons de Z.

5. Um átomo possui, numa camada, os subníveis s, p e d com o máximo de elétrons. Quantos


elétrons estão nessa camada, supondo que apenas os subníveis s, p e d estejam presentes?

6. O último elétron de um átomo neutro apresenta o seguinte conjunto de números quânticos:


n = 4; l =1; m = -1; S = + ½
Considerando que o primeiro elétron a ocupar um orbital possui o número quântico de spin igual a
– ½. Calcule o número atômico desse átomo.

7. Coloque em ordem crescente de energia os subníveis eletrônicos:


19
a) 4d, 4f, 5p, 6s
b) 4s, 3d, 4p, 3p

8. Mostre a distribuição eletrônica para os elétrons abaixo e identifique os conjuntos de números


quânticos do elétron mais energético (último).

a) Fe (Z = 26)
b) S (Z = 16)
c) Cu (Z = 29)
d) As (Z = 33)

1) Os implantes dentários estão mais seguros no Brasil e já atendem às normas internacionais de


qualidade. O grande salto de qualidade aconteceu no processo de confecção dos parafusos e
pinos de titânio que compõem as próteses. Feitas com ligas de titânio, essas próteses são usadas
para fixar coroas dentárias, aparelhos ortodônticos e dentaduras nos ossos da mandíbula e do
maxilar. Considerando que o número atômico do titânio é 22, sua configuração eletrônica será:

a) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3. c) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2. e) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6.
b) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5. d) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d2.

2)Um elemento cujo átomo possui 20 nêutrons apresenta distribuição eletrônica no estado
fundamental 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1, tem:

a) Número atômico 20 e número de massa 39. d) Número atômico 19 e número de massa 39.
b) Número atômico 39 e número de massa 20. e) Número atômico 39 e número de massa 19.
c) Número atômico 19 e número de massa 20.

3) O cloreto de sódio (NaCl) representa papel importante na fisiologia da pessoa, pois atua como
gerador do ácido clorídrico no estômago. Com relação ao elemento químico cloro (Z = 17), o
número de elétrons no subnível “p” é:

a) 8. b) 12. c) 11. d) 10. e) 6.

4) A configuração eletrônica do elemento químico de número 21 é:

a) 2, 8, 9, 2. b) 2, 8, 8, 3. c) 2, 8, 10, 1. d) 2, 18, 1. e) 2, 8, 7, 4.

5) Considere as afirmações abaixo. I) Em um subnível “d” há 7 orbitais. II) Em um subnível “p” há


3 orbitais. III) Em um orbital “s” cabem dois elétrons. IV) Em um orbital “p” cabem 6 elétrons.
Quanto a tais afirmações:

a) Apenas a II é correta. d) Apenas a II, a III e a IV são corretas.


b) Apenas a I e a II são corretas. e) Todas são corretas.
c) Apenas a II e a III são corretas.

6) O íon monoatômico A2– apresenta configuração eletrônica 3s23p6 para o nível mais externo. O
número atômico do A é igual a:

a) 8. b) 10. c) 14. d) 16. e) 18.

7) Considerando a configuração eletrônica do oxigênio (Z = 8), no seu estado fundamental,


podemos afirmar que os números quânticos principal, secundário, magnético e spin do último
elétron da camada de valência desse átomo são, respectivamente:

20
a) 1, 0, 0, – 1/2. c) 1, 0, 0, +1/2. e) 2, 1, – 1, +1/2.
b) 1, 1, +1, +1/2. d) 2, 1, – 1, – 1/2.

8) A química se interessa particularmente pelo estudo da eletrosfera atômica porque a


distribuição eletrônica permite prever o comportamento químico dos átomos, já que são os
elétrons que podem se movimentar entre eles ou fazer sua união. A distribuição eletrônica correta
para o cátion bivalente do elemento químico magnésio (Z = 12) é:

a) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2. c) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5. e) 1s2 2s2 2p6.
b) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6. d) 1s2 2s2 2p6 3s2.

9) A pedra imã natural é a magnetita (Fe3O4). O metal ferro pode ser representado por 26Fe56 e seu
átomo apresenta a seguinte distribuição eletrônica por níveis:

a) 2, 8, 16. b) 2, 8, 8, 8. c) 2, 8, 10, 6. d) 2, 8, 14, 2. e) 2, 8, 18, 18, 10.

10) A corrosão de materiais de ferro envolve a transformação de átomos do metal em íons (ferroso ou
férrico). Quantos elétrons há no terceiro nível energético do átomo neutro de ferro?

a) 2. b) 6. c) 14. d) 16. e) 18.

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