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RESUMO
“Religião é uma instituição social como muitas outras. Ela não existe apenas na
nossa civilização ocidental, ela existe em quase todas as civilizações, desde as mais
complexas (como a nossa) como as menos complexas (como as ditas "primitivas" ou
"selvagens" – observe que esses termos preconceituosos foram utilizados
primeiramente pela igreja)”.
1. INTRODUÇÃO
Religião nasceu com os mitos criados pelos homens, pois antes de "nascer" um
conhecimento científico, esses mesmos homens precisavam explicar os mistérios que os
rodeavam, como o nascimento, a morte, o dia, a noite, etc. Para poderem explicar esses
mistérios surgem os mitos, os deuses... Desses, surgem aqueles que detinham o poder de
transmitir essas histórias, receber chamados dos deuses, conhecer a verdade – são eles
os Sacerdotes; os detentores das verdades daquele povo. E daí, com o surgimento desses
sacerdotes é que nascem as religiões, seitas ou qualquer outro nome que se dê.
Daí, vemos que a religião é uma intuição criada pela mente curiosa do ser
humano, e como toda instituição, ela também faz parte do patrimônio cultural de uma
sociedade. Não nego então, que religião faz parte da cultura e que em determinadas
épocas ou em determinadas sociedades, elas foram ou são extremamente importante.
Mas o que fica no ar (e que tentarei descê-lo para o chão), é que: Será que a
religião é importante numa sociedade complexa, onde a razão é extremamente
necessária?
Ora, numa sociedade indígena, por exemplo, a religião ou a sua mística (como
alguns preferem que a chamem assim) é importante para se traçar hierarquias, o grau de
parentesco, as relações sociais o tipo de alimentação, entre muitas outras coisas. E o
mais importante, é que nessas sociedades não existe uma ciência, ou melhor, um
pensamento científico para organizarem sua sociedade, portanto a religião cabe-lhes
para a organização social.
Numa sociedade como a nossa é possível vivermos sem acreditar que Deus é
brasileiro, ou que Nossa Senhora vai nos ajudar a ganhar a Copa do Mundo. Portanto,
para organizarmos nossa sociedade não precisamos do místico, pois temos a capacidade
de pensarmos sem eles e organizarmo-nos racionalmente.
E a religião na nossa sociedade como cultura? Bem, ela não deixa de ser
considerada Cultura, porém, a religião nesse caso, observando nossa realidade, é uma
cultura "Canibal", ou seja, tem a capacidade de devorar outras culturas – é o que
chamam de aculturação. Bem, se existem pessoas que crêem que outras culturas devem
ser submetidas à dele, essa pessoa é etnocentrista, um sentimento semelhante ao que
acontece nos sistemas fascistas e em muitos ideais religiosos.
2. CONCEITO
c) A instituição religião seria o meio pelo qual o homem se ajusta ao seu meio
sobrenatural. O ambiente sobrenatural é obviamente imaginário; entretanto, para os dois
autores, o homem, uma vez que incorreu nessa crença de um mundo de espírito e seres
super humanos, tem a necessidade de a ele se ajustar, da mesma maneira que o faz com
os outros dois ambientes.
Teoria animista (alma). Spencer e Tylor explicaram a origem das religiões por
intermédio da crença do homem "primitivo" na existência de um outro "eu", com
propriedades espirituais, que seria a alma, dotada de poderes superiores ao homem. Esta
crença era baseada na experiência de formas imateriais, surgida em sonhos, ou na
diferença entre um homem vivo e seu cadáver. A morte ocorre quando a alma deixa o
corpo e volta ao seu lugar de origem, onde residem todos os espíritos dos antepassados.
Estes espíritos desencarnados podiam entrar no corpo dos vivos , aumentando-lhes a
força e a vitalidade, ou provocando doenças e males.
Tal evolução não é difícil de seguir, pois aparece muito claramente na História
Greco-romana. Entre os helenos, as constituições pioneiras de Draco, Licurgo, Sólon e
outras não atacam deuses, e mesmo a eles podem referir-se com grande respeito. seus
dispositivos, porém, são inspirados em situações objetivas e em interpretações da
realidade político-social praticamente isentas de preconceitos místicos. Pouco depois,
aliás, acentuam-se, na Grécia, movimentos de emancipação da ciência e multiplicam-se
os estudos que, prescindindo da religião (sem, todavia, negá-la), conduzem à ciência
propriamente dita. É verdade que, entre os intelectuais, não tardam a frutificar as
dúvidas quanto ao sobrenatural. Neste particular, julgamos oportuno lembrar as hábeis
concessões de Hipócrates ao misticismo, ao qual, realmente, ele opõe a medicina
baseada na observação sistemática, isto é, na preocupação de objetividade. Obedecendo
a atitudes idênticas, emergiram, entre os helenos da mesma época, as teorias não mística
de política, precursoras das Ciências Sociais. As religiões continuaram a influir na vida
social, mas, pelo menos no Ocidente, iam perdendo terreno, excetuando-se, até certo
ponto, os primeiros séculos da Idade Média. Hoje, o misticismo ainda concorre, direta
ou indiretamente, para a diretrizes a que obedecem as relações humanas. Mas o seu
papel, nas sociedades contemporâneas predominantes, nem de longe se comparar, em
importância, ao que desempenhava e desempenha nos grupos "primitivos".
Tem sido uma das características da religião ocidental o fato de seus líderes —
santos e fundadores de ordens monásticas, reformadores, profetas populares e os
artesãos evangelistas — democratizarem e reativarem o Cristianismo. As tendências
para um intelectualismo aristocrático por parte dos eruditos, muitas vezes foi sufocadas
e, em virtude disso, o Cristianismo, através de inúmeras transigências e concessões,
penetrou na vida diária das massas, em sociedades diversas. Este é um dos objetivos dos
profetas emissários do Cristianismo que, como ativistas, procuraram transformar o
mundo.
Nas cidades grandes, onde a Igreja Católica controla a maioria dos votos, a
"separação oficial entre o Estado e a Igreja" existe, de certo modo no nível municipal.
Os subsídios diretos ou indiretos são distribuídos sob diversos títulos. Nos Estados
Unidos, o Catolicismo foi, a princípio, uma religião de imigrantes plebeus descendentes
de irlandeses, alemães, italianos e polacos. Durante as últimas décadas, entretanto,
incorporaram-se às suas fileiras elementos de instrução e grandes posses, que exercem
enormes influências nas decisões políticas, internas e externas. O acordo entre o Partido
Democrata, o clero católico e os sindicatos, sob a presidência de Franklin Roosevelt, é
uma coalizão política bem conhecida. Diante dos ataques, a Igreja Católica reclama para
si, naturalmente, os direitos e as liberdades democráticas; porém quando representa a
grande maioria da população, não concederá às minorias protestantes o direito ao
proselitismo. As lutas e tensões na Itália, na Espanha e na Colômbia, constituem
exemplos recentes deste fato. Na França, por duas vezes, a Igreja Católica, foi separada
do Estado: primeiro, durante a Revolução Francesa, e depois sob a coalizão de
Millerand entre socialistas e burgueses liberais, em 1904-05. No governo Petain, o
poder da Igreja foi estabelecido, medida esta honrada pelos governos de após-guerra.
"A religião Cristã tem sido reprovada e exaltada por sua compatibilidade com os
mais variados costumes, personalidade e instituições. Nasceu na corrupção do Estado
Romano; tornou-se dominante quando da agonia de seu declínio, e é difícil entendermos
como o Cristianismo suportou esse queda. Pelo contrário, a queda de Roma expandiu o
âmbito do domínio Cristão, aparecendo na mesma época como a religião dos bárbaros,
totalmente ignorantes e selvagens, mas completamente livres, e também dos romanos e
gregos que nessa época eram supercivilizados, subservientes e imersos nos subterrâneos
do vício. Foi a religião dos Estados italianos, no período mais refinado de sua licenciosa
liberdade, na Idade Média; das sóbrias e livres repúblicas suiças; das monarquias mais
ou menos moderadas da Europa moderna; igualmente dos servos mais oprimidos e dos
seus senhores que freqüentavam uma só Igreja. Guiados pela Cruz, os espanhóis
assassinaram gerações inteiras na América, pela conquista da Índia, os ingleses
cantavam ações de graça cristãs. O Cristianismo foi a fonte dos mais notáveis
movimentos das artes plásticas, e deu origem ao grande edifício da ciência. Ainda em
sua honra, as belas artes foram banidas e o desenvolvimento da ciência foi considerado
uma heresia. Em todos os climas, a árvore da Cruz cresceu, criou raízes e frutificou.
Cada alegria na vida tem sido ligada a esta fé, ao mesmo tempo em que a mais
miserável tristeza nele tem encontrado seu alimento e a sua justificação".
Nenhuma ciência, nem se quer empírica, pode iniciar seu trabalho sem ter antes de
tudo delimitado o campo da sua observação científica ou – o que diz a mesma coisa –
sem ter dado uma definição ao menos provisória, nominal do fenômeno por ser
estudado. Assim, também a organização dos estudos sociológicos sobre a religião está
condicionada pela necessidade primordial de procurar estabelecer quais fenômenos
devem ser considerados como religiosos, isto é, traçar uma linha de demarcação
preliminar entre fenômenos religiosos e não religiosos, o que, porém, não se dá sem
uma definição histórica, objetiva e nominal da religião em si. Convém salientar, neste
lugar, a importante diferença que distingue a definição preliminar de religião da
determinação do fato social religioso, que é um dos objetos principais da sociologia. Até
aqueles sociólogos que não querem discutir a tese, segundo a qual a sociedade seria o
valor supremo ou a fonte primária dos valores, sustentam que é na vida e pela vida em
sociedade que os valores humanos se determinam. "A sociedade não é a fonte dos
valores; é a fonte da emergência dos valores e da sua chegada à consciência."
Não há dúvida a cerca do caráter não religioso da magia, porque essa, ao menos na
época histórica, aparece em relação não com Deus ou com deuses superiores, mas com
poderes sub alternos e, por isso, produz no homem não o reconhecimento da sua
dependência, muito pelo contrário, o induz a aproveitar essas forças difusas e ocultas
para diversas manipulações, no sentido de assegurar o seu destino temporal e eterno.
Essa distinção da magia e religião ficou reconhecida aliás, também, pela escola
sociológica francesa. De outro lado, porém, vale a pena lembrar o que Paul Schebesta
escreve: "Realmente, ninguém argumentou contra o dinamismo(magismo) com tanta
erudição e perspicácia como W. Schmidt pelo que ele podia corrigir em certas teorias
falsas. Ele incontestavelmente tem razão quando recusa aceitar a magia como a origem
da religião; entretanto, se deve reconhecer aos teoréticos da magia, que a crença na
nessa estende-se até as raízes da humanidade ou, como nota com muito acerto Sidnei –
Hartland, que a magia e a religião são dois lados de uma medalha. Os fatos etnológicos
mostram que a crença na magia existe já entre os povos mais antigos , embora a
importância dela seja variada. Por tanto achamos que a magia, fenômeno por excelência
areligioso, mas que acompanha muitas vezes a religião dos primitivos, não pode ser
negligenciada por aqueles que pretendem instituir um inquérito completo sobre todas as
religiões. Em todo caso, o professor Gabriel le Bras sugerindo seu plano geral para um
inquérito sobre os sistemas religiosos, na categoria de "forças", distingue forças
"pessoais" como Deus, divindades, gênios e "difusas": no ar, na terra, um mundo animal
e vegetal e na categoria de "contratos" indica, no primeiro lugar um estudo sobre a
"exploração do oculto(magia)." Muitas vezes um lado da medalha pode esclarecer
aspectos menos claros da significação do outro.
Esta nossa opinião vale ainda mais no que diz respeito ao budismo original. Neste
contexto vale a pena lembrar que a posição das ciências religiosas, relativa à forma
original do budismo na nossa época, não é mais tão clara e unânime como tinha sido
anteriormente, no sentido de recusar aceita-la como religião por faltar nela a noção de
Deus. W. Koppers e C. Regamey, por exemplo representam a opinião segundo a qual
seria necessária certa reabilitação do budismo original e mais aprofundada análise das
inscrições do tempo de Rei Asoka (séc.II a.C.), o que poderia provar que as concepções
carentes sobre a doutrina de Buda ficavam alteradas e desfiguradas pelo bramismo-
hinduísmo. Regamey não acha improvável que o budismo original tenha conhecido uma
espécie de crença num deus superior. Entretanto, mesmo se o budismo original não
tivesse passado de uma simples terapêutica mental seria interessantíssimo submetê-lo a
uma análise sociológica, porque fatores sócio-religiosos da sociedade indiana e chinesa
contribuíram para a sua transformação no sentido de um politeísmo sincretista. Este
também é o caso das assim chamadas "Ersatreligions" substitutivos da religião ou
religiões análogas que – como o mesmo nome indica – não podem ser consideradas a
rigor religião; mesmo assim, são capazes de mobilizar as forças religiosas, individuais e
sociais do homem, justamente porque aparecem em formas individuais e sociais,
análogas às da religião. Uma vez que não podemos excluir a hipótese de que a
sociedade, quer primitiva, quer mais civilizada,seja capaz de desvirtuar o fenômeno
social da religião o conteúdo propriamente religioso, tomado a rigor (animismo,
totemismo) e revestir de formas analogicamente religiosas idéias filosóficas e sociais, a
definição nominal e provisória da religião, que tem de servir de base aos estudos
sociológicos sobre a mesma, deve ser bastante larga e elástica. Tais estudos sociológicos
iluminam a estrutura e a vitalidade de cada religião, formadas parcialmente em função
da sociedade, explicando através das formas também analógicas da religião as causas
sociais das desfigurações estruturais e vitais do fenômeno religioso. De outro lado,
temos a forte convicção de que os trabalhos sociológicos iniciados, tendo como base
uma definição nominal e provisória larga, contribuirão para a definição real, discernindo
o elemento humano, psicológico e social do divino, do sagrado, no sentido de uma
potência verdadeiramente sobrehumana e pessoal. Portanto, se não quisermos
abandonar a definição por normas metafísicas, que poderia otimamente servir de base
para os estudos sociológicos sobre a religião, devemos aplica-la com certa elasticidade,
para a qual encontramos pontos de indicação nela.
6.CONCLUSÃO.
1. http://ceticoslivresateus.forumeiros.com/a-influencia-das-religioes-na-
sociedade-f1/
2. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-
85872009000200009&script=sci_arttext
3 http://sociologando.wordpress.com/2008/06/04/religiao-e-sociedade/
4 www.renascebrasil.com.br/f_religiao.htm
5 http://www3.mackenzie.br/editora/index.php/cr