Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
condição propícia ao aparecimento de insuficiência cardíaca aumenta o tempo operatório, a morbidade e a mortalidade
2,14,24
congestiva, e sempre deve ser avaliado o grau de compro- .
metimento cardíaco, anteriormente à cirurgia 20 . As disrit- Sabendo-se que as doenças vasculares periféricas e do en-
mias também são mais freqüentes no idoso (tanto pelo maior céfalo estão aumentadas com o avanço da idade, alguns au-
grau de insuficiência coronariana, quanto por alterações es- tores têm advogado (mesmo na ausência de sinais e de sinto-
truturais), e devem estar bem controladas anteriormente à ci- mas) que os pacientes idosos, rotineiramente, deveriam ser
rurgia 20 . submetidos ao exame Doppler de carótidas 2 .
A auto-regulação do fluxo sangüíneo encefálico poderá tam- Embora a maioria dos escores de gravidade para UTI geral
bém estar comprometida com o envelhecimento 12,21,22 . No tenha tido um implemento de 2 ou 3 gerações (p. ex.: Apache
jovem, o leito vascular encefálico normal responde à pressão II, Apache III; MPM I, MPM II etc.), eles ainda não são ade-
arterial, tensão de O 2 , tensão de CO 2 e ao metabolismo ence- quados para orientar prognóstico em pacientes de cirurgia
fálico. Nos idosos estas respostas estão diminuídas. Além cardíaca. Todos os pacientes de cirurgia cardíaca foram ex-
disto, há outros efeitos adversos de longo tempo, que atuam cluídos do MPM modelos I e II e do SAPS II. Também os paci-
na auto-regulação, como a hipertensão arterial descontrola- entes submetidos à revascularização do miocárdio foram ex-
da, a disfunção cardíaca e o tabagismo. Estas condições, as- cluídos do Apache III. Um índice que pode ser utilizado, prin-
sociadas ao envelhecimento, têm um impacto importante no cipalmente em pacientes idosos, é o escore desenvolvido
sistema vascular encefálico 21 . pelo Northern New England Cardiovascular Disease Study
A função pulmonar deteriora com o avanço da idade, e esta Group (Tabelas I e II), que estima no pré-operatório o risco de
deterioração poderá ser mais exacerbada em pacientes com mortalidade, acidente vascular encefálico e mediastinite nos
história de tabagismo, bronquite crônica e enfisema. A alte- pacientes submetidos à revascularização do miocárdio.
ração primária nos pulmões de uma pessoa saudável devido Através dos dados obtidos na tabela I, observa-se a porcen-
à idade é a perda gradual da retração elástica, diminuindo o tagem de risco na tabela II 25 .
fluxo expiratório e aumentando a ineficiência das áreas de
ventilação e perfusão 2,23 .
recuperação de temperatura. Há alteração dos principais de co-morbidades como pelo uso de medicações. Os diuréti-
mecanismos de conservação de temperatura, como diminui- cos, oferta volêmica aumentada no intra e no pós-operatório
ção de tecido subcutâneo e perda do mecanismo de vaso- favorecem a instalação de desequilíbrios iônicos no idoso,
constrição periférica. Em resposta ao frio o hipotálamo esti- se não houver um acompanhamento rigoroso. A piora da fun-
mulará o sistema nervoso simpático para liberação de cate- ção renal, com a diminuição da capacidade de concentração
colaminas, aumentando a freqüência cardíaca, o débito car- da urina, pode trazer disfunção na regulação de vasopressi-
díaco e a pressão arterial. O estímulo do trato extrapiramidal na, de neurotransmissores, e alterações de opióides endó-
aumenta o tônus muscular produzindo contração ritmada da genos que podem ter um importante papel na regulação da
musculatura (tremor), com aumento no consumo de oxigê- volemia 2,4,18,26,32 .
nio, desnecessário e problemático nos idosos 26,30 . A recuperação lenta do ato cirúrgico deve ser respeitada,
Finalmente, apesar da moderna proteção miocárdica in- pela diminuição da eliminação de drogas anestésicas. A ex-
tra-operatória e melhoria das técnicas cirúrgicas, algum grau tubação traqueal deve ser feita com maior cautela, após veri-
de isquemia uniforme pode ocorrer durante a cirurgia. Os ca- ficarem-se as condições de consciência, ventilação e estabi-
sos de infarto agudo do miocárdio variam de 5% a 15% dos lidade hemodinâmica e se os exames subsidiários não modi-
pacientes submetidos à revascularização, mesmo com uma ficaram a conduta 3,4 .
perfeita proteção, intercorrências cirúrgicas (como fístulas
anastomóticas), ou não cirúrgicas (como placas e aneuris- Exames Subsidiários
mas em artérias cardíacas) podem causá-lo 4 .
Os exames subsidiários deverão seguir a rotina de solicita-
MANUSEIO PÓS-OPERATÓRIO ção do serviço, observando algumas alterações persisten-
tes nos pacientes idosos. Modificações na rotina normal de
Chegada à Unidade de Terapia Intensiva atendimento podem levar falha na solicitação de exames
fundamentais. Entretanto, dependendo da história pregres-
Na chegada do paciente idoso à UTI, devem ser cumpridos sa do paciente, poderão ser solicitados exames específicos
os mesmos critérios utilizados na internação de outros paci- conforme a necessidade 29 .
entes adultos de cirurgia cardíaca, que não leve a uma altera- À beira do leito, geralmente são realizados, de rotina, os exa-
ção na rotina e que não provoque equívocos. Estabelecer um mes de radiografia torácica, eletrocardiograma e ecocardio-
plano de cuidados intensivos para o pós-operatório de cirur- grama pós-operatórios. Estes são de grande valia no idoso,
gia cardíaca irá resultar em ótima utilização de recursos da pois trarão informações importantes como comprometimen-
unidade, em efetividade de atenção e diminuição do tempo to cardíaco e pulmonar, posicionamento de drenos e do cate-
nos cuidados em relação ao paciente idoso. A intenção é me- ter de Swan-Ganz, e mostrarão a evolução do paciente na
lhorar a relação custo-benefício e maximizar a qualidade do chegada à UTI e nos dias posteriores 26,31 .
atendimento na UTI 2,29 . A série vermelha do hemograma geralmente cursa com dimi-
Os exames auxiliares solicitados também devem seguir um nuição de hematócrito, que pode ser pequena ou significati-
padrão, estabelecido pelo serviço, a não ser que o paciente va. No caso de alterações pequenas (hemoglobina até 10
apresente uma afecção que deva ser mais investigada. Os mg/dl), pode-se esperar a regularização dentro de algumas
dados do pré e intra-operatório devem ser discutidos com o semanas. A recuperação de hemácias é demorada no idoso
intensivista, de modo que ele esteja preparado para enfren- pelo comprometimento do sistema hematopoiético em res-
tar as situações que levem risco ao paciente. Resultados de posta ao estresse, e pela diminuição da eritropoetina. Gran-
exames laboratoriais anteriores são de grande valia para des diminuições de hematócrito provavelmente necessita-
mostrar como o paciente evoluiu no intra-operatório, auxili- rão de correções externas com concentrado de glóbulos. O
ando o manuseio na UTI. As medicações que o paciente utili- leucograma também poderá cursar com leucopenia (por dilui-
zava rotineiramente antes da cirurgia devem ser avaliadas, ção), normal ou com leucocitose devido às alterações imuno-
de modo que sejam reintroduzidas já no pós-operatório ime- lógicas da CEC. Há demora ao retorno das atividades normais
diato, ou não 29,31 . do sistema imunológico, o que deixa o paciente propenso a
Uma das principais preocupações iniciais é com o estado vo- infecções. O nível de plaquetas deverá está normal ou dimi-
lêmico do idoso, que deve ser muito bem acompanhado. O nuído, mas a função plaquetária pode estar comprometida.
paciente na maioria das vezes está hipervolêmico. Esta hi- Esta análise deverá ser feita juntamente com o coagulogra-
pervolemia pode ser real ou relativa (por diminuição de com- ma e a coagulopatia corrigida, se presente 3,29,33 .
placência cardíaca com aumento das pressões de enchi- Em relação ao balanço hidroeletrolítico, pequenas varia-
mento do coração). No idoso, os sistemas vasculares de ções em relação à faixa de normalidade já representam alte-
complacência não toleram cargas excessivas de volume, ou rações significativas na homeostase normal. Por isto, deve
há diminuição crônica da função renal, o que leva a uma so- haver rigor na manutenção dos eletrólitos dentro da faixa de
brecarga volêmica vascular. Os fluidos orgânicos podem ex- normalidade 32 .
travasar, ocorrendo derrames. Há também o risco do pacien- A gasometria arterial poderá cursar com um pH menor que o
te idoso desenvolver distúrbios hidroeletrolíticos, com mais normal e com uma pequena acidose. Freqüentemente, o pa-
freqüência do que os pacientes jovens, tanto pela presença ciente idoso tem alterações de trocas pulmonares, o que sig-
nifica, níveis um pouco mais baixos de PaO 2 e uma pequena propiciando um período maior de internação e tratamentos
elevação de PaCO 2 , o que não deve comprometer a evolu- indevidos 21 .
ção da extubação traqueal. Já grandes alterações devem se Neuropatias em extremidades superiores também podem
controladas, mantendo-se a ventilação assistida e com soli- acontecer após a cirurgia. Como ocorrem predominante-
citação de gasometrias com maior freqüência 23,26 . mente em regiões inervadas pelos nervos ulnar e cutâneo
Enzimas marcadoras de lesão cardíaca também são impor- medial do antebraço, sugerem que as lesões são provoca-
tantes para a avaliação da evolução pós-operatória e para o das por compressão ou tração do plexo braquial. A média de
diagnóstico de infarto agudo do miocárdio, no paciente ido- duração dos sintomas é de dois meses após a lesão, mas al-
so. Há a liberação de creatino-fosfoquinase fração MB guns pacientes têm um tempo de recuperação mais lento,
(CKMB), devido à isquemia que ocorre no período de CEC, que pode se prolongar por seis a doze meses. Medidas fisio-
bem como durante as incisões aórtica e miocárdica (p.ex.: terápicas ajudam muito na resolução destes quadros ou,
canulação da cava pelo átrio direito). O diagnóstico de IAM pelo menos, controlam a situação dos pacientes com com-
não deverá ser feito até que os níveis de CKMB estejam signi- prometimento menor 2,5 .
ficativamente elevados (isto é, maior que 30 unidades/litro). Sintomas visuais podem aparecer devido à embolia de reti-
A dosagem de troponina é um exame recente que leva a uma na, infarto do lobo occipital ou por neuropatia óptica isquêmi-
detecção precoce do infarto agudo do miocárdio 35 . ca anterior. Como alterações oftalmológicas também são
muito freqüentes na população idosa, faz-se necessária a
exclusão de afecções oculares 2,5 .
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS
COMPLICAÇÕES PULMONARES
Complicações neurológicas após uma cirurgia cardíaca cos-
tumam ser mais comuns no idoso que na população em ge- No período pós-operatório fica difícil estabelecer o motivo da
ral. Tanto alterações na parte cognitiva (perda de memória perda de função respiratória no idoso. Além da perda funcio-
recente, perda da concentração), ou psicológica (depres- nal da idade, outros fatores pré-operatórios podem contribuir
são, aumento da sensação de dependência) aparecem pre- para o prejuízo da função pulmonar, como o fumo, doenças
cocemente após a cirurgia. Uma atitude positiva e de apoio pulmonares obstrutivas e exposição ambiental a poluentes.
por parte de equipe médica e a orientação familiar ajudam a O drive respiratório e a função dos músculos respiratórios es-
diminuir esses problemas. Geralmente, esses transtornos tão deprimidos no pós-operatório pela combinação dos efei-
resolvem-se de 4 a 6 semanas, mas infelizmente, há casos tos farmacológicos e desarranjo da parede torácica. Pacien-
onde ocorre deterioração da função neuropsicológica no de- tes com doenças pulmonares preexistentes podem ter uma
correr dos 6 meses seguintes 3,12,21 . profunda depressão da função respiratória necessitando de
Complicações neurológicas mais sérias, como o acidente uma vigorosa toalete pulmonar 4,23 .
vascular encefálico (AVE), ocorrem em aproximadamente A maior alteração anatômica presente em idosos é a diminui-
10% dos pacientes acima dos 65 anos, seus fatores de risco ção do diâmetro das vias aéreas de pequeno calibre, o que
incluem placas arterioescleróticas em carótidas, acidente resulta em aumento da resistência final das vias aéreas, in-
vascular encefálico e, AVE ou acidente isquêmico temporá- dependentemente de qualquer alteração prévia, seja de ca-
rio prévios, CEC prolongada (maior que 2 horas), e trombo ráter enfisematoso ou de lesão bronquiolar. Além disto, há
mural ventricular esquerdo anterior à cirurgia. Esses qua- alteração na morfologia dos sacos alveolares, que se tor-
dros graves com apresentação aguda ou subaguda deverão nam menos profundos. Estas alterações são resultado da
ser prontamente controlados, com orientação da equipe de diminuição das fibras elásticas e aumento do tecido coláge-
neurologistas e neurocirurgiões do hospital e, freqüente- no. Com estas alterações anatômicas, as seguintes altera-
mente, de maneira invasiva, deverão ser instalados monito- ções fisiológicas estão presentes: diminuição da retração
res como de pressão intracraniana e bulbo jugular para um elástica; aumento da complacência pulmonar; diminuição
controle melhor da evolução da situação encefálica. Sempre da capacidade de difusão do oxigênio; oclusão prematura
que possível, o intensivista deve solicitar de rotina tomografi- de pequenas vias aéreas; aumento do gradiente alvéolo-ar-
as computadorizadas de crânio, para controle e acompanha- terial de oxigênio e diminuição do fluxo expiratório 23 .
mento da evolução do quadro, e possíveis intercorrências. Também há alterações na caixa torácica, com diminuição da
Se necessário, o acompanhamento através de ressonância complacência devida a cifoescoliose, calcificação de cartila-
nuclear magnética, pode trazer informações não presentes gens intercostais e artrite das junções costo-vertebrais. Este
em tomografias 12 . enrijecimento da caixa torácica determina maior esforço do
Além da alteração vascular de auto-regulação, há também diafragma e dos músculos abdominais durante a respiração.
alteração da barreira hematoencefálica com o envelheci- Assim, para obter-se sucesso na extubação do paciente, é
mento. O potencial seletivo da membrana está alterado e necessária a confirmação da força diafragmática 23 .
pode trazer maiores conseqüências, sem o bloqueio de Quase todos os pacientes apresentam algum grau de disfun-
substâncias que podem trazer danos encefálicos. Intoxi- ção alveolar após cirurgias em que se abre o coração. Este
cação encefálica por substâncias nocivas é um diagnósti- fato decorre pelo shunt intrapulmonar esquerdo-direito, que
co difícil, e pode ser confundido com afecções clínicas, é ocasionado por várias anormalidades alveolares intrínse-
cas (atelectasias, edema, infecção), e a eventos vasculares elevada morbidade e mortalidade. Mesmo no pós-operatório
no pulmão (transudados, inibição da vasoconstrição hipóxi- de cirurgia de revascularização do miocárdio para tratamen-
ca). Um gradiente alvéolo-arterial alto é um sério problema to de insuficiência coronariana, fatores de risco como diabe-
que necessita completa avaliação. O ventilador deve ser ve- te melito e hipertensão arterial podem precipitar um evento
rificado e programado para melhorar as trocas gasosas. De- isquêmico. O paciente idoso por possuir um grau maior de
vem ser afastadas outras intercorrências como pneumotó- circulação colateral, teria menor probabilidade de desenvol-
rax, posição seletiva do tubo traqueal, atelectasia, pneumo- ver a isquemia. Contudo, são mais frequentemente acometi-
nia e grandes efusões pleurais 4,23 . dos por doença arterial tripla, sendo a técnica cirúrgica e a
Com a maior permanência do idoso na UTI, uma das preocu- evolução individual ao ato cirúrgico os principais responsá-
pações é quanto ao aparecimento de tromboembolismo pul- veis por intercorrências isquêmicas no período pós-operató-
monar, uma vez que a faixa etária é de risco. O diagnóstico é rio 3,24,35 .
difícil pelas condições cardiopulmonares em que o paciente O diagnóstico de IAM após uma cirurgia cardíaca é mais difí-
se encontra. Aprofilaxia com heparina de baixo peso molecu- cil do que em outras situações. Eventos isquêmicos poderão
lar deve ser instituída precocemente após a cirurgia. Quando
ocorrer sem presença de dor precordial. Este fato, comum no
houver suspeita de tromboembolismo, métodos diagnósti-
idoso, pode ser devido à disfunção do sistema nervoso autô-
cos mais efetivos como tomografia helicoidal, dímero D, eco-
nomo, ao aumento da tolerância à dor por neuropatia sensiti-
cardiografia e cintilografia pulmonar podem ajudar no diag-
va, número aumentado de receptores opióides ou aumento
nóstico. Deve ser estudada a possibilidade do uso de antico-
de sua sensibilidade aos opióides endógenos ou exógenos.
agulação e trombólise 36 .
Outros fatores incluem a diminuição da liberação de seroto-
nina, problemas de memória ou demência senil 13 . O ECG é o
COMPLICAÇÕES CIRCULATÓRIAS
método mais imediato para o diagnóstico de IAM pós-opera-
Disritmias tório. As anormalidades do segmento ST / onda T e eleva-
ções enzimáticas geralmente ocorrem no pós-operatório de
As disritmias são muito freqüentes na população idosa. Uma qualquer cirurgia cardíaca. Um diagnóstico deve ser cuida-
vez presente no pré-operatório, é alta a probabilidade de per- dosamente interpretado e então tratado. O ECG deve ser
sistirem no pós-operatório, podendo também se iniciar de al- pelo menos diário. Novas e persistentes ondas Q acompa-
guma alteração durante o ato cirúrgico, como distúrbios me- nhadas por novas e persistentes anormalidades do segmen-
tabólicos, isquemia intra-operatória ou lesão das vias de to ST são o critério de maior ajuda. Ondas Q patológicas po-
condução 20 . dem aparecer em um período muito mais precoce (isto é,
Geralmente o pós-operatório de cirurgia cardíaca cursa logo que chegam à UTI) em pacientes revascularizados, do
como um estado hiperdinâmico, tanto pelo estresse cirúrgi- que em pacientes não revascularizados. As dosagens de
co, quanto pela utilização de drogas b-adrenérgicas na saída CKMB devem ser realizadas cada 8 horas 35 .
de CEC. No idoso, este quadro também está presente, ha- A troponina é uma proteína marcadora de lesão cardíaca.
vendo progressiva diminuição da freqüência cardíaca em Tanto a troponina I quanto a troponina T estão elevadas ge-
resposta ao estresse, principalmente pela diminuição da res- ralmente em todos os pacientes submetidos à cirurgia de re-
posta dos receptores ao estímulo adrenérgico. Como há alte- vascularização do miocárdio. Pacientes que tiveram IAM no
rações estruturais no coração, os pacientes idosos estão su- pós-operatório liberaram grande quantidade de troponina,
jeitos ao aparecimento de taquicardias supraventriculares sendo os exames sangüíneos 10 a 20 vezes o limite superior
ou ventriculares 20,37 . de normalidade por um intervalo de pelo menos 4 a 5 dias de
O manuseio de disritmias supraventriculares nos idosos
pós-operatório. Sabe-se também que as elevações de tropo-
assemelha-se ao do paciente jovem. Quando se apresenta
nina I ocorrem em valores muito maiores que os de CKMB,
assintomático, a conduta deverá ser expectante. Caso
mesmo nos pacientes em que o diagnóstico de IAM não foi
haja fibrilação e flutter atriais, deverá ser avaliada a possi-
confirmado pelo critério convencional. Isto sugere que a tro-
bilidade de reversão dos quadros, ou apenas controle da
ponina pode detectar pequenas áreas de lesão no tecido mi-
taquicardia 20 .
ocárdico, e que não são detectadas pela CKMB 38 .
Ao contrário das taquicardias supraventriculares, os qua-
Complicações da disfunção miocárdica, como insuficiência
dros de taquicardias ventriculares estão associados com
grande aumento da mortalidade, incluindo morte súbita. Me- cardíaca congestiva e choque cardiogênico têm muitas re-
didas terapêuticas devem ser prontamente instituídas, pois percussões no paciente idoso, pois a resposta adrenérgica
períodos de baixo débito não são bem tolerados pelos paci- pode não corresponder à necessidade orgânica. É grande a
entes idosos, podendo ocasionar danos neurológicos 37 . incidência de ruptura cardíaca como causa de morte, após
um IAM, no paciente idoso. Por isto, deverá ser instituído al-
Infarto Agudo do Miocárdio gum tipo de tratamento, observando as condições pós-ope-
ratórias. Tais medidas devem ser instaladas com cautela
A ocorrência de um episódio de infarto agudo do miocárdio sempre evidenciando o benefício da terapêutica naquele
(IAM) no idoso após uma cirurgia cardíaca é um evento de tipo de paciente 35 .
tendência a desenvolver disfunção orgânica também foi O débito urinário é variável em pacientes com IRApós-opera-
observada quando se atingia as metas terapêuticas. tória. Anúria é incomum e, se presente, deve ser levantada a
suspeita de obstrução do trato urinário (oclusão da sonda de
Foley). A IRA oligúrica (menor que 30 ml.h-1 ) é menos fre-
INSUFICIÊNCIA RENAL
qüente que a não oligúrica, entretanto reflete uma lesão renal
mais grave, estando associada, com grande probabilidade, à
A função glomerular declina com a idade. A seguir, há uma
necessidade de diálise na fase aguda. A diminuição do fluxo
fórmula desenvolvida por Cockcroft e Gault 18 , para estimar a
sangüíneo renal, sendo grave e prolongada, pode induzir
depuração de creatinina através da concentração de
uma necrose tubular aguda. Hipotensão arterial durante e
creatinina sérica:
após a cirurgia, perda de líquidos no pós-operatório e disrit-
mias são condições comuns nos idosos e induzem a IRA por
(140-idade) x peso (kg)
distúrbio hemodinâmico. Possíveis fatores adicionais que
72 x creatinina sérica
contribuem para esse quadro incluem: sepse; drogas nefro-
tóxicas; administração de contraste venoso; êmbolos trom-
Para as mulheres, este valor deverá ser multiplicado por
bóticos ou gordurosos; aumento dos níveis de hemoglobina
0,85. Contudo, esta fórmula tem sido pouco válida para paci-
livre circulante, pela hemólise durante a CEC e os efeitos dos
entes muito idosos.
inibidores de enzima de conversão da angiotensina (ECA) na
Com o avanço da idade, a característica renal vai se modifi-
pressão glomerular capilar (Quadro II). Deve-se levar em
cando e inicia-se a formação de glomeruloesclerose focal ou
conta, a possibilidade de uma alteração renal como nefrite in-
segmentar, difusamente aumentada na matriz mesangial, e
tersticial aguda, glomerulonefrite aguda ou doença vascular
enfraquecimento das membranas basais glomerulares e tu-
renal, caso não tenha ocorrido distúrbio hemodinâmico gra-
bulares. Desconhece-se a proteinúria como causa ou conse-
ve. Intervenções cirúrgicas são responsáveis por um terço
qüência dessas lesões estruturais. Há diminuição da massa
dos casos de necrose tubular aguda em pacientes idosos. A
renal maior que 30% após a oitava década. Há também redu-
necrose tubular aguda após uma cirurgia cardíaca é associa-
ção de 30% a 50% no número dos glomérulos e presença de
da com a um mau prognóstico 3,41 .
esclerose. A superfície filtradora vai diminuindo, sendo re-
posta por células mesangiais que aumentam em 12% no vo-
Quadro II - Causas de Insuficiência Renal Aguda que a Tor-
lume total do glomérulo 18 . nam mais Freqüentes nos Pacientes Idosos no que
Há obliteração da arteríola aferente cortical, com atrofia nos Jovens
completa do tufo glomerular. Há shunt sangüíneo entre as ar- Insuficiência renal aguda pré-renal
teríolas aferente e eferente, com redistribuição do sangue fa-
Perda de fluidos externa
vorecendo a medula renal. Essas alterações anatômicas tra-
zem as seguintes alterações funcionais: diminuição de 50% · Vômitos e diarréia
no fluxo sangüíneo renal e no ritmo de filtração glomerular · Insuficiente reposição hídrica
dos 30 aos 90 anos de idade; diminuição da capacidade de · Descontrole no uso de diuréticos
concentração urinária e retenção de sódio, propiciando desi- Redistribuição do volume dos vasos para o espaço intersticial
dratação; dificuldade da eliminação de ácidos, com perda da
Diminuição do débito cardíaco
eficácia de trocas de íons e diminuição da secreção de aldos-
terona 18 . Contudo, dados do estudo de homens saudáveis · Disfunção miocárdica
de várias idades mostraram que a concentração media de · Doença pericárdica
creatinina sérica fica relativamente constante com o passar Uso de drogas que alteram a hemodinâmica renal
dos anos porque ela reflete um equilíbrio entre a carga diária · IECA (inibidores da enzima de conversão da angiotensina)
de creatinina a ser excretada e o comprometimento da filtra-
· AINE (antiinflamatórios não-esteróides)
ção glomerular relacionado à idade e estimado pela depura-
ção da creatinina 23 . Insuficiência renal aguda intrínseca
Todos os pacientes que passam por uma cirurgia cardíaca Insuficiência pré-renal pós-isquêmica est abelecida
têm o fluxo sangüíneo renal e a taxa de filtração glomerular Nefrotóxica
(TGF) diminuídos tanto pela anestesia quanto pela própria · Antibióticos
cirurgia (pinçamentos aórticos, CEC). Alterações estrutura-
· Soluções de radiocontraste
is e funcionais predispõem ao aparecimento de insuficiência
Glomerulonefrite rapidamente progressiva
renal aguda (IRA) nos pacientes idosos. Fatores de risco
além da idade avançada, para o desenvolvimento de IRAper- Tromboembolismo ou oclusão da artéria renal
sistente após a cirurgia, incluem: história de disfunção renal Doença renal artero-embólica
ou de disfunção ventricular esquerda; CEC prolongada (mai- Insuficiência renal obstrutiva
or que 180 minutos); pinçamento aórtico total prolongado, hi- Próstata (hipertrofia ou carcinoma)
potensão arterial peri-operatória e outras complicações que Outros tumores urológicos ou ginecológicos
levem à diminuição de perfusão renal 8,27 . 41
Pascual J, Liano F, Ortuno J
O tratamento essencial do aumento de nitrogênio de causa plexos podem induzir o intensivista a não considerar a pre-
pré-renal e da necrose tubular aguda é a adequação do débi- sença de doença endócrina. O impacto de doenças não en-
to cardíaco. Hidratação vigorosa antes e durante a cirurgia, dócrinas na fisiologia endócrina, em qualquer idade, pode
guiada pela monitorização volumétrica (para evitar um ede- também mascarar a presença da endocrinopatia. Exemplos
ma pulmonar), podem prevenir IRA por desidratação. Além dos efeitos de doenças não endócrinas são: a redução sérica
da otimização do volume intravascular, o ajuste de drogas nas concentrações de 3,5,3’-L-triiodotironina (T 3 ) e hormô-
inotrópicas, quando necessárias, é essencial. Também, a re- nio tireotrófico (TSH) em ambos os sexos e a diminuição de
visão da prescrição médica, com suspensão de diuréticos e níveis séricos de testosterona no homem que tem alguma do-
agentes nefrotóxicos (quando possível) pode alterar o resul- ença sistêmica grave como neoplasias ou insuficiência car-
tado final da terapia. Com a permanência de oligúria por mais díaca. A presença de disfunção tireoidiana deve ser conside-
de 12 horas, algumas medidas de suporte devem ser inicia- rada com a evolução negativa do caso. Fadiga e cansaço são
das, como: atenção ao balanço hidroeletrolítico, evitando-se os sintomas mais freqüentes, mas, as características clíni-
a hipercalemia e a administração de água livre que pode le- cas do hipotireoidismo podem ser subclínicas, imperceptíve-
var à hiponatremia, e a correção de acidose. Atenção para a is ou não diagnosticadas, causando seqüela grave 42 .
presença de pericardite, hipercalemia refratária, encefalo- No idoso e pacientes com doenças multi-sistêmicas,
patia urêmica ou colite. Para retirada de excessos, hemofil- deve-se ter muito cuidado na interpretação de exames labo-
tração contínua é indicada. Outro fator importante é o estado ratoriais de função endócrina. Alguns exames laboratoriais
nutricional do paciente idoso e o tratamento de infecções não específicos para tireóide podem refletir alterações relati-
pós-operatórias. Sepse e IRA são os piores desafios dos pa- vas ao hipotireoidismo. O hemograma pode cursar com uma
cientes sob cuidados intensivos 8,41 . anemia macrocítica, devido tanto à anemia perniciosa quan-
to à demora da maturação eritrocitária. Nos outros exames
INFECÇÃO há hiponatremia, hiperuricemia e aumento de atividade da
CPK. Geralmente originada de musculatura esquelética
Apesar da natureza inespecífica, febre é o sinal clínico inicial (isoenzima), a CPK quando está elevada, mantém patama-
de infecção pós-operatória. Contudo, o idoso não desenvol- res elevados até ser instituída a terapia de reposição do hor-
ve febre como um paciente adulto ou jovem. No idoso, exa- mônio tireoidiano. A fração MB (CKMB) ocasionalmente
mes suplementares são necessários para o diagnóstico de pode estar elevada apenas pelo hipotireoidismo, não signifi-
infecção sem febre, ou para confirmar que esta é devida à in- cando lesão cardíaca. Por este fato, é sempre bom analisar o
fecção. Outras causas de febre são: reação à CEC, atelecta- risco do paciente estar desenvolvendo a lesão isquêmica. A
sias, flebites em locais dos cateteres, reação às drogas, em- hiponatremia, freqüentemente é resultado da diminuição da
bolia pulmonar e síndrome pós-pericardiotomia 2,4 . depuração de água livre renal, resultante de excessiva libe-
O risco do desenvolvimento de infecção séria na população ração de hormônios antidiuréticos (ADH e vasopressina) de
idosa aumenta devido a uma série de alterações relaciona- origem central. A reposição de hormônio tireoidiano normali-
das ao avanço da idade. Há maior incidência de microaspira- za os níveis séricos de sódio. Pacientes com hipotireoidismo
ções, o que faz com que estes pacientes fiquem mais sujeitos mais grave podem hipoventilar e apresentar um aumento na
à pneumonia. A diminuição da eficácia de barreiras naturais, retenção de CO 2 42 .
como a pele e membranas mucosas, permite uma propaga- Com doses terapêuticas de hormônio tireoidiano o equilíbrio
ção de lesões traumáticas ou escaras. A presença de metabólico pode demorar até dois meses para ajustar-se. Por
co-morbidades, como diabetes, DPOC, desnutrição, tam- isto, um regime gradual de doses é geralmente recomendado.
bém predispõem à infecção. As infecções viral e fúngica de- Mesmo alcançando-se redução nos níveis séricos de TSH,
vem ser sempre investigadas, pois podem estar associadas poderá ser necessário ajuste na reposição do hormônio tireoi-
a um mau prognóstico. As infecções, incluindo bacteremia e diano, como no caso de aparecerem sintomas sugestivos de
sepse, são importantes causas do aumento da morbimortali- hipertireoidismo, que pode se desenvolver meses depois de
dade pós-operatória no idoso. É nessa população que ocorre aparente estabilização da dose de T4. Não há regra para o uso
o maior número de casos de bacteremia, principalmente por de T3 ou mistura de T4/T3 no manuseio do hipotireoidismo no
organismos Gram-negativos 2,4 . idoso. Alguns poucos pacientes têm hipotireoidismo primário
e insuficiência adrenocortical primária (síndrome de Schmidt)
HIPOTIREOIDISMO e necessitam reposição hormonal crônica para ambas as
doenças. É muito raro o paciente idoso hipotireóideo em trata-
O hipotireoidismo é um problema relativamente freqüente na mento com T4 oral desenvolver insuficiência adrenocortical
população idosa, porém é pouco tratado pela demora ou pela relativa, com hipotensão arterial e leve hiponatremia que ne-
dificuldade de diagnóstico clinico dessa afecção, principal- cessite de reposição de corticosteróide 42.
mente durante internação em UTI. O aparecimento do hipoti-
reoidismo (ou hipoparatiroidismo) no idoso poderá passar REANIMAÇÃO
despercebido, ou mesmo mascarado por coincidente pre-
sença de alterações no coração, pulmão ou sistema nervoso Este é um ponto fundamental na discussão do pós-operató-
não totalmente diagnosticadas. Estes quadros clínicos com- rio nos idosos, uma vez que este efeito adverso pode ocorrer,
deixando dúvidas quanto à quantidade de esforços que de- petência aumentando a probabilidade de complicação das
vam ser realizados para reanimação destes pacientes. A doenças crônicas, predispondo o paciente a causas indire-
maioria dos estudos mostra que os sobreviventes idosos não tas de fraqueza como sepse e IAM. Dificuldade no diagnósti-
apresentam danos neurológicos significativos ou compro- co de hipotireoidismo, imobilidade, perda muscular senil e
metimento funcional e retornam ao estado anterior ao da pa- má nutrição também levam à sensação de fraqueza. O au-
rada cardiorrespiratória (PCR). Tresch e col. 43 demonstra- mento da permanência no leito, aumenta a possibilidade de
ram que, do momento em que é restabelecido o estado infecções hospitalares e propicia demora ao retorno das ati-
pré-PCR até a alta hospitalar, não há diferenças entre pacien- vidades normais. Estes aspectos devem ser investigados e
tes idosos e jovens quanto à capacidade de realização de ati- combatidos no pré-operatório para otimizar a evolução no
vidades. Entretanto, também há estudos que mostram justa- pós-operatório 6,7,15 .
mente resultados opostos. Nesses outros estudos, o pacien- A cirurgia cardíaca é um procedimento com grandes reper-
te idoso teria muita dificuldade de retorno ao estado cussões orgânicas promovendo um estado crítico pós-ope-
pré-PCR, havendo grave deterioração orgânica em relação ratório que exige cuidados intensivos, para garantir a recu-
ao paciente jovem 43 . Assim, parece que a idade isoladamen- peração do paciente 4 . Existe concordância que o controle
te não é o determinante de sobrevivência nos pacientes que pré-operatório rigoroso e os esforços para garantir estabili-
receberam reanimação cardiopulmonar (RCP) após uma dade intra-operatória asseguram ao paciente uma boa evo-
PCR. A RCP no paciente idoso parece também não ser um lução pós-operatória, mesmo em pacientes um pouco mais
exercício desnecessário da equipe médica. Os estudos debilitados. Contudo, má preparação pré-operatória e perío-
concordam que o número de co-morbidades é o principal fa- dos de instabilidade hemodinâmica intra-operatória pioram
tor determinante da condição pós-RCP. O reconhecimento o prognóstico, principalmente no idoso, levando a complica-
da condição pré-PCR é fundamental para o andamento e fi- ções pós-operatórias graves. A resolução da cirurgia cardía-
nalização das atividades de reanimação. Entretanto, como ca no paciente idoso será melhor, quanto menor forem as
a maioria dos serviços utiliza um padrão de atendimento co-morbidades que acompanharem o caso. Aparecendo al-
para reanimação, muitas vezes, não é levada em conta a si- terações no pós-operatório, estas devem ser identificadas e
tuação clínica prévia a PCR, até mesmo pela situação emer- corrigidas o mais brevemente possível, a fim de garantir o su-
gencial. Na impossibilidade de individualização do pacien- cesso do ato cirúrgico. Os esforços precisam ser contínuos
te idoso, o atendimento pode pecar, impedindo que os es- para garantir bons resultados da cirurgia cardíaca. Conside-
forços sejam máximos para os que têm mais possibilidade rações sempre devem ser feitas para aperfeiçoamento da in-
de sobreviver 43 . tervenção cirúrgica, com vistas a diminuir o tempo de CEC e
conseqüentemente a lesão orgânica multi-sistêmica associ-
CONCLUSÕES ada a ela com menor quantidade de embolização da aorta as-
cendente. 29 O aparecimento de complicações é freqüente
As complicações apresentadas são as que trazem maior pre- no paciente idoso, mas a equipe médica deve estar
ocupação ao intensivista, quando há um paciente idoso em preparada para enfrentar este tipo de situação,
pós-operatório de cirurgia cardíaca. Este paciente necessi- individualizando o tratamento e sendo mais atuante nos
tará de cuidados especiais, mesmo que a cirurgia transcorra casos que necessitem de maior atenção.
em perfeita normalidade, pois o estresse cirúrgico é muito
grande.
Quanto à fisiologia, o envelhecimento cursa com declínio em
todos os sistemas orgânicos, o que implica em diminuição da
resposta orgânica à agressão. Também há retardo no início
do restabelecimento físico, ficando o idoso submetido a um Peculiarities of Post-Cardiac Surgery Care
maior período de instabilidade do que o observado no paci- in Elderly Patients
ente jovem. Quanto às doenças, o paciente idoso é acometi-
do por afecções crônicas que comprometem o restabeleci- Paulo de Oliveira Vasconcelos Filho, TSA, M.D.; Maria José
mento pós-operatório se não estiverem bem controladas. Carvalho Carmona, TSA, M.D.; José Otávio Costa Auler
Doenças como hipertensão arterial, diabete melito, hipotire- Júnior, TSA, M.D.
oidismo e doenças pulmonares crônicas (DPOC) não contro-
ladas, freqüentes nesta população, prolongam o período INTRODUCTION
pós-operatório levando a uma piora global do indivíduo. Uma
das queixas freqüentes dos pacientes idosos na UTI em Increased life expectation has generated an increased num-
pós-operatório de cirurgia cardíaca é a fraqueza. A má nutri- ber of surgical procedures in elderly patients (above 64 years
ção tem um importante papel na sensação de força e no con- of age) 1 . So, there is an increasing need for preparing health
dicionamento físico do paciente para cirurgia. A diminuição professionals involved with this situation. Elderly patients
da ingesta e as doenças crônicas poderão trazer fraqueza have their own physiological characteristics and may present
pela diminuição de massa muscular, dando essa sensação. organic deficits or severe diseases, which may complicate
Além disto, a má nutrição também compromete a imunocom- the postoperative period 2,3 .
brain metabolism. In the elderly, these responses are de- Table I - Preoperative Risk Factors for Adverse Events in
creased. In addition, there are other adverse effects along time Patients Submitted to Myocardial Revascularization
acting on auto-regulation, such as uncontrolled hypertension, Patient or Disease Mortality Stroke Mediastinitis
Characteristics Score Score Score
cardiac dysfunction and smoking. These conditions associated
to aging have a major impact on brain vascular system 21. Age 60 to 69 2 3.5 -
Pulmonary function deteriorates with age and this deteriora- Age 70 to 79 3 5 -
tion may be further exacerbated in patients with history of Age ³ 80 5 6 -
smoking, chronic bronchitis and emphysema. Age-induced
Female gender 1.5 - -
primary lung deficits in healthy people is gradual elastic re-
EF (LV) < 40% 1.5 1.5 2
traction loss, which decreases expiratory flow and increases
inefficiency of ventilation and perfusion areas 2,23 . Urgency surgery 2 1.5 1.5
Emergency surgery 5 2 3.5
PREOPERATIVE CONSIDERATIONS Previous myocardial 5 1.5
revascularization
The role of preoperative status and patients’ selection on Peripheral vasculopathy 2 2
postoperative (immediate and late) results should not be un- Diabetes mellitus 1.5
derestimated 2 . Careful patients selection may help explain-
Dialysis or creatinine ³ 2 4 2 2.5
ing different morbidity and mortality rates of cardiac surgeries
in elderly patients among different centers 3,4 . Preoperative COPD 1.5 3.5
factors influencing results may be of cardiac or non-cardiac Obesity (BMI 31 to 36) 2.5
source. Among non-cardiac causes, one may mention, espe- Morbid obesity 3.5
cially in elderly females, the high incidence of chronic renal, (BMI ³ 37)
pulmonary neurological and GI tract diseases 2 . Total score
Among cardiac causes, there are anatomic localization of Adapted from Eagle KA, Guyton RA, Davidoff R et al. 25
Elderly cardiac surgery time should always be discussed with stances, such as amino-caproic acid and aprotinin, bleeding
careful considerations, taking into account co-morbidities is diminished until coagulation normalization. Attention
and physiological stability impairment. Postponing for some should also be paid to anemia at the end of CPB. If necessary,
days or even some weeks to obtain maximum allowed im- proceed to blood transfusions as early as possible, as soon
provement in organic functions and symptoms might result in as the problem is diagnosed 4,26 .
better prognosis. For many patients, postponements are im- Temperature control is also critical for elderly patients care.
possible due to urgency or emergency of the situation. But Hyperthermia and hypothermia periods should be avoided
even for those cases, preoperative investigation should be during surgery, allowing just controlled hypothermia during
as thorough as possible, with evaluation by the team mem- CPB. During post-anesthetic recovery and transportation to
bers 2 . the ICU, elderly patients will have difficulties in maintaining
and recovering temperature. There are changes in primary
INTRAOPERATIVE CONSIDERATIONS temperature regulation mechanisms, such as decreased
subcutaneous tissue and loss of peripheral vasoconstriction
Intraoperative approaches for elderly patients should con- mechanism. In response to cold, the hypothalamus stimu-
sider peculiarities of this age bracket and should be adopted lates sympathetic nervous system for catecholamine re-
aiming at decreasing postoperative morbidity. Surgery lease, increasing heart rate, cardiac output and blood pres-
should be well planned for patients to arrive relaxed in the op- sure. Extrapyramidal tract stimulation increases muscle tone
erating room and for the surgery to be performed in optimal promoting rhythmic muscle contraction (shivering), with in-
time not to prolong anesthesia. Cardiopulmonary bypass du- creased oxygen consumption, that is dangerous for the el-
ration is also critical because it is known that the higher the derly 26,30 .
perfusion times, the higher the postoperative organic reper- Finally, in spite of modern intraoperative myocardial protec-
cussion 4 . tion and surgical techniques improvement, some amount of
Anesthetic induction should respect patients’ previous condi- uniform ischemia may be present during surgery. The inci-
tion, without sudden blood pressure decrease (leading to dence of acute myocardial infarction varies 5% to 15% in pa-
poor organic perfusion) or hypertensive peaks allowing for tients submitted to revascularization. Even with perfect pro-
strokes in noble organs. Monitoring should be as thorough as tection, surgical intercurrences (such as anastomotic fistu-
possible with oximetry; cardioscopy with ST segment moni- las) or non-surgical intercurrences (such as aneurysms and
toring (for early intraoperative ischemia detection); invasive plaques in cardiac arteries) may promote it 4 .
blood pressure after Allen’s test because there is the possibil-
ity of peripheral artery involvement in the elderly; tempera-
ture; diuresis; and Swan-Ganz catheter, which contributes POSTOPERATIVE MANAGEMENT
for a more accurate hemodynamic control, critical for elderly
patients. The use of Swan-Ganz catheter should always be Arrival to the Intensive Care Unit
considered. Transesophageal echocardiography, increas-
ingly adopted, may be useful in different situations, such as At ICU arrival, the same criteria adopted for other adult pa-
valve replacements and low output syndromes 4,26 . tients should be followed for the elderly to maintain routine
Volume control is critical for elderly patients because unchanged and prevent mistakes. Establishing an intensive
hypovolemia may promote hypotension with low cardiac out- care plan for the post-cardiac surgery period will result in opti-
put. Excess of volume changes heart filling pressures and mal use of resources, effective attention and decreased time
may lead to fluid leakage to cavities. In addition, the intersti- for elderly patients care. The intention is to improve cost-ben-
tial oxygen diffusion is difficult in hyper-hydrated patients. efit ratio and maximize ICU care quality 2,29 .
Diuresis monitoring is extremely important since the elderly The exams requested should also follow the standard estab-
have decreased renal clearance and volume changes could lished by the service, unless patients present with a disease
impair renal function even further 26,27 . which should be further investigated. Pre and intraoperative
High plasma creatinine levels are an independent risk factor data should be discussed with the ICU physician for him/her
for increased morbidity and mortality of cardiac surgery pa- to be prepared to face risk situations. Previous lab test results
tients. Several recommendations have been made to de- are very useful to show how patient has evolved in the
crease this complication, including pulsatile flow during CPB intraoperative period and help ICU management. Drugs rou-
in patients with known renal dysfunction, free radical blockers tinely used by the patient before surgery should be evaluated,
to decrease some effects of systemic inflammatory response to be or not reintroduced already in the immediate postopera-
to CPB, routine use of mannitol in the CPB pump prime (initial tive period 29,31 .
perfusion solution) and postoperative dopamine 28,29 . A major initial concern is elderly patients’ volume status,
When CPB is used, it is necessary to pay attention to coagula- which should be closely monitored. Patients are mostly
tion problems, because changes in platelet number and func- hypervolemic. This hypervolemia may be real or relative (by
tion and coagulation factor deficiencies lead to major decreased cardiac compliance with increased heart filling
coagulopathies which increase perioperative morbidity and pressures). In the elderly, vascular compliance systems do
mortality. Currently, with the use of anti-fibrinolytic sub- not tolerate excessive volume loads, or there is chronic renal
function decrease, leading to vascular volume overload. Or- taining assisted ventilation and with more frequent blood
ganic fluids may leak promoting effusions. gases analyses 23,26
There is also the risk for elderly patients to develop Cardiac injury enzymes markers are also important for the
hydroelectrolytic disorders more frequently than younger pa- evaluation of postoperative evolution and acute myocardial
tients, both by the presence of co-morbidities and by the use i n f a r c t i o n d i a g n o s i s i n e l d e r l y pa t i e n t s . T h e r e i s
drugs. Diuretics and increased intra and postoperative vol- creatino-phosphokinase MB fraction release (CKMB) due to
ume supply favor ionic unbalances in the elderly if there is no ischemia during CPB, as well as during aortic and myocardial
close monitoring. Renal function worsening with decreased incisions (e.g.: cava catheterization by right atrium). AMI di-
urine concentration capacity may lead to vasopressin and agnosis should not be done until CKMB levels are signifi-
neurotransmitters regulation dysfunction, and endogen cantly increased (that is, higher than 30 units/liter). Troponin
opioids changes which may play an important role in volume dosing is a recent test leading to early detection of acute myo-
regulation 2,4,18,26,32 . cardial infarction 35 .
Slow surgery recovery should be respected and caused by
decreased anesthetic drugs excretion. Extubation should be
very cautious, after checking consciousness, ventilation and NEUROLOGICAL COMPLICATIONS
hemodynamic stability and if complementary exams do not
change the approach 3,4 . Neurological complications after cardiac surgery are more
common in the elderly as compared to general population.
Both cognitive (loss of recent memory, loss of concentration)
Complementary Exams and psychological (depression, increased dependency)
changes are early detected after surgery. A positive support-
Complementary exams should follow the service request ive attitude from the medical team and family guidance help
routine, observing some persisting changes in the elderly. minimize these problems. In general, such disorders are re-
Changes in normal care routine may lead to failure in request- solved within 4 to 6 weeks, but unfortunately, there are cases
ing fundamental exams. However, depending on patient’s of neuropsychological function deterioration within the fol-
previous history, specific exams may be requested as lowing 6 months 3,12,21 .
needed 29 . More severe neurological complications, such as stroke, are
Routine bedside exams are in general chest X-rays, postop- seen in approximately 10% of patients above 65 years of age
erative electrocardiogram and echocardiography. These are and their risk factors include carotid atherosclerotic plaques,
very useful for the elderly because they bring important infor- previous stroke or transient ischemic accident, prolonged
mation such as heart and lung involvement, drains and CPB (more than 2 hours), and left ventricular mural thrombi
Swan-Ganz catheter position, in addition to patient’s evolu- previous to surgery. These severe acute or sub-acute pre-
tion since ICU arrival 26,31 sentations should be promptly controlled under neurological
Blood count red series in general presents hematocrit de- guidance and, in general, invasive monitoring such as
crease, which may be minor or significant. In case of minor intracranial pressure and jugular bulb should be installed to
changes (hemoglobin up to 10 mg/dL), normalization may be better control brain status evolution. Whenever possible, ICU
expected within few weeks. Red cells recovery is slow in the physician should request routine brain CT scans to control
elderly due to hematopoietic system involvement in re- and monitor evolution and possible intercurrences. If
sponse to stress and to decreased erythropoietin. Major needed, follow up by MRI may bring additional information to
hematocrit decrease will probably need external correction
CT scans 12 .
with red cells concentrate. Leucogram may also present nor-
In addition to vascular auto-regulation changes, there are
mal leucopenia (by dilution) or leucocytosis due to immune
also blood-brain barrier changes with age. Selective mem-
CPB changes.
brane quality is changed with major consequences for not
There is delayed return to normal immune system functions
blocking substances that may promote brain damage. Brain
making patients prone to infections. Platelets level should be
intoxication by noxious substances is a difficult diagnosis and
normal or decreased, but platelet function may be impaired.
may simulate clinical diseases, providing longer hospitaliza-
This analysis should be made associated with coagulogram,
and coagulopathy, if present, should be corrected 3,29,33 . tion time and inadequate treatment.
Minor variations as compared to normal hydroelectrolytic There might also occur postoperative upper limbs
balance represent significant changes in normal homeosta- neuropathies. Since they are predominantly present in re-
sis. So, electrolytes may be strictly maintained within normal gions innervated by the ulnar nerve and medial cutaneous
ranges 32 . nerve of forearm, they suggest that injuries are caused by
Blood gases analysis may show pH below normal with minor brachial plexus compression or traction. Mean symptoms du-
acidosis. In general, elderly patients have lung exchange dis- ration is 2 months, but some patients have a slower recovery
orders, as slightly lower PaO 2 levels and mild PaCO 2 in- period which may last 6 to 12 months. Physical therapy is of
crease, which should not impair tracheal extubation plan- great help to resolve such cases or, at least, to control the
ning. Conversely, major changes should be controlled main- situation in patients with minor involvement 2,5 .
Visual symptoms may be present due to retina embolism, oc- CIRCULATORY COMPLICATIONS
cipital lobe infarction or optic ischemic neuropathy. Since
ophthalmologic complications are also very common in the Arrhythmias
elderly, eye diseases should be ruled out 2,5 .
Arrhythmias are very frequent in the elderly population. If
present in the preoperative period, there are high chances of
PULMONARY COMPLICATIONS persisting in the postoperative period, but they may also start
as from some event during surgery, such as metabolic disor-
It is difficult to establish the reason for postoperative respi- ders, intraoperative ischemia or conducting system injury 20 .
ratory function loss in the elderly. In addition to functional In general, cardiac surgery postoperative period is followed
loss due to age, other preoperative factors may contribute by a hyperdynamic state, both by surgical stress and the use
for pulmonary function impairment, such as smoking, ob- of b-adrenergic drugs at the end of CPB. This is also true for
structive pulmonary diseases and environmental exposure the elderly, with progressive heart rate decrease in response
to pollutants. Respiratory drive and respiratory muscles to stress, especially by decreased receptors response to
function are depressed in the postoperative period by the adrenergic stimulation. Since there are structural heart
combination of drugs effects and chest wall derangement’s. changes, elderly patients are subject to supraventricular or
Patients with preexisting pulmonary diseases may present ventricular tachycardia 20,37 .
major respiratory function depression needing thorough Management of supraventricular arrhythmias in the elderly is
pulmonary toilet 4,23 . similar to young patients. When asymptomatic, management
is expectant. If there is atrial fibrillation or flutter, situation
Major anatomic change in the elderly is decreased diameter
should be reversed or tachycardia should be controlled 20 .
of small airways, resulting in increased final airways resis-
As opposed to supraventricular tachycardias, ventricular
tance, regardless of any previous change, be it emphysema
tachycardias are associated to major increase in mortality, in-
or bronchiolar injury. In addition, there are changes in alveo-
cluding sudden death. Therapeutic measures should be
lar sacs morphology which make them not so deep. These
promptly established because periods of low cardiac output
changes are result of decreased elastic fibers and increased
are not well tolerated by elderly patients and may promote
collagen tissue, leading to the following physiological
neurological damage 37 .
changes: decreased elastic retraction; increased pulmonary
compliance; decreased oxygen diffusion capacity; early oc-
Acute Myocardial Infarction
clusion of small airways; increased oxygen alveolar-arterial
gradient; and decreased expiratory flow 23 . Acute myocardial infarction (AMI) in the elderly after cardiac
There are also chest wall changes with decreased compli- surgery is an event of high morbidity and mortality. Even in the
ance due to kyphoscoliosis, intercostal cartilages calcifica- postoperative period of myocardial revascularization to treat
tion and costo-vertebral junction arthritis. This chest wall coronary failure, risk factors such as diabetes mellitus and
stiffening determines higher diaphragm and abdominal mus- hypertension may trigger ischemic events. Elderly patients,
cles effort during breathing. So, for successful extubation it is for having a higher degree of collateral circulation, would be
necessary to confirm diaphragm strength 23 . less prone to develop ischemia. However, they are more fre-
Almost all patients have a certain degree of alveolar dysfunc- quently affected by triple arterial disease and surgical tech-
tion after open heart surgeries. This is due to left-right nique and individual evolution are major causes for postoper-
intrapulmonary shunt caused by several intrinsic alveolar ab- ative ischemic events 3,24,35 .
normalities (atelectasis, edema, infection), and to vascular AMI diagnosis after cardiac surgery is more difficult than in
events in the lung (transudate, hypoxic vasoconstriction inhi- other situations. Ischemic events may be present without
bition). High alveolo-arterial gradient is a severe problem precordial pain. This fact, common in the elderly, may be due
needing thorough evaluation. The respirator should be to autonomic nervous system dysfunction, increased pain
checked and programmed to improve gases exchanges. tolerance by sensitive neuropathy, increased amount of
Other intercurrences, such as pneumothorax, selective tra- opioid receptors or increased sensitivity to endogenous or
cheal tube position, atelectasis, pneumonia and major pleu- exogenous opioids. Other factors include decreased seroto-
ral effusions should be ruled out 4,23 . nin release, memory problems or senile dementia 13 . ECG is
A major concern of longer ICU stay is pulmonary the most immediate method for postoperative AMI diagnosis.
thromboembolism, since elderly are a risk group. Diagnos- ST/T segment / wave abnormalities and enzymatic increase
tic is difficult due to patients’ cardiopulmonary conditions. are in general present in the postoperative period of any car-
Low molecular weight heparin should be started early after diac surgery.
surgery. When there is suspicion of thromboembolism, Diagnosis should be carefully interpreted and then treated.
more effective diagnostic methods, such as helicoidal CT, D ECG should be at least daily. New and persistent Q waves fol-
dimer, echocardiography and scintigraphy may help the di- lowed by new and persistent ST segment abnormalities are
agnosis. Anticoagulation and thrombolysis should be con- the most helpful criteria. Pathologic Q waves may appear ear-
sidered 36 . lier (that is, immediately after ICU arrival) in revascularized
patients as compared to non-revascularized ones. CKMB strictions may lead to decreased renal flow in a kidney not tol-
should be measured in 8-hour intervals 35 . erating major organic changes 6,19 .
Troponin is a marker of cardiac injury. Both troponin I and Systemic vasodilation may be obtained with current drugs,
troponin T are in general increased in all patients submitted to but the return of the heart pump function will be fundamental
myocardial revascularization. Patients with postoperative for elderly patients’ diagnosis. Very often there will be the
AMI release large amounts of troponin and blood tests are 10 need for reoperation or even immediate heart transplant
to 20 times higher than normal limits for a period of at least 4 to planning in more severe cases. Some centers have intra-aor-
5 postoperative days. It is also known that troponin I increase tic balloon (IAB). IAB is a device installed in the aorta and
is higher that CKMB increase, even in patients in whom AMI which mimics heart beats, increasing coronary flow and heart
diagnosis has not been confirmed by traditional criteria. This contraction strength. Depending on the degree of preopera-
suggests that troponin may detect minor myocardial tissue tive failure, some authors advocate the use of intraoperative
injuries, which are not detected by CKMB 38 . IAB 19,39 .
Myocardial dysfunction complications, such as congestive
heart failure and cardiogenic shock have severe repercus- STATES OF LOW CARDIAC OUTPUT AND SHOCK
sions in the elderly patient because adrenergic response may
not correspond to organic needs. There is a high incidence of Postoperative complications in the ICU, such as organic dys-
post-AMI death by heart rupture in elderly patients. So, some function, sepsis, muscle catabolism and high mortality rates
type of treatment should be instituted according to postoper- are common. In general, patients have in common major sur-
ative conditions. Such measures should be carefully in- geries or peri or immediate postoperative hemodynamic in-
stalled, always aiming at therapeutic benefits for this type of stability.
patient 35 . Perioperative release of inflammatory response mediators
and decreased oxygen metabolism lead to capillary fragility,
to multiple organ failure and death. Since elderly patients
Congestive Heart Failure metabolic demand is lower as compared to young adults, low
cardiac output state may be prolonged, making difficult diag-
Age-induced physiological changes in the circulatory system n o s i s a n d wo r s e n i n g p r o g n o s i s . F o r t h i s r e a s o n ,
may lead to congestive heart failure after cardiac surgery in hypovolemic or cardiogenic shocks tend to have a better res-
the elderly. Increased connective tissue in medium and olution (if promptly diagnosed) as compared to sepsis, where
adventitia layers of large and medium arteries decreases decreased immune response may lead to the worsening of
vascular elasticity and increases impedance to left ventricu- the situation 2,3 .
lar ejection. This change is responsible for systolic hyperten- Low cardiac output syndromes and shock states diagnosis
sion, which contributes for left ventricular hypertrophy and di- (cardiogenic or septic pattern) are confirmed with
astolic filling changes. Increased collagen in cardiac Swan-Ganz catheter pressure measures, which should be in-
interstitium, compensatory myocitic hypertrophy in response tegrated to echocardiogram results at bedside. In the elderly,
to apoptosis, and calcium flow impairment during diastole hemodynamic results may be related to the coexistence of
may lead to age-related left diastolic failure. These changes more than one disease (e.g.: bradycardia and hypovolemia),
increase left ventricle end diastolic pressure and left atrium and correct data interpretation is useful for patients’ evalua-
size predisposing to atrial fibrillation in the elderly 3,19,39 . tion. Since blood constituents’ replacement by the body in the
Other mechanism cooperating for congestive heart failure elderly is slow, it is critical to check hemoglobin levels for im-
and not totally explained is decreased responsiveness of mediate replacement when needed. It is also important to
b-adrenergic receptors resulting in decreased heart rate and check coagulation to prevent hemorrhages 2,26 .
contractility (b1 effect) and peripheral vasodilation impair- Shoemaker et al. 40 have studied hemodynamic and oxygen
ment (b2 effect); aging is also related to decreased mitochon- transportation data in acute circulatory failure and were able
drial ability to increase adenosine triphosphate (ATP) pro- to show strong correlation between oxygen output magnitude
duction when energy demand is increased 19 . and duration (in the intraoperative and immediate postopera-
An important data for therapeutic sequence is to determine tive period), evolving to multiple organ failure and death. Sur-
whether congestive heart failure is systolic or diastolic, the vival of high-risk patients was associated to supranormal car-
latter very common in the elderly. Systolic heart failure is the diac indices, oxygen demand and consumption. Mortality
difficulty of the heart to overcome aortic impedance, while di- could be decreased in those patients if indices observed in
astolic heart failure is due to loss of elasticity and decreased survivors were used as therapeutic goal in the intraoperative
cardiac relaxation during diastole. This diagnosis is critical and immediate postoperative period.
for the treatment, for the use of drugs with inotropic function This concept, with some variations, has been used in other
and systemic vasodilation or drugs improving diastolic func- protocols applied to patients above 60 years of age. With
tion, respectively 19 . such, it has been shown that the search for a therapy assuring
Management of heart failure in the elderly is complex if renal maximum oxygen transportation may decrease mortality and
functional reserve is decreased. Volume control is critical to the prevalence of complications. Lobo et al. 40 have shown in
prevent major cardiac problems. However, important fluid re- a study that high risk patients submitted to major surgeries
and treated with oxygen transportation optimization during nal blood flow decrease if severe and prolonged, may induce
24 postoperative hours had 68% decrease in mortality and acute tubular necrosis. Hypotension during and after sur-
prevalence of complications in 60 days. A lower trend to de- gery, loss of postoperative fluids and arrhythmias are com-
velop organic dysfunction has also been observed when ther- mon in the elderly and induce ARF by hemodynamic disor-
apeutic goals were met. ders.
Possible additional factors contributing for this situation in-
RENAL FAILURE clude: sepsis; nephrotoxic drugs; venous contrast adminis-
tration; thrombotic or fatty emboli; increased free circulating
Glomerular function declines with age. Following is a formula hemoglobin levels by hemolysis during CPB and effects of
developed by Cockcroft and Gault 18 , to estimate creatinine angiotensin converting enzyme (ACE) inhibitors in capillary
clearance through serum creatinine concentration: glomerular pressure (Chart II). The possibility of renal
changes with acute interstitial nephritis, acute
(140-age) x weight (kg) glomerulonephritis or renal vascular disease should be taken
72 x serum creatinine into consideration if there has been no severe hemodynamic
disorder. Surgeries are responsible for one third of acute tu-
For females, this value should be multiplied by 0.85. How- bular necrosis in elderly patients. Acute tubular necrosis after
ever, this formula has not been valid for very old patients. cardiac surgery is associated to a poor prognosis 3,41 .
Renal characteristic is modified with aging and there is the
beginning of focal or segmental glomerulosclerosis diffusely Chart II - Causes of Acute Renal Failure Making it More Fre-
increased in the mesangial matrix, in addition to basal glo- quent in the Elderly as Compared to Young People
merular and tubular membranes weakening. Proteinuria is Acute pre-renal renal failure
unknown as cause or consequence of such structural inju- External fluids loss
ries. There is renal mass decrease above 30% after the 8th de- · Vomiting and diarrhea
cade. There is also 30% to 50% decrease in the number of · Insufficient fluid replacement
glomeruli and the presence of sclerosis. Filtrating surface is · Uncontrolled use of diuretics
decreased and replaced by mesangial cells which increase Volume redistribution to the interstitial sp ace
12% in total glomerular volume 18 .
Decreased cardiac output
There is cortical afferent arteriole obliteration with total atro-
· Myocardial dysfunction
phy of glomerulus. There is blood shunt between afferent and
efferent arteries with blood redistribution favoring renal me- · Pericardial disease
dulla. These anatomic changes bring the following functional Use of drugs changing renal hemodynamics
changes: 50% renal blood flow and glomerular filtration rate · ACEI (angiotensin converting enzyme inhibitors)
decrease from 30 to 90 years of age; urinary concentration · NSAID (non-steroid anti-inflammatory drugs)
and sodium retention capacity decrease favoring dehydra- Intrinsic acute renal failure
tion; poor acids excretion with loss of ions exchange efficacy Established post-ischemia pre-renal failure
and decreased aldosterone secretion 18 . However, data with Nephrotoxic
healthy males of different ages have shown that mean serum · Antibiotics
creatinine concentration is relatively constant along the
· Radiocontrast solutions
years because it reflects a balance between daily creatinine
Rapidly progressive glomerulonephritis
load to be excreted and glomerular filtration impairment re-
Thromboembolism or renal artery occlusion
lated to age and estimated by creatinine clearance 23 .
All patients undergoing cardiac surgery have renal blood flow Arterio-embolyc renal disease
and glomerular filtration rate (GFR) decreased both by anes- Obstructive renal failure
thesia and the surgery itself (aortic clamping, CPB). Struc- Prostate (hypertrophy or carcinoma)
tural and functional changes predispose to acute renal failure Other urological or gynecological tumors
41
(ARF) in elderly patients. In addition to advanced age, risk Pascual J, Liano F, Ortuno J
factors for persistent postoperative ARF include: history of
renal dysfunction or left ventricular dysfunction; prolonged Essential management of nitrogen increase of pre-renal
CPB (above 180 minutes); prolonged total aortic clamping; cause and of acute tubular necrosis is to adjust cardiac out-
perioperative hypotension and other complications leading put. Vigorous hydration before and during surgery guided by
to renal perfusion decrease 8,27 . volume monitoring (to prevent pulmonary edema), may pre-
Urinary output is variable in patients with postoperative ARF. vent ARF by dehydration. In addition to optimizing
Anuria is uncommon and, if present, there should be suspi- intravascular volume, inotropic drugs adjustment, when
cion of urinary tract obstruction (Foley’s catheter obstruc- needed, is critical. Medical prescription should also be re-
tion). Oliguric ARF (below 30 mL.h-1 ) is less frequent than viewed with withdrawal of diuretics and nephrotoxic agents
non-oliguric, but reflects a more severe renal injury, being as- (when possible) to change final therapeutic results. If there is
sociated to high probability of dialysis in the acute phase. Re- oliguria for more than 12 hours, some support measures
should be started, such as: hydroelectrolytic balance atten- In the elderly and in patients with multi-systemic diseases,
tion, preventing hyperkalemia and free water administration care must be taken in interpreting endocrine function lab
which may cause hyponatremia, and correction of acidosis. tests. Some unspecific lab tests for thyroid may reflect
Attention to the presence of pericarditis, refractory changes related to hypothyroidism. Blood count may show
hyperkalemia, uremic encephalopathy or colitis. Continuous macrocytic anemia due both to pernicious anemia and slow
hemofiltration is recommended to remove excesses. Other erythrocyte maturation. Other tests show hyponatremia,
important factor is the nutritional status of the elderly patient hyperuricemia and increased CPK activity.
and the treatment of postoperative infections. Sepsis and In general originated from skeletal muscles (isoenzyme),
ARF are the worst challenges for intensive care patients 8.41 . CPK when increased maintains high levels until beginning of
thyroid hormone replacement therapy. MB fraction (CKMB)
INFECTION may be occasionally increased only by hypothyroidism, not
meaning heart injury. So, it is desirable to always evaluate pa-
Although unspecific, fever is an early clinical sign of postop- tient’s risk for developing ischemic injury. Hyponatremia is of-
erative infection. However, elderly patients do not develop fe- ten the result of decreased renal free water clearance, result-
ver as adult or young patients. In the elderly, complementary ing from excessive antidiuretic hormone release (ADH and
exams are needed to diagnose fever-free infections or to con- vasopressin) of central origin. Thyroid hormone replacement
firm that fever is due to infection. Other causes for fever are: normalizes sodium serum levels. Patients with more severe
reaction to CPB, atelectasis, phlebitis in catheter sites, reac- hypothyroidism may hypoventilate and present increased
tion to drugs, pulmonary embolism and post-pericardiotomy CO 2 retention 42 .
syndrome 2,4 Metabolic balance may take up to two months to normalize
The risk for severe infection in the elderly population in- with therapeutic thyroid hormone doses. So, a gradual regi-
creases due to several changes related to advanced age. men of doses is in general recommended. Even reaching de-
There is a higher incidence of microaspirations making those creased TSH serum levels, it may be necessary to adjust thy-
patients more subject to pneumonia. Decreased natural bar- roid hormone replacement, as when there are symptoms
riers efficacy, such as skin, membranes and mucosa, allow suggesting hyperthyroidism which may develop months after
for the spread of traumatic injuries or pressure ulcers. The seemingly stabilization of T 4 dose. There is no rule for the use
presence of co-morbidities, such as diabetes, COPD and of T 3 or the mixture T 4 /T 3 to manage hypothyroidism in the el-
malnutrition, also predisposes to infection. Viral and fungal derly.
infections should always be investigated because the may be Some few patients have primary hypothyroidism and primary
associated to poor prognosis. Infections, including adrenocortical failure (Schmidt’s syndrome) and need
bacteremia and sepsis, are major causes for increased post- chronic hormone replacement for both diseases. It is very un-
operative morbidity and mortality in the elderly. This popula- common for the elderly patient with hypothyroidism being
tion presents the highest number of bacteremia, especially treated with oral T 4 to develop relative adrenocortical failure
by gram-negative organisms 2,4 . with hypotension and mild hyponatremia needing steroid re-
placement 42 .
HYPOTHYROIDISM
RESUSCITATION
Hypothyroidism is relatively common in the elderly popula-
tion but is poorly treated due to clinical diagnosis delay or diffi- This is a critical point in the discussion of the postoperative
culty, especially during ICU stay. Hypothyroidism (or period of elderly patients since this adverse effect may be
hypoparathyroidism) may go unnoticed or even be masked present and pose questions as to the amount of effort to be
by the simultaneous presence of heart, lung or nervous sys- used to resuscitate such patients. Most studies show that el-
tem changes not fully diagnosed. derly survivors do not show significant neurological damage
These complex clinical symptoms may induce the ICU physi- or functional impairment and return to the state before
cian to disregard the presence of endocrine disease. The im- cardio-respiratory arrest (CRA).
pact of non-endocrine diseases on endocrine physiology, at Tresch et al. 43 have shown that from the moment that the
any age, may also mask the presence of endocrinopathy. Ex- pre-CRA state is reestablished until hospital discharge, there
amples of non-endocrine diseases effects are: are no differences between elderly and young patients as to
3,5,3’-L-triiodoothyronine (T 3 ) and thyrotrophic hormone the ability to perform activities. However, there are also stud-
(TSH) serum concentration decrease in both genders and ies showing exactly opposite results. For these studies, el-
testosterone serum levels decrease in males with some se- derly patients would have major difficulty to return to the
vere systemic disease, such as neoplasias or heart failure. pre-CRA state, with major organic deterioration as compared
Thyroid dysfunction should be considered with the negative to young patients 43 .
evolution of the case. Fatigue and tiredness are the most fre- So, it seems that age alone does not determine survival of pa-
quent symptoms but clinical characteristics of tients receiving cardiopulmonary resuscitation (CPR) after
hypothyroidism may be sub-clinical, imperceptible or non-di- CRA. CPR in elderly patients also seems not to be an unnec-
agnosed, leading to severe sequelae 42 . essary exercise for the medical team. Studies agree that the
number of co-morbidities is the major determining factor for to assure the success of the surgery. Efforts should be contin-
development and success of resuscitation maneuvers. uous to assure good cardiac surgery results.
However, since most centers use a standardized care for re- Considerations should always be made to assure surgery im-
suscitation, very often the clinical situation before CRA is not provements, aiming at decreasing CPB time and, as a conse-
taken into account, even due to the emergency of the situa- quence, associated multi-systemic organic injury with less
tion. In the impossibility of individualizing the elderly patient, embolization of the ascending aorta 29 . Complications are
care may not be optimal and may prevent maximum efforts for frequent in elderly patients, but the medical team should be
those with higher survival possibilities 43 . prepared to face this type of situation, individualizing the
treatment and being more active in cases needing further at-
tention.
CONCLUSIONS
21. Choi JY, Morris JC, Hsu CY - Aging and cerebrovascular dis- 38. Benoit DD, Vandewoude KH, Decruyenaere JM et al - Cardiac
ease. Neurol Clin, 1998;16:687-711. troponin I: its contribution to the diagnosis of perioperative myo-
22. Tresch DD, Thakur RK - Ventricular arrhythmias in the elderly. cardial infarction and various complications of cardiac surgery.
Emerg Med Clin North Am, 1998;16:627-648. Crit Care Med, 2001;29:1880-1886.
23. Chan ED, Welsh CH - Geriatric respiratory medicine. Chest, 39. Rich MW - Heart failure. Cardiol Clin, 1999;17:123-135.
1998;114:1704-1733. 40. Lobo SM, Salgado PF, Castillo VG et al - Effects of maximizing
24. Greaves S, Rutherford J, Aranki S et al - Current incidence and oxygen delivery on morbidity and mortality in high-risk surgical
determinants of perioperative myocardial infarction in coronary patients. Crit Care Med, 2000;28:3396-3404.
artery surgery. Am Heart J, 1996;132:572-578. 41. Pascual J, Liano F, Ortuno J et al - The elderly patient with acute
25. Eagle KA, Guyton RA, Davidoff R et al - ACC/AHA Guidelines for renal failure. J Am Soc Nephrol, 1995;6:144-153.
coronary artery bypass surgery: a report of the American Col- 42. Finucane P, Anderson C - Thyroid disease in older patients. Di-
lege of Cardiology/American Heart Association Task Force on agnosis and treatment. Drugs Aging, 1995;6:268-277.
practice Guidelines (Committee to Revise the 1991 Guidelines 43. Tresch DD, Thakur RK - Cardiopulmonary resuscitation in the el-
for Coronary Artery Bypass Graft Surgery). J Am Coll Cardiol, derly. Beneficial or an exercise in futility? Emerg Med Clin North
1999;34:1262-1347. Am, 1998;16:649-663.
26. Del Guercio LR, Cohn JD - Monitoring operative risk in the el-
derly. JAMA, 1980;243:1351-1355.
27. Ryckwaert F, Boccara G, Frappier JM et al - Incidence, risk fac- RESUMEN
tors, and prognosis of a moderate increase in plasma creatinine
Vasconcelos Filho PO, Carmona MJC, Auler Jr JOC - Peculiari-
early after cardiac surgery. Crit Care Med, 2002;30:1495-1498.
dades en el Post Operatorio de Cirugía Cardíaca en el Paciente
28. Loef BG, Epema AH, Navis G et al - Off-pump coronary
revascularization attenuates transient renal damage compared
de Edad Avanzada
with on-pump coronary revascularization. Chest, 2002;121:
1190-1194. JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El paciente de edad
29. Solomon DH, Burton JR, Lundebjerg NE et al - The new frontier: avanzada tiene características fisiológicas propias y, muchas
increasing geriatrics expertise in surgical and medical special- veces, puede presentar deficiencias orgánicas o afecciones
ties. J Am Geriatr Soc, 2000;48:702-704. graves, que por si, ya tornan el post operatorio complicado. El
30. Vaughan MS, Vaughan RW, Cork RC - Postoperative hypother- objetivo de este artículo es presentar una revisión de las
conductas post operatorias de cirugía cardíaca en el paciente
mia in adults: relationship of age, anesthesia, and shivering to
de edad avanzada, presentando las alteraciones más
rewarming. Anesth Analg, 1981;60:746-751.
frecuentes en ese tipo de paciente.
31. Leong CS, Cascade PN, Kazerooni EA et al - Bedside chest radi- CONTENIDO: Las conductas en el período intra-operatorio del
ography as part of a postcardiac surgery critical care pathway: a paciente de edad avanzada deben ser tomadas teniendo en
means of decreasing utilization without adverse clinical impact. vista la diminución de la morbidez post operatoria. En la llegada
Crit Care Med, 2000;28:383-388. del paciente de edad avanzada a la UTI, deben ser cumplidos
32. Kugler JP, Hustead T - Hyponatremia and hypernatremia in the los mismos criterios utilizados en la internación de otros
elderly. Am Fam Physician, 2000;61:3623-3630. pacientes adultos de cirugía cardíaca, para que el servicio
33. Smith DL - Anemia in the elderly. Am Fam Physician, 2000;62: tenga siempre un patrón, que no lleve a una alteración en la
1565-1572. rutina y que no provoque equívocos. Establecer un plano de
34. Yung RL - Changes in immune function with age. Rheum Dis Clin cuidados intensivos para el post operatorio de cirugía cardíaca
North Am 2000;26:455-473. irá resultar en una óptima utilización de recursos de la unidad,
35. Tresch DD - Management of the older patient with acute myocar- en efectividad de atención y en diminución del tiempo en los
dial infarction: difference in clinical presentations between older cuidados en relación al paciente de edad avanzada. Los
exámenes auxiliares solicitados también deben seguir un
and younger patients. J Am Geriatr Soc, 1998;46:1157-1162.
patrón, establecido por el servicio, a menos que cualquier
36. Berman AR - Pulmonary embolism in the elderly. Clin Geriatr
problema se identifique. Complicaciones neurológicas,
Med, 2001;17:107-130. pulmonares, circulatorias, insuficiencia renal, infección e
37. Tresch DD - Evaluation and management of cardiac arrhythmias hipotiroidismo son frecuentes, con particularidades en el
in the elderly. Med Clin North Am, 2001;85:527-550. paciente de edad avanzada, están delineadas en este articulo y
deben ser bien comprendidas por el intensivista que cuida de
ese tipo de paciente.
CONCLUSIONES: Las complicaciones presentadas en este
artículo son las que traen mayor preocupación al intensivista,
cuando hay un paciente de edad avanzada en el post
operatorio de cirugía cardíaca en la UTI. Este paciente necesita
de cuidados especiales, aún cuando la cirugía transcurre en
perfecta normalidad, pues el estrés quirúrgico es muy grande y
el paciente de edad avanzada tiene reserva funcional
diminuida.