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INTRODUÇÃO

Acompanhando o homem em toda sua evolução com um importante papel de processo social básico, a
comunicação - seja enquanto figura social que envolve a presença de dois ou mais participantes ou fenômeno
sociológico cumprindo seu papel de interador social, desencadeador e delimitador - está definitivamente
presente na vida da sociedade contemporânea e globalizada.
Os estudos sobre o papel da comunicação no mundo, suas características, atuação e o resultado de se alcance
na vida e no desenvolvimento das sociedades só começou no início do século XX, quando os meios de
comunicação de massa já haviam se consolidado com destaque social abrangente. Existe a discussão dos
estudos da comunicação enquanto ciência e da falta de um parâmetro claro de seus métodos, princípios,
técnicas e pressupostos teóricos.
Com a ajuda de outras áreas epistemológicas tais como a biologia, a sociologia, a psicanálise, a filosofia, a
teoria política e econômica e a lingüística, os teóricos comunicação tecem seus pareceres.
Trataremos agora de apresentar e discutir a presença de duas escolas e seus autores: a Funcionalista e a de
Frankfurt.

ESCOLA FUNCIONALISTA

Objeto do estudo: A mensagem na comunicação de massa

EUA (década de 30)

a obra procura dar conta da pluralidade e da dispersão desse campo de observação científica que,
historicamente, se inscreveu na tensão entre as redes físicas e imateriais, entre o biológico e o social, a
natureza e a cultura, os dispositivos técnicos e o discurso, a economia e a cultura, as perspectivas micro e
macro, o local e o global, o ator e o sistema, o indivíduo e a sociedade, o livre arbítrio e os determinismos
sociais.”
Pioneira nos estudos científicos na área de comunicação social, apesar de suas diferenças, a teoria
funcionalista americana é herdeira direta do positivismo de Augusto comte, aplicado aos processos de
comunicação e apresenta conceitos e métodos para a compreensão dos fenômenos sociais com o mesmo rigor
usado nas ciências físicas e naturais - o que não diminui a importância dos estudos realizados - , excluiu as
explicações metafísicas e teológicas e limitou a compreensão da complexidade social, política e cultural da
comunicação social.

Como análise temática, vamos identificar principais idéias e contribuições de cada escola.

1.A escola de Chicago.

A escola de Chicago que teve como principais nomes os cientistas sociais Robert Ezra Park (1864-
19440), E.W. Burgess, Charles Horton Cooley (1864-1929), desenvolveu-se no contexto teórico/prático de
um projeto de construção de uma ciência social que abarcasse o campo da comunicação social com bases
empíricas. Caracteriza-se pelo enfoque “microssociológico dos modos de comunicação na organização da
comunidade e pela investigação do papel da ferramenta científica na resolução dos grandes desiquilíbrios
sociais.”
Park e Burgess foram influenciados por Ernest Haeckel (conceito de sistema ecológico), Spencer e pelos
sociólogos Georg Simmel e Tarde. Aplicam o esquema teórico da ecologia vegetal e animal ao estudo das
comunidades humanas. Também influenciaram a Escola de Chicago: Peirce (1839-1814), John Dewey (1859-
1952) e George Herbert Mead (1863-1931).
Em 1921, Park e Burgess, sistematizam sua abordagem sob o nome de ecologia humana: aplicação
de conceitos da ecologia vegetal e animal ao estudo das comunidades humanas. Consideram que, assim como
no sistema biológico, a competição rege as relações interindividuais dentro do sistema ecológico, funcionando
como um princípio organizador.
No sistema ecológico humano identificam duas camadas ou níveis:
1 - Nível biótico ou subsocial: constituído por formas não planificadas de cooperação
competitiva que conformam relações simbióticas. É a expressão da rede da vida que forma as
comunidades orgânicas. A competição é o elemento dinamizador.
2 – Nível social ou cultural: uma superestrutura erguida sobre a subestrutura biótica e que
funciona como instrumento de direção e controle. É o espaço da comunicação e do consenso (ou
ordem moral) e que regula a competição, permitindo aos indivíduos a vida social.
A ecologia humana concebe toda a mudança que afeta o equilíbrio do sistema social e os processos
pelos quais se opera a transição de uma ordem relativamente estável a outra, no âmbito de um pensamento
que privilegia conceitos como equilíbrio, crise e retorno ao equilíbrio, numa abordagem funcionalista do
processo.
A dicotomia entre o biótico e o social, operada pela escola de Chicago, gerou muitas críticas devido a
dificuldade de definir uma linha divisória entre estes aspectos da sociedade e pelo fato da teoria da ecologia
humana separar o processo de competição da matriz sociocultural que define suas regras.
Outra influência importante na escola de Chicago foi a do Pragmatismo, criado pelo lógico e
matemático Charles S. Peirce ( 1839-1914), que lançou as bases de uma teoria dos signos. Peirce fez
conceituações fundamentais para o estudo do processo de comunicação, como o da “relação triádica”, que
caracteriza o processo semiótico, envolvendo o signo, o objeto representado e o intérprete, identificando o
papel mediador deste último.
Particularmente influenciado pelo pragmatismo foi Charles Horton Cooley (1864-1929), que estudou
primeiramente o impacto organizacional dos transportes e, posteriormente, dedicou-se à etnografia das
interações simbólicas dos atores. Foi o pioneiro na utilização do conceito de grupo primário, visto como
“grupos que se caracterizam por uma associação e cooperação íntimas entre si” e se encontram na base da
estrutura social.
A opção etnográfica, tendo como base uma concepção de construção do self, por meio do processo
de individuação, percebe o indivíduo como capaz de experiências singulares, únicas, ao mesmo tempo que é
submetido às forças de nivelamento e homogeneização da cultura urbana. Esta ambivalência aparece na
concepção de mídia da escola de Chicago, que a vê, simultaneamente, como fator de emancipação, de
aprofundamento da experiência individual e precipitador das relações sociais e dos contatos sociais, da
desintegração. Há uma tensão entre as duas tendências ou possibilidades existentes no processo de
comunicação.
2. A MASS COMMUNICATION RESEARCH

A Mass Communication Research surge em 1927. Seu principais nomes são Harold Lasswell (1902-
1978), Paul Lazarsfeld (1901-1976), Robert K. Merton (1910), Kurt Lewinn (1890-1947), Carl Hovland
(1912-1961).
É fortemente influenciada pela guerra e pelo interesse imperialista e de controle social do Estado
americano e pelo desenvolvimento da sociedade de consumo.
Um de seus pesquisadores e teórico mais influente, Lasswell, desenvolve, a partir da pergunta:
“Quem diz o quê, por que canal e com que efeito?” uma sociologia funcionalista da mídia, dotando-a de um
quadro conceitual e de uma linha de pesquisas que privilegia a análise dos efeitos e dos conteúdos.
Lasswell cria a hipótese da agulha hipodérmica que considera “o efeito ou o impacto direto
indiferenciado da informação ou mensagem sobre o indivíduo atomizado”, que pode ser contextualizada nas
teorias psicológicas da época como o behaviorismo; a psicologia das massas de Le Bon; as teorias do russo
Ivan P. Pavlov sobre o condiconamento; os estudos de psicologia social de William Mc Dougall. Todas
utilizam meios metodológicos empíricos inspirados nas ciências naturais.
A partir desta hipótese, desenvolve diversas análises do processo de comunicação, numa abordagem
compartimentada do conteúdo, controle, do suporte, das audiências e dos efeitos. Elabora indicadores para
revelar tendências e definir políticas de Estado e de consumo. Sua técnica de pesquisa visava “a descrição
objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto das comunicações”
Para Lasswell a comunicação tinha três funções: “a vigilância do meio, revelando tudo que poderia
ameaçar ou afetar o sistema de valores de uma comunidade ou das partes que a compõem; o
estabelecimento de relações entre componentes da sociedade para produzir uma resposta ao meio; a
transmissão da herança social.”
Lazarsfeld e Merton acrescentam a estas a função do entretenimento e aumentam a complexidade
da abordagem, pois consideram a possibilidade de disfunções e de funções latentes e manifestas O sistema
social é percebido em termos de equilíbrio e desequilíbrio, estabilidade e instabilidade, conceitos
derivados da abordagem funcionalista. São influenciados por Ludwig von Bertalanffy (biólogo), Radcliffe-
Brown, Malinowski e Durkheim.
Lazarsfeld, Berelson e Gaudet desenvolvem estudos quantitativos sobre efeitos e audiência. Nos anos
40 e 50, a descoberta de um elemento intermediário entre o ponto inicial e o ponto final do processo de
comunicação inova a sociologia funcionalista da mídia. Os pesquisadores passam a ver o fluxo da
comunicação como um processo em duas etapas, destacando-se o papel decisivo dos líderes de opinião
(teoria do two-step-flow). Consideram que, no processo de comunicação, num primeiro degrau estão as
pessoas bem informadas, em contato direto com os mídias e num segundo aquelas que freqüentam menos a
mídia e dependem dos outros para ter informação. Suas pesquisas questionam o princípio mecanicista
lasswelliano do efeito direto e indiferenciado.
Kurt Lewin ( 1890-1947) estuda a “decisão do grupo”, o fenômeno do formador, as reações de cada
membro diante das mensagens comunicadas por diferentes vias, procurando aperfeiçoar estratégias de
persuasão, aprofundando mais o conceito de “controlador do fluxo de informação” ou gatekeeper. Lewin
trabalhou com a “teoria do campo de experiências” e introduziu conceitos matemáticos e físicos como
“vetores” e “topologia”, na análise dos processos de comunicação.
Hovland adota os pressupostos lasswellianos de orientação behaviorista e desenvolve estudos sobre a
persuasão. Ele realizou uma série de pesquisas sobre os meios de aumentar a eficácia da persuasão de massa,
por meio de experiências que faziam variar a imagem do comunicador, a natureza do conteúdo e a
contextualização da audiência. Destes estudos resulta um conjunto de receitas para “o uso do bom persuador
e da mensagem persuasiva eficaz“1, com o objetivo de alterar o funcionamento psicológico do indivíduo e de
levá-lo a realizar atos desejados pelo emissor de mensagens.
Esta escola desenvolveu métodos e técnicas bastante instrumentais, úteis para explorar a conduta dos
consumidores e difundir a ideologia do Estado.
A partir dos anos 50, surge C. Wright Mills (1916-1962) que faz uma crítica radical às abordagens
funcionalistas do processo de comunicação. Mills prega o retorno à “imaginação sociológica”, e critica o
atrelamento dos estudos da teoria da comunicação aos interesse do que chama o “triângulo do poder” (estado,
monopólios, forças armadas).
Segundo os autores, suas análises “restabelecem a conexão entre a problemática da cultura e a do poder,
entre a subordinação e a ideologia, relacionando as experiências pessoais vividas na realidade cotidiana às
questões coletivas cristalizadas nas estruturas sociais.”

ESCOLA DE FRANKFURT

Objeto do estudo: A mensagem na comunicação de massa

Alemanhã (anos 30), EUA (anos 40), alemanhã (anos 50 e 60)

Fundado em 1923, o Instituto de Pesquisas sociais da Universidade de Frankfurt reunia teóricos maxistas
não-ortodoxos influenciados por um maxismo-leninismo, tais como Max Horkheimer, Walter Benjamim,
Herbert Marcuse, Theodor Adorno, Leo Lowenthal e Jürgen Habermas. Definitivamente marcada pela
personalidade de Horkheimer, em 1932 o Instituto lança a Revista de Pesquisa Social” e uma das primeiras
publicações foi de trabalhos junto à classe operária Estudos sobre a Autoridade e Família. Segundo os
frankfurtianos, os operários europeus se dobraram à dominação e exploração contrárias ao seu interesse
emancipatório cooptada pelo sistema, submetendo-se à dominação e, desta forma, perdendo a conciência da
missão política e histórica que lhes cabia.
Com o sucesso do nazismo na Alemanha os principais integrantes do Instituto fugiram para os Estados
Unidos da América – com exceção de Walter Benjamin, que provocou suicídio ao tentar fugir - e em contato
com a sociedade de massas norte-americana promoveram a investigação crítica dos problemas do capitalismo
moderno.
O grupo criou mais do que uma escola, uma teoria social, e deu o primeiro tratamento compreensivo dos
efeitos dos meios de comunicação no contexto global e na sociedade capitalista, a partir do que consideravam
“teoria crítica”, em confronto com a “teoria tradicional” encontrada no funcionalismo, de tendência positivista
e empirista.
Duas obras foram criadas durante o exílio nos EUA, transformando-se num marco para a pesquisa e
teorização sociológica.

1
p.54
A coletânea Dialética do Esclarecimento ( 1947), escrita em parceria por Adorno e Horkheimer,
fazia crítica à idéia de que a razão libertaria a humanidade e de que a evolução tecnológica elevaria a
sociedade a um estágio superior. Diziam que a racionalidade técnica na sociedade capitalista, em lugar de
garantir a auto determinação dos indivíduos, os submeteu à dominação econômica , sem condições de
insurgir-se contra o sistema estabelecido.
Até essa obra Adorno e Horkheimer haviam mantido uma certa confiança na razão crítica, mas a
coletânea marcava uma espécie de ruptura dos dois autores com os trabalhos anteriores, dando início à
reflexões teóricas mais radicais. Escrever esta parte com outras palavras
Criaram o conceito indústria cultural, teoria crítica que tornou-se conhecida no mundo inteiro e até hoje é
parte integrante do conceitual das ciências sociais e da comunicação. Trata-se da produção em série, da
homogeneização e, por sua vez, da deterioração dos padrões culturais como conseqüência da expressão
máxima do capitalismo e da democracia de massa.
A pesquisa empírica publicada sob o título Personalidade Autoritária (1950), obra coletiva de
um grande número de cientistas americanos e alemães, onde procuram refletir sobre a interação entre a
dinâmica psíquica do indivíduo e as condições sociais e políticas da sociedade em que vivem. A obra traz a
marca da reflexão teórica desenvolvida já anteriormente em Estudos sobre a Autoridade e Família, desta vez
adaptada ao contexto americano mas teorizada, de forma original, por Adorno.

A obra de Marcuse denunciou a sociedade industrial, que chamou de unidimensional, que torna mecânica a
ação do homem e manipula suas necessidade, o que o submete a uma ordem baseada na produtividade e
eficiência. Influenciou o movimento de contestação estudantil nos EUA, na década de 60.
Com a Teoria da Competência Comunicativa, que tratava o tecnicismo, Habermas deu continuidade à teoria
crítica da Escola de Frankfurt.

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