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Libras no Âmbito Educacional

No que diz respeito ao objetivo da inclusão de alunos surdos, acreditamos que tais
medidas revolucionaram não apenas o ensino, mais também as perspectivas desses
alunos com necessidades especiais; porém no âmbito educacional achamos que ainda há
muito a ser feito, pois notamos um déficit muito grande de profissionais com a
qualificação necessária para atendê-los.
De acordo com o que observamos o ensino inclusivo, proporcionou uma nova visão
sociológica do contexto em que a criança deficiente será inserida, fazendo assim com
que todos passem a respeitar as diferenças, e conviver com elas.
No entanto ao analisarmos tais perspectivas em sala de aula, não podemos deixar de
perceber, sobretudo que certas questões de linguagem geram uma defasagem no
aprendizado destas crianças, no que se refere à escolarização das mesmas, sendo que
estas apresentam desenvolvimento inadequado e um conhecimento abaixo do esperado
para suas idades. Isto é percebido frequentemente no ensino público regular, uma vez
que mesmo com tais medidas, o aluno surdo não se vê inserido no ambiente escolar, e
seus colegas não compartilham de sua linguagem, gerando assim a exclusão deste
aluno, e em casos graves até mesmo o bullying, por parte dos seus “colegas” de classe.
As mudanças educacionais no ensino público, andam a passos lentos, e isso se reflete
claramente no aluno com deficiência, sendo que as propostas de inclusão se
contradizem com a realidade educacional brasileira, caracterizada por classes
superlotadas, instalações físicas insuficientes, e quadros docentes cujo preparo muitas
vezes deixa a desejar. Tais condições de existência do sistema educacional põem em
questão a idéia de inclusão como política que, simplesmente, propõe a inserção dos
alunos nos contextos escolares presentes. Assim, o discurso mais corrente da inclusão se
estreita no âmbito da educação formal, ignorando as relações desta com outras
instituições sociais, apagando tensões e contradições nas quais se insere a política
inclusiva, compreendida de forma mais ampla.
Baseado no nosso cotidiano em sala de aula, seja dando aulas, ou até mesmo estagiando,
concluímos que é preciso muito mais do que tais leis para que as crianças surdas se
sintam parte do ambiente escolar. É notadamente claro que o número de profissionais
com formação em Libras ainda é muito baixo, uma vez que esta lei é de dezembro de
2005, e a maioria dos docentes da rede estadual de ensino são formados anteriormente a
esta data, e nem mesmo foram capacitados pelo próprio governo em cursos
preparatórios, ou coisas do gênero. Portanto segundo o que observamos é necessária a
capacitação não apenas dos ingressantes (eventuais, estagiários), mais também dos
profissionais mais antigos, uma vez que estes são a grande maioria, e possuem ligação
quase diária com os alunos.
Além disto é necessário também uma conscientização por parte dos alunos sem
deficiência, pois estes muitas vezes são o grande pivô de episódios tristes envolvendo
pessoas surdas, o que na maioria das vezes ocasiona na evasão destes alunos.
Ao final gostaríamos, portanto de deixar uma breve reflexão quanto a isto. Não seria
muito mais interessante para o ambiente escolar, e para as pessoas surdas, que fosse
implantado o ensino de Libras obrigatoriamente nas escolas? Pois com isso, a inserção
do aluno surdo no ensino regular seria muito mais viável; este aluno passaria a se ver
inserido no contexto escolar, ganhando assim mais interação com as pessoas do grupo, e
o professor deixaria apenas de ser um interlocutor, passando a ser também uma
ferramenta pedagógica, criando assim uma estruturação nas relações dentro de sala de
aula e contribuindo para uma sociedade inclusiva.

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