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CAPÍTULO I
REVISÃO MACRO 1
1. INTRODUÇÃO
Y = C+ I +G
Todos os componentes são correlacionados positivamente isto é eles se movimentam
conjuntamente:
O consumo varia muito e os estoques variam na mesma direção quando se suporia que
deveriam variar no sentido oposto já que os estoques são reguladores - “production
smoothing”- quando aumentam as vendas os estoques caem e quando diminuem as vendas
os estoques aumentam ou pelo menos deveriam aumentar.
O instrumental que os economistas usam pode ser expresso nos próximos tres gráficos:
C
P P
A B A
Y YA YB Y Y*
P
C
B
A
Y
• Principais Mercados:
i) Mercado de Bens
ii) Mercado de Ativos Financeiros
iii) Mercado de Trabalho
• Mercado de Bens:
Y ≡ C + I + G + X − Q + Is
• Demanda de Consumo:
C = c0 + c1 ( Y − T )
∆C
A restrição básica é que 0< <1
∆YD
• Demanda de Investimento:
I = d 0 + d1Y
• Equilíbrio:
Y = C+ I +G
Y = ( c0 + d 0 ) + (c1 + d1 ) Y + G − c1T
Y = (1 / (1 − c1 − d1 )) [ c0 + d 0 + G − c1T ]
• Importância das defasagens
Z t = Ct + I t + G t
Z t = c0 + d 0 + ( c1 + d1 )Yt + ( Gt − c1Tt )
Yt +1 = Z t
Yt +1 = c0 + d 0 + ( c1 + d 1 )Yt + ( Gt − c1Tt )
Yt+1
Yt
2. Modelo do acelerador
I t = d 0 + d1 ( Yt −1 − Yt −2 )
• Equilibrio e dinâmica:
Yt = ( c0 + d 0 ) + c1Yt −1 + d1 ( Yt −1 − Yt −2 ) − c1Tt −1 + Gt
Ms = M
M d = L( Y , i ) = kY − hi
M = L (Y , i ) = kY − hi
EO
i1
i0 ED
M
P Y0 Y1
( )
I = I Y , i com representação linear I = d 0 + d1Y − f i
Usando esta especificação na demanda agregada temos:
Y = c0 + d 0 + ( c1 + d1 )Y + G − c1T − f i
Há uma relação inversa entre taxa de juros e investimento e portanto entre taxa de juros e
demanda agregada.
(i1 )
Y1
(i0 )
Y0
EO
i0
i1
ED IS
Y0 Y1
Colocando os mercados juntos:
LM
i
IS
Y
c0 + d 0 + G − c1T fi
Y = c 0 + d 0 + ( c1 + d1 )Y + G − c1T − f i ⇒ Y = −
1 − c1 − d 1 1 − c1 − d 1
M 1 M
= kY − h i ⇒ i = kY −
P h P
Variáveis exógenas?
Variáveis endógenas?
Solução:
f M
( c0 + d 0 + G − c1 T ) − kY −
1
Y=
1 − c1 − d1 h P
f 1 f M
Y+ kY = c0 + d 0 + G − c1T +
h( 1 − c1 − d1 ) 1 − c1 − d1 h P
h f M
Y= c0 + d 0 + G − c1T + h P
h( 1 − c1 − d1 ) + fk
2
2.MODELOS AGREGATIVOS
• Equações estruturais:
O modelo é estático no sentido de que assume-se que a inflação esperada seja igual
a zero isto é π = 0.
As primeiras quatro equações compõem um modelo de preços fixos tipo IS/LM. O
mercado de trabalho não encontra-se explicitado no modelo.
A quinta equação, representa a chamada curva de Phillips que explica a dinâmica de
preços em função do nível de atividade da economia.
Define-se o curto prazo como sendo aquela situação em que os preços são dados,
isto é P = P , e o longo prazo a situação em que as quantidades são dadas, isto é Y = Y . A
curva de Phillips apresenta o longo prazo como sendo aquela situação em que o produto
•
P
corrente corresponde ao produto potencial e = π = 0.
P
As características do modelo podem ser melhor entendidas na tabela abaixo:
Y = C (Y ) + I (Y , r ) + G (1')
M
= L(Y , i ) (2' )
P
Y * = Y ( P , G, M ) (6)
i* = i ( P , G, M )
LM (P0)
i
LM (P1)
i0
i1 LM (P2)
i2
IS
P Y0 Y1 Y2
P0
P1
P2
Y0 Y1 Y2 Y
Uma redução do nível geral de preços de P0 para P1 irá deslocar para baixo a curva
LM, já que a liquidez real da economia aumenta, efeito Keynes.Com isto segue-se um
aumento do nível de renda de equilíbrio de Y0 para Y1. Marcando-se no quadrante inferior os
níveis de renda e os níveis de preços correspondentes chega-se a dois pontos de equilíbrio
no mercado de bens no espaço (Y, P). O locus (Y, P) de equilíbrio no mercado de bens e no
mercado de moeda está representado no quadrante inferior como uma reta decrescente, que
vai ser chamada de Demanda e expressa como a função D (P).
Observa-se de imediato que a declividade da curva de demanda poderá ser maior ou
menor dependendo das declividades da IS e da LM. Dois casos polares tem sido enfatizado
na literatura e tem participado da controvérsia entre monetaristas e keynesianos: A Demanda
Vertical e a Demanda hipérbole equilátera.
Como o preço é dado, podemos considerar que a Oferta seja horizontal. A
representação gráfica do modelo está abaixo:
O (P)
A B
D1 (P)
D (P)
0
O curto prazo no modelo apresentado acima é caracterizado pela oferta AB, os preços são
dados. O nível da renda é determinado pela demanda. Variações de demanda provocam
variações de quantidades, os preços são fixos.
O trecho vertical da curva de oferta representa a situação de pleno emprego dos fatores, ou
de produção ao nível do produto potencial. Esta oferta caracteriza a situação de longo prazo.
Neste vairações de demanda provocam apenas variações de preços.
A curva de Phillips mostra que os preços são fixos a cada instante mas mudam de um curto
prazo para outro curto prazo. Tudo se passa como se a curva AB fosse se deslocando para
cima.
M
V
P
D (P,G)
Y
Monetaristas Keynesianos
∂I ∂I
= I r = −∞ = Ir = 0
∂r ∂r
∂M ∂M
= Li = 0 = Li = −∞
∂i ∂i
Vamos indagar os efeitos que o equilíbrio apresenta quando alterarmos o nível das
variáveis exógenas. Para tanto é preciso linearizar o sistema, isto é diferenciá-lo.
O modelo IS/LM acima apresentado constitui um sistema de funções implícitas que
pode ser representado conforme abaixo:
φ1 ( Y , r ; G, M , P) = 0
φ2 ( Y , r ; G , M , P) = 0
A diferenciação do sistema:
dY
∂φ 1 ∂φ 1 ∂φ 1 ∂φ 1 ∂φ 1 d r
∂Y ∂r ∂G ∂M ∂ P 0
∂ φ ∂φ2 ∂φ 2 ∂φ 2 ∂φ2 d G =
2
d M 0
∂Y ∂r ∂G ∂M ∂ P
d P
Passando para o lado direito os parâmetros obtemos:
∂φ 1 ∂φ 1 ∂φ 1 ∂φ 1 ∂φ 1
∂Y dG
∂r d Y ∂G ∂M ∂P d M
d r =−
∂φ 2 ∂φ 2 ∂φ 2 ∂φ 2 ∂φ2
∂Y d P
∂r ∂G ∂M ∂ P
Para que o sistema possa ser resolvido isto é avaliado o efeito das variáveis exógenas sobre
as endógenas é necessário que a matriz Jacobiana, [ J ( φ) ] :
∂φ 1 ∂φ 1
∂Y ∂r
∂ φ ∂φ 2 seja não singular, isto é possa ser invertida.
2
∂Y ∂r
Esta é a condição para que as funções possam ser explicitadas, o que também é conhecido
como o teorema das funções implícitas. Aplicando esta formalização para o modelo IS/LM
temos:
dY − CY dY − I Y − I r − dG = 0 ( 7)
1 M
− LY dY − Li dr + dM − 2 dP = 0 ( 8)
P P
[
∆ = −( 1 − CY − I Y ) Li − LY I r ] (11)
Estas restrições iniciais não são suficientes contudo para definir o sinal do
determinante. É interessante que só faz sentido o exercício de estática comparativa se o
sistema for estável. Caso contrário é possível que a economia não atinja o novo equilíbrio. A
análise da estabilidade dinâmica do sistema vai definir as condições para que o modelo
converja para o novo equilíbrio. É interessante que estas vão permitir também que se
encontre o sinal do Jacobiano e portanto qualificar os multiplicadores. Este é o chamado
princípio da correspondência entre a estabilidade dinâmica e a estática comparativa.
Uma maneira de examinar a estabilidade é empregar a curva de Phillips como
função de ajuste de preços:
P& Y − Y
== H
P Y
Y −Y
P& = H P
Y
Esta corresponde a uma equação diferencial não linear. Vamos considerar a
aproximação linear da função na posição de equilíbrio, isto é de pleno emprego, onde Y = Y
Lembremos que a linearização de uma função H ( P ) pode ser procedida com a
( ) ( )(
seguinte aproximação de Taylor de 1. ordem: H ( P) ≅ H P + H ′ P P − P onde ) P éo
valor em torno do qual se dá a expansão de Taylor. Note que no caso
∂H ∂H ∂Y
H ( P) = H ( Y ( P) ) ⇒ =
∂ P ∂Y ∂P
Procedendo a aproximação obtemos:
P × H ′ dY
P& =
Y dP
( P − P)
Para que a equação diferencial acima converja é necessário que o coeficiente de P
dY
seja negativo. Como H'>0 é necessário que < 0 A condição para que o sistema seja
dP
dY 3
estável é que seja menor do que zero. Observando o multiplicador apresentado
dP
acima conclui-se que para que ele seja negativo é necessário que o denominador seja
positivo, isto é que:
[ −( 1 − C − I ) L − L I ] > 0
y Y i Y r
Tudo se passa como se estivessemos trabalhando com a função implícita do nível geral dos
preços:
P& = φ ( P ) = D( P ) − Y
Linearizando temos:
∂φ dY
P& = P= P
∂P dP
−
(
1− C − I
y Y LY )
− >0
Ir Li
LY 1 − CY − IY
− >
Li Ir
LM
IS
LM
IS
_ _
Y Y
IS
LM
_
Y
P
P
_
P
_
P
_
_
Y
Y
dr − (1 − CY − I Y )
1
P dr ( 1− CY − I Y ) PM2
= <0 = >0
dr
=
LY
>0 ( )
dM − 1 − Cy − I Y Li − LY I r ( )
dP − 1 − C − I L − L I
( )
y Y i Y r
dG − 1 − Cy − I Y Li − LY I r
O equilíbrio de pleno emprego pode ser caracterizado como aquele em que Y = Y . Neste
caso o nível de preços passa a ser endógeno. O modelo é recursivo. Pela IS, dado um nível
de renda de equilíbrio, de pleno emprego, obtém-se uma taxa de juros de equilíbrio - aquela
que os economistas clássicos chamavam de taxa de juros natural.
(
IS: φ Y , r = 0 → r
Y
)
Substituindo a renda e a taxa de juros de pleno emprego na LM, obtém-se o nível geral de
preços:
M
LM: φ
r
Y ,r , = 0 → P
P
1
dP Li × Ir
= >0 dP
= P =
P
dG M
× Ir dM M M
P2 2 × Ir
P
M
− 2 dr
dr
= P =−
1
>0 =0
dG M I dM
× Ir r
P2
Deve-se chamar a atenção para o fato de que a moeda é neutra, isto é não afeta a taxa de
juros. A razão é que, estando a economia em pleno emprego, os preços variam na mesma
proporção que a moeda. A liquidez real da economia é constante. Por outro lado os gastos
do governo não são neutros. Isto se refere ao efeito de congestionamento no mercado de
capitais. A taxa de juros aumenta o suficiente para que o investimento privado ceda lugar ao
gasto do governo. Ao mesmo tempo há um efeito sobre os preços na medida em que os
gastos do governo afetam o mercado de bens.Este último efeito pode ser visualizado pelo
gráfico da demanda e oferta, em que esta última é vertical, e a primeira sofre um
deslocamento para a direita.
1 − CY − I Y 0 dY 1 Ir 0 dG
1 = M dr
− LY P
dM 0 Li + 2
P dP
dY
Nota-se que = 0, logo o sistema é instável. A endogeneidade do agregado monetário
dP
torna inoperante o efeito do mecanismo de preços sobre a demanda agregada. Tudo se
passa como se a função demanda fosse vertical. Nesse caso fica fácil perceber que o nível
geral de preços fica indeterminado.
Utilizando o modelo IS/LM fica fácil visualizar as diferenças entre as políticas
monetárias de controle do agregado versus o controle da taxa de juros. Faça voce mesmo
este exercício: imagine duas situações, uma em que a IS está sujeita a choques aleatórios e
a outra em que a LM é que apresenta mudanças estocásticas. Examine os efeitos das
políticas de controle da moeda e da taxa de juros em ambas as situações. A conclusão é que
se o choque estiver atrelado a IS a política mais indicada é a de controle da moeda enquanto
o inverso é verdadeiro quando a curva LM for flutuante.
Y − C[ ( 1 − k )Y ] = S = I ( i ) + G (17)
Esta relação pode ser visualizada no gráfico abaixo. Neste a curva de poupança é
inelástica a taxa de juros. Esta hipótese não é fundamental e poderia ser relaxada. O ponto
importante a observar é que a taxa de juros passa a ser um conceito real, isto é depende da
"eficiência marginal do capital"de um lado e de outro, da "preferência intertemporal" das
famílias. Esta taxa de juros não é influenciada pela liquidez real da economia.
I(i)+G
S I
Aliás, devemos observar que o mercado monetário terá apenas um papel, que é o de
determinar o nível geral de preços. Esta é a famosa dicotomia clássica. A moeda não entra
no mercado de bens. Não há efeito liquidez real no lado do consumo, ou do investimento. O
equilíbrio do mercado de bens não depende da moeda. O equilíbrio do modelo clássico pode
ser representado no seguinte diagrama de quatro quadrantes:
Y
Y
N Y
PxS(N)
W (1-k)
i LM
A
A
B
B
PxF
N IS
_
N
N Y
Os multiplicadores monetários e fiscais deste modelo são idênticos aos do modelo
anterior na situação de pleno emprego. Gráficamente pode-se visualizar os efeitos de um
aumento em M através do deslocamento para a direita da LM. Isto provoca um desequilíbrio
no mercado de bens, através do rebaixamento transitório da taxa de juros. O excesso de
demanda provocará elevação dos preços que reduzirá a liquidez real até que a curva LM
retorne a posição anterior. Mudanças nos gastos do governo tem um impacto no nível de
preços e salários, na medida em que afetam a taxa de juros e portanto a demanda de
moeda. Uma redução de G pode ser examinada no gráfico acima como um deslocamento
para a esquerda da curva IS. Isto provoca uma redução de demanda e portanto um excesso
de oferta. Este por sua vez acarreta uma redução de preços. A redução de preços leva a um
deslocamento da curva LM para a direita, através do aumento da liquidez real. Os efeitos
sobre os preços podem ser examinados no mercado de trabalho, através do deslocamento
da oferta e demanda de trabalho. O deslocamento para a direita da LM, por sua vez, leva o
mercado de bens de volta ao equilíbrio através de um aumento da demanda agregada, via
rebaixamento da taxa de juros.
N = min (N d, Ns )
Y = C [( 1 − k ) Y ] + I ( i ) + G
= L( Y , i )
M
P
Y = F( N , K)
W = P × FN ( N d , K) (15' )
W (1− k ) = P × S( N s ) (16')
N = min( N d , N s ) (17)
Sempre que o salário real estiver acima do salário que equilibra o mercado
de trabalho, a demanda será menor do que a oferta de trabalho. Caso contrário a oferta será
menor do que a demanda. Isto pode ser visualizado no gráfico abaixo:
A C
a
W
P
* O
W
P
b
W
P
B
_
N
Quando o salário real estiver acima do salário de equilíbrio, a demanda será maior do que a
oferta e ocorrerá desemprego involuntário: isto é os trabalhadores estão dispostos a aceitar
uma redução do seu salário mas não encontram emprego, no gráfico o segmento de reta OA.
Quando o salário real estiver abaixo do salário de pleno emprego, a oferta passa a ser menor
do que a demanda, e o trecho relevante passa a ser o segmento BO. Para entender os
efeitos de mudanças na demanda agregada sobre o nível de emprego e renda é interessante
deduzir a oferta agregada respectiva.
dW = FN ( N , K ) dP + PFNN ( N , K ) dN (18)
dY
dY = FN ( N , K) dN → dN =
FN ( N , K )
FN 2 ( N , K )
dY = − dP (19)
PFNN ( N , K)
Quando o lado curto do mercado é a oferta de trabalho temos que considerar a equação
(16'). Diferenciando obtemos:
S( N ) PS N ( N )
dW = dP + dN (20)
(1 − k ) (1− k )
Usando a função de produção, como antes, e considerando o salário constante, chega-se a
função oferta decrescente:
S( N )
dY = − dP (21)
PS N ( N )
É útil visualizar as funções oferta e demanda para entender os efeitos de mudanças nas
variáveis exógenas, G, M e W.
P
B
_
P O
G=G
B
P
D(P) _
A
G=G
G=G A
A
_
Y Y
CY + I Y − 1 I r 0 dY −1 0 0 dG
M 1
dr = 0
P 2
LY Li 0 dM
dP 0
P
1 dW
PFNN 0
0 FN
FN
1 M
− Ir F Ir
dY − Li FN dY P N dY P
= >0 = >0 = <0
FNN M
( CY + IY − 1) Li FN − Ir LY FN − FFNN PM ( CY + IY − 1) Li FN − Ir LY FN − FFNN PM
dM dW
( Y Y ) i N r Y N F P
dG
C + I − 1 L F − I L F −
N N N
dr
LY FN −
PFNN M
FN P 2 dr ( CY + I Y − 1) P1 FN dY −( CY + I Y − 1)
M
P2
= >0 = <0 = <0
( CY + IY − 1) Li FN − Ir LY FN − FFNN PM ( CY + IY − 1) Li FN − Ir LY FN − FFNN PM
dM dW
( CY + IY − 1) Li FN − Ir LY FN − FFNN M
dG
NP N N
PFNN 1 PFNN
L − × I
dP
=
FN i
>0
dP
=
P FN r
>0 dP (C + I Y − 1) Li − LY I r
= >0
Y
F M F M FNN M
( CY + IY − 1) Li FN − Ir LY FN − FNN P ( CY + IY − 1) Li FN − Ir LY FN − FNN P
dG dM
( CY + IY − 1) Li FN − Ir LY FN − F P
dW
N N N
É importante notar que o multiplicador dos gastos do governo é menor, neste caso,
do que no caso dos preços fixos. A razão é que agora um aumento do nível de atividade
implica uma elevação do nível de preços pelo efeito da produtividade marginal decrescente.
Fica fácil perceber isto num gráfico, onde se dispõem de uma oferta horizontal, a situação
dos preços fixos, e uma oferta inclinada, a situação em que os salários são fixos.
G1>G0
G=G0
A B C Y
A inflação esperada passa a ser função da inflação passada, com pesos decrescentes:
i =t
∆P
πt = λ∑ (1 − λ) ×
i −1
(23)
i− ∞ P t −i
Β LM (Y,i)
π1 - π
i Α C
(Y,i - π1 )
IS (Y,i - π )
M
Y = Y G, ,π
P
Vamos supor que esta função fosse log linear, e vamos manter constante G.
y = θ ( m − p) + ψπ (28)
y = θ ( m − p) + ϕπ
p& = f × ( y − y ) + π
π& = λ( p& − π )
y& = θm
& − θp& + ϕπ
& (29)
(
π& = λ π + f × ( y − y ) − π )
π& = λf × ( y − y ) (30)
A primeira restrição, do sinal do det, não ajuda já que é sempre satisfeita, dado as hipóteses
iniciais do modelo. A segunda restrição é importante e diz que o efeito recessivo da inflação
sobre a demanda deve ser mais forte do que o efeito expansivo das expectativas
inflacionárias.
Resultado semelhante pode ser obtido se examinarmos a dinâmica do produto e da inflação
ocorrida em lugar da expectativa de inflação. Para tanto diferenciamos a função demanda
agregada e a curva de Phillips:
y& = θ ( m& − p& ) + ϕπ& (33)
p&& = π& + f × ( y& − y& ) (34)
π& = λ f × ( y − y ) (36)
y=0
p
.
_
y y
..
p=0
.
p
.
m
_
y
..
. p =0
p
.
y =0
B
.
m
1
. A
m0
_
y
Os gráficos acima apresentam a dinâmica de ajustamento da economia a uma mudança na
política monetária, isto é a uma mudança na taxa de crescimento da oferta de moeda.
Percebe-se que, supondo que o modelo seja estável, a economia tende a nova posição de
equilíbrio, com uma taxa de inflação mais elevada e que será idêntica a taxa de crescimento
da oferta de moeda. Na nova posição de equilíbrio, a taxa de inflação corresponderá a taxa
de inflação esperada e o hiato do produto será zero. Nota-se também que a convergência
para o novo equilíbrio passa por períodos de hiato positivo com inflação abaixo do equilíbrio
e por períodos de hiato negativo, ou excesso de capacidade com inflação acima do
equilíbrio. A trajetória, no tempo, da taxa de inflação e do produto pode ser acompanhada no
gráfico seguinte, que mostra o caráter oscilatório porém convergente dos mesmos. Esta
análise demonstra a importância da política monetária da regra fixa bem como a não
neutralidade da moeda no curto prazo.
Considerando a importância da análise de estabilidade é oportuno relacionarmos os
parâmetros das funções acima com as elasticidades das funções originais. A hipótese que
seguimos foi de que a função demanda agregada era log linear. O ponto a ser ressaltado é
que esta hipótese se restringe a vizinhança do equilíbrio. Vamos diferenciar a função
demanda agregada:
∂Y M ∂Y
dY = d + dπ
M P ∂π
∂
P
dY ∂ Y 1 M ∂Y 1
= d + dπ
Y MY P ∂π Y
∂
P
M
Vamos dividir e multiplicar a primeira parcela da direita por
P
M
d
dY ∂Y 1 M P ∂Y 1
= + dπ
Y M Y P M ∂ π Y
∂
P P
∂Y −I ∂Y
∆ = −(1 − CY − I Y ) Li − I r LY
I L
Sabemos que = r e = r i onde
M ∆ ∂π ∆
∂
P
− MI r I L
Neste caso θ= e ϕ= r i
PY ∆ Y∆
1
É possível representar a tendência no Produto como estocástica em lugar de
determinística. O modêlo empregado é o seguinte: yt = ytn + y tc ;
ytn = y tn− 1 + α + µt ,onde µt é ruído branco e o componente cíclico ytc é um processo
stacionário tipo ARMA. Se µt = 0 a tendência se torna determinística como o modelo
anterior. Caso contrário a tendência se move aleatóriamente. Neste modelo o produto é não
estacionário. Alem disso os choques na tendência tem um efeito permanente. Isto não ocorre
com os choques que produzem desvios em relação a tendência.
2
Esta seção reproduz em grande parte os caps. 2, 3 e 4 do livro de W.M.Scarth,
Macroeconomics, An Introduction to Advanced Methods, Harcourt Brace Jovanovich,
1988.
3
De uma maneira geral diz-se que um sistema é dinâmicamente estável se partindo de
condições iniciais quaisquer ele tende ao equilíbrio assintóticamente. Chamando de x as
variáveis endógenas do sistema, e x os valores de equilíbrio diz-se que o sistema é estável
se:
lim x = x
t→∞
p& = f D ( p ) − S ( p )
p& = D( p ) − S ( p )
D( p ) = S ( p )
D( p ) − S ( p ) = D( p ) − S ( p ) + D′ ( p ) − S ′ ( p ) ( p − p )
Como D( p ) − S ( p ) = 0 , segue-se:
D( p ) − S ( p ) = D′ ( p ) − S ′ ( p ) ( p − p )
Vamos definir de p$ = p − p , então p$ = p& , a função acima pode ser expressa como:
p& = D′ ( p ) − S ′ ( p ) p$ ,
p& = D′ ( p ) − S ′ ( p ) p
quando p = p , p$ = 0, e portanto o p = 0.
x& = a x
Para resolver esta equação diferencial vamos passar o dt para o lado direito e o x para o lado
esquerdo:
dx
= adt
x
Tomando integrais indefinidos chegamos:
∫ dxx = ∫ adt
a solução é:
log( x ) = at + C
x = eat +C
x ( t ) = e C + e at
Se t = 0, x( 0 ) = eC
x ( t ) = x ( 0 )e at
lim x ( t ) = 0
t→∞
lim x ( 0 ) e at = 0
t→∞
a condição para a convergência é: a<0
a>0
x = x (0)
a<0
0
t
Aplicando para o problema original temos a seguinte equação diferencial:
D′ ( p ) − S ′ ( p ) < 0
[ ]
p& i = f i E i ( p1 , p2 ,... pn ) para i = 1.. n
( )
Vamos definir um vetor de preços p = p1 , p2 ,... pn e supor que o vetor preço represente
os desvios em relação aos preços de equilíbrio e portanto que o preço de equilíbrio seja
p = 0, isto é p1 = 0 , p2 = 0 ,. .. pn = 0 . [J(E)] apresenta a aproximação linear de E,
próximo do vetor de equilíbrio dos preços. Podemos apresentar o sistema acima como:
p& = [ J ( E ) ] p = 0 p
onde p& e p são vetores de dimensão n e [ J ( E ) ] p=0 é uma matriz nxn. A aproximação
linear pode ser representada então como segue:
∂E 1 ∂E 1 ∂E 1
p&1 = p + p L p
∂ p1 1 ∂p2 2 ∂ pn n
∂E 2 ∂E 2 ∂E 2
p& 2 = p1 + p2 L p
∂ p1 ∂p2 ∂ pn n
M
∂E n ∂E n ∂E n
p& n = p1 + p2 L pn
∂ p1 ∂p2 ∂ pn
A forma geral do sistema pode ser representada como:
x2 ( t ) = x2 ( 0) e λ t
2
M
xn ( t ) = xn ( 0) e λ t
n
Neste caso fica fácil ver que o sistema só converge se os autovalores, λ s forem
i
negativos.
Se A é diagonalizável, os elementos da matriz diagonal são os autovalores da matriz
A.
A solução do sistema x& = Ax é dada pela função:
[ ]
T
x( t ) = x1 ( 0) e λ t , x2 ( 0) e λ t ,... xn ( o) e λ
1 2 n
t
A condição para a estabilidade é que todos os autovalores reais devem ser negativos. No
caso de uma matriz simétrica todos os autovalores são reais.Esta é a condição para que uma
matriz seja negativa definida. Em outras palavras, para que o sistema de equações
diferenciais x& = Ax seja convergente é necessário e suficiente que os autovalores da
matriz A sejam negativos, ou o que vem a dar no mesmo, que a matriz A seja negativa
definida.
Sabe-se que o determinante de uma matriz é idêntico ao determinante da matriz
diagonal correspondente, o mesmo acontecendo com o traço da matriz. Isto é:
n n
det A = ∏ λi tr A = ∑ λi
i =1 i =1
Com isto pode-se testar rápidamente se a matriz A é negativa ou não. Sabemos que para
que a matriz seja negativa é necessário que os autovalores sejam negativos. Neste caso o
sinal do det A tem que ser o mesmo de ( −1) e o traço tem que ser negativo.
n
A condição para que o sistema apresente estabilidade é que o det A , ∆, seja positivo
e o tr A seja negativo:
− (1 − CY − I Y ) ( 1− CY − I Y ) PM2
1
dr P dr
= <0 = >0
dr
=
LY
>0 ( )
dM − 1 − Cy − I Y Li − LY I r ( )
dP − 1 − C − I L − L I
( )
y Y i Y r
dG − 1 − Cy − I Y Li − LY I r
P& = φ ( P ) = D( P ) − Y
Linearizando temos:
∂φ dY
P& = P= P
∂P dP
dY
A condição para que o sistema seja estável é que seja menor do que zero. Observando
dP
o multiplicador apresentado acima conclui-se que para que ele seja negativo é necessário
que o denominador seja positivo, isto é que:
[ −( 1 − C − I ) L − L I ] > 0
y Y i Y r
Note-se que esta é a mesma condição obtida antes. Uma maneira alternativa de examinar a
estabilidade é empregar a curva de Phillips como função de ajuste de preços:
P& Y − Y
= φ ( P) = H
P Y
Y −Y
P& = φ ( P ) P = H P
Y
P × H′ dY
P& =
Y dP
P
[ −( 1 − C − I ) L − L I ] > 0
y Y i Y r
4
Vide J.M. Keynes, Teoria Geral, cap. XIX.