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“ O nosso objectivo constante é a completa realização do potencial de saúde de todos.

Saúde para todos, OMS/Europa 1998


GLOSSÁRIO
Antropometria – ciência que estuda as medidas físicas humanas, a fim de

estabelecer as diferenças entre indivíduos, grupos, etc.

Concavo – superfície curva reentrante à semelhança da superfície interna da

calote esférica.

Convexo – com saliência curva, como a superfície exterior de uma calote esférica.

Discos intervertebrais – estruturas em grande parte compostas por água, que

existem entre as vértebras na coluna vertebral. Servem de amortecedor nos

movimentos.

Dorso-lombares – referente à região dorsal e lombar da coluna vertebral, ou

seja, zona média e baixa das costas.

Ergonomia – estudo técnico das regras de adaptação entre o trabalhador e o

equipamento de trabalho.

Medidas Antropométricas – medidas humanas estatisticamente aceitáveis.

Músculos extensores – refere-se aos músculos situados ao longo da coluna

vertebral, nas costas. São responsáveis pela extensão da coluna vertebral.

Periartrites – inflamação das articulações e tecidos envolventes.


SIGLAS

OMS – Organização Mundial de Saúde

OIT – Organização Internacional de Trabalho


ÍNDICE

1-INTRODUÇÃO ......................................................................5

2-OBJECTIVOS ......................................................................8

3-TRABALHO SENTADO ..............................................................9

3.1 – ZONA DE TRABALHO ......................................................... 11

3.2 – MESA DE TRABALHO ......................................................... 12

3.3 – CADEIRA DE TRABALHO ...................................................... 12

3.4. APOIO DE PÉS ................................................................ 14

3.5 – TRABALHO COM ÉCRANS DE VISUALIZAÇÃO .................................. 15

3.6 – CONDUÇÃO .................................................................. 17

4-POSTURA DE PÉ.................................................................. 18

4.1. ALTURA DO PLANO DE TRABALHO ............................................ 19

4.2. ALTURAS RECOMENDADAS PARA O ............................................ 21

TRABALHO EM PÉ ................................................................... 21

5-MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS ..................................................... 23

5.1. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO MANUAL DE CARGAS. RISCOS ....................... 25

DE LESÃO DA COLUNA VERTEBRAL .................................................. 25

5.3. OBRIGAÇÕES DA ENTIDADE PATRONAL ........................................ 27

6. LESÕES DA COLUNA ............................................................. 28

6.1. TRANSPORTE DE CARGAS ................................................ 28

6.2. REGRAS PARA O LEVANTAMENTO DE PESOS ................................... 29

7. EXERCÍCIO FÍSICO PARA PREVENÇÃO DE ALGUMAS PATOLOGIAS ................ 31

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7.1. EXERCÍCIOS NO LOCAL DE TRABALHO ......................................... 32

7.2. ESQUEMA DE EXERCÍCIOS .................................................... 32

8. EXERCÍCIOS PARA FAZER EM CASA – PREVENÇÃO/ALIVIO DA DOR LOMBAR ....... 37

9. RECOMENDAÇÕES GERAIS ....................................................... 42

10 - CONCLUSÃO .................................................................. 44

11 - BIBLIOGRAFIA ............................................................... 45

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ÍNDICE DE QUADROS
QUADRO Nº1 - RELAÇÃO ENTRE POSTURAS INCORRECTAS E PARTES DO CORPO
AFECTADAS 10
QUADRO Nº 2 - RECOMENDAÇÕES PROPOSTAS PELA OIT (1962) 26

ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1 E 1A - POSTURAS CORRECTAS E INCORRECTAS NO LOCAL DE TRABALHO 9

FIGURA 2 - ALTURAS RECOMENDADAS PARA PLANOS EM TRABALHOS SENTADOS 14

FIGURA 3 3A - MÉTODO
E CORRECTO (À ESQUERDA) E MÉTODO INCORRECTO (À
DIREITA) 25

FIGURA 4 E 4A - TRANSPORTE INCORRECTO E CORRECTO DE CARGAS 28

FIGURA 5 - TRANSPORTE DE CARGAS COM O AUXÍLIO DE UM CARRINHO 29

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1-INTRODUÇÃO

Hoje em dia, os locais de trabalho enfrentam mudanças tecnológicas muito

rápidas. O desenvolvimento económico e social dessas mudanças afecta também a

vida diária dos trabalhadores.

Porém, apesar dos progressos obtidos, a saúde, a segurança e as condições de

trabalho de um grande número de trabalhadores permanecem muito precárias,

além de que surgem constantemente novos problemas, pelo que muitos dos nossos

problemas de saúde resultam da deficiente relação homem – trabalho.

Será possível melhorar as condições de trabalho de homens e mulheres nos

diversos países, de modo a atender às suas necessidades e expectativas legítimas

como trabalhadores?

A OMS (Organização Mundial da Saúde) na sua estratégia de saúde no local de

trabalho pretende que em 2007 cerca de 80% da população trabalhadora tenha

acesso a serviços de saúde ocupacional e definiu como metas para 2002 as

seguintes:

- Diminuir em 10% a prevalência de doenças profissionais, acidentes e

outras doenças relacionadas com o trabalho, nos sectores público e

privado.

- Aumentar em 20% o número de empresas que desenvolvem projectos de

promoção da actividade física dos seus trabalhadores.

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Na linha de actuação da OMS surgem os seguintes objectivos gerais para:

- Melhorar a saúde da população trabalhadora através do efectivo

cumprimento dos normativos legais em matéria de higiene, segurança e

saúde no trabalho.

- Incentivar e apoiar as empresas para o desenvolvimento de projectos de

promoção da saúde no local de trabalho envolvendo, entre outros

aspectos, a promoção da actividade física, a prevenção do tabagismo

passivo e o apoio aos fumadores para deixarem de fumar.

TODOS SOMOS DIFERENTES

As pessoas têm estaturas e constituição física diferentes; algumas são mais

fortes do que outras e a capacidade de suportar sobrecargas físicas varia.

Os riscos para a saúde relacionados com o trabalho podem variar, naturalmente

consoante o tipo de actividade profissional, mas dependem, acima de tudo, das

condições em que se verificar o desempenho dessa mesma actividade. Como

exemplo, continua a fazer-se a adaptação de edifícios habitacionais,

transformando-os em unidades de saúde sem serem respeitadas as medidas

necessárias à sua concepção e/ou instalação.

A instalação, de equipamentos informáticos, nos estabelecimentos de saúde, sem

respeito pelas mais elementares regras ergonómicas existentes sobre o assunto,

aproveitar mobiliário, dimensionar e organizar incorrectamente os espaços de

trabalho, cria situações de óbvios desajustamentos, com consequências para os

trabalhadores, nomeadamente em termos de sobrecarga postural e de fadiga.

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Apesar dos avanços tecnológicos, ainda há muito a fazer para que as máquinas e os

equipamentos sejam desenhados adequadamente para serem usados pelos

profissionais. Um equipamento com desenho inadequado pode provocar, por

exemplo, dores lombares, lesões musculares e articulares.

A OMS caracteriza as doenças ou lesões relacionadas com a actividade

profissional como sendo situações de natureza multifactorial.

Actualmente são reconhecidos três factores principais que associam o surgimento

de disfunções músculo-esqueléticas à ocupação, nomeadamente, a repetição da

tarefa, a força exercida e a postura utilizada.

As situações de fadiga física são diariamente desencadeadas, nos serviços de

saúde, ao realizarem-se tarefas que exigem posturas fisiologicamente

inadequadas, pelo transporte manual de cargas, enfim, por muitas outras

exigências impostas pelas características do próprio trabalho.

Face ao exposto, este trabalho pretende abordar os seguintes temas:

- Posto de trabalho sentado;

- Posto de trabalho em pé;

- Movimentação/elevação de cargas;

- Exercícios no local de trabalho.

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2-OBJECTIVOS

- Identificar riscos para a saúde dos profissionais de saúde resultantes

da inadequação de postos de trabalho;

- Analisar a natureza do risco e como ele afecta o trabalhador e que

medidas devem ser tomadas;

- Promover a adequação do trabalho aos trabalhadores e às suas

necessidades, de forma a reduzir ou eliminar aos factores de risco;

- Fornecer a informação adequada para a formação dos profissionais;

- Promover o exercício físico como forma de prevenção de algumas

patologias.

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3-TRABALHO SENTADO

Nos Serviços de Saúde a maior parte dos profissionais trabalha na posição de

sentado, encontram-se assim a contrariar a sua própria natureza. Se uma posição

sentada já causa alguns transtornos à nossa saúde, associada a uma má postura

durante largos períodos do dia, à falta de exercício ou ainda excesso de peso,

pode originar pela sua repetitividade, dores de cabeça, dores no pescoço, dores

nas costas e até mesmo, problemas de circulação sanguínea.

São exemplos de trabalho sentado:

- Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica

- Enfermeiros

- Motoristas

- Administrativos

- Informáticos

- Médicos

- Telefonistas, entre outros

Figura 1 e 1a - Posturas correctas e incorrectas no local de trabalho

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A postura que se tem na posição de sentado, depende de inúmeros factores tais

como: o “design” da cadeira, a altura e a inclinação do assento, a configuração do

encosto, entre outros. No entanto, um dos principais riscos é a forma como cada

um de nós se senta e o tipo de actividades que desempenha nesta posição. Assim,

muitas das posturas adoptadas, quando na posição de sentado, são prejudiciais à

nossa coluna e causadores de dor e desconforto (Quadro nº1).

Quadro nº1 - Relação entre Posturas Incorrectas e Partes do Corpo Afectadas

POSTURAS INCORRECTAS PARTES DO CORPO

AFECTADAS

Sentado, costas direitas, sem encosto Músculos extensores das costas

Sentado numa cadeira muito alta Joelhos, pés, região posterior da coxa

e pernas

Sentado numa cadeira muito baixa Ombros, pescoço

Tronco inclinado em frente Região lombar, deterioração dos discos

intervertebrais

Braços estendidos para a frente, para Ombros e braços: risco de periartrites

o lado ou para cima

Cabeça inclinada exageradamente para Pescoço: deterioração dos discos

a frente ou para trás intervertebrais

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O estudo ergonómico dos postos de trabalho, veio de alguma forma permitir uma

diminuição da carga de trabalho dos operadores, contribuir para a melhoria da

eficácia dos sistemas de produção, assim como facilitar o alcance dos objectivos.

3.1 – ZONA DE TRABALHO

Para que seja possível obter uma postura de trabalho

correcta, é necessário dispor de uma zona de trabalho

óptima cuja área máxima é definida pelo comprimento

do braço estendido. Todo o espaço que fique para além desta zona implicará

movimentos anormais da coluna e consequentemente efeitos negativos para a

saúde do trabalhador, aumentando a fadiga e os riscos (tal como demonstra a

figura).

Fundamentalmente o espaço de trabalho deverá ser suficiente, para permitir

mudanças de posição e movimentos de trabalho, para isso dê o seu contributo:

- arranje um lugar para cada coisa e coloque as coisas no seu devido lugar;

- evite os tubos e cabos eléctricos pelo chão, se não for possível, sinalize-

os e proteja-os;

- não deixe tesouras ou outros utensílios no bordo da mesa de trabalho,

onde qualquer pessoa poderá embater.

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3.2 – MESA DE TRABALHO

Para que seja possível uma boa acomodação fisiológica

do posto de trabalho, a mesa de trabalho deve

obedecer aos seguintes requisitos:

- espaço suficiente para as tarefas a executar;

- permitir uma fácil disposição dos vários elementos;

- a superfície do tampo não deve ser fria ao toque;

- as medidas mínimas são de 1,60 de largura por 0,90 de profundidade;

- no que diz respeito à altura para o tampo da mesa, o mesmo difere com a

estatura das pessoas e com o comprimento das pernas, não sendo por

isso conveniente que a altura das mesas seja fixa. Assim, devem

escolher-se preferencialmente mesas de trabalho que sejam

reguláveis em altura e permitam igualmente uma fraca inclinação;

- arestas arredondadas;

- para a cor da mesa aconselha-se tons neutros (cinzento, verde ou

castanho), com factor de reflexão baixo. A superfície do tampo deverá

ser baça.

3.3 – CADEIRA DE TRABALHO

A cadeira de trabalho deve permitir uma posição sentada

cómoda, de forma a aliviar os músculos das costas e os

discos intervertebrais. Assim, são indicadas:

- cadeiras giratórias com cinco rodas, cuja altura permita um ajuste entre

os 42 e os 55 cm;

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- as cadeiras devem ser estáveis, não deslizar, nem tombar e permitir ter

os pés bem apoiados no chão, mantendo os seus joelhos alinhados com as

ancas;

- o assento da cadeira deve ter uma base, com cerca de 40/40 cm,

ligeiramente côncava, mas completamente moldável ao corpo . Deve ser

dotado de um dispositivo de regulação que permita pequenas inclinações

para diante e para trás;

- o espaldar da cadeira deve ter uma altura aproximada de 50 cm acima

do assento;

- deve ter apoio lombar em forma de almofada com uma altura de 10 a 20

cm e ser ligeiramente moldado na parte superior. Se não possuir este

apoio pode utilizar uma toalha enrolada com cerca de 5 a 8 cm de

diâmetro;

- o espaldar da cadeira deve ser inclinável e poder ser fixado na posição

desejada;

- não se deve sentar em cadeiras demasiado altas e que estejam

demasiado longe do seu local de trabalho, obrigando-o/a a arquear as

suas costas.

Não se esqueça de:

- encostar bem as costas da cadeira, utilize um rolo de apoio lombar ou uma

toalha enrolada;

- não se inclinar para a frente;

- não deixar o seu rabo escorregar na cadeira;

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3.4. APOIO DE PÉS

Partindo do princípio que é mais fácil ajustar a

altura da cadeira do que a da mesa, recomenda-se a utilização de apoio de pés, o

qual deve:

-ter área suficiente para um posicionamento confortável e estar regulado

(em altura e inclinação) de acordo com a estatura e características do

posto de trabalho;

-ter em conta o comprimento das pernas, devendo por isso ser adaptável às

necessidades de cada um;

-ter no mínimo 40 cm de largura, 30 cm de profundidade, inclinação de 0º a

20º e a possibilidade de regulação da altura de 15 cm;

-ser revestido com material anti-deslizante;

-poderá sempre optar por uma lista telefónica (conforme imagem).

As características antropométricas da população portuguesa permitem predizer

que uma cadeira ajustável entre os 35 e os 45 cm e uma mesa com o tampo móvel

de 54 a 74 cm devem constituir, para a generalidade da população, o óptimo

(Fig.nº2)

Figura 2 - Alturas recomendadas para planos em trabalhos sentados


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3.5 – TRABALHO COM ÉCRANS DE VISUALIZAÇÃO

O avanço da tecnologia tem contribuído para o

aperfeiçoamento das ferramentas de trabalho, como

é o caso dos computadores, utensílio indispensável

para muitos nos dias de hoje. No entanto, a sua instalação tem sido feita sem se

ter em atenção as regras básicas da ergonomia existentes sobre o assunto.

Assim, muitas vezes recorre-se ao aproveitamento de mobiliário concebido para

tarefas de dactilografia e secretariado, dimensionar e organizar incorrectamente

os espaços de trabalho, o que pode conduzir a situações obviamente desajustadas

entre as fontes de iluminação (natural ou artificial) e os planos de trabalho, com

as consequências que os utilizadores acarretam, nomeadamente em termos de

sobrecarga postural e de fadiga.

Nota:

A utilização de equipamento informático leva a que exista uma grande confusão de

cabos, passível de provocar quedas. Assim, sugere-se que os mesmos devem ser

colocados em suportes próprios ou introduzidos, logo de início, em tubos no

pavimento.

Colocar o écran de modo a que:

- com a cabeça direita, os seus olhos estejam dirigidos para a parte

superior do écran;

- ajustar o teclado de maneira a que os seus punhos e mãos estejam

direitos quando escreve;

- certificar-se que os seus ombros e cotovelos estão relaxados;


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- se tiver dificuldade em manter os punhos e mãos esticadas enquanto

escreve, utilizar uma pequena toalha junto ao teclado.

3.5.1. SUPORTE DE DOCUMENTOS

- o suporte para documentos deve ser estável e

regulável;

- deve estar próximo do écran e à mesma altura, de

forma a evitar movimentos desconfortáveis da cabeça e dos olhos e a

manter a sua cabeça direita.

3.5.2. TEMPO DE UTILIZAÇÃO/REPETIÇÃO DE MOVIMENTOS

Horas de trabalho contínuo com écrans podem levar não só à fadiga visual mas

também à fadiga postural, uma vez que se está muito tempo na mesma posição

rígida ou estática.

Assim, é importante alternar posturas, devendo:

- variar a inclinação do encosto;

- alternar a postura sentada com a postura de pé;

- alternar o trabalho com écrans com outro trabalho administrativo;

- fazer pausas de 5 a 10 minutos por cada hora e meia de trabalho contínuo

com écrans.

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3.6 – CONDUÇÃO

Se o seu serviço exigir que passe a maior parte do

tempo a conduzir, tenha em atenção o seguinte:

- regular o banco de forma a conseguir

manter os joelhos alinhados com as ancas;

- sentar-se direito;

- manter as duas mãos no volante;

- não conduzir muitas horas seguidas;

- beber muita água;

- as costas devem estar encostadas ao banco, se não for possível, deve

recorrer à ajuda de um rolo de apoio lombar.

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4-POSTURA DE PÉ

As tarefas que exigem que o trabalhador esteja constantemente de pé provocam

uma sobrecarga nas pernas. Estas podem ficar inchadas, pois os músculos não se

movimentam o suficiente para bombear a quantidade adequada de sangue de volta

para o coração.

Como resultado, o fornecimento de sangue ao coração é insuficiente para atender

às necessidades, fazendo com que a pessoa se sinta cansada e desatenta.

São exemplos do trabalho de pé:

-Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica

- Enfermeiros

- Auxiliares de Acção Médica

- Entre outros;

Quando se trabalha de pé, existem alguns inconvenientes, dos

quais se salientam:

A circulação sanguínea nas pernas faz-se mais lentamente;

Verifica-se a acumulação de líquidos nos pés e tornozelos;

Aparece a fadiga muscular localizada nas pernas;

O repouso do corpo é reduzido a uma pequena parte e sobre

uma pequena superfície;

A manutenção prolongada do equilíbrio conduz a uma tensão muscular

constante, que aumenta quando o corpo se inclina;

A habilidade manual diminui pelo facto de haver uma tensão muscular

permanente;

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Há a tendência a adoptar uma posição de relação muscular, onde o abdómen se

distende e a coluna acentua as suas curvaturas cervical e lombar.

Nos trabalhos que precisar realizar de pé, deve-se evitar curvar as costas. Se

uma pessoa se baixa para a frente ou para um lado, os músculos das pernas, costas

ou ombros, contraem-se para manter o corpo nesta posição.

Enquanto se mantém curvado, os músculos das costas continuam contraídos. Ao

voltar à posição erecta, poderá sentir dores nas costas, como se os músculos

estivessem rígidos por causa da posição inadequada.

4.1. ALTURA DO PLANO DE TRABALHO

É impossível trabalhar de pé, comodamente, por muito

tempo, quando a altura do plano de trabalho é

inadequada, ou quando os comandos, materiais e equipamentos utilizados não estão

facilmente ao alcance do trabalhador. É necessário que haja bastante espaço para

os pés, para que o trabalhador possa mudar de posição e distribuir

alternadamente o peso do corpo.

Deve-se evitar ainda o uso de roupas muito apertadas, pois estas podem dificultar

movimentos durante o trabalho

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Quando se trabalha de pé, é importante:

Os objectos necessários à execução da tarefa estarem a uma distância que

permita um fácil alcance;

A altura da bancada estar ajustada à estatura do trabalhador, para que a

superfície de trabalho esteja ao nível dos cotovelos quando ele estiver de pé.

Deste modo, poderá ficar com as costas erectas e os ombros relaxados;

O trabalhador fique numa posição erecta em frente à bancada e próximo dela,

com o seu peso distribuído igualmente pelas duas pernas. Deve haver espaço

suficiente para as pernas e pés;

A altura da superfície de trabalho seja alterada de acordo com a natureza do

trabalho;

Os comandos, tais como interruptores, devem estar num nível mais baixo do que

os ombros;

A superfície sobre a qual o trabalhador esteja em pé seja adequada às

condições de trabalho;

O calçado seja adequado, de forma a diminuir a sobrecarga nas costas e pernas;

Se plano de trabalho for elevado, deverá ser colocado um apoio para os

cotovelos, antebraços ou para as mãos;

Não manter a mesma postura durante longos períodos de tempo, dando a

possibilidade de a alterar.

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4.2. ALTURAS RECOMENDADAS PARA O

TRABALHO EM PÉ

Para a configuração dos locais de trabalho, a escolha da

correcta altura de trabalho é de extrema importância.

Se a área de trabalho é muito alta, frequentemente os ombros são erguidos para

compensar, o que leva a contracções musculares dolorosas na altura das

omoplatas, nuca e costas.

Se a área de trabalho é muito baixa, as costas são sobrecarregadas pelo excesso

de curvatura do tronco, levando a queixa de dores nas costas. Por isso, a altura

das mesas de trabalho deve estar de acordo com as medidas antropométricas.

Em trabalhos manuais efectuados de pé, as alturas do plano de trabalho

recomendadas são de 5 a 10 cm abaixo da altura dos cotovelos.

A altura média dos cotovelos (distância chão até o lado inferior do cotovelo

dobrado em ângulo recto, com o braço na posição vertical) perfaz no homem 105

cm e na mulher 98 cm.

Pode-se assim deduzir que a altura média do plano de trabalho é entre 95 a 100

cm para os homens e para as mulheres de 88 a 93 cm, no entanto depende da

pessoa que lá trabalha.

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Para um trabalho delicado (por exemplo desenho) é desejado o apoio dos

cotovelos, já que a musculatura do tronco ficará aliviada desta forma: a altura

adequada está entre 5 a 10 cm abaixo da altura do cotovelo.

Em actividades manuais talvez seja necessário um devido espaço para recipientes,

ferramentas e os bens do trabalho: a altura adequada seria de 10 a 15 cm abaixo

da altura do cotovelo.

Se o trabalho em pé obriga a um emprego de uma relativa força e se utiliza a

ajuda do peso do tronco, então a altura adequada fica-se nos 15 a 40 cm abaixo da

altura do cotovelo.

Para pessoas baixas, e se a altura das mesas for muito alta, é recomendável o uso

de estrados ou outros equipamentos semelhantes.

Pessoas altas, por outro lado, têm que se curvar sobre a mesa, o que leva a

dolorosos sintomas de fadiga da musculatura das costas.

Do ponto de vista ergonómico, a adaptação individual da altura de trabalho é

muito desejável. Ao lado de soluções improvisadas (como estrados para os pés),

será recomendável o uso de mesas com altura regulável.

Se por motivos organizacionais ou económicos forem recusadas as mesas com

alturas reguláveis, ou se não podem ser instaladas em superfícies reguláveis,

deveria sempre tomar-se como base as pessoas altas ao invés das pessoas baixas,

porque pode-se aumentar a altura do chão por meios artificiais (estrados, pisos

falsos, etc) conseguindo assim uma adaptação mais fácil para as altas.

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5-MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

«Doem-me as costas!»

Infelizmente é uma exclamação muito frequente e que atinge muitos profissionais

dos nossos serviços, nomeadamente:

- Técnico de Diagnóstico e Terapêutica;

- Enfermeiros;

- Administrativos;

- Motoristas;

- Auxiliares de Acção Médica;

- Carregadores, entre outros.

Entende-se por movimentação manual de cargas:

Qualquer operação de transporte/sustentação de uma carga, incluindo levantar,

colocar, empurrar, puxar, transportar e deslocar, que comporte riscos dorso-

lombares para os trabalhadores.

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A coluna vertebral humana está adaptada a uma postura vertical e sempre que o

trabalhador se curva, ela tem de suportar não só o peso do corpo mas também o da

carga por ele transportada, o que pode causar danos irreparáveis. O levantamento e

o transporte manual de cargas pesadas devem ser evitados e realizados sempre que

possível por equipamentos mecânicos.

Se isto não for possível, várias pessoas devem trabalhar em conjunto, sendo

importante que todas utilizem os métodos correctos de levantamento, uma vez que

o Homem continua a ser o meio de transporte mais importante.

O transporte manual é quase sempre um trabalho pesado, ainda que a carga a

movimentar não seja pesada ou volumosa, sobretudo quando há necessidade de a

elevar ou de subir escadas.

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5.1. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO MANUAL DE CARGAS. RISCOS
DE LESÃO DA COLUNA VERTEBRAL

A coluna vertebral humana é naturalmente adaptada a uma postura erecta. No

momento de inclinação do tronco a flexão tem lugar, essencialmente, na região

lombar.

Figura 3 e 3a - Método correcto (à esquerda) e método incorrecto (à direita)

A Figura 3 e 3a dão-nos a ideia da diferença entre o método correcto e o método

incorrecto de elevação de uma carga.

No método correcto o esforço é exercido sobre as pernas, permanecendo o tronco

direito e os braços estendidos. Deverá conservar-se a carga o mais próximo

possível do corpo.

No método incorrecto verifica-se uma maior compressão na face interior do disco

intervertebral, o que não sucede na posição correcta, em que existe uma

distribuição uniforme das pressões sobre os discos.

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O quadro n.º2 tem os pesos de carga convenientes para levantamentos ocasionais

sem a aplicação de uma técnica correcta. Deve observar-se que estes valores então

dados para levantamentos ocasionais e portanto tendo em conta sobrecarga dos

discos intervertebrais.

Quadro nº 2 - Recomendações propostas pela OIT (1962)

Peso de carga conveniente para levantamentos ocasionais sem técnica

Idade Homens Mulheres

18 a 20 anos 23 Kg 14 Kg

20 a 35 anos 25 Kg 15 Kg

35 a 50 anos 21 Kg 13 Kg

Mais de 50 anos 16 Kg 10 Kg

5.2. Posturas e Movimentos Perigosos da Coluna Vertebral

A inclinação da coluna para a frente ou para trás origina uma tensão elevada nos

músculos e ligamentos do lado convexo e uma grande compressão nas extremidades

das vértebras e dos discos no lado côncavo. Em tais posturas extremas os

elementos elásticos da coluna vertebral não podem cumprir as suas funções.

Os trabalhadores devem movimentar-se suave e cautelosamente quando puxam ou

empurram, elevam ou transportam cargas, de modo a evitarem a adopção de

posturas perigosas. Quando estiver em causa o desenvolvimento de grandes

esforços físicos, a coluna não deve ser inclinada, nem rodada sobre o seu eixo. Deve

ser utilizada como um suporte e nunca como uma articulação.

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5.3. OBRIGAÇÕES DA ENTIDADE PATRONAL

A entidade empregadora tem determinadas obrigações, nomeadamente:

Organizar os postos de trabalho, tendo em conta as cargas em causa, os esforços

físicos exigidos aos trabalhadores e os factores pessoais: aptidão física, estaturas

dos membros, vestuários de trabalho;

Informar os trabalhadores sobre o assunto, solicitar-lhes o seu parecer e dar-

lhes formação em matéria de movimentação de cargas,

Concretamente, os trabalhadores e os seus representantes devem ser

informados de todas as medidas de protecção e de prevenção relativas à

movimentação de cargas nos locais de trabalho, nomeadamente:

Do peso da carga;

Do lado mais pesado;

Sobre a forma de proceder: Em principio flectir sempre os joelhos, não dobrar

ou curvar o corpo, braços esticados para a carga, etc.

O princípio «assim, não haverá perigo», deve passar à prática.

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6. LESÕES DA COLUNA

As consequências da incorrecta movimentação manual de cargas são:

Dores nas costas

Lesões musculares

Entorses

Lesões na coluna

Figura 4 e 4a - Transporte incorrecto e correcto de cargas

6.1. TRANSPORTE DE CARGAS

Sempre que possível:

Manter as costas direitas.

Manter a carga o mais próximo possível do corpo, à altura da cintura.

Distribuir as cargas equilibradamente, mantendo os braços esticados junto ao

corpo.

Rodar os pés e não o tronco.

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6.2. REGRAS PARA O LEVANTAMENTO DE PESOS

1 - A carga deve ser segura e levantada com as costas direitas, os joelhos

dobrados e com a ajuda da força das pernas (ver figura 3 e 3a);

2 - A carga deve ser levantada a mais próximo possível do corpo, segurando,

sempre que possível, a carga entre os joelhos, com os pés em posição apropriada (os

pés separados e com um ligeiramente adiantado em relação ao outro);

3 - O início do levantamento deve ser, sempre que possível, na altura dos joelhos,

já que a força máxima de levantamento ocorre na altura entre 50 e 75 cm do chão.

Quando o levantamento começa na altura dos joelhos, a carga pode ser facilmente

levantada até uma altura de 110 cm. Se o levantamento começa na altura do

cotovelo, a carga pode ser facilmente levantada até aos ombros;

4 - Enquanto o levantamento ocorrer, deve evitar-se a rotação simultânea do

tronco;

5 - Para o manuseio de cargas usar sempre que possível carrinhos, rodízios ou

dispositivos de levantamento mecânico (ver figura 5).

Figura 5 - Transporte de cargas com o auxílio de um carrinho

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Assim, sempre que possível:

Não levantar ou depositar a carga a partir do solo.

A carga deve estar a uma altura mínima de 40 a 60 cm do solo.

Se estiver abaixo destes valores, o levantamento deve ser feito em duas

etapas:

Colocar a carga numa plataforma;

Levantá-la de vez.

As tarefas de levantamento repetitivo devem ser realizadas entre a articulação

dos dedos, com os braços esticados ao longo do corpo.

Os objectos devem ter pegas com largura suficiente para levantar com luvas,

caso não existam devem segurar com as palmas das mãos.

As cargas não devem tapar a visão do trabalhador.

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7. EXERCÍCIO FÍSICO PARA PREVENÇÃO DE ALGUMAS PATOLOGIAS

A coluna vertebral é um espelho dos nossos hábitos. A verdade é que os estilos de

vida da sociedade actual nem sempre são os mais saudáveis e tal reflecte-se na

nossa saúde em geral e nas costas, em particular.

Muitas das dores nas costas podem ter causas simples relacionadas com a

postura. A qualidade de vida e capacidade para o trabalho podem diminuir

significativamente devido à dor crónica.

O exercício físico é uma das melhores soluções para problemas de coluna uma vez

que para além de preservar a flexibilidade, favorecer a digestão, circulação e

respiração, fortalece os músculos abdominais e dorsais, prevenindo o

aparecimento de dores causadas pelo sedentarismo.

Para manter uma boa postura e alguma flexibilidade é importante fazer

diariamente uma série de exercícios de alongamento, melhor ainda é se isto for

concretizado no local de trabalho. Sempre que permanecer mais do que uma hora

na posição de sentado, seria ideal fazer uma pequena pausa e executar um

esquema de exercícios.

É importante para quem apresenta um quadro de dor nas costas, realizar alguma

actividade física regularmente. O exercício físico é uma excelente forma de

tratamento.

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É sempre importante lembrar que a prevenção é o melhor remédio para qualquer

doença, e nunca esquecer que o diagnóstico precoce, o tratamento precoce e a

actividade física são factores que contribuem para a cura das doenças da coluna.

7.1. EXERCÍCIOS NO LOCAL DE TRABALHO

Se trabalha sentado, após cada hora levante-se e ande um pouco, depois sente-se

e faça o esquema de exercícios que se segue.

Se trabalha de pé, procure assumir uma postura que não seja estática. Faça

pausas. Durante as pausas, sente-se e eleve as pernas, fazendo movimentos com

os pés para cima e para baixo, depois comece a fazer o esquema de exercícios que

se segue.

7.2. ESQUEMA DE EXERCÍCIOS

1. Sente-se, mantendo a coluna direita e os pés bem assentes no chão (o ideal

seria ter ou improvisar um apoio para os pés, neste caso uma lista

telefónica poderá adequar-se).

2. Rode o pescoço para a direita e para a esquerda, até ao fim do movimento –

inspire quando olha em frente e expire quando olha para os lados. Faça

algumas repetições.

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3. Leve o seu queixo ao peito (com a boca fechada) e, em seguida, olhe para o

tecto. Repita algumas vezes.

4. Incline a sua cabeça para a direita, levando a orelha direita em direcção ao

ombro direito. Faça o mesmo para o lado esquerdo – inspire no centro e

expire quando faz a inclinação (o nariz mantém-se virado para a frente, não

rode o pescoço!). Faça algumas repetições.

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5. Eleve e baixe os ombros várias vezes.

6. Entrelace as mãos atrás das costas e estique bem os braços.

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7. Faça o mesmo à frente, virando as palmas das mãos para a frente, estique

bem os braços.

8. Abra e feche as mãos várias vezes.

9. Inspire, aumentando o volume da barriga e expire, encostando a zona

lombar à cadeira com as costas direitas. Faça algumas repetições.

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10. Espreguice-se.

11. Puxe os pés para cima e para baixo e rode-os para um lado e para o outro.

Se trabalha sentado, continue o seu trabalho com a coluna direita, a zona

lombar encostada e os pés bem assentes no chão ou num apoio.

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Se trabalha de pé e se está muito tempo parado, mantenha alternadamente um

dos pés num degrau. Se passa muito tempo de pé, parado, pense em usar meias

de descanso.

8. EXERCÍCIOS PARA FAZER EM CASA – PREVENÇÃO/ALIVIO DA DOR LOMBAR

Deitado de barriga para cima

1. Báscula da bacia – partindo da posição de deitado com as pernas dobradas,

contrair o abdómen e as nádegas, encostando as costas ao chão.

2. Mantendo essa posição, levar um joelho ao peito, alternadamente.

3. Deitado, com as pernas dobradas, levantar o rabo do chão.


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4. Levar os joelhos (juntos) ao peito e rodá-los ora para um lado, ora para o

outro.

Deitado de barriga para baixo

1. Com os braços ao longo do tronco, levante a cabeça e os ombros do chão.

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2. Levante uma perna de cada vez, mantendo a perna esticada.

3. Com as mãos apoiadas, levantar o tronco esticando os braços.

De gatas
1. Fazer o “gato assanhado”.

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2. Leve um joelho ao peito e depois estique essa perna atrás. Fazer com as

duas pernas, alternadamente.

De joelhos

Sentado sobre os calcanhares, tentar ir o mais longe possível com as mãos à

frente.

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De pé

Estique-se, espreguiçando-se.

Nota: Faça cerca de 10 repetições de cada exercício, calmamente.

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9. RECOMENDAÇÕES GERAIS

1. Evite estar muito tempo na mesma posição, quer seja sentado, de pé ou

deitado;

2. Estar muito tempo de pé na mesma posição fatiga os músculos da coluna. Evite-

o e, se o tiver que fazer por um período de tempo prolongado, use um pequeno

estrado para elevar alternadamente um dos pés;

3. Se trabalha muito tempo na posição de sentado ajuste a cadeira ao seu corpo

(encosto, base e altura). Se necessário adapte um apoio lombar (poderá ser um

rolo almofadado ou uma toalha em forma de rolo) e um apoio para os pés (uma

lista telefónica serve);.

4. Se levanta cargas, faça-o dobrando os joelhos, segurando o objecto o mais

perto possível do corpo, mantendo as costas direitas;

5. Quando transporta uma carga, faça-o de forma a que esta fique o mais

próximo do corpo, ou distribua, se possível, o seu peso pelos dois lados do

corpo;

6. Distribua o seu trabalho ao longo do dia, de forma a que existam períodos de

repouso;

7. Em casa, evite fazer tarefas que apresentem o mesmo padrão de movimento

das que realiza no trabalho;

8. Procure dormir num colchão que não seja mole, de modo a evitar a curvatura

excessiva do tronco, a almofada deve ser firme e baixa e o pescoço deve estar

todo apoiado. A posição ideal para dormir é de lado ou de barriga para cima,

não durma de barriga para baixo;

9. Se sente sensação de peso e cansaço nas pernas, coloque debaixo do seu

colchão, no local dos pés, um objecto que permita uma ligeira elevação;

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10. Mantenha uma boa condição física – faça exercício;

11. Realize os esquemas de exercícios recomendados, tanto no local de trabalho

como em casa;

12. Se tiver dores nas costas, mesmo seguindo os exercícios e recomendações,

fale com o seu Fisioterapeuta.

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10 - CONCLUSÃO

Somos preparados para a vida activa, ao longo do processo educativo e de formação

profissional, no qual são proporcionados conhecimentos em diferentes domínios, que

nos ensinam a ler, a escrever, a efectuar cálculos, a trabalhar com equipamentos,

mas quase sempre faltam os conhecimentos relativos à utilização correcta do nosso

corpo, à forma como devemos dosear os esforços e à necessidade de, perante cada

tarefa concreta, adoptarmos uma postura de trabalho adequada que permita dar

maior rendimento e salvaguardar a nossa integridade física.

Assim, não é de admirar, que em geral toda a actividade ligada à armazenagem e

transporte e à movimentação de cargas seja uma causa de muitos acidentes graves

e de lesões incapacitantes, associadas predominantemente a problemas da coluna

vertebral que é afectada por traumatismos consecutivos, devidos a posturas de

trabalho incorrectas.

Qualquer que seja a tarefa a executar, o trabalhador utiliza o seu corpo de

diversas maneiras, tendo necessidade de o utilizar racionalmente, de acordo com os

princípios biomecânicos de segurança.

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11 - BIBLIOGRAFIA

• BARATA, Paulo Jorge. Monografia Efectuada sobre Manipulação e Transporte


de Cargas – seus custos – Empresa Autisil. Lisboa: U.T.L. Faculdade de Motricidade
Humana. 1992/1993.

• COTRIM, Teresa Margarida – Análise da Carga Postural em Contexto


Hospitalar. Lisboa: U.T.L. Faculdade de Motricidade Humana, 1994/1995.

• Decreto- Lei n.º 330/93 de 25 de Setembro- Prescrições mínimas de


Segurança e de Saúde na Movimentação Manual de cargas.

• GRANDJEEAN, E.. Manual de Ergonomia. Adaptando o trabalho ao homem.


Porto Alegre- Brasil , 1998. 4ª Edição.

• LACOMBLEZ, Marianne; SILVA, Aurora; FREITAS, Isabel. Ergonomia e


Antropometria. Universidade Aberta. 1996.

• MIGUEL, Alberto Sérgio – Manual de Higiene e Segurança do Trabalho-


Universidade Aberta , 1998.

• MONTMOLLIN, Maurice – A Ergonomia. Sociedade e Organizações (colecção).


Lisboa: Instituto Piaget, 1990.

• TEIXEIRA, F. 1998. Movimentação Manual de Cargas. in Segurança Higiene e


Saúde no Trabalho. 1ª ed. IDICT.

• UGT. Movimentação de Cargas. Manual de Segurança, Higiene e Saúde no


Trabalho. Lisboa, 1995. cap. III p. 194-207.

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