Relatório

3.2) O Colapso de Estado

Sei que muitos pensam ser uma coisa meio melancólica quando paramos para pensar
sobre nossa vida no dia do aniversário. As mulheres normalmente necessitam de uma boa
dose de chocolate ou sorvete. Já os homens de cachaça. Outros dizem que isso é coisa de
velho. Mas há tempo venho tendo reflexões sobre a vida, o cotidiano, o trabalho, amigos e
família. Então para não parecer coisa de velho depressivo, publico minhas percepções um dia
antes do meu aniversário. Porque velho depressivo é o kct!

E digo mais: nunca li a Bíblia, Corão ou qualquer outro livro religioso. Sou ateu
agnóstico acho que todos aqui já sabem. Portanto não há como eu misturar ciência com fé nas
palavras escritas abaixo. Mas penso que cada um pode trazer para seu universo de crença(s)
algumas coisas que refleti. Por outro lado... yo no creo en brujas pero que las hay

A partir de algumas estimulações ambientais nos últimos anos, refleti, interagi e reagi.
Colapsando meus pensamentos em um novo estado que busco descrever aqui.

Bem, penso que tudo começa com uma ingrata palavra: PROBLEMA. Minha vida até
poucos dias era resolver PROBLEMAS. Como diz um amigo meu parece que quando não temos
PROBLEMAS não temos trabalho a ser feito, ficamos ociosos. Isso é loucura, mas tenho certeza
que muitos concordam comigo, ou seja, muitos possuem esse PROBLEMA. O Japão sim teve
PROBLEMAS com terremoto. Ter agora um ataque cardíaco é sim um PROBLEMA. Penso que a
palavra PROBLEMA deveria ser utilizada a partir de determinado grau de problema. Que
PROBLEMAS em 99% das situações do meu dia são problemas. E quando pequenos deveriam ter
não somente outro nome, mas outra conotação. 99% do que seriam problemas chamo-os agora
de MELHORIAS. Pois percebi que de fato são melhorias, ora bolas. E se a proporção se
mantiver por muitos anos vai ser ótimo! Sem PROBLEMAS! MUITAS MELHORIAS!

Uma situação prática. Tem uma porra de uma goteira no telhado lá de casa. Isso é um
problema? Para mim não mais, mas algo que tenho que melhorar. PROBLEMA seria se nem
telhado tivesse. Sei que esse tipo de raciocínio dá pano pra manga. Então mais detalhes sobre
a questão do PROBLEMA nas considerações finais.

Mudando de assunto. Pode parecer óbvio, mas internalizar cognitivamente isso não é
tão simples. Principalmente no mundo empresarial que vivo: impossível fazer todas as
atividades que tenho que fazer para me sentir tranqüilo. Então vou ficar tranqüilo, já que não
dá mesmo! É o velho foda-se em ação. Na prática mesmo.

Outra coisa importantíssima: pensar nas coisas boas. Pensar nas pessoas que gosto,
lugares em que me sinto bem, aromas e sons que me despertam prazer, nas texturas. Comecei
a praticar isso e é muito interessante como minha mente se abre como um pulmão numa
respiração profunda. Oxigenando. Parece que a amplitude espacial que ocupo fisicamente se
transcende. É um REINICIALIZAR incrível. O tempo parece ficar lento e a quantidade de
atividades que faço multiplica-se e as melhorias simplesmente aparecem. Faça um exercício!
 Como a única certeza que temos na vida é a da própria morte (frase tomada
emprestada, ou seria um dito popular?) então nossa vivência é incerta. A cada segundo
colapsamos diversas possibilidades em apenas um estado. Mas no próximo segundo diversas
possibilidades são novamente nos sugerida e uma opção pela escolha nos imposta pela
natureza/ambiente. Para que as decisões me levem a melhorias, ou seja, evolução, para mim
não há outra forma se não refletir, interagir e reagir. Sempre partindo da seguinte condição
inicial: bons pensamentos.

Sintetizando tudo isso em uma frase que poderia ser atribuída a esses caras “profissão
palestrante” (mas é minha viu!): minha vida hoje é Refletir, Interagir e Reagir para melhorar
sempre pensando nas coisas boas. RIR até morrer!

Considerações finais.

As considerações finais podem ser discutidas pessoalmente tomando algumas!

Abraços!

Tião