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Avaliação de Desempenho em Redes 2,5G e 3G

(GSM, GPRS e EDGE), Parâmetros,


Dimensionamento e Ferramentas de Suporte à
Decisão
Lucineide Costa, Michelle Vieira, Larissa Alvares, Jasmine Araújo
Instituto de Estudos Superiores da Amazônia –IESAM, Avenida Gov. José Malcher S/N

Resumo  A introdução de tráfego de dados ou pacotes nas uma estação móvel na rede GPRS, na seção IV será explicada a
redes 2,5G e 3G levou a uma reavaliação em parâmetros de ativação de um contexto PDP, na seção V qualidade de serviço
desempenho, planejamento e dimensionamento destas redes. Este VI o QoS fim a fim na arquitetura do 3GPP e finalmente na
trabalho tem o objetivo de investigar parâmetros relacionados ao seção VII o estudo de caso de um fornecedor com um exemplo
ambiente de rádio que passaram a fazer parte da avaliação de de dimensionamento neste novo cenário.
desempenho das redes de telecomunicações sem fio e pesquisar
qual o novo cenário para dimensionamento destas redes, assim
como a especificação de uma ferramenta de suporte a decisão
através de um estudo de caso de um fornecedor de equipamento
de telecomunicações.

Palavras-chaves  GSM, GPRS, desempenho,


qualidade de serviço.

I. INTRODUÇÃO

As redes GSM oferecem transmissão de dados e suportam


taxas de transmissão na faixa de 9,6 Kbit/s. Entretanto, com a
necessidade de oferecer novas aplicações para esse ambiente
móvel e com velocidades maiores a European Fig. 1 Arquitetura da rede GPRS
Telecommunications Standards Institute – ETSI padronizou o
General Packet Radio Service – GPRS, o qual suporta II. PROTOCOLOS GPRS
transmissão de dados orientada a pacotes, suporte ao protocolo
IP e X.25 e a melhor utilização de recursos de rádio O plano de transmissão GPRS é utilizado para transferir
disponíveis. Assim como o EDGE, o GPRS melhora a dados do usuário e de sinalização entre os diferentes nós físicos
utilização dos recursos de rádio disponíveis pois ambos que compõem uma rede GPRS, na Figura 2 consta à pilha de
trabalham com transmissão em rajadas, isso significa não protocolos GPRS. A camada de aplicação fornece os serviços
dedicar um canal permanente a um usuário, este é dedicado para os usuários finais.
apenas no momento da transmissão de dados. Um pacote de dados do usuário ou PDU (Packet Data Unit)
Com as redes de terceira geração espera-se oferecer uma é recebido da camada de rede e encapsulado na camada
grande quantidade de novos serviços que terão diferentes SNDCP (Sub-Network Dependent Convergence Protocol) [1].
requisitos em termos de qualidade. O gerenciamento do QoS Esse protocolo é responsável pela multiplexação de várias
nas redes UMTS é então o elemento chave que deve habilitará conexões da camada de rede em uma única conexão lógica da
a coexistência de diferentes tipos de serviços. Uma camada LLC (Logical Link Control), criptografia, segmentação
característica importante na arquitetura de QoS é a e compressão/descompressão de dados do usuário e
diferenciação de tráfego. O Generation Partnership Project – informações de cabeçalho redundante. Após executar a função
3GPP especifica quatro diferentes classes de tráfego: de compressão, o SNDCP segmenta a PDU em um ou mais
conversação, streaming, interativo e background. quadros LLC, dependendo do tamanho máximo definido para
A Figura 1. mostra a arquitetura da rede GPRS, onde dois um quadro LLC, e os envia para a camada inferior. O SNDCP
novos nós são acrescentados à rede GSM: Serving GPRS suporta a transmissão/recepção de PDUs entre a MS e o SGSN
Support Node – SGSN e o Gateway GPRS Support Node – no modo com reconhecimento (acknowledged) e sem
GGSN. O SGSN encontra-se no mesmo nível hierárquico da reconhecimento (unacknowledged) [2]. A comunicação de
Mobile Switching Center – MSC, mantém registro da rádio entre a MS e a rede GPRS abrange as funcionalidades da
localização das estações móveis, realiza funções de segurança e camada de enlace de dados e da camada física A camada de
de controle de acesso e entrega os pacotes para as estações enlace de dados é dividida em duas sub-camadas: a camada
móveis na área atendida por ele. O GGSN interliga a rede LLC (MSSGSN) e a camada RLC/MAC (Radio Link
GPRS com as redes externas de pacotes e é interconectado ao Control/Medium Access Control) (MS-BSS).
SGSN via backbone IP e ainda mantém informações de A camada LLC [3] opera acima da camada RLC
roteamento. O HLR além de armazenar as informações de fornecendo um enlace lógico único e altamente confiável entre
localização, armazena também dados a respeito do perfil do uma MS em particular e o seu SGSN corrente. Um Data Link
usuário. Connection Identifier - DLCI identifica esse enlace lógico. O
Este artigo é composto de oito seções, será brevemente DLCI é composto pelo Temporary Logical Link Identifier -
descrito. Na seção II os protocolos de uma rede GPRS, na TLLI e pelo identificador Service AccessPoint - SAP. Os
seção III serão abordados os procedimentos de anexação de
SAPs são os pontos onde a camada SNDCP pode acessar os seguintes procedimentos devem ser seguidos para executar um
serviços oferecidos pela camada LLC. attach em uma rede GPRS [2]:
A camada RLC/MAC [4] fornece serviços para 1. A MS envia ao SGSN um pedido de anexação contendo
transferência de dados entre a MS e o BSS (mais precisamente sua identidade (P-TMSI – Packet Temporary Mobile
à PCU) sobre a camada física da interface aérea GPRS. Quatro Subscriber Identity), um NSAPI (Network layer Service Access
níveis de prioridade de rádio e um nível adicional utilizado Point Identifier) que identifica uma aplicação de rede e um
para mensagens de sinalização são suportados pela camada identificador da área de roteamento onde ela está localizada;
RLC/MAC [5]. Quando uma MS desejar acessar a rede GPRS, 2. O SGSN verifica, no HLR, se o usuário está autorizado e
ela pode indicar um dos níveis de prioridade, indicando se o autenticado para o serviço em particular;
acesso é para transmissão de mensagem de sinalização ou 3. Após a autenticação, o SGSN envia uma resposta para a
mensagem de dados do usuário. Essa informação é utilizada MS contendo um TLLI específico e temporário que será
pelo BSS para determinar a prioridade de acesso ao meio físico utilizado pela camada LLC para possibilitar a comunicação de
em caso de congestionamento. Na camada RLC do transmissor, dados no enlace lógico entre a MS e SGSN;
cada quadro recebido da camada LLC é segmentado em um ou 4. O SGSN mantém uma tabela que contém entradas
mais blocos de dados RLC. Esses blocos são enviados para a relacionadas a cada MS conectada a ele. Quando uma MS se
camada MAC onde um cabeçalho MAC e um BCS (Block registra com o SGSN, uma nova entrada é criada na tabela
Check Sequence) são adicionados formando um bloco contendo informações que mapeiam a identidade móvel com o
RLC/MAC (ou bloco de rádio). Os blocos RLC/MAC possuem TLLI atribuído a ela e o NSAPI. As entradas da tabela do
um tamanho fixo, dependendo do esquema de codificação de SGSN são atualizadas após a ativação de um contexto PDP. A
canal utilizado. Na camada RLC do receptor, os blocos de desconexão de uma MS da rede GPRS é conhecida por detach
dados RLC são reagrupados formando novamente um quadro GPRS e pode ser iniciada pela MS ou pela rede.
LLC. A camada RLC também pode operar no modo de
transmissão com ou sem reconhecimento. IV. ATIVAÇÃO DE CONTEXTO PDP
A camada MAC opera entre a MS e a BTS e é responsável
pelas seguintes funções: supervisão da carga de uma célula, Após a MS ter se registrado com um SGSN da sua rede
controle de tentativa de acesso ao meio de transmissão GPRS, ela precisa alocar um ou mais endereços da camada de
compartilhado por várias MS’s (empregando algoritmos para rede, chamados de endereços Packet Data Protocol - PDP, de
resolução de conteúdo), multiplexação de blocos de rádio no modo a enviar/receber pacotes para/de uma MS residindo em
meio físico uma Packet Data Network - PDN externa. Essa operação
A camada física entre a MS e o BSS é dividida em duas estabelece uma associação entre o SGSN com a qual a MS se
sub-camadas: PLL (Physical Link Layer) e a RFL (Radio registrou e o GGSN que mantém o(s) endereço(s) PDP
Frequency Layer). A sub-camada PLL fornece um canal físico atribuído(s) a MS, possibilitando a interoperabilidade com
entre a MS e o BSS e inclui a função de modulação e PDNs externas.
demodulação. O BSSGP (BSS GPRS Protocol) [6] fornece O registro da associação entre um endereço PDP individual,
informações de QoS e roteamento para facilitar a transferência que identifica a aplicação de um assinante móvel, um SGSN e
de dados entre o BSS e o SGSN. um GGSN são chamados de contexto PDP. Os seguintes
Para transmitir pacotes IP ou X.25 através da rede parâmetros podem ser definidos em um contexto PDP:
backbone GPRS baseada em IP, o SGSN e o GGSN • Endereço PDP (IP ou X.25) e tipo PDP (IPv4, IPv6, X25)
encapsulam e transmitem esses pacotes utilizando um atribuído para uma MS;
protocolo especializado chamado GTP (GPRS Tunneling • Endereço de um GGSN que serve como ponto de acesso
Protocol) [7]. Esse protocolo opera acima do protocolo TCP para uma PDN externa;
(Transfer Control Protocol), usado para tráfego de pacotes • Perfil de QoS: define a QoS esperada por um assinante
X.25, ou do protocolo UDP (User Datagram Protocol), usado móvel em termos dos seguintes atributos: atraso,
para tráfego de pacotes IP. confiabilidade, precedência de serviço e throughput.
Uma MS pode possuir vários endereços PDP ativos
simultaneamente e estes podem ser controlados por diferentes
GGSNs [2]. Para cada endereço PDP alocado, um contexto
PDP com um perfil de QoS diferente pode ser criado e uma
cópia de cada um desses contextos ativos é armazenada na MS,
no SGSN e no GGSN.
Para estabelecer comunicação com um elemento de uma
PDN externa (por exemplo, um servidor web conectado a
Internet), um contexto PDP deve ser ativado. A ativação de um
contexto PDP pode ser executada por uma MS ou pela rede
(GGSN). Quando um pacote destinado a um endereço PDP
específico for recebido de uma PDN e não existir um contexto
PDP ativo para esse endereço, o GGSN poderá simplesmente
Fig. 2 Pilha de Protocolos GPRS descartar o pacote ou tentar ativar um contexto PDP com a MS
correspondente.
III. PROCEDIMENTOS DE ATTACH E DETACH GPRS O GGSN, se necessário, pede ao HLR informações de
roteamento necessárias para o endereço PDP. Se o HLR
possuir essas informações, ele enviará uma mensagem de
Quando uma MS desejar dar início a uma sessão de dados
confirmação contendo IMSI e o endereço IP do SGSN servindo
comutada a pacotes, ela precisa registrar-se com o SGSN da
a MS. Caso contrário, o HLR informará a causa indicando a
rede. Esse procedimento é chamado de attach GPRS e ele
razão para a resposta negativa. Se uma resposta positiva for
estabelece um enlace lógico entre a MS e o SGSN. Os
recebida, o GGSN pedirá ao SGSN para enviar uma mensagem estação móvel (MS) tenha contextos simultâneos múltiplos de
a MS (contendo o endereço PDP e o tipo PDP) solicitando a PDP, mas todos necessitam um endereço dedicado de PDP
ativação de um contexto PDP. A partir desse momento, o [10].
mesmo procedimento de ativação de contexto PDP ilustrado na Para o tratamento diferenciado de QoS, os contextos
Figura 3 é iniciado pela MS. preliminares e/ou secundários de PDP necessitam ser ativados
para a mesma MS [10].
O Rel'99 inclui algumas características que permitem um
controle melhor da provisão de QoS no domínio de rádio,
como a emissão das exigências de QoS do 2G - SGSM ao BSS
por meio do contexto do fluxo do pacote da BSS (PFC). Um
BSS dado PFC pode ser compartilhado por um ou por mais
contextos ativados de PDP com as exigências negociadas
idênticas ou similares de QoS [10].
A especificação de Rel'99 GERAN permite a sustentação
de todos os parâmetros de QoS padronizados restantes, exceto
a classe de conversação de tráfego. Padronizou também o uso
dos serviços diferenciados IETF (serviço) de Diff- [11, 12]
para a priorização do pacote IP do plano do usuário como uma
parte do core de serviços básicos (CN BS) [10].
Na negociação do contexto PDP, os atributos de QoS são
negociados entre o terminal e a rede. As exigências de QoS
Fig. 3 Ativação de um Contexto PDP. divulgadas através do perfil de QoS em Rel'97/98 são definidas
nos termos dos seguintes atributos: a precedência, classes de
V. QUALIDADE DE SERVIÇO atraso, da confiabilidade e de throughput [10].
O objetivo em um ambiente QoS é permitir a entrega
QoS é definido como o efeito coletivo dos desempenhos de preferencialmente do serviço a determinados tipos de tráfego.
serviço que determina o grau de satisfação de um usuário do As funções que gerenciam o QoS pertencem ao plano do
serviço [9]. De modo a oferecer qualidade aos serviços de usuário. Os mecanismos do plano de controle de QoS são
dados e voz dos assinantes móveis, o ETSI definiu quatro responsáveis por duas tarefas principais: controle e
classes de QoS para uma rede GPRS [9]: estabelecimento da admissão da conexão, e QoS que preserva
Atraso: determina valores máximos para o tempo de mecanismos [10].
transferência de pacotes fim a fim entre duas interfaces. A finalidade da função de controle da admissão é aceitar ou
Confiabilidade: representa valores máximos aceitos por negar usuários novos na rede de acesso de rádio. Desta
uma aplicação em termos da probabilidade de pacotes maneira, o controle da admissão tenta evitar as situações da
perdidos, duplicados e entregues fora de seqüência; sobrecarga que baseiam suas decisões em medidas da
Precedência de serviço: define três níveis de prioridade disponibilidade da interferência e do recurso. Os serviços
para um serviço: 1 (prioridade alta), 2 (prioridade normal) e 3 diferentes devem ser feitos sobre os portadores de rádio
(prioridade baixa). Em caso de congestionamento na rede, apropriados que permitem exigências de QoS ser satisfatória
serviços com uma prioridade mais alta receberão um melhor [10].
tratamento; A otimização da gerência de recurso de rádio é uma questão
Throughput: especifica a taxa de dados máxima em chave em GERAN. Uma gerência de recurso eficiente sobre o
octetos por segundo e a taxa de dados média em octetos por domínio de rádio é um dos mecanismos mais importantes e os
hora esperados em uma transferência de pacotes na rede. Nove mais eficazes de QoS. O gerente de recurso tem a tarefa
classes são definidas para a taxa de dados máxima, variando de principal de determinar os recursos necessários ao
8 kbit/s até 2048 kbit/s, e dezenove classes definem diferentes funcionamento das exigências de QoS de uma conexão nova e
taxas de dados média que variam entre 100 octetos por hora de verificar se há bastantes recursos disponíveis na pilha para
(~0,22 bit/s) e 50M octetos por hora (~111 kbit/s). suportar estas exigências [10].
As classes de QoS são negociadas pela MS e a rede GPRS Handovers podem ser provocados por razões diferentes, por
na assinatura de um contrato ou durante o estabelecimento de exemplo, são executados quando a MS deixa a área do domínio
uma chamada. Através da combinação dessas classes, vários do serviço. Em outros casos, são executados quando a chamada
perfis de QoS podem ser definidos e cada perfil é armazenado atual está experimentando má qualidade [10].
em um contexto PDP diferente. As ligações wireless são afetadas por condições da ligação
de rádio. Isto implica que o desempenho nos termos do
VI. QoS FIM A FIM NA ARQUITETURA DO throughput, atraso e relação do erro do bloco está variando
3GPP continuamente. Essas variações no provisionamento de QoS
devem ser compensadas tanto quanto possível, selecionando
O Rel'97/98 trouxe a evolução da arquitetura da gerência de esquemas apropriados de modulação e de código. Esse
QoS para redes móveis, onde o GPRS foi introduzido. Tendo mecanismo é reconhecido como a adaptação da ligação [10].
característica principal a base GPRS da estrutura de gerência Agendamento de pacote é a função do núcleo no
de QOS, a introdução do conceito do serviço de portador de provisionamento de QoS. Desde que o domínio de rádio é o
GPRS (BS). Esse serviço é baseado no conceito do contexto mais provável gargalo da rede inteira, um eficiente tratamento
de PDP essencialmente uma conexão lógica entre a estação dos blocos de rádio baseados em prioridades é uma questão
móvel (MS) e do nó GPRS (GGSN) para carregar todo o chave. Essa função gerencia os recursos de rádio programando
tráfego do IP e da MS [10]. para um RABs/PFCs diferente para os sentidos do uplink e do
O primeiro padrão do GPRS (Rel'97/98) permite que uma downlink [10].
O objetivo da função de controle de potência é a redução de
níveis da interferência quando o QoS das conexões for Contadore IIP throughput IIP torced atraso IIP torced atraso Streaming
s de DL UL connection
mantido, o que causa um aumento da capacidade e uma performan
melhoria da eficiência espectral [10]. ce BSS
nível 1 Diagnóstico de problemas que devem ser realizados com
Do ponto de vista do móvel, a gerência fim a fim do QoS é contadores do nível dois
Qualidade do Carga do Carga do Alocação
de interesse chave. Basicamente, oferece um ponto de controle Contadore
s de
link de radio trafego GPRS trafego CS PDCH

centralizado de QoS, que administra a rede a fim de conseguir performan


ce BSS
um comportamento consistente do serviço para a necessidade nível 2
Utilização de Carga RPP
de um QoS especifico. Isso significa que todas as funções QoS Multislot
Mobilidade Dispositivo GSL

relacionadas distribuídas ao longo da rede poderiam ser Indicador


es de
controladas de um ponto central de administração [10]. performan Contadores Contadores Contadores de QOS Estabelecimento e
ce BSS adicionais por setor adicionais para no nível de BSS Desconexão
adicional

VII. ESTUDO DE CASO: Estatísticas Ericsson Contadores Contadores para Carga CCH
adicionais por BSC manter os

Nesta seção serão apresentados diferentes métodos de


medição do desempenho da rede e a percepção da qualidade
pelo usuário, além de um exemplo de dimensionamento de rede Fig. 4 Estrutura dos contadores GPRS/EDGE [13]
baseado em um parâmetro de desempenho.
Monitorar as medidas estatísticas é muito importante para Existem também outros fatores os quais determinam como
uma operadora de serviços de telecomunicações, essas medidas o usuário percebe o serviço GPRS/EDGE. A Figura 5 indica os
podem ser usadas para: monitorar e otimizar o desempenho da fatores que podem afetar a percepção dos usuários do serviço
rede de rádios, dimensionar a rede e encontrar problemas [13]. GPRS/EDGE, os efeitos dos fatores TCP/IP e outros efeitos
No caso da rede GSM os critérios baseiam-se no foco da fora do BSS não podem ser medidos na BSS [13].
qualidade percebida pelo usuário: acessibilidade (acesso
randômico, congestionamento no canal SDCCH e TCH e
estabelecimento da chamada), retenabilidade (queda de
chamadas, handover e interferência) e qualidade da voz [13].
No entanto, para redes comutadas a pacotes, é mais difícil
definir contadores estatísticos na BSS e relacioná-los a
percepção dos usuários da qualidade de serviço. Existem duas
razões para isso: O sistema GPRS/EDGE tem muitas camadas
de protocolos. Uma sessão onde um TBF (Temporary Block
Flow) é desconectado por alguma razão, um problema de
retenabilidade ao nível da BSS, normalmente será mantido Fig. 5 Fatores que podem afetar o desempenho percebido
ativo pelo TCP até que um novo TBF seja estabelecido. Para o pelo usuário GPRS/EDGE [12].
usuário parece como um problema de integridade, uma sessão
que incluiu um pequeno atraso. Outra razão é que a rede Ao dimensionar uma rede GPRS/EDGE o objetivo é
GPRS/EDGE comporta um número diferente de aplicações, localizar a carga em cada canal (kbps/PDCH) desta maneira os
que são afetadas pelos eventos da rede de rádios em diferentes usuários GPRS/EDGE experimentariam um throughput (kbps)
maneiras. Por exemplo, se uma BSS falha ao transferir algum estimado no nível de aplicação. O throughput atingido em uma
dado por cinco segundos isso apareceria como um problema rede GPRS/EDGE é primariamente dependente das
grave de desempenho para um usuário WAP [13]. capacidades do canal e da quantidade de tráfego GPRS/EDGE.
Os contadores por sua vez se detêm a medir a principal Também é dependente do ambiente de interferência, da classe
tarefa da BSS que é transferir pacotes IP entre a rede core e os da MS e do tipo de tráfego gerado pelos usuários. Assim, são
terminais GPRS/EDGE. Os contadores são agrupados em três quatro os conceitos importantes no dimensionamento:
áreas [13]: utilização do PDCH, largura de banda do link de rádio,
Indicadores de Desempenho Nível Um: esses contadores tamanho do objeto e throughput do usuário final [13].A tabela I
estão diretamente relacionados à habilidade do BSS para mapeia tamanhos típicos de objetos e as aplicações envolvidas
transportar pacotes IP. Eles são contadores com foco em uma [13].
área de desempenho da BSS (com isso poderia ser afetado por Tabela I Mapeamento das aplicações versus tamanho do
um número de fatores diferentes) o qual impacta na percepção objeto [13].
do usuário do serviço[13].
Indicadores de Desempenho Nível 2: esses contadores são
indiretamente relacionados à habilidade da BSS para
transportar os pacotes IP. Eles deveriam ser usados com o
propósito de encontrar problemas para identificar fatores
específicos que estão levando os indicadores de nível um a
mostrar desempenho ruim. [13].
Indicadores de desempenho adicionais: estes indicadores
são utilizados para monitoração de impacto e avaliação de
funcionalidades específicas [13]. Um exemplo de dimensionamento ocorre quando o
A Figura 4 mostra como os contadores estatísticos são requerimento de qualidade é o tempo de entrega do servidor
agrupados dentro das três áreas. para MS de uma mensagem MMS de tamanho igual a 30 kB
não deve levar mais que 8 segundos. Não está incluso neste
tempo o atraso da sinalização MMS e o processo de
negociação. Isso é tipicamente pouco tempo e depende do VIII. CONCLUSÃO
tempo de estabelecimento do serviço de MMS [13].
Para uma célula com 1 PDCH dedicado, utilizando CS-2 e Este trabalho propôs-se a investigar parâmetros
os usuários utilizam MS com capacidade de 4 slots. A taxa de relacionados ao ambiente de rádio, pesquisar qual o novo
bit no link de rádio possui uma média de 10 kbps por PDCH, o cenário para dimensionamento destas redes, assim como a
tráfego da célula é igual a 2,2 Erl e a média do número de especificação de uma ferramenta de suporte a decisão através
PDCHs trafegando ao menos um TBF é igual a 1,6. de um estudo de caso de um fornecedor de equipamento de
Desta maneira, calcula-se: telecomunicações. Desta maneira, a implementação da
Largura de banda do link de rádio: 4x10kpbs= 40 kbps; ferramenta ocorrerá em trabalhos futuros tomando por base
Aumento de Carga esperada no GPRS devido ao MMS: esta pesquisa que teve sua principal contribuição na
1,6x1,5=2,4 identificação e estudo dos parâmetros de qualidade de serviço
O throughput requerido: 30Kb/8 segundos = 30kbps. para as novas redes.
Utiliza-se então o gráfico de 20Kbyte devido à proximidade Finalmente, o ambiente de pacotes guarda muitas
do tamanho do objeto. informações e pode-se retirá-las de vários lugares na rede de
Usando o gráfico da Figura 6, pode-se encontrar a dados, este trabalho explorou os dados armazenados na BSC,
utilização de 40% do PDCH, pois se tem o valor da largura de mas existem outros parâmetros já citados como atraso,
rádio igual a 40kbps e a média de throughput de 30 kbps. confiabilidade e precedência que podem ser retirados do
Calcula-se então o mínimo de PDCHs requeridos na SGSN.
célula=2,4/0,4= 6 PDCHs.
A conclusão é que com o crescimento do tráfego e para REFERÊNCIAS
continuar tendo a qualidade de serviço requerida, ao menos a
média de 6 PDCHs devem estar disponíveis na célula. Com a [1] Digital cellular telecommunications system (Phase 2+); General
Packet Radio Service (GPRS); Mobile Station (MS) – Serving GPRS
configuração atual 4,8 PDCHs estão disponíveis. Support Node (SGSN); Subnetwork Dependent Convergence Protocol
Existem então três opções para se ter os 6 PDCHs (SNDCP). ETSI TS 101 297 (2001-09). 3GPP TS 04.65, v. 8.2.0,
requeridos: Release 1999.
a) Diminuir o tráfego de voz na célula para um valor de 1 [2] BATES, Regis J. (Bud). GPRS General Packet Radio Service. USA :
McGraw- Hill, 2002.
Erl ou menor. [3] Digital cellular telecommunications system (Phase 2+); General
b) Dedicar 6 PDCHs na célula (não é uma opção realista) Packet Radio Service (GPRS); Mobile Station – Serving GPRS
c) Expandir a célula com um segundo TRX. Support Node (MS-SGSN); Logical Link Control (LLC) layer
Caso nem uma das ações acima seja feita, o aumento de specification. ETSI TS 101 351 (2001-12). 3GPP TS 04.64, v. 8.7.0,
Release 1999.
carga gerada será de 50%, consultando novamente o gráfico [4] Digital cellular telecommunications system (Phase 2+); General
essa carga corresponderá a um throughput de 27 kbps, um Packet Radio Service (GPRS); Mobile Station (MS) – Base Station
tempo de download de 8,9 segundos para objetos MMSs de System (BSS) interface; Radio Link Control/Medium Access Control
30kByte. (RLC/MAC) protocol. ETSI TS 101 349 (2001-06). 3GPP TS 04.60, v.
8.10.0, Release 1999.
Uma ferramenta de avaliação de desempenho, desta [5] BILGIC, Murat; ESSIGMANN, Kurt; HOLMSTROM, Tomas et al.
maneira, pode ser desenvolvida tendo como entradas os Quality of Service in General Packet Radio Service. In: IEEE
parâmetros de largura de rádio e throughput requerido e como INTERNATIONAL WORKSHOP ON MOBILE MULTIMEDIA
COMMUNICATIONS (6.: Nov. 1999 : San Diego, CA, USA).
saída à utilização, o gráfico da figura 6, pode ser representado Proceedings. USA, 1999. p. 226-231.
através do treinamento de uma rede neural. [6] Digital cellular telecommunications system (Phase 2+); General
Packet Radio Service (GPRS); Base Station System (BSS) – Serving
GPRS Support Node (SGSN); BSS GPRS Protocol (BSSGP). ETSI TS
101 343 (2001-06). 3GPP TS 08.18, v. 8.8.0, Release 1999.
[7] Digital cellular telecommunications system (Phase 2+); General
Packet Radio Service (GPRS); GPRS Tunneling Protocol (GTP)
across the Gn and Gp Interface. ETSI TS 101 347 (2002-06). 3GPP
TS 09.60, v. 7.9.0, Release 1998.
[8] KARAGIANNIS, Georgios; HEIJENK, Geert. QoS in GPRS. CTIT
Technical Report Series, n. 00-29, ISSN 1381-3625. Dec. 2000.
[9] HALONEN, Timo; ROMERO, Xavier; MELERO, Juan. GSM, GPRS
AND EDGE PERFORMANCE, Evolution Towarsds 3G/UMTS. USA :
John Wiley & Sons Ltd., 2003.
[10] RFC-3246, Davie B., Charny A., Bennett J., Benson K., Le Bouded,
J., Courtney W., Davari S., Firoiu V., Stiliadis D., An Expedited
Forwarding PHB (Per-Hop Behaviour).
[11] RFC-3246, Davie B., Charny A., Bennett J., Benson K., Le Bouded,
J., Courtney W., Davari S., Firoiu V., Stiliadis D., An Expedited
Forwarding PHB (Per-Hop Behaviour).
[12] RFC-2597, Heinanen J., Baker F., Weiss W., Wroclawski J., Assured
Forwarding PHB Group.
[13] Ericsson Documentation, User Description, Radio Network Statistics,
62/1553-HSC 103 12/4 Uen E.

Fig. 6 Requerimento de throughput de 30 kbps leva a uma


utilização de ao menos 40%[13].

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