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Projeto de estágio
“Capacitação dos cuidadores informais”
Projeto de estágio
“Capacitação dos cuidadores informais”
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RESUMO
Este projeto tem como finalidade diminuir a sobrecarga dos cuidadores da USIT
e capacitar os mesmos.
Considero este projeto como um complemento aos cuidados prestados pela equipa
de saúde, reconhecendo-o como fundamental e necessário para um maior apoio aos
cuidadores e na melhoria da qualidade de vida dos mesmos.
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ABSTRACT
The purpose of this project is to decrease the burden on USIT caregivers and to
empower them.
This study aims to understand the level of burnout among the informal caregivers
enrolled in the Health Care Unit of Terceira Island and empower them. To accomplish
this, we intend to conduct a descriptive study of the caregivers. As a data collection tool,
I will use the completion and application of a survey to each caregiver as a strategy and
process the data collected in order to move on to another activity which will be to
implement the telephone helpline and then disseminate it to the entire population and not
only to the caregivers.
I consider this project as a complement to the care provided by the health team,
recognizing it as fundamental and necessary for greater support to caregivers and in
improving their quality of life.
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ABREVIATURA E SIGLAS
CI – Cuidador Informal
5
ÍNDICE
Resumo ........................................................................................................................................................ 3
Abstract ....................................................................................................................................................... 4
Abreviatura e Siglas ................................................................................................................................... 5
Índice ........................................................................................................................................................... 6
Índice de Tabelas ........................................................................................................................................ 7
Introdução ................................................................................................................................................... 8
Capítulo 1 – TEMÁTICA E PROBLEMÁTICA ................................................................................... 10
História do serviço social ..................................................................................................................... 10
Serviço social na saúde ......................................................................................................................... 11
Cuidados de Saúde Primários ............................................................................................................. 12
Estatuto do Cuidador Informal ........................................................................................................... 13
Sobrecarga dos cuidadores .................................................................................................................. 14
Capítulo 2 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO TERRITÓRIO, DA ORGANIZAÇAO E DO
SERVIÇO/RESPOSTA SOCIAL ........................................................................................................... 15
Características do território ................................................................................................................ 15
Características da organização............................................................................................................ 16
Unidade de Saúde da ilha Terceira – USIT .................................................................................... 16
Instalações ......................................................................................................................................... 17
Estrutura ........................................................................................................................................... 17
Missão ................................................................................................................................................ 17
Objetivos ........................................................................................................................................... 17
Visão .................................................................................................................................................. 17
Recursos Humanos ........................................................................................................................... 18
Características do serviço/Resposta Social ......................................................................................... 18
Gabinete Local de Apoio ao Cuidador Informal – GLACI .......................................................... 18
Serviço Social na Instituição ................................................................................................................ 19
Análise SWOT ...................................................................................................................................... 19
Capítulo 3 – Projeto de Intervenção ....................................................................................................... 21
Diagnóstico Social ................................................................................................................................. 21
Objetivos ............................................................................................................................................... 25
Metodologia ........................................................................................................................................... 26
Cronograma .......................................................................................................................................... 27
Recursos ................................................................................................................................................ 28
Avaliação ............................................................................................................................................... 28
6
Divulgação ............................................................................................................................................. 29
Conclusão .................................................................................................................................................. 31
Autoavaliação........................................................................................................................................ 32
Referencias Bibliográficas ....................................................................................................................... 33
Anexos ....................................................................................................................................................... 35
Anexo 1 – Ornograma da Unidade de Saúde da ilha Terceira ............................................................... 35
Anexo 2 – Análise SWOT da Unidade de Saúde da ilha Terceira ......................................................... 35
Anexo 3 – Número de Colaboradores por carreira e situação ................................................................ 36
Anexo 4 – Panfleto do Gabinete Local de Apoio ao Cuidador Informal................................................ 36
Anexo 5 – Questionário aplicado à Assistente Social ............................................................................ 37
ÍNDICE DE TABELAS
7
INTRODUÇÃO
8
O projeto é dividido em três capítulos distintos:
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CAPÍTULO 1 – TEMÁTICA E PROBLEMÁTICA
No ano de 1899 foi iniciada uma organização dos serviços de saúde pública, com
o Decreto-Lei de 28 de dezembro e o Regulamento Geral dos Serviços de Saúde e
Beneficência Pública, de 24 de dezembro de 1901. Um ano depois, a lei n.º 2011, de 2 de
abril de 1946, determina a organização dos serviços prestadores de cuidados de saúde
existentes, gerando as bases para uma rede hospitalar. Inicia-se um programa de
construção de hospitais que serão entregues às misericórdias. No ano de 1958, o
ministério da saúde e da Assistência surge devido ao Decreto-Lei n.º 41825, de 13 de
agosto. A tutela dos serviços de saúde pública deixam de pertencer ao Ministério do
Interior (SNS, 2021)
Em 1976, é aprovada nova Constituição, cujo artigo 64.º dita que todos os
cidadãos têm direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover. Alguns anos
depois, no ano de 1990 a lei n.º 48/90, de 24 de Agosto, aprova a Lei de Bases da Saúde,
onde a proteção da saúde é perspetivada não só como um direito, mas como uma
responsabilidade conjunta dos cidadãos, da sociedade e do estado, em liberdade de
procura e de prestação de cuidados. (SNS, 2021)
10
entidades convencionadas em tempo considerado clinicamente aceitável para a condição
de saúde de cada utente do SNS, nos termos da lei. (SNS, 2021).
Desta forma, o Serviço Social atua em diversos níveis, sendo que a sua área de
intervenção na saúde é muito diversificada. Sendo assim, este age ao nível dos cuidados
de saúde primários, secundários e terciários, ou seja, o Assistente Social pode exercer
funções em muitas vertentes desta, nomeadamente, em centros de saúde, hospitais, na
própria RNCCI e na área da saúde mental e toxicodependências. (Carvalho, 2012)
11
funcionamento e sustentabilidade do sistema de saúde na sua configuração e filosofia
atuais, uma vez que se trata de um trabalho económico e sociocultural aos cuidados de
saúde de setores vulneráveis da população utente. (Carvalho, 2012)
12
de temas de sessões de educação para a saúde, formas de organização e programação e
divulgação das iniciativas; Faz a mediação entre os cuidados de saúde e parceiros da
comunidade; Participa em estudos epidemiológicos. (Costa, 2000)
Seguidamente, será feita uma sugestão de referenciação que será remetida para a
Equipa Coordenadora Local da área de atuação dos ACES, com a finalidade de
determinar a alternativa do utente agregar este tempo de repouso que tinha sido solicitado.
(DLR Nº22/2019/A, 2019)
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SOBRECARGA DOS CUIDADORES
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CAPÍTULO 2 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO TERRITÓRIO,
DA ORGANIZAÇAO E DO SERVIÇO/RESPOSTA SOCIAL
CARACTERÍSTICAS DO TERRITÓRIO
O concelho de Angra do Heroísmo, com 33 829 habitantes (Censos 2021) e 239.88
Km2, tem cerca de 60% da área total da Ilha Terceira, uma ilha do grupo central do
Arquipélago dos Açores. O concelho é constituído por 19 freguesias, cinco das quais
compõem a sede do Concelho, sendo as restantes 14, freguesias rurais.
No que diz respeito ao tecido empresarial deste concelho, entre 2009 e 2019, o
número de empresas não financeiras aumentou de 4 071 para 4 585, sendo que a grande
maioria são pequenas empresas com 10 ou menos pessoas ao serviço. Quanto à saúde,
entre 2009 e 2019 o número de empresas não financeiras do setor da saúde e apoio social
aumentou de 231 para 317.
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Segundo o Boletim Trimestral do SREA, no 3.º trimestre de 2021 a taxa de
desemprego foi de 6,9% e a taxa de atividade (16-89 anos) foi de 59,2%, tendo assim
111,3 milhares de pessoas empregadas. (Boletim Trimestral do SREA)
CARACTERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÃO
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INSTALAÇÕES
ESTRUTURA
MISSÃO
A USIT tem como missão a promoção da saúde na sua área geográfica, através de
ações de educação para a saúde, prevenção e prestação de cuidados na doença. Pode,
ainda, prestar cuidados de saúde diferenciados e desenvolver atividades de vigilância
epidemiológica, de formação profissional, de investigação em cuidados de saúde, de
melhoria da qualidade dos cuidados e de avaliação dos resultados da sua atividade. (Plano
de Atividades da Unidade de Saúde da ilha Terceira, 2019)
OBJETIVOS
VISÃO
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diversificada e personalizada e, por outro, uma resposta célebre, eficiente e eficaz. (Plano
de Atividades da Unidade de Saúde da ilha Terceira, 2019)
RECURSOS HUMANOS
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O GLACI abriu em tempos de pandemia, mas a trabalhar de forma normal. No
entanto com o agravamento da pandemia, as visitas domiciliárias tiveram que ser
suspensas o que levou a uma maior procura do gabinete para esclarecimento de dúvidas
e certificação dos cuidados prestados, sendo que os profissionais sempre mostraram
disponibilidade para ajudar e dar o apoio necessário.
ANÁLISE SWOT
A análise SWOT relaciona os pontos fortes e fracos da Unidade de Saúde por uma
perspetiva interna e externa, identificando também as ameaças e oportunidades do
mercado. As forças e fraquezas são fatores internos, enquanto as oportunidades e ameaças
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são fatores externos. Como o nome indica, os fatores internos derivam do seu e-
commerce, e os fatores externos surgem do ambiente em que ele está inserido. (Plano de
atividades da Unidade de Saúde da ilha Terceira)
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CAPÍTULO 3 – PROJETO DE INTERVENÇÃO
DIAGNÓSTICO SOCIAL
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O meu projeto de intervenção a desenvolver durante o seguimento de estágio irá
focar-se na sobrecarga dos cuidadores informais, que estão inscritos no Gabinete Local
de Apoio ao Cuidador Informal da Unidade de Saúde da Ilha Terceira.
Para Sousa, Figueiredo & Cequeira (2006, p.53), o termo sobrecarga “refere-se
ao conjunto de problemas físicos psicológicos, socioeconómicos que decorrem da tarefa
de cuidar, suscetíveis de afetar diversos aspetos da vida do indivíduo, nomeadamente as
relações familiares e sociais, a carreira profissional, a intimidade, a liberdade e o
equilíbrio emocional”.
Diversos estudos (Baumgarten et al., 1992; Haley, Levine, Brown, Berry &
Hughes, 19887; Kiecolt-Claser et al., 2003; Liu & Gallagher-Thompson, 2009) apontam
que os cuidadores informais, em comparação com os não cuidadores informais,
experienciam mais stress, apresentam problemas de saúde aumentados (como hipertensão
arterial, doença coronária) acabando por tomar mais medicação e têm comportamentos
de risco relacionados com a sua saúde. (Gallant & Connel, 1998)
Outros estudos referem ainda que os cuidadores informais sofrem uma diminuição
do sistema imunitário, refletindo-se numa maior frequência de doenças infeciosas e um
maior risco em desenvolver doenças cardiovasculares, problemas respiratórios, distúrbios
ao nível do sono e distúrbios músculo-esqueléticos. (Kiecolt-Glaser, Glaser, Gravenstein,
Malarkey & Sheridan, 1996; Kiecolt-Glaser, McGuire, Robles & Glaser, 2002).
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por vezes, confronta-se também com a necessidade de abdicar da sua atividade
profissional. Estas repercussões podem desencadear sentimentos de frustração,
sentimentos de perda de intimidade e de afeto, dificuldades económicas e conflitos
familiares motivados tanto pela partilha de responsabilidade como pela falta de atenção
com alguns membros da família. A ausência da partilha de cuidados com outros
elementos da família, por norma, as responsabilidades dos cuidados recaem apenas por
um familiar, sendo este o cuidador informal principal, o qual acaba por ficar muito
sobrecarregado. (Paúl, 1997)
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num lar mas, normalmente, os cuidadores recusam esta ajuda porque não conseguem
manter-se afastados do seu familiar.
Por último, a falta de partilha de cuidados com outros membros da família uma
vez que, o conhecimento do diagnóstico e cuidados adequados à pessoa em questão leva
o cuidador a aplicar técnicas funcionais que vai além do seu alcance e abrangem novas
informações podendo consequentemente levar a uma má aplicação das técnicas de cuidar.
O cuidador procura explicações para a doença, a expressão de sentimentos e a
reestruturação da estrutura familiar.
O GLACI, quanto a este último problema, fornece uma formação formal a todos
os cuidadores, no entanto, com a pandemia, estas foram suspensas. Apesar disso, o
GLACI está sempre disponível, através de telefonemas, para ajudar, explicar e corrigir os
problemas dos cuidadores e dar orientações, dentro das suas competências através da
parceria com a equipa de enfermagem.
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As estratégias e recursos que dão resposta aos problemas e necessidades
identificadas são:
- Numa segunda dimensão, será então a criação de uma linha telefónica para
ajudar os cuidadores informais a controlar o seu cansaço e para esclarecimento de dúvidas
quanto às suas responsabilidades com o utente, aos apoios, direitos e benefícios a que tem
direito e o que podem ou não disfrutar e expetativas de uma possível recuperação do seu
familiar mostrando a relevância que a mesma tem na vida do utente, como uma alternativa
de como apoiar os cuidadores informais à distância.
OBJETIVOS
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Os objetivos gerais deste projeto têm o propósito de compreender o nível de
exaustão dos cuidadores e capacitar os mesmos, de modo a melhorarem os cuidados
prestados aos utentes.
Com o resultado ideal deste projeto pretende-se atingir vários fins e efeitos,
nomeadamente a aderência e satisfação dos cuidadores e/ou familiares de referência dos
utentes, relativamente à criação da linha telefónica como uma capacidade de resposta
muito maior do que aquela que teriam antes.
METODOLOGIA
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bibliográficas; reuniões com a equipa multidisciplinar do GLACI para discutir e refletir
sobre a pertinência da linha; a definição do modelo da linha telefónica após consultar
outras linhas telefónicas e perceber se existem linhas gratuitas ou não e explicitar o tipo
de linha pretendido (linha de apoio) e a quem se solicita; a proposta do projeto à
instituição; colocar em prática a linha telefónica após todos os contactos com várias
entidades moderadoras de linhas telefónicas e finalmente a divulgação da mesma através
de panfletos e nas redes sociais.
O meu estágio curricular terá a duração de quinhentas horas, sendo que o mesmo
terá início no dia 28 de fevereiro e o seu término prevê-se para o final do mês de junho,
podendo sofrer alterações. O horário semanal é de Segunda-Feira a Sexta-Feira, das 8h30
às 15h30, sendo assim a carga horária semanal de trinta e cinco horas e a carga diária de
sete horas.
CRONOGRAMA
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MÊS/SEMANAS
Março Abril Maio Junho
Atividades 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª
Integração na Instituição
Criação do inquérito
Contactos telefónicos a cada um dos cuidadores informais
Tratamento dos dados recolhidos
Pesquisa documental
Reuniões c/ a equipa multidisciplinar do GLACI
Definição do modelo da linha telefónica
Proposta do projeto à instituição
Colocar em prática a linha telefónica
Divulgação da linha na instituição e nas redes sociais
TABELA 1 – CRONOGRAMA
RECURSOS
AVALIAÇÃO
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de inquéritos realizados; o tipo de adesão dos cuidadores e o número de cuidadores que
responderão ao inquérito. Como instrumentos de avaliação serão os inquéritos; o registo
do levantamento de dados e o tratamento de dados. Através destes critérios e instrumentos
de avaliação será possível obter os dados necessários para conseguir, assim, avaliar o grau
de exaustão dos cuidadores
DIVULGAÇÃO
Pretendo criar panfletos, tanto em formato de papel como em formato digital para
divulgar a criação da linha telefónica de apoios aos cuidadores. Os panfletos devem ser
atrativos com a informação necessária para obter o interesse e a adesão do público-alvo.
Os panfletos em formato de papel serão afixados nas várias paredes dos corredores da
instituição e os panfletos em formatos digital serão partilhados nas redes sociais e no
portal para que chegue a informação ao máximo de cuidadores.
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Penso divulgar estes panfletos após a aplicação dos inquéritos e tratamento de
dados, para ter em conta todos os problemas a que os cuidadores necessitam de respostas
e o seu nível de exaustão.
30
CONCLUSÃO
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AUTOAVALIAÇÃO
Contei, também, com a orientação da Dr.ª Anabela Ferreira que, apesar de ter sido
quase toda à distância, tentou com que isso não afetasse o meu trabalho, dando-me uma
grande visão das suas funções e do seu trabalho na instituição, esclarecendo todas as
minhas dúvidas e mostrando estar sempre disponível.
Em suma, acredito que todo o meu trabalho, pesquisas, leituras e dedicação tenha
sido o possível para que o projeto seja implementado com êxito.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Branco, F., Joaquim, H., Oliveira, M e Miranda, M. (2006). Manual de Boas Práticas
para os Assistentes Sociais da Saúde na RNCCI. Lisboa: Ministério da Saúde
Branco, F., & Farçadas, M. (2012). “O Serviço Social nos Cuidados de Saúde Primários:
Contextos, Perspetivas e Desafios”. Em Carvalho, M. I. (2012). Serviço Social na Saúde
(pp.1-23), 2 ed. Lisboa: Pactor
Brito, M.N. (2008). Direitos e Deveres dos Utentes do Serviço Nacional de Saúde.
Coimbra editora: Coimbra.
33
Nunes, A.M. (2017). Direito à saúde em Portugal delimitação jurídica do serviço nacional
de saúde. Direitos Fundamentais & Justiça: Belo Horizonte.
Simões, I., Rosa T., Santos T., Gouveia S., (2017). Guia de Recursos: Equipamentos e
Serviços para Pessoas Idosas. Instituto da Segurança Social dos Açores, IPRA. Angra do
Heroísmo
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ANEXOS
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ANEXO 3 – NÚMERO DE COLABORADORES POR CARREIRA E SITUAÇÃO
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ANEXO 5 – QUESTIONÁRIO APLICADO À ASSISTENTE SOCIAL
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