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O USO DAS TIC’S NA EJA: uma realidade distante em tempos atuais no

município de Boa Vista -RR

Belmira Cavalcante Barbosa1


Roberval da Silva Moreira2
Terezinha Salete Trainotti3

Resumo

O objetivo desta pesquisa é investigar se os docentes utilizam recursos


tecnológicos em sala de aula para viabilização da construção do conhecimento
dos alunos da educação de jovens e adultos - EJA.
Optou-se pela mostra da pesquisa a escola..........................a amostra da
pesquisa foi composta por duas professoras, sendo uma da 1ª e a outra da 2º
etapa da EJA, e seis alunos.
Utilizou-se como o instrumento de coleta de dados questionários, observação
in lócus, que deram subsídios ao estudo de caso.
Para desenvolver a temática, o trabalho está estruturado em duas partes.
inicialmente é apresentada a análise teórica que permitiu o contato com alguns
autores que discutem a utilização da tecnologia na EJA, bem como seus
desafios e possibilidades. em seguida, descrevem-se os procedimentos
metodológicos da pesquisa, onde os dados obtidos são analisados e
discutidos.
Por fim, são feitas as considerações finais a respeito da temática enfatizando
os resultados alcançados neste estudo, bem como a necessidade de
redimensionar a prática docente tendo em vista a diminuição da segregação
social que ainda afeta os alunos jovens e adultos.

Abstract

INTRODUÇÃO

REFERCIAL TEÓRICO

Ao longo de sua história, o sistema educacional brasileiro tem


sido tema de debates e discussões na busca de contribuições
objetivando a qualidade de ensino.
de tem enfrentado o problema da exclusão social que gera
grande impacto nos sistemas educacionais. Desde o lançamento da
Campanha de Educação de Jovens e Adultos, em 1947, que o
problema do analfabetismo de adultos ganha atenção dos meios
1
Doctoranda en Ciências de la Educación, pela Universidad Evangelica del
Paraguay.bel.belmira@hotmail.com
2
Maestrio en Ciências de la Educación, pela Universidad Evangelica del
Paraguay.valmoreira.9@hotmail.com
3
Orientadora: Profª. Doctora en Ciências de la Educacion, pela Universidad de Salamanca
-Espanha.salete@portoweb.com.br
políticos e educacionais. Mesmo assim, ainda hoje, milhões de
brasileiros não se beneficiam do ingresso e da permanência na
escola, ou seja, não têm acesso a um sistema educacional que os
acolham. O maior referencial teórico para consolidação de um novo
paradigma pedagógico para Educação de Jovens e Adultos foi o
educador pernambucano Paulo Freire(1993). Sua proposta ficou
conhecida por uma frase célebre: “A leitura do mundo precede a
leitura da palavra”. O objetivo era antes mesmo de iniciar o
aprendizado da escrita, levar o educando a assumir-se como sujeito
de sua aprendizagem, como ser capaz e responsável, ultrapassando
uma compreensão mágica da realidade e desmistificar a cultura
letrada, na qual o educando estaria se iniciando.
O grande desafio pedagógico em termos de seriedade e
criatividade que a educação de Jovens e Adultos impõe é possibilitar a
esse alunado uma educação que possa garantir seu espaço e sua
inserção no mercado de trabalho, na participação ativa da política
social do país, como sujeitos mais críticos e participativos, por meio
de uma educação que lhe permita o acesso as novas formas de
produção de conhecimento e de trabalho da sociedade.

TECNOLOGIAS NO NOSSO COTIDIANO

As tecnologias estão tão presentes em nossas vidas que já nos


acostumamos e nem percebemos que nas nossas atividades
cotidianas mais comuns utilizamos produtos, equipamentos e
processos, que não são naturais, mas que foram planejadamente
construídas na busca de melhores formas de viver.
Em épocas anteriores, a aquisição de informação e conteúdos
era oferecida exclusivamente nas escolas através dos professores
que repassavam seu saber aos alunos. Eles precisavam deslocar-se
regularmente até os lugares do saber para aprender. Atualmente, o
que se desloca através das redes virtuais, é a informação que pode
ser acessada de qualquer lugar, desde que haja disponibilidade dos
meios permitindo a pessoa aprender sem a necessidade da presença
no espaço físico da sala de aula.
No entanto, sabemos que adquirir informações não significa
construir conhecimentos. Para tanto, é necessário que o aprendiz
atribua significados já existentes, às novas informações adquiridas e
assim, processá-las, interpretá-las e transformá-las em conhecimento.
Face um mundo em mudanças, “imprevisível e sujeito a tantas
variações e a tanta criatividade” ( MORAES, 1997, p.136), é
necessário que a educação seja compreendida como um sistema vivo
– em processo que troca energia com o meio, em que o conhecimento
está em constante construção mediante interações, transformações e
enriquecimento mútuos. A educação deve resgatar o sujeito-aprendiz
como um ser integral, um ser que pensa, que sente, que intui, que
capta e expressa o mundo mediado pelo corpo que tem linguagens
próprias. Uma alternativa para transformar o aluno em protagonista,
no sujeito-aprendiz que constrói e reconstrói conhecimento e
encontra sentido naquilo que está aprendendo é usar as tecnologias
de informação e comunicação na educação. Sem dúvida, o grande
desafio não será aprender a usar a tecnologia, mas usar a tecnologia
para aprender, e assim, para se desenvolver como ser humano e
viver uma vida de qualidade.

2 O DESAFIO DA EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DO MUNDO GLOBALIZADO

As estratégias educacionais adotadas pelos centros de ensino com a


finalidade de melhorias na educação têm demonstrado uma forte tendência na
utilização de ferramentas tecnológicas que possibilitem um maior
desenvolvimento ao processo ensino-aprendizagem. Demo afirma que é
preciso “prepararse adequadamente e saber usar este mundo fantástico, que
estará cada vez mais à disposição”. Contudo, essas inovações não têm sido,
amplamente, usadas na esfera educacional. Atualmente, apesar da variedade
de ferramentas, observam-se relatos de professores que ainda não tem acesso
à tecnologia e não sabem usá-la. De acordo com Penteado,
Quanto ao professor, as mudanças envolvem desde questões
operacionais – a organização do espaço físico e a integração do
velho e o novo – até questões epistemológicas, como a produção de
novos significados para o conteúdo a ser ensinado. São mudanças
que afetam a zona de conforto da prática do professor e criam uma
zona de risco caracterizada por baixo índice de certeza e controle da
situação de ensino.
Esse sentimento de incerteza e medo explícitos no professor decorre,
muitas vezes, do reflexo que o novo tráz. São indagações, dúvidas, ansiedade
as mais variadas que emergem em sua consciência: Como utilizar novas
tecnologias? Por que devo utilizá-las? E mais, como utilizar essas tecnologias
na educação de jovens e adultos? É dentro desse contexto que surgem outros
conceitos problematizados. Muitos especialistas acreditam que o simples fato
de utilizarem tecnologias garante uma educação de qualidade. Daí surgem
outras questões. De fato, as tecnologias são um excelente recurso para a
aprendizagem, mas sozinhas não garantem o ensino. Chaves no seu artigo, O
perfil do novo educador frente à informatização no processo de ensino
aprendizagem relata:
Não adianta dotação de verba, seja em esfera estadual ou federal,
para a compra de computadores, vídeos, se não há quem os saiba
operar. Mesmo havendo pessoal habilitado para isto, há necessidade
de uma infra-estrutura pedagógica que possibilite ver esse novo
ferramental não como mais um recurso aliado ao ensino tradicional,
ou um mero modismo tecnológico.

A sociedade contemporânea exige ação, criatividade, parcerias,


produção, empreendedorismo, competência e qualidade, com vistas às
necessidades sociais vigentes. Tal realidade exige a produção de
conhecimentos e profissionais competentes, habilidosos, ativos, críticos,
participativos, comprometidos e flexíveis, pois como já foi dito, apesar do
grande desenvolvimento tecnológico que há na sociedade, muitos professores
ainda se encontram numa via de exclusão digital e, conseqüentemente, seus
alunos não usufruem na escola desses benefícios. Freire, grande educador
brasileiro e comprometido com a educação das massas, sobre a concepção de
professor descreve:
Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor
que, por não se neutra, minha prática exige de mim uma definição.
Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que
escolha entre isto e aquilo. Não posso ser professor a favor não
importa o quê. Não posso ser professor a favor simplesmente do
Homem ou da Humanidade, frase de uma vacuidade demasiado
contrastante com a concretude da prática educativa.
Para tanto, o professor como sujeito que age no cotidiano, quando in
loco subjaz sua prática educativa, é sujeito constituinte da mudança. Não se
deve permitir que a realidade cotidiana o desanime, pois de um lado se vive
uma prática cujos conhecimentos permanecem fragmentados,
compartimentalizados, hierarquizados, impossibilitando-os a compreensão dos
problemas numa dimensão global, e por outro, as transformações sociais que
exigem saberes multidimensionais fundamentais para entender a complexidade
do mundo. Afinal, como afirma Assmmann “processos cognitivos e processos
vitais são no fundo a mesma coisa”. Significa aprender para a vida, pois vida e
conhecimento são indissociáveis.

TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

A tecnologia na Educação inclui a utilização do computador no


ambiente escolar. No entanto, nesse estudo, a tecnologia não se
restringe apenas ao computador, inclui, também, o uso de televisão,
do vídeo, do rádio e do cinema na promoção da educação.
Segundo Moran (2001), educar com novas tecnologias é um
desafio que até agora não foi enfrentado com profundidade, são
feitas apenas adaptações, pequenas mudanças. “Ensinar com novas
tecnologias será uma revolução se mudarmos simultaneamente os
paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes
professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de
modernidade, sem mexer no essencial”. ( Moran, 2001,28).
Estamos deslumbrados com o computador e a internet na
escola e vamos deixando de lado os meios de comunicação
audiovisuais, como se já estivessem ultrapassados, como se não
fossem mais tão importantes ou como se já dominássemos sua
linguagem.
Não devemos esquecer que os meios de comunicação
audiovisuais desempenham indiretamente um papel educacional
relevante. Os alunos chegam à escola trazendo um saber que é fruto
da sua vivência no interior da família, e, do contato com os meios de
comunicação. Ao chegar à escola, precisam interagir com os colegas
e professores, entrar em contato com outros saberes e com outros
processos, visando adquirir novos conhecimentos. Enfim, vindo à
escola o aluno espera desenvolver-se e aprimorar-se nos mais
diversos aspectos da sua própria vida e na daquele coletivo em que
se constitui a escola.
Por tudo isso, mais do que nunca, uma das principais condições
para o desempenho do trabalho do educador, é a sua capacidade de
entender as mudanças, identificar os problemas e as condições delas
decorrentes, e apontar alternativas educacionais que concorram para
uma educação voltada para a constituição da cidadania. Tecnologias
como a televisão e o vídeo ainda têm um potencial enorme no
processo de ensino e aprendizagem e podem contribuir para a
transformação da prática docente.

METODOLOGIA

ANALISE E DISCUSSÕES

CONSIDERAÇÕES FINAIS

RECOMENDAÇÕES

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSMANN, Hugo. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente.


Petrópolis: Vozes, 1998. p. 32.

CHAVES, Maria Cecília S.; O perfil do novo educador frente à


informatização no processo de ensino. p. 3. Disponível em:
<http://cdchaves.sites.uol.com.br/perfileduca.htm> Acesso em: 21 abr. 2007.

FREIRE, Paulo. Política e Educação. São Paulo: Cortez, 1993;

_____. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa.


São Paulo: Paz e Terra, 1996. p. 115.
PENTEADO, Míriam. Possibilidades para a formação de professores de
matemática. In: BORBA, M. C.; PENTEADO, Mirian (Org.). A informática em
ação: formação de professores, pesquisa e extensão. São Paulo: Olho
d’água, 2000. P. 23.

MORAIS, Maria Cândida. O Paradigma Educacional Emergente.


Campinas: Papirus, 1997.

MORAN, José Manoel. Novas Tecnologias e Mediação


Pedagógica. Campinas: Papirus, 2001.

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