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Ao tempo em que cumprimento os colegas aqui presentes, expresso a honra

de estar julgando um caso de grande repercussão da história mundial,


acontecida na Grécia Antiga, motivo de debates ainda nos tempos atuais.

Ressaltamos que para julgar o caso em tela,é necessário nos colocar num
contexto maior, levando em consideração a politica, religião e valores
predominantes da época.

Após analisar a historia do filósofo Sócrates e o contexto da época, temos a


convicçao em afirmar que Sócrates é responsável por dois crimes: corromper
a juventude e por não reconhecer os deuses locais, introduzindo novas
divindades.

A pólis na Grécia antiga não era vista apenas como uma cidade, mas era tida
como o habitat do ateniense, um local sagrado, em que eles viviam e podiam
repartir sua vida com os demais cidadãos, exercitando a democracia. Os
cargos públicos eram ocupados mediante sorteio, a fim de que, todos
pudessem deles participar. As formas de governos eram temas sagrados para
os atenienses.E Sócrates, com sua dialética, se propôs a discutir e desmentir
os ideais democraticos da polis. Ao agir assim, Sócrates exercia más
influências entre a juventude ateniense.

Ficou evidente que Sócrates exercia uma forte atração sobre homens jovens,
principalmente aqueles que perteciam as melhores familias da cidade.Essas
relações estreitas podiam ser confudidas com a pederastia, que ao contrário
de hoje, era comumente praticada naquela época e geralmente suas
finalidades ultrapassavam a simples busca pelo prazer sexual, ela visava a
complementação da formação do jovem. Sócrates se aproveitava dessa
prática para corromper os pensamentos dos jovens que iam desde assuntos
políticos até pessoais.

Podemos citar uma situação que comprova o qu foi dito anteriormente. O


jovem Filípedes, seguidor de Sócrates, em uma conversa com seu pai
Estrepsíades: pag.110. Por esse diálogo concluímos o quanto Sócrates
influenciava os jovens da época, com seus ensinamentos equivocados e
persuasivos que desviava-os do que era realmente correto.

E pergunto a todos aqui presentes nesta Corte de Justiça:

- Quem aceitaria que a criação e educação dada ao seu filho fossem


retiradas por um pensador, que impunha seus saberes críticos à ele, para
que se opusesse à educação dada por seus pais ?

Por tudo o que foi narrado, consideramos Sócrates culpado por corromper a
juventude ateniense, responsabilizando-o, ainda, sobre o crime de negar os
Deuses de sua cidade e introduzir novas divindades à Atenas.
Temos que nos deter novamente ao contexto da Grécia Antiga, a saber que
cada cidade tinha seus deuses protetores. Sócrates contrariando a
religião,negou as divindades tradicionais veneradas na cidade . E várias
afirmações de Sócrates na época atestavam uma fé religiosa diferente da
que era tida como oficial. Naquela época qualquer manifestação de dúvida ou
indiferença à religião local era considerada como um atentado a unidade da
comunidade.

Não se sabe ao certo se Sócrates era ateu ou se negava as divindades que


honravam sua cidade, as substituindo por outras . Existem muitas
controvérsias sobre qual era a religiâo de Sócrates.

Considerando que ambas as práticas são tipificadas como crime, aos olhos da
época, já que colocavam em risco a tranquilidade da cidade, faço aqui uma
indagação:

- Qual era, realmente, a vocação religiosa do filósofo grego chamado


Sócrates?

Cabe-nos ainda, analisar a índole e o caráter do agente, a sua maneira de


agir e sentir, averiguando se o crime praticado se afina com a
individualização psicológica do agente, caso em que essa sua personalidade
voltada ao delito pesará em seu desfavor.

Considerando as circunstâncias presentes ao redor do delito e, atendendo à


culpabilidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do
crime praticado, posiciona-se este Membro do Ministério Público pela
condenção do filósofo Sócrates, reprovando as condutas ilícitas praticadas à
data do acontecido.

Esse é o nosso entendimento, à consideração superior, para a fixação da


pena.

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