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DOCE PESAR

Portanto, aproveite o seu espaço, a sua solidão. Não o preencha com lembranças do passado nem
com fantasias acerca do futuro. Deixe-o como está — puro, simples, silencioso. Delicie-se com ele;
brinque, cante, dance. É uma grande alegria estar sozinho!

E não se sinta culpado. Isso também é um problema, porque os casais sempre se sentem culpados.
Se estão sozinhos e se sentem felizes, eles se sentem culpados. Pensam: "Como uma pessoa pode
ficar feliz longe do ser amado?" — como se você estivesse enganando a outra pessoa.

Mas, se você não consegue se sentir feliz quando está sozinho, como vai conseguir se sentir quando
estiverem juntos? Portanto isso não é uma questão de enganar ninguém.

À noite, quando ninguém está olhando, a roseira está preparando a rosa. Lá nas entranhas da terra,
as raízes estão preparando a rosa. Ninguém está olhando. Se a roseira pensar: "Só mostrarei as
minhas rosas quando houver alguém por perto", ela não terá nada para mostrar. Não terá nada para
compartilhar, porque qualquer coisa que você possa compartilhar primeiro tem que ser criada, e
toda a criatividade surge das profundezas da solidão.

Portanto, deixe essa solidão ser um útero, e aproveite-a, delicie-se com ela; não sinta que está
fazendo alguma coisa errada. Trata-se de uma questão de atitude e maneira de ver. Não dê a
interpretação errada. A solidão não precisa ser algo para se lamentar. Ela pode ser cheia de paz e
felicidade, depende de você.

ESTRANHOS A NOS MESMOS


Aqueles que conheceram a solitude dizem algo completamente diferente. Eles dizem que não existe
nada mais belo, mais sereno, mais agradável do que estar só.

A pessoa comum insiste em tentar esquecer sua solidão e o meditador começa a ficar mais e mais
familiarizado com sua solitude. Ele deixou o mundo, foi para as cavernas, para as montanhas, para a
floresta, apenas para ficar só. Ele quer saber quem ele é. Na multidão é difícil; existem tantas
perturbações...

Depois de entrar em sintonia com sua solitude, você poderá se relacionar, o que lhe trará grandes
alegrias, porque a relação não acontecerá a partir do medo.

Ao encontrar sua solitude, você poderá criar, poderá se envolver com tantas coisas quanto quiser,
porque esse envolvimento não será mais fugir de si mesmo. Agora, ele terá a sua expressão, será a
manifestação de tudo o que é seu potencial.

Mas o básico é conhecer inteiramente sua solitude.

Assim, lembro a você, não confunda solitude com solidão. A solidão certamente é doentia; a
solitude é saúde perfeita.

Seu primeiro e mais fundamental passo em direção à descoberta do significado e do sentido da vida
é mergulhar na sua solitude. Ela é seu templo, é onde vive seu deus, e você não pode encontrar esse
templo em nenhum outro lugar.

FANATISMO

Há duas maneiras de procurar a verdade: uma é emprestar conhecimento, a outra é procurar por si
mesmo.

É claro, emprestar é fácil, mas tudo o que você empresta nunca é seu, e o que não for seu não pode
ser verdadeiro. Essa condição precisa ser satisfeita; a verdade precisa ser sua.

Posso ter conhecido a verdade, mas não posso transferi-la a você. No próprio ato de transferi-la, ela
passa a ser uma mentira. Essa é a natureza da verdade.

Desse modo, ninguém pode lhe dar a verdade e você não pode emprestá-la, não pode roubá-la, não
pode comprá-la — você precisa conhecê-la por você mesmo.

E, a menos que você próprio a experimente, seu conhecimento não é um saber — ele é um
esconderijo para a sua ignorância. Você está se enganando e está completamente mal orientado.

SUSSURROS

Quando você está em silêncio, seu potencial fala com você, sussurra-lhe no ouvido. E esses
sussurros são absolutamente categóricos — não há "se" nem "mas".

O coração não conhece "se" e "mas". Ele simplesmente diz que este é o seu destino: tornar-se pintor
ou poeta ou escultor ou dançarino ou músico. Ele simplesmente diz que é assim que você se
realizará. Ele começa a direcioná-lo.

A função do mestre é ajudar você a estar em silêncio para ouvir os sussurros internos, então sua
vida começa a ser guiada por uma disciplina interior. Por isso, não lhe dou nenhuma disciplina
exterior, mas o ajudo a descobrir o seu insight. Você então será livre, andará em liberdade.

Sannyas, portanto, não é um cativeiro, não é um culto, não é um credo — é uma declaração de
liberdade, é uma declaração de individualidade, é uma declaração de amor e criatividade.

PENSAR EM SI MESMO É O BASTANTE

Satyadharma, a questão não é como a rebeldia pode se espalhar como um incêndio. A questão é para
você se incendiar, para você se tornar um rebelde. Não se preocupe a respeito de como o mundo
deveria adquirir o espírito rebelde. Você é o mundo, todo indivíduo é o mundo.

Aconteceu que Akbar, um dos maiores imperadores da Índia, tinha construído um belo tanque. Ele
estava trazendo os cisnes mais belos do maior lago do mundo, Mansarovar, no Himalaia. Os
maiores, mais brancos e mais belos cisnes nascem apenas nesse lago.

Para o tanque de seu palácio, ele fez um lago muito grande, para que os grandes cisnes não se
sentissem presos. O tanque era quase um lago, grande o bastante para que os cisnes pudessem ter
liberdade.

Ele estava admirando a construção do tanque, que foi feito inteiramente com mármore branco. Seu
primeiro ministro disse: "Ficamos sabendo que amanhã os cisnes virão. Como forma de dar-lhes as
boas-vindas, devemos encher o tanque com leite, e não com água. Mais tarde, é claro, teremos de
trocar por água; mas, para as boas-vindas, no primeiro dia..."

Akbar disse: "Mas de onde pegaremos o leite?"


O primeiro ministro disse: "É fácil. Só temos de informar toda a capital de que o jardim do
imperador está recebendo os cisnes. E como forma de dar as boas-vindas a esses cisnes do
Himalaia, ele quer que o seu tanque, pelo menos no primeiro dia, fique cheio de leite. Todos na
cidade deverão trazer um balde de leite."

A capital era grande, e se todas as pessoas trouxessem um balde de leite, o tanque ficaria cheio. E
quem não atenderia a esse pedido? Na verdade, era uma alegria unir-se ao imperador na recepção
dos cisnes do Himalaia — uma espécie tão rara.

Os hindus sempre adoraram os cisnes por uma certa capacidade que eles têm: se você mistura a
água e o leite — talvez seja uma ideia mitológica — o cisne é capaz de beber apenas o leite e deixar
a água. Quando a água e o leite se misturam, é quase impossível separá-los, mas os cisnes têm essa
capacidade.

Isso deve ser mitologia — certamente é mitologia — mas tem um grande significado. Significa o
homem que consegue separar o irreal do real, o mortal do imortal, o mundano do sagrado; o homem
que consegue separar o sono do acordar... ele também é chamado de paramahansa, "o grande cisne".

O imperador ficou muito feliz. Mas, no dia seguinte, uma grande surpresa assolou todo o palácio,
porque o tanque todo estava cheio de água. Todos na cidade pensaram: "Apenas um balde de água
quando existirão milhões de baldes de leite — quem vai perceber? Só é preciso ir um pouco cedo,
quando ainda estiver escuro." Então todas as pessoas foram um pouco cedo, quando ainda estava
escuro e todos despejaram água, acreditando que todas as outras pessoas despejariam leite.

Você simplesmente pensa em si mesmo — seu balde deve estar cheio de leite. Não se preocupe com
os outros.

Todo mundo deve pensar em si mesmo. Se a pessoa tem de salvar sua unidade orgânica — sua
alegria no mundo e seu êxtase de consciência, juntos — ela tem de tornar-se parte da grande
rebeldia da qual estou falando. Essa rebeldia será a rebeldia do futuro. Mas cada pessoa precisa
assumir a responsabilidade.

Pense em si mesmo — é o bastante. E se você ficar em chamas, se as pessoas virem o Zorba e o


Buda em você, você criará um grande desafio ao seu redor para todas as pessoas. Se você puder se
tornar tão rico do lado de fora e do lado de dentro, tão rico que tenha raízes profundas na terra e
asas voando no céu, tão rico que pode dominar a matéria e a consciência juntas, então será um
convite, um desafio, e uma expedição excitante para qualquer pessoa que entre em contato com
você.

A rebeldia é sempre contagiosa; é um incêndio. Mas você tem de ter a chama. Então, aonde quer
que vá, ateará fogo nas pessoas — as pessoas ficarão em chamas com uma nova luz, com uma nova
visão, com uma nova ideia, um novo conceito do homem e de seu futuro.

Um astronauta aterrissou em Marte e encontrou uma bela mulher marciana mexendo uma panela
sobre uma grande chama. "O que você está fazendo?" — ele quis saber.
"Estou fazendo bebês" — a marciana respondeu.
"Não é assim que fazemos no planeta Terra."
"E como é?" — ela perguntou.
"Não sei explicar, mas posso lhe mostrar — posso?"
— "Claro" — ela disse, e ele começou a lhe mostrar como a coisa era feita.

Quando terminaram, ela perguntou: "E onde estão os bebês?"


"Oh" — ele disse — "Eles demoram nove meses para chegar."
"Então" — ela respondeu —, "por que você não continua mexendo? Continue mexendo, é assim
que fazemos. Até que os bebês cheguem — continue mexendo."

Você quer saber como esse fogo pode se tornar um incêndio no mundo. Continue mexendo!

REPRESSÃO

Repressão significa viver uma vida que não é o seu destino. Repressão é fazer coisas que você
nunca quis fazer. Repressão é ser uma pessoa que você não é. É uma forma de se autodestruir.

Repressão é suicídio, um suicídio lento, é claro, mas certamente um lento envenenamento.

Expressão é vida, repressão é suicídio. Não viva uma vida reprimida, do contrário você não viverá.
Viva uma vida de expressão, criatividade, alegria. Viva de forma como a existência desejou que
você vivesse: da forma natural.

Ouça seus instintos, ouça seu corpo, seu coração, sua inteligência. Dependa apenas de si mesmo, vá
aonde quer que sua espontaneidade o leve, assim você nunca estará perdido.

E, seguindo espontaneamente sua vida natural, um dia você acabará chegando às portas do divino.

Seja verdadeiro consigo mesmo


Lembre-se sempre de ser verdadeiro consigo mesmo. Para isso, é preciso estar atento a três coisas.
Primeiro, nunca ouça alguém que diga o que você tem de ser. Ouça sempre a sua voz interior, o que
você gostaria de ser. Do contrário, toda a sua vida será desperdiçada.

Há milhares de tentações à sua volta, porque existem muitas pessoas vendendo coisas por aí. Os
supermercados, o mundo, as pessoas, todos estão interessados em lhe vender algo. Todo mundo é
um vendedor e, se você ouvir vendedores demais, ficará louco. Não ouça ninguém, simplesmente
feche os olhos e ouça a sua voz interior. É disso que trata a meditação: ouvir a sua voz interior.

A segunda coisa - que só é possível se você já tiver feito a primeira - é nunca usar uma máscara. Se
você está zangado, fique zangado. É arriscado, mas não sorria, pois isso não será verdadeiro. Você
aprendeu a sorrir quando está zangado, então o sorriso fica falso, vira uma máscara. É só um
exercício com os lábios, nada mais. O coração está cheio de fúria, de veneno, e os lábios sorriem -
você se tornou falso.

Outra coisa também acontecerá: quando você quiser sorrir, não conseguirá. Todo o seu mecanismo
está revirado, pois quando quis ficar com raiva não pôde. Agora você quer amar, mas, de repente,
descobre que o sistema não funciona. Quer sorrir, mas tem de forçar o sorriso. Seu coração está
pleno de sorrisos e você quer rir alto, mas não consegue, algo fica reprimido no coração, engasgado
na garganta. O sorriso não vem ou, se vem, é pálido e apagado. Não o deixa feliz. Você não se
empolga com ele. Não há luminosidade à sua volta.

Quando quiser ficar com raiva, fique. Não há nada de errado em ficar com raiva. Quando quiser rir,
ria. O que há de errado em rir alto? Pouco a pouco, verá que todo o seu organismo está
funcionando. Dá para notar: sempre que o mecanismo de uma pessoa está funcionando bem, dá para
ouvir um zumbido em torno dela. Ela caminha, mas o passo é como uma dança. Fala, mas suas
palavras têm uma poesia sutil. Quando olha para alguém, de fato olha: não é indiferente, é calorosa.
Quando toca, ela realmente o faz - você pode sentir a energia entrando em seu corpo, uma corrente
de vida sendo transferida... Seu mecanismo está funcionando bem.
Não use máscaras. Se fizer isso, criará disfunções e bloqueios em seus sistemas. Existem muitos
bloqueios no seu corpo. A pessoa que costuma reprimir a raiva tem os maxilares travados. Toda a
raiva vai para os maxilares e fica estagnada ali. As mãos ficam feias. Não têm os movimentos
graciosos de um dançarino porque a raiva vai para os dedos e fica ali, bloqueada.

Lembre-se, a raiva tem duas fontes. Uma são os dentes, a outra são os dedos, pois todos os animais,
quando estão zangados, vão mordê-lo com os dentes ou arranhá-lo com as garras. Portanto, as unhas
e os dentes são os dois pontos por onde a raiva é extravasada.

Eu tenho a suspeita de que, sempre que a raiva é muito reprimida, as pessoas têm problemas nos
dentes. Os dentes estragam porque muita energia se acumula ali sem ser liberada. E qualquer um
que reprime a raiva comerá mais - as pessoas com raiva sempre comem mais porque os dentes
precisam ser movimentados.

As pessoas com raiva fumarão mais. Falarão mais: podem virar tagarelas obsessivas porque, de
algum modo, os maxilares precisam se mover para que um pouco de energia seja extravasada. E as
mãos das pessoas com raiva ficarão nodosas, feias. Se a energia tivesse sido liberada, as mãos
poderiam ser belas.

Se você reprime alguma coisa, existe uma parte do corpo que corresponde a essa emoção. Se não
quer chorar, seus olhos perderão o brilho, pois as lágrimas são necessárias. Se você chora de vez em
quando, e as lágrimas começam a fluir, seus olhos ficam mais limpos, renovados, jovens, virgens.

Lembre-se de que, se você não consegue chorar de verdade, também não consegue rir, pois essa é a
outra polaridade. As pessoas que conseguem chorar também conseguem rir. E talvez você já tenha
visto isso em crianças: se riem muito e por muito tempo, depois começam a chorar, porque as duas
coisas estão ligadas. Os dois fenômenos não são diferentes, é a mesma energia indo para polos
opostos.

Portanto, não use máscaras - seja verdadeiro, custe o que custar.

A terceira coisa diz respeito à autenticidade: fique sempre no presente, porque toda falsidade vem
do passado ou do futuro. O que passou passou - não se preocupe mais com isso. E não carregue o
passado como um fardo; do contrário, isso não deixará que você seja autêntico no presente.

Além disso, tudo o que ainda não aconteceu de fato não aconteceu - não fique se preocupando à toa
com o futuro, senão isso interferirá no presente e o estragará. Seja verdadeiro no presente e você
será autêntico. Estar aqui e agora é ser autêntico.

Por que meditar?

A meditação é um modo de nos fixar em nós mesmos, no mais profundo centro de


nosso ser. Uma vez que você encontrou o centro de sua existência, você terá encontrado tanto suas
raízes quanto suas asas.

As raízes estão na existência, tornando você um ser humano mais integrado, um indivíduo. E as
asas estão na fragrância que é liberada por estar em contato com a existência. A fragrância consiste
de liberdade, amor, compaixão, autenticidade, sinceridade, um senso de humor, e um
tremendo sentimento de alegria.
As raízes tornam você um indivíduo e as asas dão a você a liberdade do amor, para ser criativo, para
compartilhar incondicionalmente a alegria que você encontrou. As raízes e as asas chegam juntas.
Elas são dois lados de uma experiência e esta experiência é achar o centro de seu ser.

Estamos continuamente nos movendo na circunferência, sempre em algum lugar bem distante de
nosso próprio ser, sempre direcionados para os outros. Quando tudo isso é abandonado, quando
todos os objetos são abandonados, quando você fecha seus olhos para tudo que não é você; até
mesmo sua mente, as batidas de seu coração são deixadas para trás; apenas um silêncio permanece.

Nesse silêncio você lentamente se assentará no centro de seu ser e então as raízes crescerão por si
mesmas e as asas também. Você não precisa se preocupar com elas. Você não pode fazer nada com
elas. Elas chegam por si mesmas.

Você apenas preenche uma condição, que é: estar em casa; e toda a existência se torna uma alegria
para você, uma bênção.

O homem nasce como uma semente; pode se tornar uma flor ou não. Tudo depende de você, do que
você faz consigo mesmo, se você cresce ou não.

O perigo é não viver em totalidade e intensidade, não fazer da sua vida uma dança, uma celebração.

Surfar pode ser uma ótima meditação. Pode lhe dar vislumbres do mundo interior, pois não se trata
de uma luta, mas de se deixar levar.

A descontração deixa você vivo ao máximo

A descontração deixa você vivo ao máximo.

A seriedade te aleija. Você fica recolhido, congelado. Torna-se fechado, isolado. Você se torna
egoísta. É por isso que a seriedade tem sido tão celebrada pelas pessoas, porque a seriedade te dá o
ego, a descontração leva o ego embora.

Você diz: "Eu vivo na terra da seriedade, preso em suas fronteiras". Você só pode existir na terra da
seriedade — você como um "eu". Se quiser ser descontraído, terá que esquecer a ideia do "eu".

O "eu" não pode ser descontraído; ele resiste à descontração, porque a descontração significa a
morte para ele. O "eu" é sempre sério.
Você já observou? Quando você rir, dê uma olhada para dentro: o "eu" desaparece. É por isso que
as pessoas egoístas não conseguem rir — impossível!

Quando você está dançando, em um certo momento o "eu" desaparece. Mas as pessoas egoístas não
conseguem dançar; elas não conseguem deixar que o "eu" desapareça nunca.

Naturalmente, elas permanecerão presas, serão prisioneiras. Mas é uma escolha sua!

O medo nada mais é do que ausência de amor. Faça as coisas com amor,
esqueça o medo. Se amar, o medo desaparecerá.

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