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BIOGEOGRAFÍA

Introdução

A biogeografia é o estudo da distribuição dos organismos sobre a Terra e as causas que


levam a tal distribuição, a qual está relacionada a condições geomorfológicas e climáticas.
Relaciona-se com outras disciplinas, como a fisiologia, zoologia, ecologia, climatologia,
paleontologia, evolução e genética. Por sua vez, a biogeografia divide-se em áreas, como a
fitogeografia (distribuição de plantas) e a zoogeografia (distribuição de animais); e se
subdivide em ambientes terrestre e marinho.

Evolução da biogeografia

No século XV, quando começaram as explorações por todo o mundo, os primeiros


naturalistas europeus percorreram as terras recém-descobertas para estudarem sua fauna e
flora. Um deles foi Alexander Humboldt que, no final do século XVII tinha coletado vários
dados sobre a distribuição das plantas na América.

Outro naturalista importante foi o inglês Charles Darwin, cuja teoria de origem da vida mudou
a visão da época na qual acreditava-se que as espécies eram imutáveis, e produto da
criação divina. Depois de suas viagens, Darwin reuniu informações sobre a distribuição dos
organismos. Surpreso pelas semelhanças e diferenças entre as várias espécies, assim como
com os restos fósseis dos organismos que habitaram a Terra, desenvolveu a “Teoria da
Evolução das Espécies”, em 1859. Nessa teoria, Darwin sugeria que a seleção natural era o
principal mecanismo para a troca das espécies através do tempo. Ao mesmo tempo, Wallace
viajou pelo sudeste asiático estudando sua fauna e sua flora e chegou às mesmas
conclusões que Darwin. Assim, foi atribuída a ambos a formulação da Teoria da Evolução.
Além disso, Wallace escreveu em 1876 um dos primeiros e mais importantes trabalhos sobre
biogeografia: “A distribuição geográfica dos animais”. Através de seus trabalhos, Wallace
estabeleceu os conceitos básicos da biogeografia, que ainda são vigentes. Por esses
motivos Wallace é considerado o pai da biogeografia.

Dispersão

Todas as espécies de plantas e animais conhecidas atualmente tiveram sua origem a partir
de uma área específica e limitada. De fato, se atualmente existem espécies em diferentes
áreas significa que no passado puderam se deslocar e se situar em outros lugares, que não
seus lugares de origem. Isso significa que os organismos foram capazes de se deslocar de
um lugar a outro e se fixarem em novas regiões. Esse fenômeno, conhecido como dispersão,
é o processo no qual certos membros de um grupo de organismos podem se deslocar de
seus lugares de origem para uma nova região, o que dá a possibilidade de colonizá-la.

A distribuição dos táxons é muito variada (espécies, gêneros ou subespécies), dividindo-se


de acordo com sua extensão e configuração em quatro tipos principais: cosmopolita,
circunterrestre, disjunta e endêmica.
• Cosmopolita. Área que cobre a maior parte da biosfera. Os casos de espécies
cosmopolitas são muito raros em nível de espécie.
• Circunterrestres. Áreas que se estendem ao redor do mundo, mas estão localizadas
entre exatos limites latitudinais: circunboreal (pingüins), circuntemperada
(groselheiras) ou circuntropical (família das palmáceas).
• Disjuntas. Áreas descontínuas, fragmentadas em duas partes ou mais.
• Endêmicas. Áreas estritamente localizadas em um território

Barreiras

O êxito da dispersão não depende apenas da capacidade de movimento, mas também de


outros obstáculos que determinam a sobrevivência às condições climáticas. Assim, todos os
obstáculos que impedem a dispersão de um organismo ou um grupo de organismos são
conhecidos como barreiras. Essas barreiras, como as cordilheiras altas e os desertos, são os
limites que impedem a dispersão.

Assim, o endemismo de uma espécie ou subespécie às vezes limita-se a uma região muito
limitada, como um vale rodeado por montanhas ou uma pequena ilha (Eliomys ophiusae,
roedor da ilha Fomenteira); enquanto o endemismo de determinado gênero, família ou ordem
pode ser estendido a um continente (cactáceas e monotremas). O fenômeno do endemismo
está relacionado ao estabelecimento em uma região e época remotas, de uma barreira de
isolamento que cortou as relações de flora e fauna com as de regiões circunvizinhas. O
isolamento das classificações leva à diferenciação progressiva em relação àqueles que
foram separados. Dessa maneira, surgem novas classificações endêmicas.

As barreiras de isolamento são muito variadas. Podem ser geográficas (levantamento de


cadeias montanhosas), ecológicas (glaciações) ou genéticas (improdutividade). Além disso,
as barreiras de isolamento mostram que as regiões mais ricas em endemismos são as ilhas,
montanhas e desertos. Por exemplo, a Nova Zelândia possui aproximadamente 1000
espécies vegetais endêmicas, que representam 80% do total de sua flora.

Regiões biogeográficas

Quando os naturalistas do século XIX levantaram dados sobre a distribuição dos organismos,
se deram conta que podiam agrupá-los em conjuntos característicos de acordo com as
diversas regiões. Os organismos adaptaram-se às condições de cada região e dessa
maneira produziram as unidades biogeográficas. Essas unidades são caracterizadas por um
endemismo de ordens ou famílias, subdivididas em regiões com endemismos de famílias e
gêneros. Essas, por sua vez, estão divididas em domínios; os domínios, em setores, e esses
finalmente em distritos, cujos táxons endêmicos acontecem respectivamente em nível de
gênero, espécie e subespécie.
Com base na distribuição das plantas e animais (principalmente mamíferos), Wallace propôs
que a Terra fosse dividida nas seguintes regiões:

• Neoártica (América do Norte)


• Neotropical (Centro, América do Sul e Antilhas)
• Etiópica (África, exceto o norte e a península Arábica e Madagascar)
• Paleártica (Norte da África e Eurásia)
• Oriental (Sudeste da Ásia, ilhas de Sumatra, Java e Bornéu).
• Australiana (Austrália, Tasmânia e Nova Guiné).

Cabe lembrar que a união das grandes regiões biogeográfica é conhecida como zona de
transição.

Fontes de informação

• HENTSCHEL, E. La geografía de la vida. SEP/UNAM, México, 1986.

• LA-COSTE, A. e SALANON, R. Biogeografía. Ed. Oikos-tau, España, 1981.

• UCR. Biogeografía. Escuela de Geografía, Universidad de Costa Rica (UCR), Costa


Rica. http://ns.fcs.ucr.ac.cr/~geografia/biogeogr.html

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