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Elisabeth de Mattos
Introdução:
Definição e conceituação:
Terminologia:
SUB-CLASSIFICAÇÕES:
Etiologia:
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Esses problemas podem ter origens diversas, porém, apenas as situações mais
comuns serão descritas com suas consequências para a prática de atividades motoras e
esportivas.
Dentro dos distúrbios ortopédicos que podem levar à deficiência motora podemos
destacar:
. artrite: É uma inflamação articular que causa dor intensa na articulação e suas
adjacências com consequente diminuição das funções, podendo chegar até a imobilização.
Aparece em qualquer idade. A forma mais comum é a artrite reumatóide, definida como
uma doença sistêmica, onde o principal sintoma é o envolvimento dos músculos e
articulações.
- Artrite reumatóide juvenil: Aparece antes dos 7 anos de idade, acometendo mais
os indivíduos do sexo feminino. Sua causa é desconhecida. Varia na severidade. Apresenta
uma inflamação leve, inchaço, rigidez articular e do tecido conjuntivo, chegando até a
atrofia e deformidade articular. O envolvimento geralmente é simétrico. Inicia-se nas
pequenas articulações (mãos e pés) com uma sensibilidade extrema chegando à dor.
. artrogripose: É uma condição congênita onde alguns músculos dos membros estão
ausentes ou são menores e mais fracos, resultando em rigidez ou deformidade dos
membros e tronco. Várias articulações podem se tornar fixas ao nascimento. Não causa
dor, mas limita os movimentos.
. acidente vascular cerebral (AVC): definido como uma interrupção na circulação cerebral,
levando à lesão de células de áreas sensoriais e/ou motoras deixando sequelas
correspondentes à área lesada.
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TRAUMA
Está se tornando cada vez mais freqüente. A faixa etária mais atingida está entre
15 e 28 anos de idade (40% acidente automobilístico, 20% quedas e 40% disparos,
acidentes esportivos, industriais e agrícolas). As lesões ao nível de C5/C6 são as mais
comuns. As ao nível de T12/L1 estão em 2o lugar.
Estes indivíduos são muito sensíveis às infecções urinárias. Há perda de movimentos e
sensibilidade abaixo do nível da lesão.
Chama-se de lesão completa (total)quando ocorre a perda das funções (motoras e
de sensibilidade) abaixo do nível da lesão; incompleta (parcial) quando há permanência de
alguma função muscular residual além do local da lesão. A sensibilidade fica alterada.
Chama-se de paraplegia as lesões abaixo de T2 (quando os membros inferiores - e
as vezes também o tronco - são afetados totalmente); paraparesia, quando os membros
inferiores - e as vezes o tronco - são afetados parcialmente (lesões incompletas);
tetraplegia (quadriplegia) as lesões cervicais (quando os membros superiores, o tronco e
os membros inferiores são afetados totalmente); tetraparesia (lesões incompletas)-
quando os membros superiores, o tronco e os membros inferiores são parcialmente
afetados.
Como alterações secundárias encontramos: perda ou alteração do controle
urinário, excretor e sexual; a tetraplegia leva à perda ou alteração do controle do sistema
nervoso simpático afetando a termorregulação, frequência cardíaca, pressão sangüínea e
outras funções vitais; há uma alta incidência de infecções renais, e urinárias. Os sinais mais
comuns são: face corada, febre, etc.).
Deve-se evitar: contraturas, úlceras de decúbito e diminuição do gasto energético
diário, o que pode levar a obesidade. As barreiras arquitetônicas também devem ser
evitadas pois, interferem no contato social normal e independente, dificultando a
integração do indivíduo na sociedade.
. poliomielite: É uma doença infecciosa causada por um vírus que ataca o tecido nervoso
(medula e/ou cérebro), geralmente as células motoras do corno anterior da medula.
Acomete principalmente crianças e adolescentes. Causa paralisia flácida. O vírus entra pelo
tracto intestinal se difundindo pela corrente sanguínea, se instalando nas células motoras.
Pode deixar fraqueza muscular, paralisia chegando a deformidades esqueléticas (atrofias).
Distribuição na população:
- 6% morrem
- 14% paralisia severa
- 50% recuperação total
- 30% paralisia moderada ou leve
Fases:
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a) aguda: dura de 1 (uma) semana a 10 (dez) dias. O indivíduo apresenta tosse, febre,
náuseas, vômitos e fraqueza muscular. Apresenta como sinal um espasmo doloroso.
b) convalescença: dura de algumas semanas até alguns meses, terminando com a
recuperação muscular ou a definição das sequelas .
c) crônica: inicia-se após o 18o mês.
Deixa como sequela a paralisia nas áreas motoras correspondentes, mas preserva a
sensibilidade.
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Classificação topográfica:
a) monoplegia / monoparesia
b) hemiplegia / hemiparesia
c) paraplegia / paraparesia
d) diplegia / diparesia
e) quadriplegia / quadriparesia
f) dupla hemiplegia / dupla hemiparesia
Classificação neuroanatômica:
a) piramidal (espástica) - lesão das fibras eferentes que vão do córtex aos membros.
Resulta em paralisia espástica.
b) extra-piramidal (atetose) - lesão de outra área que não as fibras eferentes. Geralmente
assume-se que ocorre nos gânglios da base. Resulta em movimentos discinéticos.
c) cerebelar (ataxia) - lesão no cerebelo. Ele é chamado de "pequeno cérebro" e sua função
é coordenar os movimentos, dar sensação de posição no espaço e manter o equilíbrio.
Distúrbios associados:
- dificuldade para engolir
- sialorréia
- permanência de reflexos primitivos
- distúrbios da fala
- distúrbios sensoriais (visão, audição e outros)
- convulsões
- deficiência mental (50%)
- distúrbios percepto-motores
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Barreiras arquitetônicas:
A maioria das crianças inicia a prática regular de atividades físicas dirirgidas durante
a fase escolar. Aquelas que são portadoras de deficiências motoras muitas vezes são
dispensadas dessa atividades, privando-se da experimentação de suas potencialidades e
limitações no plano motor. Além disso, poucos profissionais da Educação Física e do
Esporte estão habilitados a entender e atender as necessidades dessas crianças.
Inicialmente aquelas que se utilizam de cadeira de rodas para sua locomoção já
devem estar habituadas a manejar esta cadeira para participar de programas de atividades
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motoras, uma vez que este treinamento inicial deve ser feito nos centros de reabilitação.
Na escola, a criança deve explorar os locais para a prática de atividades físicas, desenvolver
agilidade no manejo da cadeira, bem como procurar vencer obstáculos que, até então
eram pouco explorados ou desconhecidos. Podemos citar algumas habilidades básicas:
- posicionamento
- empunhadura ou pegada
- deslocar-se para frente e para trás com ambas as mãos
- frenagem
- girar para esquerda e para a direita de 45o até 360o
- deslocar-se entre obstáculos
- subir e descer degraus
- empinar a cadeira e executar giros nesta posição
- deslocar-se com a cadeira na posição empinada
- desenvolver agilidade e destreza na cadeira visando mudanças de direção rápidas
- aprender a manejar a cadeira com apenas uma das mãos
- manejar a cadeira com uma das mãos e manipular outro objeto com a outra mão (ex:
lançar e receber uma bola)
- passar entre obstáculos e executar giros durante o trajeto visando ocupar o menor
espaço para o deslocamento.
- aumentar a capacidade de resistência ao deslocamento
- aumentar a velocidade do deslocamento
A partir daí o indivíduo estará pronta para iniciar o conhecimento das regras de
modalidades esportivas, adaptadas ou não para a prática em cadeira de rodas. Muitas
vezes, percebe-se que os adolescentes e adultos nunca passaram por estas experiências,
limitando-se à um deslocamento precário na cadeira de rodas o que limita suas
possibilidades de acesso às atividades profissionais, educacionais, esportivas, de recreação
e de lazer.
Dentro das modalidades esportivas podemos encontrar adaptações de regras para
a prática em cadeira de rodas no basquete, no volei, no atletismo (pista e campo), arco e
flecha, bocha, esgrima, tiro ao alvo, tênis de mesa e tenis de campo, dentre outros.
Existem também as modalidaes esportivas que são adaptadas para quem é dependente da
cadeira de rodas, mas pode se libertar dela para praticar tais atividades, com por exemplo
o volei sentado, a natação, halterofilismo. Existem também modalidades que foram
criadas exclusivamente para os dependentes da cadeira de rodas, utilizando o
equipamento e a limitação motora como determinantes da prática, como o rugby em
cadeira de rodas.
As adaptações procuram se adequar ao máximo as regras já existentes,
minimizando assim a segregação já imposta pela condição deficiente. Os locais a serem
utilizados devem ser na maioria das vezes os mesmos que os utilizados pela modalidade
sem adaptações. A construção de novos locais ou transformação dos já existentes
encontra muita resistência, sendo o principal motivo alegado a dificuldade de se conseguir
recursos financeiros ou de se investir muito para tão poucos, uma vez que a parcela da
população portadora de deficiências que procura ou sabe da possibilidade da prática
esportiva é bastante reduzida. Mesmo assim, quando uma modificação se torna
necessária, procura-se planejar a atividade com aproveitamento dos recursos já existentes
e poucas modificações a serem executadas.
Em geral o tempo, o número de jogadores e alguns fundamentos são modificados a
fim de permitir e facilitar a execução da modalidade.
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Bibliografia:
BOBATH, K. The motor deficit in patients with cerebral palsy. London: Clinics in
Development Medicine, 1966.
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MATTOS, E. Formação de recursos humanos para a área de educação física adaptada, in:
IV Simpósio Paulista de Educação Física Adaptada, Anais, 1992.
___ Adaptação ao meio líquido para crianças portadoras de paralisia cerebral: uma
proposta de avaliação. Dissertação de mestrado, São Paulo, EFEUSP, 1994.
NUGENT, T. Y.. Research and demonstration needs for the physically handicapped.
Journal of Health, Physical Education and Recreation, maio, 47-48, 1969.
THE AMERICAM NATIONAL RED CROSS Adapted aquatics. New York, Doubleday and
Company,Inc., 1977.