PROFESSOR DOCENTE I -

PORTUGUÊS
Leia o texto abaixo e responda às questões de nº 01 a 10.
PRIMAVERA
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua
jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas
naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos
5 sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes
novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e
amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores,
10 alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os
humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços
carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para
15 as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no
momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão
outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com
tudo aquilo que outrora se entendeu e amou.
20 Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão
beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que
ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a
eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias
ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
25 Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao
que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
(Texto extraído do livro “Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1”, Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.)

01. No fragmento “e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.” (L.13), as palavras sublinhadas podem
ser substituídas, sem alteração do sentido global do período, respectivamente, pelos vocábulos:
A) ardente e contrária
B) astuto e descontínua
C) sagaz e irregular
D) apaixonado e desigual
E) quente e constante

02. A concordância verbal segue as prescrições da norma culta em:

A) Os manacás há de florir, lentamente, com a chegada da primavera.
B) Faz três meses que as amendoeiras começaram a florir.
C) No relógio dava três horas quando os pássaros iniciaram o canto.
D) Tudo permanecia calmo, embora houvessem pássaros voando sem parar.
E) Costumam haver momentos de silêncio e calma, durante a primavera.

03. Assinale a alternativa em que o verbo exige a mesma preposição que o verbo acreditar na passagem “...nem
acredite no calendário...” (L. 1):
A) O homem aludiu......beleza das flores na primavera.
B) As flores necessitam ...... cuidados especiais durante o inverno.
C) Os homens sensíveis maravilham-se...... a beleza da primavera.
D) A beleza da primavera consiste ...... profusão de cores e aromas.
E) A chegada da primavera salpica ..... cores os bosques.

Governo do Estado do Rio de Janeiro 1

Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ
 PROFESSOR DOCENTE I -
04. Tem-se assinalada uma palavra com sentido
denotativo apenas no fragmento:
A) “Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-
se pelos ares...” (L.7/8)
B) “Escutemos estas vozes que andam nas árvores...”
(L.21)
C)” — por fidelidade à obscura semente, ao que vem,
na rotação da eternidade.” (L.25/26)
D) “e a terra maternalmente se enfeita para as festas
da sua perpetuação.” (L.14/15)
E) “E flores agrestes acordam com suas roupas de chita
multicor.” (L.24)
05. Em “A primavera chegará, mesmo que ninguém
mais saiba seu nome.” (L.1), a oração sublinhada
estabelece, com a primeira, uma relação de:
A) alternância
B) explicitação
C) concessão
D) ratificação
E) complementação
06. Observe o seguinte fragmento:
“ E os pássaros serão outros, com outros cantos e
outros hábitos, – e os ouvidos que por acaso os ouvirem
não terão nada mais com tudo aquilo ...” (L.17/19)
O termo os refere-se a:
A) pássaros
B) hábitos
C) homens
D) ouvidos
E) momento
07. Considerando-se as palavras em destaque e a
afirmação que se faz a respeito de cada uma delas,
tem-se como alternativa correta:
A) “ essas criaturas que ainda circulam pelo ar “ – ainda
exprime idéia de oposição.
B) “ Pequenas borboletas brancas e amarelas
expressam-se pelos ares, - e certamente conversam”
– certamente exprime direção.
C) “ lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos
e brancos;” – lentamente indica quantidade.
D) “ Enquanto há primavera, esta primavera natural,
prestemos atenção ...” – enquanto denota intensidade.
E) “ e os habitantes da mata ... começam a preparar sua
vida para a primavera que chega” – para exprime finalidade.
2 Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ
08. Considere o primeiro período do texto:
“ A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba
seu nome, nem acredite no calendário, nem possua
jardim para recebê-la.”
Se substituirmos o termo ninguém por nós, de tal
maneira que se respeitem as flexões de tempo e modo
dos verbos tem-se:
A) “ A primavera chegará, mesmo que nós não mais
soubemos seu nome, nem acreditemos no calendário,
nem possuímos jardim para recebê-la”.
B) “ A primavera chegará, mesmo que nós não mais
sabemos seu nome, nem acreditamos no calendário,
nem possamos jardim para recebê-la”.
C) “ A primavera chegará, mesmo que nós não mais
saibamos seu nome, nem acreditemos no calendário,
nem possuamos jardim para recebê-la”.
D) “ A primavera chegará, mesmo que nós não mais
soubermos seu nome, nem acreditamos no calendário,
nem possuirmos jardim para recebê-la”.
E) “ A primavera chegará, mesmo que nós não mais
saberemos seu nome, nem acreditaremos no calendário,
nem possuiremos jardim para recebê-la”.
09. A leitura do último parágrafo do texto permite-nos
concluir que:
A) o vento perpetua-se durante a primavera.
B) a obscuridade é a marca principal da primavera.
C) o brilho da primavera altera a rotação da eternidade.
D) a primavera caracteriza-se por sua transitoriedade.
E) a beleza da primavera sofre com os caprichos do
homem.
10. Segundo a Gramática Normativa, emprega-se a
vírgula para separar termos coordenados, mesmo que
estejam ligados por conjunção. Tem-se um exemplo
desse tipo de uso da vírgula na passagem:
A) “Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro
da Terra, nesse mundo confidencial das raízes...” (L.4)
B) “...mesmo que ninguém saiba seu nome, nem acredite
no calendário, nem possua jardim para recebê-la.” (L.1/2)
C) “Enquanto há primavera, esta primavera natural,
prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, ...”
(L.20)
D) “Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser
lançada ao vento, - por fidelidade à obscura semente, ...”
(L.25)
E) “e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão
nada mais com tudo aquilo que, outrora, se entendeu e
amou.” (L.18/19)
Governo do Estado do Rio de Janeiro
 PROFESSOR DOCENTE I -

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS 13. “O Banco Mundial agrupa em cinco tipos os insumos

que intervêm na aprendizagem - a motivação e a capa-
cidade para aprender dos alunos; o conteúdo a ser
11. Relacione os processos psicológicos listados à es-
aprendido; o professor; o tempo de aprendizagem; as
querda com suas respectivas características, apresen-
ferramentas necessárias para ensinar e aprender.” Ban-
tadas na coluna da direita. co Mundial, 1995.
Com a finalidade de melhorar a motivação e a capaci-
1- sensação ( ) Habilidade que permite ao dade de aprender dos alunos das classes mais
2- percepção indivíduo formar representações desfavorecidas economicamente, o Banco Mundial
3- imaginação mentais acerca do mundo real ou aconselhava intervenções nas seguintes áreas:
A) nutrição, educação de jovens e adultos e transporte
de situações não vivenciadas.
escolar
( ) Permite ao indivíduo o B) saúde, esporte e participação da comunidade na vida
reconhecimento de estímulos, escolar
tais como forma, cor, som, C) educação pré-escolar, esporte e lazer
temperatura, etc, de objetos ou D) nutrição, saúde e educação pré-escolar
pessoas. E) participação da comunidade na vida escolar, educa-
( ) Permite ao indivíduo organizar ção de jovens e adultos e lazer
informações objetivas, e, para
14. Os estudos sociológicos distinguem duas fases re-
isso, depende de outras centes do pensamento pedagógico: o otimismo peda-
atividades intelectuais. Às gógico, que vai até os anos sessenta e que corresponde
características e propriedades já ao paradigma do consenso; o pessimismo pedagógi-
identificadas são atribuídos co, predominante nos anos setenta, e que corresponde
significados, tais como antes, ao paradigma do conflito.
No paradigma do conflito, destaca-se que os fatores
depois, silencioso, ruidoso, liso,
econômicos são os determinantes fundamentais da
rugoso, duro, macio, etc.
estrutura social e da mudança dessa estrutura; a histó-
ria é a história da luta de classes; a cultura das socie-
dades de classe é caracterizada pela ideologia; não
A seqüência correta é: pode haver educação livre ou universal enquanto exis-
A) 3 – 1 – 2 tirem classes sociais.
B) 3 – 2 – 1 A fonte clássica do paradigma do conflito é o:
A) Neoliberaslismo
C) 2 – 3 – 1
B) Evolucionismo
D) 2 – 1 – 3 C) Marxismo
E) 1 – 3 – 2 D) Funcionalismo
E) Neoevolucionismo
12. Dentre os trechos de letras de músicas apresenta-
dos abaixo, aquele que melhor resume a concepção 15. A escola se apresenta como experimental. Preocu-
inatista do desenvolvimento humano é: pa-se mais com os problemas psicológicos do que com
os pedagógicos ou sociais. Os livros, as aulas, o unifor-
A) ... Se a gente grande soubesse / o quanto vale a voz
me escolar, os procedimentos didáticos, os conteúdos,
mansa / como ela cai feito prece e vira flor / num cora- etc, têm importância secundária - o importante é propici-
ção de criança... ar ao aluno um clima favorável à realização pessoal. O
B) ... Eu fico com a pureza da resposta das crianças / É professor é um facilitador - receptivo, confiável, autênti-
a vida / É bonita e é bonita... co. A prática avaliativa é a auto-avaliação.
C) ... Vovó sempre dizia / olha menino leia o beabá / Na Seguindo os pressupostos de Carl Rogers, essa esco-
la representa, em suas práticas, a tendência pedagógi-
grande cartilha dessa vida / Procure aprender o dito popu-
ca denominada:
lar...
A) liberal renovada progressivista
D) ... Tudo que se vê não é / Igual ao que a gente viu há B) liberal renovada não-diretiva
um segundo / Tudo muda o tempo todo no mundo... C) liberal tecnicista
E) ... O pau que nasce torto / Não tem jeito, morre torto / D) progressista libertadora
Baiano burro garanto que nasce morto... E) progressista libertária

Governo do Estado do Rio de Janeiro 3

Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ
 PROFESSOR DOCENTE I -
16. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacio-
nais para o Ensino Médio, o papel da Educação na so-
ciedade tecnológica inclui a necessidade do desenvol-
vimento das competências básicas para o exercício da
cidadania e para o desempenho de atividades profissi-
onais. Isso constitui um grande desafio a se enfrentar,
principalmente para um país em processo de desen-
volvimento.
Uma atitude que está em desacordo com essas com-
petências básicas é:
A) trabalhar bem em equipe
B) conviver bem com o pensamento divergente
C) estar permanentemente evitando riscos
D) ser capaz de buscar conhecimento
E) saber comunicar-se de modo eficiente
17. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensi-
no Fundamental fazem uma análise dos índices de pro-
moção, repetência e evasão dos alunos desse nível de
ensino e a conseqüente distorção série / idade que apre-
senta índices elevados. Para reverter esse quadro, al-
guns Estados e Municípios implementam programas
de aceleração do fluxo escolar.
Uma pesquisa realizada pelo MEC através do Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), em
1995, aponta para o fato de que, quanto maior a distorção
idade / série, pior o rendimento dos alunos em:
A) Língua Portuguesa e História
B) Matemática e Ciências
C) Ciências e Geografia
D) Geografia e História
E) Língua Portuguesa e Matemática
18. “Analisando a educação no processo de transição
para a democracia no Brasil, ao lado de mudanças,
avanços, recuos e contradições desse processo, exis-
tiram também persistências. Uma delas, e de grande
importância para os desdobramentos desse processo,
é o fato de a educação servir de termo de negociação
entre correntes político-partidárias (...) Esse tipo de
negociação, próprio da atividade parlamentar, colocou
um obstáculo para a continuação do processo de de-
mocratização da educação.”
(Luiz Antonio Cunha in Educação, Estado e Democracia no Brasil)
De acordo com Cunha, no recente período constituinte, as
forças políticas progressistas, em troca de outras conquis-
tas igualmente progressistas, arrefeceram a luta em defesa:
A) do caráter laico do ensino público e da destinação
exclusiva dos recursos públicos para o ensino público
B) de melhores salários para os professores e da ex-
pansão da rede de educação infantil
C) da expansão da rede de ensino superior privado e
da destinação exclusiva de recursos públicos para o
ensino público
D) da expansão da rede de educação infantil e do ensi-
no superior privado
E) do caráter laico do ensino público e de melhores
salários para os professores
4 Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ
19. Comparando os modelos de ensino do passado, do
presente e do futuro, Branson, 1990, in Candau – Ma-
gistério: Construção Cotidiana, destaca que o modelo
de ensino do futuro deverá ter como base:
A) a tecnologia e um processo interativo centrado no aluno
B) projetos virtuais e trabalho independente individual
C) projetos virtuais e processo interativo centrado no
professor
D) a tecnologia e interações apenas de aluno – aluno
E) salas de aula virtuais e interações apenas de pro-
fessor - aluno
20. Segundo Piaget, a criança passa por três períodos
de desenvolvimento mental. O período de operações
formais, quando a criança/adolescente começa a lidar
com abstrações e a raciocinar com realismo acerca do
futuro, formulando hipóteses, compreende, de modo
geral, a faixa de idade entre:
A) seis e oito anos
B) oito e dez anos
C) nove e onze anos
D) dez e doze anos
E) onze e quinze anos
LEGISLAÇÃO
21.O artigo 245 do Estatuto da Criança e do Adolescente
estabelece que o médico, o professor ou o responsável por
estabelecimento de atenção à saúde e de ensino funda-
mental, pré-escola ou creche, que deixar de comunicar à
autoridade competente os casos de que tenha conheci-
mento envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tra-
tos contra criança ou adolescente estará sujeito à pena de:
A) reclusão de quatro a dez anos e multa, por configu-
rar um crime
B) detenção de seis meses a dois anos e multa, por
configurar um crime
C) reclusão de três a oito anos, por configurar um cri-
me
D) multa de três a vinte salários de referência, por con-
figurar uma infração administrativa
E) detenção de três a oito anos e multa, por configurar
uma infração administrativa.
22. De acordo com a atual Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, em seu artigo 42, as escolas téc-
nicas e profissionais, além de seus cursos regulares,
oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade,
condicionada a matrícula à:
A) capacidade de aproveitamento do candidato ao curso
B) apresentação de certificado de conclusão do Ensino
Médio
C) comprovação de renda familiar de até dois salários
mínimos
D) aprovação prévia em teste psicotécnico
E) comprovação de residência próxima ao local do cur-
so pretendido
Governo do Estado do Rio de Janeiro
 PROFESSOR DOCENTE I -

23. De acordo com o inciso III do artigo 77 da Constitui-

ção Estadual do Rio de Janeiro, não haverá limite má-
ximo de idade para a inscrição em concurso público,
constituindo, entretanto, um requisito de acessibilidade
ao cargo ou emprego a possibilidade de permanência,
em efetivo exercício, por:
A) dois anos
B) três anos
C) quatro anos
D) cinco anos
E) dez anos

24. De acordo com os artigos 58, 120 e 121 do Decreto

nº 2479, a licença para repouso à funcionária gestante
será concedida pelo prazo de quatro meses e, salvo
prescrição médica em contrário, a partir do:
A) quinto mês de gestação
B) sexto mês de gestação
C) sétimo mês de gestação
D) oitavo mês de gestação
E) nono mês de gestação

25. F., seis anos de idade, chegou ao Conselho Tutelar

uniformizado, trazido pela Guarda Municipal, a pedido
da diretora da escola onde estuda. Bastante nervoso e
amedrontado, relatou que estava ali para ser castigado
porque “quebrou a bolinha da árvore de Natal do mural
da escola”.
O não entendimento das atribuições e do papel do Con-
selho Tutelar tem gerado muitos equívocos no encami-
nhamento de casos da escola para esse órgão.
No caso específico de F., além de não ser atribuição do
Conselho Tutelar cuidar das questões disciplinares dos
alunos, outro equívoco do encaminhamento da criança
foi o desconhecimento, por parte da diretora, de que o
Conselho Tutelar é um órgão que:
A) atende somente crianças maiores de dez anos de
idade
B) atende somente adolescentes infratores
C) recebe esse tipo de denúncia somente através de
ofício
D) tem caráter punitivo somente em caso de infrações
graves
E) tem caráter protetivo dos direitos da criança e do
adolescente

Governo do Estado do Rio de Janeiro 5

Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ
 PROFESSOR DOCENTE I - HISTÓRIA
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
26. “Lembro-me de uma noite perto da Bahia,
quando, então, eu estava envolto em uma nuvem
de pirilampos fosforescentes; suas luzes foscas
incandesciam, apagavam e voltavam a brilhar,
sem ao menos penetrar na escuridão com algu-
ma iluminação verdadeira. Assim ocorre com os
eventos. Para além de sua incandescência, pre-
valece a escuridão.”
Fernand Braudel (1902-1985).
Um dos maiores historiadores do século XX,
Braudel escreveu essas linhas como crítica à
história acontecimal, que se limita à narração
dos acontecimentos sem buscar uma compre-
ensão do processo histórico. Uma das maiores
contribuições de Braudel para o pensamento
historiográfico está na sua concepção do tempo
histórico. O conceito braudeliano fundamental da
sua tríplice visão do tempo histórico é traduzido
na sua expressão :
A) história acontecimal
B) geo-história
C) longa duração
D) história social
E) tempo individual
27. Aristóteles, na sua obra Política, considera que
“A sociedade que se formou da reunião de várias
aldeias constitui a Cidade que tem a faculdade de
se bastar a si mesma, sendo organizada não ape-
nas para conservar a existência, mas também para
buscar o bem-estar (...). É, portanto evidente que
toda a Cidade está na natureza e que o homem é
naturalmente feito para a sociedade política.” Po-
rém, Aristóteles também escreve que a servidão é
natural: “O homem que por natureza, não pertence
a si mesmo, mas a um outro, é escravo por nature-
za (...)”. O pensamento político e social de Aristóteles
é posterior à formação da Cidade-Estado, mas re-
flete uma dicotomia social que está na base da for-
mação da Politéia dos Atenienses: a oposição com-
plementar entre duas categorias jurídicas, que são:
A) os reis, ou basileus, com privilégios religio-
sos; e os camponeses, servos por dívidas
B) os sacerdotes, guardiões das leis; e os cida-
dãos, de pleno direito
C) os reis, ou basileus, com privilégios religio-
sos; e os cidadãos de pleno direito
D) os patrícios de pleno direito; e os campone-
ses, servos por dívidas
E) os cidadãos de pleno direito; e os escravos-
mercadoria
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ
28. Em 1976, o historiador italiano Carlo Ginzburg
publica O Queijo e os Vermes, publicado no Brasil
em 1987, gerando um intenso debate historiográfico
e uma conseqüente influência na produção
historiográfica brasileira. O livro trata do pensamento
de um moleiro do Friuli, considerado herético, e con-
denado pelo tribunal da Inquisição.Através desse caso,
cujo material documental foi analisado intensivamen-
te, Ginzburg reflete sobre a relação entre a cultura
popular e a cultura dominante. A obra de Ginzburg
pode ser considerada o fundamento da corrente
historiográfica nascida na Itália e conhecida como :
A) História dos Annales
B) Micro-História
C) História da Idéias
D) História social
E) Antropologia Histórica
29. Do século III a.C. até o século I a.C., a Repú-
blica de Roma empreende um programa de ex-
pansão que culmina com a unificação do Mediter-
râneo, sob seu domínio, que se torna um “lago
romano”. Essa dominação acarreta transformações
profundas nas estruturas sociais e políticas da
República, abrindo um longo período de guerra civil,
que leva à desarticulação do regime republicano.
Dentre as causas apontadas, na historiografia
marxista recente, dessa evolução política da Re-
pública para a Monarquia, podem-se destacar:
A) a crise do sistema escravista no Ocidente; a
influência do cristianismo que, com santo Agos-
tinho, prega o fim do jugo do romano sobre os
cristãos; a instauração do colonato como forma
alternativa de servidão; e a disputa entre patrícios
e plebeus pela administração das províncias
B) a mobilização constante do campesinato nas guer-
ras de expansão, a crise do sistema escravista de
produção; a instauração do colonato, como relação
social de produção predominante; e a disputa entre
patrícios e plebeus pela administração das províncias
C) a mobilização constante do campesinato nas
guerras de expansão; a concentração de terras nas
mãos da aristocracia senatorial; o afluxo de escra-
vos como mão-de-obra rural; a proletarização do
campesinato; e a Reforma militar de Caio Mario.
D) a ocupação do ager publicus pela aristocracia
senatorial; a crescente pressão germânica nas fron-
teiras da România; a pressão da plebe urbana pela
participação política; e a influência do cristianismo
E) a perda das funções constitucionais da aristocracia
senatorial; a pressão da plebe urbana pela participa-
ção política; a importância da guarda pretoriana; a in-
fluência do cristianismo; e a crise do sistema escravista
1
 PROFESSOR DOCENTE I - HISTÓRIA
30. Ao longo dos séculos IX e XI, no Ocidente
medieval, uma lenta mutação leva à instauração
de um sistema de dependência de homem a ho-
mem, que se estende hierarquicamente por to-
das as categorias sociais: é a formação das ins-
tituições feudo-vassálicas. Em relação a uma das
mais importantes instituições da sociedade me-
dieval, pode-se afirmar que :
A) a vassalidade, efeito da separação do serviço
público e do engajamento privado, foi a causa do
fim do Império carolíngio, uma vez que este ha-
via multiplicado seus vassalos diretos, os vassi
dominici, que reivindicavam uma maior partici-
pação na administração imperial
B) a instituição vassálica e o aparecimento do
feudo, concessão revestida de poderes jurídicos
e políticos em troca do serviço militar, constitu-
em a base das relações sócio-políticas após a
desintegração do sistema imperial carolíngio
C) Luís, o Pio (814-840), busca manter o siste-
ma imperial, e separa as honras (cargos públi-
cos) do sistema de vassalagem, que deixam de
ser vitalícias e hereditárias, contribuindo para a
formação do Sacro-Império-Romano-Germânico
D) desde os merovíngios, o beneficio era a conse-
qüência normal e obrigatória da dependência de
homem a homem; o juramento de fidelidade e a
concessão de terras formavam um sistema coe-
rente que permitia a centralização da monarquia
E) as relações vassálicas, laços de dependên-
cia de homem à homem, e o feudo, concessão
revestida de poderes jurídicos e políticos
dissociados do serviço militar, constituem a base
das relações sociopolíticas após a formação do
Sacro-Império-Romano-Germânico
31. A expansão marítima, no decorrer dos sécu-
los XV e XVI, progressivamente fez com que a
América fosse integrada à vida econômica euro-
péia. Foi nesse contexto de afirmação dos Esta-
dos absolutistas que se desenvolveu progressi-
vamente, na Europa, um conjunto de idéias e
práticas político-econômicas denominadas:
A) liberalismo
B) socialismo
C) mercantilismo
D) servidão
E) imperialismo
2 Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ
32. A crítica à cobrança de indulgências, as ten-
sões entre Império e Papado, são questões que
se intensificam no contexto do novo universo cul-
tural, religioso e político da modernidade euro-
péia. Os conflitos religiosos que abalaram a Eu-
ropa a partir do século XVI denominaram-se:
A) Luteranismo e Anabatismo
B) Santo Ofício e Cisma do Oriente
C) Inquisição e Colonialismo
D) Jesuitismo e Catequese
E) Reforma e Contra-Reforma
33. Muito embora o culto da autoridade real de
Luis XIV não encontre paralelo na Europa, a his-
tória da construção do Estado absolutista na
França foi marcada por um progresso “convulsivo”
em direção ao Estado monárquico centralizado.
Essa construção foi repetidamente interrompida
por agitações provinciais, sendo que as três gran-
des rupturas da ordem política são :
A) a Guerra dos Cem Anos no século XV, as
Guerras Religiosas no século XVI e a Fronda no
século XVII
B) o Império Ultramarino Americano do século
XV, a base política apoiada em dois reinos no
século XVII, o grande império europeu do século
XVIII
C) a impossibilidade de se construir um absolu-
tismo nacional desde o século XV, a constante
submissão ao papado, a centralização de um
poder concorrente no século XIV
D) o particularismo local do século XV, a desco-
berta e conquista do tesouro da América no sé-
culo XVII, a constante convocação das Cortes
do século XVI
E) a forte concentração de poderes de Cromwell
no século XVI, a total submissão do Parlamento
às Cortes no século XVII, o confisco dos bens
da Igreja do século XVIII
34. Como se deu em toda a América Latina, a
política da Metrópole Portuguesa destinada ao
Brasil colonial consistiu no incentivo à empresa
comercial, com base em alguns produtos expor-
táveis em grande escala, e assentada na grande
propriedade. Ao lado da empresa comercial e do
regime de grande propriedade acrescentou-se um
terceiro elemento, que foi :
A) o trabalho servil
B) o trabalho jornaleiro
C) o trabalho assalariado
D) o trabalho compulsório
E) o trabalho livre
Governo do Estado do Rio de Janeiro
 PROFESSOR DOCENTE I - HISTÓRIA
35. A crença inabalável no progresso, na busca
pelas explicações dos fenômenos essencialmen-
te racionalista e liberta das superstições, dos
misticismos e da ignorância são algumas das
características:
A) do Renascimento
B) do Iluminismo
C) da Reforma
D) da Contra-Reforma
E) do Absolutismo
36. John Locke (1632-1704) e Jean-Jacques
Rousseau (1712-1778) foram pensadores que in-
fluenciaram dois grandes movimentos revolucio-
nários do Ocidente Europeu, nos quais prevale-
ceram o ideal de liberdade civil e política, de um
lado, e, de outro lado, os ideais de igualdade e
de democracia política e social. Nesse sentido,
foi no curso dos séculos XVII e XVIII que, através
de ações revolucionárias, as chamadas Revolu-
ções burguesas, foram criados instrumentos ju-
rídicos, políticos e ideológicos que estabelece-
ram as bases das formações sociais contempo-
râneas. Os exemplos clássicos de revoluções
burguesas são :
A) A 1ª Revolução Industrial e a 2ª Revolução
Industrial
B) A Revolução de Aviz e a Revolução Inglesa
C) A Revolução Inglesa e a Revolução Francesa
D) A Revolução Russa e a Revolução Chinesa
E) A Revolução Cubana e a Revolução Russa
37. A Independência dos Estados Unidos ocor-
reu no último quartel do século XVIII, momento
em que a Metrópole Inglesa decidiu intensificar
a exploração colonial através de um conjunto de
leis que visava a garantir o monopólio do merca-
do consumidor local para os produtos ingleses.
Nesse contexto, as três Leis inglesas que acir-
raram os ânimos na colônia, no sentido da sua
independência, foram:
A) a Lei dos Mendigos, a Lei de Methuen e a
Declaração de Direitos
B) a Lei do Commonwealth, o Ato de Navegação
e a Lei Aberdeen
C) a Lei do Açúcar, a Lei do Selo e a Lei do Chá
D) a Lei do Exclusivo Comercial, a Lei do Mono-
pólio e o Ato de Navegação
E) a Lei do Ato de Navegação, a Lei Aberdeen, e
a Lei do Commonwealth
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ
38. No século XVIII, a Inglaterra transformou-se
“na primeira oficina mecânica do mundo”. A Re-
volução Industrial que implicou no processo de
mecanização da produção, teve dois efeitos bas-
tante visíveis: transferiu gradativamente o ritmo
da produção, anteriormente sob o controle do ho-
mem, para o controle da máquina, e significou a
falência das oficinas caseiras dos antigos
artesãos, que passam a se aglomer nas fábri-
cas. Foi nesse contexto que surge o “movimen-
to de trabalhadores” denominado:
A) ludista
B) capitalista
C) comunista
D) anarquista
E) socialista
39. A transferência, em 1808, da corte portugue-
sa para o Rio de Janeiro é, em geral, apontada
pela historiografia como um acontecimento de
grande significado histórico para o Brasil. Com
efeito, após a transmigração da corte portugue-
sa, mudanças substanciais ocorreram no Bra-
sil, sendo geralmente esse período entendido
como um dos marcos iniciais do :
A) processo de dependência política do Brasil
em relação à corte inglesa
B) desenvolvimento legal, na prática, de leis
abolicionistas no Brasil
C) ingresso do Brasil na Liga das Nações
D) processo de Independência política do Brasil
E) ingresso do Brasil no grupo de paises deve-
dores ao FMI
40. O ano de 1776 foi o marco inicial dos movi-
mentos de independência na América. Após a
independência dos Estados Unidos, o sopro li-
bertador se espalhou pela América espanhola e
portuguesa. Nos movimentos de independência
na América Espanhola, os dois líderes mais im-
portantes foram :
A) José San Martin e Simon Bolivar
B) Miguel Hidalgo Cortilla e José Maria Morelos
C) Carlos Antonio Lopez e Gaspar Rodrigues
Francia
D) José San Martin e Gaspar Rodrigues Francia
E) Simon Bolivar e Carlos Antonio Lopez
3
 PROFESSOR DOCENTE I - HISTÓRIA
41. “Havendo Eu convocado, como tinha direito
de convocar, a Assembléia Geral Constituinte e
Legislativa ... a fim de salvar o Brasil dos perigos
que lhe estavam iminentes, e havendo a dita As-
sembléia perjurando ao tão solene juramento que
prestou à Nação de defender a integridade do
Império, sua independência e a minha dinastia:
Hei por bem, dissolver a mesma Assembléia...”
O decreto imperial acima transcrito é alusivo ao
contexto político brasileiro relativo ao fechamen-
to:
A) da Assembléia Constituinte de 1891 contraria
ao presidente, por Deodoro
B) da Assembléia Constituinte instalada em abril
de 1823, por dom Pedro I
C) da Assembléia Constituinte instalada em abril
de 1840, por dom Pedro II
D) dos trabalhos constitucionais instalado no Bra-
sil em 1808, por D. João VI
E) do Congresso, na ocasião da Guerra do
Paraguai, por dom Pedro II
42. Refletindo sobre os instintos profundos do
povo brasileiro, no contexto da abdicação de dom
Pedro I, Manoel Bomfim, em seu livro “O Brasil
Nação” afirma: “Revolução deve ser revolução...:
Se o espírito de nacionalidade pôde estimular o
Brasil para a luta pertinaz e viva com que abateu
o primeiro Império, é porque havia desses moti-
vos profundos e essenciais, na realidade da na-
ção brasileira. Por isso mesmo, a crise de 1831
não se podia reduzir à solução simples e nula
que lhe deram”.
A passagem do autor se refere ao desfecho da
crise do Primeiro Reinado, quando no Brasil foi
instituído o período histórico denominado:
A) período do Segundo Reinado (1840-1889)
B) período do Primeiro Reinado (1822-1831)
C) Golpe da Maioridade (1840)
D) período ditatorial (1964-1985)
E) período das Regências (1831-1840)
4 Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ
43. Durante o período das Regências (1831-1840),
o Brasil foi palco de inúmeros conflitos e revoltas
de especificidades e motivações distintas, que
ocorreram igualmente em diferentes regiões, a
exemplo dos conflitos no Pará, na Bahia, no
Maranhão e no Rio Grande do Sul, aos quais se
convencionou denominar:
A) Cabanagem – Pará, Malês e Sabinada –
Bahia, Balaiada – Maranhão e Farroupilha – Rio
Grande do Sul
B) Confederação do Equador – Pernambuco,
Malês e Sabinada – Bahia, Balaiada – Maranhão
e Farroupilha – Rio Grande do Sul
C) Cabanagem – Pará, Malês e Sabinada –
Bahia, Balaiada – Maranhão e Revolução Praiei-
ra – Pernambuco
D) Confederação do Equador e Revolução Prai-
eira – Pernambuco, Sabinada – Bahia, Balaiada
– Maranhão e Farroupilha – Rio Grande do Sul
E) Revolução Praieira – Pernambuco, Malês e
Sabinada – Bahia, Balaiada – Maranhão e Con-
testado – Santa Catarina
44. Ao longo do Segundo Reinado no Brasil (1840-
1889), foram editadas várias leis relativas ao pro-
blema da escravidão no país, até a edição da Lei
Áurea, que em 1888, decretou a Abolição. Den-
tre as diferentes leis decretadas, aquela que con-
tou com medidas enérgicas por parte da coroa
inglesa foi:
A) a lei Dantas, que concede liberdade aos es-
cravos nascidos no Brasil
B) a lei Saraiva-Cotegipe, que concede a liberda-
de aos escravos sexagenários
C) a lei Rio Branco, que concede liberdade aos
filhos dos escravos
D) a lei Isabel, que decreta o fim da escravidão
E) a lei Eusébio de Queirós, que proíbe o tráfico
negreiro
45. A partir de 1850, com a extinção do tráfico
internacional de escravos e o crescente aumen-
to dos preços dos cativos, o problema da substi-
tuição do braço escravo pelo trabalhador livre se
impôs. O problema da proibição do tráfico se tor-
na mais grave na medida em que, por essa mes-
ma época, diminuía a oferta de mão de obra es-
crava, enquanto uma nova economia se afirmava
no sul do país, como foi o caso da:
A) lavoura do tabaco
B) plantação da cana de açúcar
C) extração da borracha
D) lavoura cafeeira
E) descoberta e extração das minas
Governo do Estado do Rio de Janeiro
 PROFESSOR DOCENTE I - HISTÓRIA
46. Uma das definições dos horizontes político e
ideológico dos partidos no Segundo Reinado é a
seguinte: “Não há nada mais conservador que
um liberal no poder. Nada mais liberal que um
conservador na oposição”. Essa passagem é alu-
siva aos:
A) três partidos políticos, conservador, liberal e
republicano, que se revezaram no poder ao lon-
go do Segundo Reinado
B) dois partidos imperiais, conservador e liberal,
que se revezaram no poder durante todo o Se-
gundo Reinado
C) três partidos políticos imperiais, conservador,
liberal e Liga Progressista, que se alternaram no
poder ao longo do Segundo Reinado
D) dois partidos políticos imperiais, conservador
e liberal, que disputaram o poder durante o Pri-
meiro Reinado
E) três partidos imperiais, conservador, liberal e
republicano, que foram os principais responsá-
veis pela queda do Primeiro Reinado
47. Uma das mais longas e mortíferas guerras
ocorridas no continente americano se produziu
no século XIX, entre os anos 1864/65 e 1870,
tendo graves conseqüências para um dos paí-
ses envolvidos. Esse país, no calor do conflito,
teve que enfrentar a Tríplice Aliança. A guerra a
que se faz referência e os paises nela envolvidos
foram, respectivamente:
A) Guerra da Cisplatina, que, durante uma parte
do conflito, opôs as Províncias Unidas (Uruguai,
Argentina e Paraguai) contra o Brasil
B) Guerra de Independência, que, durante uma
boa parte dos conflitos, opôs a Triplice Aliança
(Brasil, Uruguai e Argentina) às forças metropoli-
tanas
C) Guerra do Paraguai, que, durante uma parte
do conflito, opôs a Tríplice Aliança (Brasil, Ar-
gentina e Uruguai) contra o Paraguai
D) Guerra da Cisplatina, que, durante boa parte
do conflito, opôs a Tríplice Aliança (Argentina,
Uruguai e Paraguai) contra o Brasil
E) Guerra do Paraguai, que, durante uma parte
do conflito, opôs a Tríplice Aliança (Brasil, Ar-
gentina e Chile) contra o Paraguai
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ
48. A Proclamação da República, no Brasil, ocor-
reu dentro da ordem e sem a participação popu-
lar, sendo o povo informado do acontecimento
através dos primeiros decretos do Governo Pro-
visório. No primeiro decreto, os novos líderes do
país informaram à população sobre a forma de
governo doravante adotada e sobre a nova orga-
nização das antigas provinciais, sendo então
decretada, como forma de governo:
A) a República Federativa, e as províncias cons-
tituídas em Estados Unidos do Brasil
B) o Parlamentarismo, e as províncias constituí-
das em Estados Unidos do Brasil
C) a Presidencialista, e as províncias constituí-
das em Departamentos da Federação
D) a Monarquia Constitucional, e as províncias
constituídas em Estados Unidos do Brasil
E) a Republica Federativa, e as províncias cons-
tituídas em Estados livres e independentes da
Federação
49. A História do Brasil, da colônia à república, é
marcada por uma série de conflitos e revoltas de
origens e motivações variadas, segundo o tem-
po e a localidade. No que concerne particular-
mente ao problema da excessiva concentração
de terras no Brasil e aos conflitos dela decorren-
tes, dois importantes movimentos se sucederam
nos primeiros tempos da República Velha. São
eles, respectivamente:
A) Canudos e Contestado
B) Contestado e Cangaço
C) Sabinada e Canudos
D) Praieira e Canudos
E) Contestado e Praieira
50. Na primeira década do século XX, o Rio de
Janeiro passou por uma série de transformações
urbanísticas, quando foi promovido, dentre ou-
tras coisas, um programa de higienização da ci-
dade sob os cuidados do sanitarista Oswaldo
Cruz. Foi nesse contexto que se promoveu a
campanha da vacina obrigatória, fato que gerou
forte reação popular, conhecida pelo nome de:
A) Revolta do Vintém
B) Revolta da Chibata
C) Revolta da Vacina
D) Revolta Tenentista
E) Revolta dos Alfaites
5
 PROFESSOR DOCENTE I - HISTÓRIA
51. Dois grandes conflitos de escala mundial foram,
respectivamente, a Primeira Guerra Mundial (1914-
1918) e a Segunda Guerra Mundial (1940-1945).
Tanto no primeiro como no segundo conflito, os pa-
íses envolvidos se alinharam em blocos adversári-
os. A composição desses blocos, na Primeira e na
Segunda Grande Guerra, foi, respectivamente:
A) Eixo x Aliados e Tríplice Entente x Tríplice
Aliança
B) Tríplice Aliança x Tríplice Entente e Eixo x
Aliados
C) Eixo x Tríplice Aliados e Tríplice Entente x
Tríplice Aliança
D) Eixo x Aliados e Tríplice Eixo x Tríplice Aliança
E) Tríplice Aliança x Tríplice Eixo e Eixo x Aliados
52. “A Primeira Guerra Mundial foi seguida por um
tipo de colapso verdadeiramente mundial, sentido
pelo menos em todos os lugares em que os ho-
mens e mulheres se envolviam ou faziam uso de
transações impessoais de mercado. Na verdade,
mesmo os Estados Unidos da América, longe de
serem um porto seguro das convulsões de conti-
nentes menos afortunados, se tornaram o epicentro
deste que foi o maior terremoto global medido na
escala Richter dos historiadores econômicos”.
Nesse fragmento de texto, o autor, Eric
Hobsbawm, se refere à :
A) Crise de 1929
B) Grande Depressão dos anos 1870
C) estagnação da economia Russa
D) Crise do New Deal
E) Guerra Fria
53. Em 1932, estourou em São Paulo uma revo-
lução que tinha, dentre seus objetivos, a invasão
do Rio de Janeiro, então Capital da República.
Cafeicultores, indivíduos da classe média e em-
presários apoiavam o movimento paulista de
1932, que ficou conhecido pelo nome de:
A) Revolução Constitucionalista de 1932, que foi
contra o Governo de Hermes da Fonseca e favo-
rável à constitucionalização do país
B) Revolução Constitucionalista de 1932, que foi
contra o Governo de Getulio Vargas e favorável à
constitucionalização do país
C) Revolução Federalista de 1932, que foi contra
o Governo de Getulio Vargas e favorável à
constitucionalização do país
D) Revolução Constitucionalista de 1932, que foi
contra o Governo de Gaspar Dutra e favorável à
constitucionalização do país
E) Revolução Federalista de 1932, que foi contra
o Governo de Juscelino Kubitschek e favorável à
constitucionalização do país
6 Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ
54. “A peculiaridade da Guerra Fria era que, em
termos objetivos, não existia perigo iminente de
guerra mundial. Mais que isso, apesar da retóri-
ca apocalíptica de ambos os lados, os governos
das duas superpotências aceitaram a distribui-
ção global de forças no fim da Segunda Guerra
Mundial, que equivalia a um equilíbrio de poder
desigual mas não contestado em sua essência”.
A passagem acima faz alusão às seguintes
potencias da época:
A) Rússia e Confederação Européia
B) Estados Unidos da América e Europa Oci-
dental
C) Estados Unidos da América e União Soviéti-
ca
D) Rússia e China
E) China e Estados Unidos da América
55. Após vinte anos de ditadura militar no Brasil,
o retorno à ordem democrática se deu através
de um movimento que congregou vários partidos
e instituições favoráveis às eleições livres. No
Congresso Nacional, o deputado Dante de Oli-
veira fez a sua parte, criando uma emenda cons-
titucional que pretendia introduzir as eleições
diretas. O movimento pelas eleições democráti-
cas e a citada emenda foram popularmente
batizados pelos nomes de:
A) movimento pela Aliança Para o Progresso e
Emenda Constitucional Eletiva
B) movimento pela Aliança Nacional e Emenda
Constitucional Democrática
C) movimento dos “Caras Pintadas” e Emenda
das Diretas
D) movimento pelas “Diretas Já” e Emenda Dante
de Oliveira
E) movimento Revolucionário 8 de Outubro e
Emenda Diretas Livres
Governo do Estado do Rio de Janeiro
 PROFESSOR DOCENTE I - HISTÓRIA
56. Ao assumir a presidência da República, em
1985, o presidente José Sarney encontrou um
quadro econômico menos grave do que o de anos
anteriores. A queda das importações e o aumen-
to das exportações permitiram ao Brasil não re-
correr ao expediente dos empréstimos internaci-
onais, mas a inflação persistia. Buscando, den-
tre outras coisas, conter a marcha inflacionária,
o governo anunciou ao país um plano econômico
denominado:
A) Plano Real, sendo o Cruzeiro substituído por
uma nova “moeda forte” - o Real
B) Plano Cruzado, sendo o Cruzeiro substituído
por uma nova “moeda forte” – o Cruzado
C) Plano Cruzado, sendo o Cruzado substituído
por uma nova “moeda forte” – o Cruzeiro
D) Plano de Metas, sendo o Cruzeiro substituído
por uma nova “moeda forte” – o Dólar
E) Plano Real, sendo o Cruzado substituído por
uma nova “moeda forte” – o Real
57. Somente através da Constituição de 1988, o
povo brasileiro pode por fim legalmente as insti-
tuições do regime autoritário no Brasil. A Carta
de 1988, refletindo o avanço do país em matéri-
as importantes, como a extensão de direitos
sociais e políticos aos cidadãos. Entretanto, ain-
da que se possa falar em avanços, esta mesma
Constituição não contempla problemas estrutu-
rais da sociedade brasileira, que são anteriores
ao próprio período de ditadura militar e que ainda
persistem, tais como :
A) o direito à greve, a livre organização sindical,
as leis trabalhistas, o pluripartidarismo, a
corrupção e o clientelismo
B) a desigualdade de oportunidades, a ausência
de instituições do Estado abertas aos cidadãos,
a corrupção e o clientelismo
C) o voto democrático e livre, o pluripartidarismo,
o direito à greve, o direito de ir e vir, e o direito a
reuniões
D) a liberdade de crenças, o pluripartidarismo, o
direito à greve, o voto universal e livre, e o direito
à propriedade
E) o pluripartidarismo, o voto ao analfabeto, a
liberdade de imprensa, a corrupção, e o direito
de ir e vir
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ
58. A formação de grandes blocos econômicos
constituídos por vários países é uma tendência
que vem, nos últimos tempos, se processando
em todas as partes do mundo, e que, de manei-
ra geral, se acelera a partir da globalização. No
momento, no continente americano, pode-se
constatar a existência de dois blocos, a saber :
A) o CEI (Comunidade de Estados Independen-
tes), e o Mercosul (Mercado Comum do Sul)
B) o EU (União Européia), e o Nafta (Acordo de
Livre Comércio da América)
C) o Mercosul (Acordo Comum do Sul), e o CEI
(Comunidade de Estados Independentes)
D) a Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do
Pacífico), e o Mercosul (Mercado Comum do Sul)
E) o Nafta (Acordo de Livre Comércio da América
do Norte), e o Mercosul (Mercado Comum do Sul)
59. Um problema secular e central do Brasil é a
concentração de terras, uma questão que atra-
vessa toda a sua história e que só pode ser resol-
vido através de um equilibrado programa de refor-
ma agrária. Contra essa situação historicamente
estabelecida, no cruzar dos séculos XX para o
XXI, formou-se um movimento de trabalhadores da
terra que foi batizado com o nome de:
A) Democracia Rural (DR)
B) Movimento dos Sem Teto (MT)
C) Terra, Família e Propriedade (TFP)
D) Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-
Terra (MST)
E) Organização Não Governamental (ONG)
60. Um dos movimentos sociais brasileiros de
maior expressão ocorreu nos anos finais da dé-
cada de 1970, quando centenas de operários ini-
ciaram uma campanha para a correção salarial.
O o responsável por esse movimento e suas res-
pectivas reivindicações foram:
A) o Sindicato dos Petroleiros de Santos, que
exigia, além do aumento salarial, a participação
nos lucros da Petrobrás, reconhecimento das co-
missões de fábricas e liberdade democrática
B) o Sindicato dos Professores do Rio Grande
do Sul, que exigia, além do aumento salarial, a
garantia de emprego, reconhecimento dos Con-
selhos Escolares e liberdade democrática
C) o Sindicato dos Estivadores de Diadema, que
exigia, além do aumento salarial, a participação
nos lucros das docas, reconhecimento das co-
missões de fábricas e liberdade democrática
D) o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo
e Diadema, que exigiam, além do aumento salari-
al, a garantia de emprego, reconhecimento das
comissões de fábricas e a liberdade democrática
E) o Sindicato dos Caminhoneiros de Palmas,
que exigis, além de melhores preços do óleo di-
esel, melhores condições nas estradas, maior
pagamento por frete e liberdade democrática
7
 PROFESSOR DOCENTE I - HISTÓRIA

Governo do Estado do Rio de Janeiro

8 Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ
 PROFESSOR DOCENTE I - HISTÓRIA

Governo do Estado do Rio de Janeiro

Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ 9
AN - ANULADA