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por Gabriel Attuy
Disponível em
http://www.usp.br/espacoaberto/arquivo/2001/espaco08mai/comportamento.htm
Acesso em abr/2011

A adolescência é uma fase da vida muito difícil, mas não apenas para os próprios adolescentes.
Os pais também sofrem com dúvidas sobre como criar seus filhos. Especialmente hoje, num momento
em que o conceito de família está mudando, os pais ficam conf usos e muitas vezes sentem-se
incapazes de lidar com os filhos.
Para tratar com todos esses problemas e angústias os pais muitas vezes tomam atitudes que
podem prejudicar seus filhos. Por sentirem -se incompetentes, impotentes e muitas vezes perdidos na
relação familiar, tomam posições autoritárias ou o oposto, ou seja, completamente liberais.
Uma das maiores preocupações é com a autonomia do adolescente. Os pais têm medo do que
pode acontecer se derem liberdade aos filhos e deixarem que eles assumam respo nsabilidades Porém,
esse pode ser mais um problema deles do que dos adolescentes, como explica o doutor Rubens de
Aguiar Maciel, psicólogo e membro do Centro de Estudos do Crescimento e do Desenvolvimento do Ser
Humano (CDH) da Faculdade de Saúde Pública. "Muitos pais não são preparados pessoalmente, eles
tendem a ter receio da juventude, muitas vezes porque eles mesmos tiveram uma adolescência
complicada. Por isso eles temem que seus filhos também vão encontrar problemas, mas isso é na
verdade um problema dos pais. Se você dá responsabilidade ao adolescente, ele freqüentemente é
capaz de desempenhá -la muito melhor do que os pais imaginam."
Outro problema comum encontrado pelos pais é o isolamento dos filhos. Através da internet ou de
outros artifícios os adolescentes sentem-se seguros e protegidos porque eles não precisam sair à rua
para interagir com outras pessoas. Essa situação pode ser agravada se a atitude dos pais não favorecer
a comunicação dentro de casa, comenta o doutor Rubens: "Se existem papéis m uito separados, eu sou
o pai e você o filho, portanto eu não vou falar de meus problemas para você, então vai se criando uma
barreira. Mas a preocupação com o isolamento é uma preocupação razoável porque é muito fácil que o
adolescente entre em uma fase de depressão, e o isolamento pode ser um dos sinais de uma
inadequação séria".
A falta de comunicação entre pais e filhos também está relacionada ao fato de que os pais hoje
estão muito envolvidos com suas atividades profissionais e pessoais, tendo, assim, m enos tempo para
os filhos. Por causa disso os filhos sentem -se quase abandonados porque têm a impressão de que os
pais estão preocupados com outras coisas, o que muitas vezes é verdade. Esse "abandono" dos pais é
muito prejudicial para o adolescente porque ele perde seu ponto de referência. A doutora Ruth Gheler,
psicóloga e membro do CDH, explica mais detalhadamente a questão. "Adolescência é uma fase em
que o jovem está treinando papéis adultos, ele pode experimentar sem ter que se comprometer. Ele
acredita que pode fazer muitas coisas mas não tem experiência, por isso o papel do adulto é
acompanhar o adolescente para poder colocar limites no momento adequado. Se o adulto não está
presente, o filho vai em busca de outros modelos."
Por esse caminho é fácil para o adolescente entrar em contato com drogas e adquirir hábitos
autodestrutivos como o fumo e a bebida. Porém a maior preocupação não é o fato de o jovem buscar
essas saídas, e sim a razão pela qual ele sente a necessidade de buscá -las.
"Nós precisamos adotar um outro ponto de vista", argumenta doutor Rubens. "O adolescente não
é um indivíduo isolado na família. A família é uma unidade e um responde ao comportamento do outro,
o jeito do pai se comportar implica nas reações do filho e vice -versa. É claro que a maneira como o pai
lida com seu filho vai se refletir na escola, na relação com os amigos, com a namorada, com a vida."
Para que seja possível uma relação saudável entre pais e filhos, os pais precisam ter consciência
de que a sua personalidade in terfere diretamente na educação de seus filhos. E que alguns aspectos
dessa personalidade podem ser negativos. Porém o mais importante é que os pais estejam próximos e
acompanhem a vida dos filhos. "O que importa, independente da composição familiar, é a q ualidade da
relação que a criança tem com os pais, se ela se sente próxima, confiante e inserida ali."

  O Centro de Estudos do Crescimento e Desenvolvimento do Ser Humano (CDH), uma


entidade associada à Faculdade de Saúde Pública da USP, está pr omovendo uma série de encontros
para possibilitar conversas e reflexões sobre o adolescente.
Pais e pessoas ligadas à educação de adolescentes poderão discutir sobre os problemas que
enfrentam e suas experiências nesse espaço oferecido pelo CDH.
Os próximos encontros serão realizados entre os dias 21 de maio e 25 de junho, sempre às segundas -
feiras, das 19h às 21h30.

CDH - Centro de Estudos do Crescimento e Desenvolvimento do Ser Humano


T 3061-3572
3066-7775
3067-0835
e-mail: cdh@fsp.usp.br

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