Sei sulla pagina 1di 6

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO PARÁ – IFPA

CURSO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS


TRATAMENTO TÉRMICO I
TRATAMENTO TERMOQUÍMICO
CEMENTAÇÃO DO AÇO CARBONO 1027

ANA CAROLINA DE ASSIS SOUSA

2008302016

RESUMO
No dia-a-dia dos profissionais das diversas áreas da engenharia é frequente se deparar com projetos
que exijam peças dotadas simultaneamente de uma boa resistência ao choque e uma dureza elevada
para resistir bem ao desgaste. Essas propriedades são alcançadas através de um tratamento
termoquímico. Entre os diversos tipos está a Cementação, tratamento superficial utilizado
geralmente em aços de baixo carbono, em razão da pouca abrasividade e dureza dos mesmos.
Com base nisso, o presente artigo tem por objetivo promover informações acerca de um tratamento
termoquímico para um aço com teor de carbono 0,27% realizado no laboratório do IFPA, visando
uma análise microestrutural das propriedades mecânicas de dureza em diferentes regiões da peça
cementada.
Palavras - Chave: Aço-carbono, cementação, microestrutura e ensaio mecânicos de dureza.
INTRODUÇÃO

A cementação consiste basicamente em adicionar carbono através do fenômeno de difusão


atômica, por intermédio a um meio carburante impulsor da reação à superfície de aços com
baixo teor de carbono (no caso 0.27%) em temperaturas que variam geralmente entre
850°C e 950°C, de modo que a austenita se estabilize em uma estrutura cristalina com alta
solubilidade de carbono, aumentando assim a temperabilidade da superfície do material, a
fim de preservar suas características originais no núcleo, mas promovendo um
enriquecimento superficial com carbono, resultando no aumento da resistência mecânica
quanto a submissão de cargas superficiais elevadas. Como o processo envolve a difusão do
carbono, é necessário observar os fatores que exercem influência sobre a cementação, tais
como temperatura, profundidade de carbonização, tempo do processo e controle da
atmosfera.

2. MATERIAIS UTILIZADOS
- Máquina de corte tipo Cut-off;
- Máquina de Polimento;
- Barra de aço;
- Lixas #80, #120, #180, #220, #320, #400, #600 e #1200;
- Equipamento Fixador de lixas d’águas;
- Reagente químico: Nital 3%;
- Politriz;
- Alcool;
- Algodão;
- Secador;
- Equipamento de dureza Brinell;
- Forno Tipo Mulfla;
- Luvas de serpentina;
- Panos de polimento de 3 e 1μm;
- Pasta de diamante 3 e 1μm;
- Microscópio Óptico;
- Computador.

3.PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

a) Amostragem
Na máquina de corte tipo Cut-off retirou-se uma amostra de 20 mm de diâmetro e altura
de uma barra de aço, para melhor homogeneização do processo.

Figura 1 - Equipamento de Corte Cut-Off


b) Tratamento Termoquímico
Submeteu-se a amostra à um recipiente com carburante (carvão) levando ao forno mufla
com temperatura de 900°C. Após 8 minutos, desligou--e o forno deixando então a amostra
dentro do mesmo para resfriar por um período de 24 horas .

Figura 2 - Forno Tipo Mulfla.

c) Ensaios de Dureza

No dia seguinte foram realizados ensaios de dureza na máquina de dureza Brinell, com
esfera de 5mm de diâmetro para todas as impressões aplicadas durante 30 segundos na
superfície estudada.

Figura 3 - Equipamentos de Medição de Dureza Brinell.

d) Metalografia
Terminados os ensaios de dureza iniciaram-se os procedimentos de preparo do corpo de
prova para o exame metalográfico. A preparação das amostras ocorre na seguinte
sequencia: lixamento (com lixas d’águas); polimento, utilizando-se a máquina politriz com
panos e pastas de diamante 3 e 1 μm; com a superfície plana o suficiente, foi realizado o
ataque químico das amostras pelo reagente Nital 3% aplicado durante 20 segundos; após e
as peças foram levadas ao microscópio óptico para analisar as imagens.

Figura 4 - Equipamento Suporte de lixas d’águas.

4. ANÁLISES DOS RESULTADOS


a) Dureza
Foram escolhidas 3 regiões de coleta dos resultados dos ensaios de dureza: centro,
periferias e intermediário. Observou-se um aumento na dureza da periferia da peça, o que já
era esperado . Os resultados estão descritos em um gráfico, para melhor compreensão.

PERIFERIA
INTERMEDIARIO
CENTRO

0 50 100 150 200

Figura 5 - Gráfico representativo das medições de dureza Brinell no Centro, na parte intermediária
e na periferia da peça.
b) Microestrutura

Em cada região de medição de dureza, foram também micrografadas imagens, onde foram
constatadas algumas diferenças de microestrutura e tamanho de grãos, como mostram as
imagens abaixo.

Figura 6 - Periferia da peça cementada, 200x.

Figura 7 - Transição da zona endurecida para o centro da peça, 200X.

Figura 8 - Centro da peça, 200x.

Como podemos observar nas imagens, da periferia para o centro da peça, a diminuição da
dureza é resultante da formação gradativa de uma granulação grosseira, ou seja, na
extremidade da peça, onde a dureza é alta, a concentração de carbono é mais elevada.

5. CONCLUSÃO
Em um tratamento termoquímico, quanto maior a penetração de carbono, maior será a
dureza e os grãos da microestrutura do material em estudo, somado aos fatores
influenciantes do processo, como um aumento de temperatura, menor será o tempo de
permanência da peça ao forno.

6. BIBLIOGRAFIA
Colpaert, Hubertus. METALOGRAFIA DOS PRODUTOS SIDERÚRGICOS
COMUNS. 3º Edição - Editora Edgard Blucher LTDA. SP - 1983.
Higgins, Raymond Aurelius. PROPERTIES OF ENGINEERING MATERIALS. West
Bromwich Wednesburry, West Midlans – 1977.
Holtz, O.A. NOÇÕES DE TRATAMENTO TÉRMICO. 2º Ed, Ed. Luzalto. 1992.
Normas Técnicas ASTM, ABNT, DIN, ISSO 9000.
Novikov I. TEORIA DOS TRATAMENTOS TÉRMICOS DOS METAIS. Ed. UFRJ,
1994.
Reed – Hill R. E. METALURGIA FÍSICA. Ed. McGraw – Hill, 1994.
D.L. Pavia, G.M. Lampman e G.S. Kriz. INTRODUCTION TO SPECTROSCOPY, 1ª
ed. Saunders College Publishing, 1991.
ABNT - NBR 8653 de Novembro de 1984.

Potrebbero piacerti anche