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II PARTE

OS ESTADOS E
p    p p 

 p
 .
O AMBIENTE INTERNACIONAL E O EXERCICIO DO PODER.
- O meio de inter-relação internacional, onde se movimentam e interagem os
Estados assim como os restantes actores políticos com directa influência na
Ordem Internacional e onde se desenvolvem sob múltiplas formas os jogos de
influência, constitui hoje um ë ë   de dimensão planetária o qual, no
entanto, poderá sempre assumir variadas configurações consoante a natureza
dos actores principais envolvidos e em função da distribuição de poder entre
eles com base no peso do poder real que as Potências Maiores exercem no
seio da Organização máxima supranacional.
» Considerada esta realidade e de acordo com o consenso acordado entre os
mais conhecidos cientistas políticos e sociais, os SISTEMAS POLÍTICOS
INTERNACIONAIS ao longo das várias conjunturas, do passado moderno ao
futuro próximo, poderão ser classificados em função de três factores:

I. EM FUNÇÃO DA NATUREZA E DA CONCEPÇÃO POLÍTICA DOS


ESTADOS que os integram, podendo ser:
>HOMOGÉNEOS - quando os Estados são do mesmo tipo cultural, cultivam
valores idênticos e obedecem à mesma concepção de visão política.
Esta similitude permite classificá -los como relativamente estáveis e o
comportamento dos seus membros é comparativamente previsível. Em
princípio não põem em causa a Ordem Internacional vigente.
- Em certa medida, a homogeneidade limita a violência, porque existe uma
solidariedade geral quanto à manutenção do sistema por ser do interesse geral .
Quando por acaso ocorre, a violência é de duração limitada porque o
SISTEMA, perante o risco de ruptura, tende a gerar mecanismos próprios que
o levam a encontrar um novo equilíbrio e a restabelecer a ordem.
>HETEROGÉNEOS - quando os Estados se encontra m organizados segundo
culturas e valores diferentes, para além de perseguirem concepções políticas
ou com elas estreitamente relacionadas que visam modificar profundamente o
Sistema. Trata-se quase sempre de Estados instáveis, revolucionários ou de
políticas externas agressivas; tendem a desenvolver características opostas às
dos Sistemas Homogéneos e a gerar períodos de desestabiliza ção.

II. EM FUNÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DO   ENTRE OS ESTADOS que


os integram, podendo alinhar-se segundo quatro categorias:
>SISTEMA UNIPOLAR ± O poder encontra-se concentrado num único pólo;
>SISTEMA BIPOLAR ± O Poder encontra-se concentrado em dois pólos;
>SISTEMA MULTIPOLAR ± O Poder encontra-se concentrado em poucos
pólos, não devendo exceder cinco Potências;
>SISTEMA DIFUSO ± O Poder encontra-se concentrado em muitos pólos.
- No entanto, esta classificação mais aceite, admite outras sub-variantes.
- Recentemente e até à implosão da URSS o Sistema contemporâneo era
Bipolar, tendo evoluído depois para Unipolar por ter emergido uma única
superpotência. Mas com a gradual perda de influência global desta e com o
aumento da flexibilidade dos Blocos e a emergência de n ovos Pólos de Poder
no exterior dos citados Grandes Espaços e mais raramente no seu próprio
interior, 
    será para o aumento da Multipolaridade.

III ± Com base no RESPECTIVO PESO ou acção efectiva DE   dos


Estados á  p
(ë ë
  , ou capacidade de influenciar) e formas de
comandamento do Sistema Internacional, com base nos critérios de Morton
Kaplan. Os vários tipos de modelos mais comuns e aceites de Sistemas
Políticos Internacionais ³versáteis´ foram elaborados por este Teorizador .
Destes: dois, são considerados como ³históricos´, por corresponderem
às relações que caracterizam a politica internacional do século XIX e do inicio
deste século); os outros quatro, são ³Nominais´, por derivarem de relações ou
construções intelectuais. São eles:
- O SISTEMA DE VETO - Nele, cada um dos Actores dispõe do poder de
bloquear o sistema, usando meios de pressão e de impedimento paralisadores
determinantes. Mas, neste sistema, qualquer Estado terá sempre a
possibilidade de resistir à pressão exercida pelas Grandes Potências, qualquer
que seja a sua Força, por a ONU se mostrar sempre relutante em intervir pela
via militar em defesa dos interesses políticos ou estratégicos de um dos seus
membros do Conselho.
- O SISTEMA DE EQUILIBRIO (DE PODERES) - Caracteriza-se pela pluralidade
de Actores (nacionais) considerados essenciais para a manutenção do
equilíbrio. É um Sistema Multipolar.
>Devem existir, no mínimo, 5 Actores Principais, a ³velha´ Pentarquia.
- O SISTEMA BIPOLAR FLEXIVEL - Faz coexistir Actores Estatais com os Novos
Actores os denominados supranacionais como Alianças, Uniões, Blocos; com
os Actores Universais como a ONU, o Tribunal Internacional , e outros.
>Poderá ser fortemente hierarquizado e autoritário; ou não hierarquizado se
houver consulta entre os vários Estados soberanos ou autónomos.
- O SISTEMA BIPOLAR RÍGIDO - Resulta da forte hierarquização do sistema
anterior que conduziu a uma crescente rigidez e estratificação do sistema.
»Os Dois Blocos organizam-se de forma rigorosamente hierárquica .
»Os Actores Não-Alinhados tenderão a desaparecer neste Sistema .
- SISTEMA UNIVERSAL - Corresponde a um Sistema Confederado, pois o Actor
Principal ou Universal acentua o seu papel preponderante.
» 
  ë  ë     ë   
 
   


         . Assenta na solidariedade entre os actores
nacionais e o actor universal. Ex:  , como reguladora de conflitos (e não
os Estados) e como mantenedora da Paz (e não os Estados).
- SISTEMA HIERÁRQUICO - Corresponde ao Estado Mundial. Traduz a realidade
de uma situação internacional, onde um Estado se expande à escala
planetária. Neste caso, o Sistema actua directamente sobre os indivíduos e as
populações. Os Actores Nacionais perderão a maior parte do seu protagonismo
implicando pois um elevado grau de integração. Exemplo: o Estado que primeiro
conquistar e dominar o Espaço exterior orbital e o passe a controlar.

- Da análise desta Escala, deduz-se que ela deverá sempre permitir aplicar um
ou outro dos modelos a todos os casos possíveis: os da História passada, o
Mundo Actual e os correspondentes à Evolução Futura da Sociedade
Internacional.
Nota.-    

    , em que vigorou um nítido Sistema
Bipolar, as suas Bases de sustentação eram de tripla natureza: de natureza
Política (Estados totalitários ou ditatoriais face a Estados democráticos); de
natureza Ideológica (Estados de raiz marxista versus Estados de estrutura
liberal ou neo-liberal); e de natureza Económica (Estados de economia
planificada face a Estados de Economia de Mercado).
- Ainda no que se refere ao SISTEMA MULTIPOLAR, este permite uma maior
diversidade nas RI. Quanto ao seu grau de Estabilidade, ele acarreta outros
RISCOS tais como a proliferação nuclear, o desenvol vimento de múltiplos
conflitos regionais entre os pequenos Actores e as Ameaças Não-Tradicionais.
- Porque instável, ameaça sempre aumentar o número de conflitos potenciais .
>Embora limite as consequências dos conflitos, o que se verifica na prática é
que raramente limitará o seu nú mero.
- No que se refere ao SISTEMA BIPOLAR, este continua a ser o mais perigoso
por criar riscos da eclosão de um conflito maior (nuclear) por causa do carácter
ambíguo da bipolaridade, pois traduz uma luta sem quartel pela partilha do
Mundo. No entanto é mais estável pelo receio mútuo do MAD, com a vantagem
adicional de reduzir os conflitos no exterior do Sistema, embora a
multipolaridade tenha a vantagem d e reduzir as probabilidades de conflitos
generalizados.
» Desejável seria combinar as vantagens dos dois sistemas, introduzindo
uma multipolaridade no SISTEMA BIPOLAR.
» Cada sistema é criado pela configuração da relação de Forças em cada
conjuntura, mas só se manterá pela vontade deliberada, ou resignaç ão face
aos mais fortes, da maioria dos Estados.

- Depois de passadas em revista as possíveis combinações de Sistemas


Políticos Internacionais, será agora possível precisar a palavra SISTEMA: é
utilizada pelos historiadores para ë          (sistema) uma
ë      alargada, ou    
 ë de Unidades Políticas ao
nível estratégico, ou um conjunto de   ë   
   .
-    áá á  é constituído pelas Unidades Politicas que
mantém relações regulares entre si, todas elas susceptíveis de serem
implicadas numa guerra generalizada. (Esta é a definição mais aceite.)
- A existência de uma real comunidade universal de Estados é assim uma
meta ainda longínqua: as diferenças de Força entre os Estados , e a própria
natureza do Sistema Internacional e as suas condicionantes não permitem a
sua concretização.
» De referir ainda que, cada Estado, como parte integrante de um Sistema
Internacional onde se insere, fará sempre valer , em última instância, os seus
interesses nacionais na proporção directa do Poder que exibe .

p  p  DO SISTEMA POLÍTICO INTERNACIONAL. IMPACTO NAS RI.


- p  áá á á por um conjunto de Centros
Independentes de Decisões Políticas que inter actuam com regularidade e
frequentemente.
- Se a interacção não é frequente nem regular não haverá sistema . Ex.: no sec.
XV, a China e os Estados Europeus não eram parte de um mesmo sistema, até
Vasco da Gama iniciar os contactos com as civilizações chinesas e Indú.
ëë
ë são os grandes actores das RI: sociedade organizada, soberania,
território, governo, mesma cultura e história, com o monopólio da força física.
- O Estado não reconhece como superior qualquer outra força política
(Princípio da Independência) e exerce a sua autoridade, com exclusão de
qualquer outra autoridade num dado território, bem definido, limitado por uma
fronteira (Princípio da Sobe rania).
- Os Estados modernos eram já nações que conseguiram assumir-se como
Unidades Políticas, independentes e soberanas , e daí o designarem-se por
Estados-Nação.
Mas e para além dos Estados, existem outros actores das RI. São eles:
>Movimentos de Libertação: são movimentos políticos de base territorial que
surgem à revelia do governo legal e que, por conseguirem estabelecer ligações
com outros governos e movimentos ou organismos internacionais, participam
activamente na política internacional e nas RI.
>Organizações Internacionais: constituem a materialização das relações entre
os Estados e que resultam da consciência política e defesa de interesses
comuns. Podem ser de vocação internacional (NATO, ONU, EU) ou de âmbito
regional (Países do Benelux). Organizações Transnacionais: são aquelas em
que os seus membros não são Estados, resultando e estruturando -se em
função do estabelecimento de relações permanentes de natureza vária
(religiosas, ideológicas, económicas ou financeiras que indivíduos, grupos
humanos, comunidades e organizações estabelecem entre si, fora do quadro
territorial dum mesmo Estado, mas extravasando estes. (As Internacionais.)
- Os Estados, os Movimentos. de Libertação, as Regiões (no interior do s
Estados) e as Organizações Internacionais, encontram-se relacionados com os
Estados. Por sua vez, as Organizações Transnacionais não estão relacionadas
com o Estado Nação, embora em casos específicos possam influenciar comportamentos.
_ Será então o momento próprio para recuar um pouco no tempo, para melhor
entender factos do presente. Ao longo da História e desde o início da
sedentarização, os Estados evoluíram, passando das Cidades-Estado, aos
Principados, às Monarquias e aos Estados Modernos (sec. XVIII) e
Contemporâneos.
- A comunidade organiza-se politicamente e cria-se a ligação Governo ±> Povo
±> Território. Aparece o Exército para proteger a cidade e conquistar novas
terras. Mas após a derrocada do Império Romano, o poder quase desaparece
no interior das sociedades. Constitui-se, depois, a ?  

 
 que é
alheia ao interesse geral. Há um retrocesso face a Roma e à Grécia.
» Na sociedade feudal, o rei tem apenas autoridade nominal. ë ? ë

 ë, sendo Chefes Militares e Políticos, são quem manda. O vínculo que
liga os Senhores, Suseranos e Vassalos são o sangue, a religião e a honra
militar. Surgem, depois, as Monarquias Europeias e o Estado Moderno.
- Nos Estados Principescos, o Príncipe começa a ter progressivamente
autoridade sobre todo o território (sec. XVI e XVII). No sec. XVIII (1648) as
Monarquias passam a estruturar-se em Estados-Nação, com domínio total,
populacional e territorial, e a usufruir de um poder centralizador e centrípeto.
Com o aparecimento da civilização urbana, surgem os fundamentos do
Comércio e da Indústria.
» Com a Revolução Francesa e depois a Americana, o conceito modifica -se:
a Soberania passa a pertencer à Nação e não ao Príncipe. Dá -se a Revolução
Industrial. Toda a Europa adopta a fórmula Estado-Nação. No sec. XX, com a
descolonização, esta noção europeia torna-se mundial. A afirmação da
soberania estatal contra o sacro-império e a Igreja, a centralização contra a
feudalidade, o desenvolvimento do poder político, o Jacobinismo, o Movimento
das Nacionalidades, a descolonização, a afirmação da soberania económica e
identidade cultural dos Estados, tudo constituem FACTOS HISTÓRICOS que
confirmaram, consolidaram, afirmaram e hierarquizaram os Estados.
» Por sua vez, os Estados ³movem-se´ num Sistema Internacional que combina
a desigualdade, a dominação, a 

  e a ë   .
Mas, embora a concepção do Estado-Nação seja universal, reina entre eles
uma profunda desigualdade que    mal orientada tende a agravar.
- Todas as Unidades Políticas visam os chamados FINS do ESTADO:
segurança, prosperidade e bem-estar, as aspirações fundamentais do Homem.
- A incapacidade de realização destes objectivos do Estado estiveram sempre
na base da sua queda. Ex.: foi assim com Esparta, Atenas, Roma, Cartago,
Bizâncio, a Polónia do Séc. XVIII, o Líbano e a Jugoslávia.
» Verifica-se que o Estado-Nação é a Unidade Política mais dotada para
alcançar o objectivo da Segurança e Defesa. Revela o seu poder e
correspondente hierarquia nas Organizações Internacionais.
- Em consequência, as Relações Internacionais põem em confronto Estados de
diferentes capacidades e que competem entre si no cumprimento dos seus
objectivos, demonstrando o seu Poder e a sua Força. Mas a Força não é
Poder, embora o Poder mantenha uma relação constante com a Força.
 ± é a mobilização e a realização de todas as forças militares,
económicas e morais ou psicológicas do Estado, em determinadas
circunstâncias e com objectivos bem estabelecidos que visa cumprir. O Poder,
ao reunir os recursos, permite criar e projectar os elementos da Força.
 ± constitui a reunião dos poderes materiais, físicos, sociais e morais do
Estado, conferindo-lhes uma 


   . Nela intervêm: a
inteligência e vontade dos governantes; e o seu equilíbrio moral e psicológico.
- A  estabelece a diferença entre os Estados e hierarquiza a potências.
- Os recursos e capacidades que fazem a diferença e estabelecem a hierarquia
entre os Estados são os que se referem aos factores geográfico s,
nomeadamente a extensão e localização geográfica do território, o volume,
homogeneização e a estrutura da população, recursos económicos,
capacidade industrial e tecnológica, estabilidade política do Estado, preparação
militar e grau de mobilização, gra u de integração social, moral nacional e
espírito pátrio.
» Uns são naturais (dimensão do Estado, localização e população) e
outros são adquiridos (forças militar, económica e organização colectiva).
- Os Estados também se diferenciam pela sua idade:
>Os Estados antigos são, em geral, mais estáveis;
>Os Estados mais recentes são menos estáveis por não possuírem tradição
política e a Nação quase sempre não coincidir com o Estado;
>Os Estados mais antigos exercem uma maior influência nas RI; os Estados
jovens terão que a conquistar, confrontando -se com a ordem internacional
vigente que mal conhecem.
- Também a antiguidade de um Estado continua a ser um recurso fundamental
mas que não poderá no entanto e só por si preencher as deficiências
económicas e demográficas dessa Unidade Política, pelas seguintes razões:
>Os chamados Estados Históricos tiveram a vantagem de serem os primeiros
a explorar os recursos de outros terri tórios ao longo dos séculos, pelas
conquistas, descobertas, colonização e pelos impérios.
>No ultramar, conquistaram posições geoestratégicas e pontos de apoio
marítimos que lhes conferem vantagens de projecção estratégica. Adquiriram
experiência diplomática, peso militar e o conhecimento de outras sociedades e
povos, o que lhes dá a vantagem acrescida de os conhecer por dentro.
>Alcançaram vantagens no campo diplomático, político-militar, cultural e na
competição económica e estratégia.
>Velhos Estados como a França e a Inglaterra beneficiam ainda de direitos
adquiridos nos cinco continentes e nas diversas instâncias internacionais.
Embora perdendo impérios mas não colónias, preservaram muito da sua
influência e continuam a usufruir das suas vantagens e do poder do passado.
>Os Estados velhos beneficiam ainda da 
  que lhes
permitiu formar a Nação, pois a História molda as Sociedades Nacionais pela
sucessão dos acontecimentos ecúmenos, políticos e sociais ao longo dos
séculos. Isto confere-lhes solidez e uma estrutura forte e coesa. Os Estados
³velhos´, embora pareçam mal unidos (Itália, Bélgica, Espanha«) não se
encontram já sujeitos aos enormes problemas dos Estados ³novos´, estes
ainda confrontados com a procura da sua base social e da Nação.

p
  
  p  p 
- A Força reside também na preservação e exploração das riquezas naturais do
Estado. Na ausência destas, estas Potências terão de assegurar o seu domínio
e abastecimento a partir das origens e ma nter abertas as rotas de navegação.
- Exemplo: A Alemanha e o Japão fortemente dependentes das importações
por via marítima em 1940 tiveram necessidade de dominar os grandes eixos de
comunicação marítimas internacionais e manter abertos os canais de
abastecimento. Quando perderam esse domínio perderam a guerra. O mesmo
ia acontecendo com o Reino Unido, não fora a ajuda aeronaval dos EUA.
- Neste caso,    ë     dos Estados permitiu-lhe utilizar toda a sua
energia nacional para alcançar os seus ob jectivos de guerra (EUA e URSS).
- Uma
      constitui uma permanente fonte de fraqueza,
provocando debilidades internas e uma dependência face aos fornecedores.
- Recursos Naturais + Produção Industrial e I&D adequada + População de
qualidade, constituem grande vantagem para os países e o motor do
desenvolvimento das suas finanças e economias.
- Antigamente, dominavam o carvão e o ferro, o que contribuiu para elevar a
Inglaterra a superpotência; hoje são os minérios de cobre, cobalto, cr omo,
manganés, tungsténio, níquel, vanádio, estanho, que dominam a produção
industrial: ëë  ë ëë aplicadas no aeroespacial e outros sectores.
- !   " 
  
ë   ëë 
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  ë  ë; mas àqueles que as valorizam,
transformam, comercializam, consomem e conquistam mercados. Exemplo: no
século XVI Portugal trazia para a Europa os produtos em bruto; os flamengos
compravam-nos e levavam-nos para a Flandres vendendo -os trabalhados a um preço
40% superior ao material comprado.
- Para além disso, não basta portanto possuir recursos alimentares ou
minerais. Para que o Estado possa adquirir Força Económica e Riqueza
Financeira, torna-se necessário ser detentor da capacidade para os explorar,
transportar e comercializar (capacidades técnica e industrial).
- As grandes potências detêm enorme força económica, com elevada
flexibilidade de emprego , susceptível de ser utilizada ao serviço de todas as
Acções Diplomáticas do Estado: investir, apoiar, ajudar os governos.
- Um Estado é forte pela exibição da força económica que possui, mas também
é importante uma ³população de qualidade´ (de elevada s disciplina e aptidões,
aos vários níveis da execução das tarefas, e bem enquadrada p or líderes
competentes) que se integre numa elevada capaci dade organizacional do
Estado (Ex: os EUA; não ainda o Canadá e a Austrália). Entre a quantidade e a
qualidade terá de existir um equilíbrio: entre a população suficiente para a
evolução e projecção do Estado nas RI e a superpopulação que pode atrofiar.
- A Força do Estado depende portanto mais     á  
  que da sua população bruta. Assim, um território rico em recursos
mas fracamente povoado será sempre uma Potência limit ada. E aqui e uma vez
mais, o Canadá e a Austrália servem de exemplo.
» A situação ideal para um Estado seria pois ser detentor de um solo fértil e
de um subsolo rico, pois se for desprovido de recursos e tiver de confrontar -se
com uma crise ou um conflito, torna-se dependente do exterior, o que o tornará
de imediato vulnerável a um adversário forte militarmente.
- A Força bruta natural do Estado será então expressa pela Idade, Meio
geográfico e geopolítico em que se situa, pela População e pelas Riquezas
Económicas. Estes factores são reais, naturais e independentes da acção
humana e da vontade política. Por sua vez, os  á á  , cuja
combinação revela a Força do Estado e o seu Potencial são constituídos, para
além daqueles factores, pelo Meio Ambiente, Recursos Naturais, Força Militar,
Organização e Estrutura colectiva. São ainda importantes a qualidade ou nível
civilizacional, tecnológico, científico e cultural
 ë     , bem como o
suporte da sua acção diplomática e estratégica.
; O sucesso da optimização de todos estes factores por uns Estados em
detrimento do sucesso parcial ou do insucesso de outros, resultante em parte
de uma desigual distribuição desses recursos, r        á
  originando, ou Actores Actuantes do Sistema Mundial (RI) ou Actores
Dependentes do Sistema.
- Esta hierarquia oligopolista gera uma estratificação internacional dos Estados
- Mede-se pela percentagem do PNB de cada Estado em relação ao PNB
mundial. Em 1997, os Estados alinhavam -se: EUA (37 ptos.); Rússia (19);
Japão (17); RFA (13); França (9); China (7); Itália (6); Canadá (5).

- Considerado ao nível sistémico das RI, o impacto dos factores económicos,


financeiros, tecnológicos, científicos e militares cria o fenómeno da influência
das Potências. Nesta perspectiva, existem:
» Potência Local ± será o Estado que tem capacidade de exercer influência ou
para actuar na sua envolvente imediata de vizinhos mais próximos.
- Potência Regional ± Estado com capacidade para exercer influência sob re um
conjunto de Países, situados na sua área regional ou noutros continentes, por
razões históricas, económicas ou culturais.
- Potência Mundial ± será o Estado, do tipo superpotência, com capacidade
para reagir a qualquer acontecimento que ocorra na are na internacional.
Dispõe de meios para exercer a sua influência na sua região, sobre qualquer
outro Estado, ou no conjunto do sistema das RI,      . Consegue
projectar poder em qualquer parte do mundo.
- Havendo, pois, uma hierarquização internacional, resultante da desigual
distribuição da força dos Estados, ela poderá vir a institucionalizar -se e a criar,
em resultado, um ? ?!     ! !.
- Na concretização da sua hierarquia, o Estado utiliza o seu Aparelho
Diplomático, na consecução dos seus objectivos. Segue -se-lhe, em simultâneo,
como acção complementar, ou como último argumento,   .
» As Forças Armadas permitem ao Estado defender-se, quando alvo de
violência armada; garantir a sua neutralidade, pela gesticulação dos meios
militares; ajudar um Estado amigo ou aliado. Em tempo de paz, permitem ao
Estado mostrar uma violência simbólica ou gesticular (Política da Canhoneira).
» Os Estados praticam uma
   abrangente (emprego de acções
económicas, políticas, psicológicas e meios mais ou menos violentos. Com a
    o Estado pode sempre praticar uma política de dissuasão, de
intimidação ou de coacção contra adver sários e de apoio a países aliados.
- Por sua vez,  !á  á  exercem, de forma activa, força
diplomática assente no respectivo poder de Dissuasão Nuclear. Exercem essa
força em relação a adversários e a aliados. Têm estatuto privilegiado nas R I.
» Existem 3 tipos de potências nucleares:
>Pequena Potência Nuclear ± tem capacidade nuclear (bombas e mísseis
transportadores), mas será destruída se outra potência nuclear desencadear
um ataque nuclear preventivo.
>Média Potência Nuclear ±
# 


ëë ë  credível por possuir
capacidade de ë ë. O seu aparelho estratégico de retaliação
sobreviverá a um primeiro golpe e desencadeará um ataque de volta.
>Grande Potência Nuclear ± tem capacidade para desencadear um conflito
nuclear generalizado, mesmo depois de ter sofrido um ataque nuclear limitado.
Possui grande invulnerabilidade, enorme e diversificado arsenal: sistema ABM
e ³guarda-chuva nuclear´ de protecção própria e para os países aliados.
- Contemporaneamente, as potências maiores avisam sempre que os seus
interesses se encontrarem ameaçados, através da projecção de poder do tipo
operações aéreas e aeronavais, que constituem golpes de aviso e visam fazer
parar o transgressor. Se este não parar, poderá, então, sofrer golpes
intoleráveis e demolidores que o convencerão a desistir.

O PROTAGONISMO DOS ESTADOS-NAÇÃO. SUA PERMANÊNCIA NAS RI.


- Actualmente, o mundo das RI vive uma situação paradoxal e que se integra
na Lei da Complexidade Crescente. Isto porque hoje têm de coexistir Estados
Modernos (de estruturas nacionais já consolidadas) com Estados Jovens (cujas
comunidades multiétnicas se encontram em situação equivalente aos dos
Estados Europeus dos séculos XVI e XVII), onde a lealdade nacional é
superada pelas lealdades provinciais e locais, como na Índia, na Indonésia, na
Nigéria ou na Guiné e na RDC.
» ëë ëë
ë, encontram-se ainda na fase de constituição de uma
sociedade nacional, por a nação não coexistir com o Estado. As Nações
formam-se devido à modernização social, com o desenvolvimento das
comunicações, dos transportes, dos meios de informação e outros meios, os
quais vão acelerar a assimilação entre os diferentes grupos sociais.
» Por sua vez a modernização conduz à mobilização social e à multiplicação
das trocas económicas, sociais e culturais. Esta mobilização da população
  ë ëë ë
ëë   dos vários grupos étnicos. A integração é
geralmente longa no tempo e por vezes sangrenta, c omo o comprovam as
histórias europeia e americana.
- Contemporaneamente, as várias sociedades políticas encontram -se num
período de crise existencial nacional que se manifesta de diversas formas:
>Nas Nações jovens com o aumento das agitações e problemas étnicos.
>Nas Nações velhas com o ressurgimento das clivagens tradicionais.
< De um modo geral, com o emergir da vaga de fundo das nacionalidades .
- As Nações encontram-se numa crise de crescimento, mas persiste o
fenómeno nacional que se amplia e se e stende a todas as sociedades.
- É uma época de renascimento (das nações velhas) e de nascimento (de
nações novas) Estes renascimento e nascimento vem alertar que não se
deverá confundir ³jovem Estado´ com ³jovem Nação´, porque muitos jovens
Estados exprimem hoje, afinal, o renascimento político de ³velhas´ nações
tradicionais e civilizações (China, Vietname, Irão, Cambodja), algumas
anteriores às sociedades europeias.
Por exemplo: os nacionalismos surgidos na China (sec. XVII e XIX) e no
Japão (meados do século XIX e sec. XX) constituíram, no fundo, uma tentativa
de sociedades nacionais tradicionais assumirem de novo a sua civilização
primordial que as possibilitasse de competir com as sociedades ocidentais.
- Entretanto na Europa e com a Guerr a Fria surgiu um novo fenómeno: a
formação de Blocos ou Grandes Espaços e as interdependências regionais.
Mas também surgiram os NACIONALISMOS. Passando a descreve-los:
» A Jugoslávia de Tito foi a primeira experiência bem sucedida de criação de
um nacionalismo oposto a um Bloco. Agora e embora divididos entre si, os
sérvios ou ex-Jugoslavos parecem unânimes em conduzir o respectivo futuro,
embora permaneça perigoso o rastilho do Kosovo, antigo Reino dos Sérvios.
» Depois foi a França de De Gaulle e a Roménia de Ceaucescu, que vieram
revelar a persistência do sentimento nacional.
» Actualmente, afloram manifestações de nacionalismos, tanto a Leste como
a Oeste. Mas, simultaneamente, aparece na Europa um ³novo tipo de
nacionalismo´, incidente mais na defesa do aparelho económico nacional, na
manutenção do nível de emprego e no bem -estar social do que na fronteira .
>Neste tipo de nacionalismo, os sentimentos nacionais parecem já não
incidirem tanto sobre as convicções de segurança, defesa ou de prestí gio, mas
sim e mais sobre a segurança económica e a assistência e segurança social.
- Conforme a conjuntura, á á   assumem várias ë:
» No actual contexto europeu , o nacionalismo manifesta-se preferencialmente
sobre o interesse comum que une os indivíduos, mas agora para defenderem a
própria segurança social e económica, face à concorrência externa.
» Mas fora da Europa, por exemplo, a explosão dos nacionalismos judeu e
árabe exprime claramente o renascimento de velhos povos e de velhas nações,
sobressaindo como mais importante a intransigente prevalência das fronteiras.
» Também o actual nacionalismo fora da Europa revela-se como um
nacionalismo de recusa de valores estrangeiros, expressos de forma latente ou
violenta, como o de Komeiny e seus sucessores no Irão. O mesmo parece
estar a acontecer com a revolução bolivariana de Chaves, na Venezuela.
Ambos jogam com  
    próprio que lhes proporciona o deterem
amplas reservas de crude e de se respaldarem na OPEP e na Rússia. E
também apoiam sem ambiguidades  
   que se manifesta em
Estados vizinhos, esperando colher benefícios geoestratégicos a médio prazo!
- Os Nacionalismos também aparecem sob a forma de valores religiosos de
matriz mais arcaica, pré-coloniais ou de língua principal.
» Neste caso, trata-se de um nacionalismo mais cultural que económico, onde
as comunidades sociais tentam exprimir, de forma confusa e/ou contraditória, a
estrutura e o cimento da sua própria existência colectiva, ocasionando o por
vezes apelidado de ³Clash of Civilizations´.
» Contudo e na realidade, esse nacionalismo acaba por ser a expressão do
nacionalismo dos ³novos príncipes´ que governam esses novos Estados do 3º
Mundo, em volta dos quais se formataram essas sociedades que vis am criar as
bases estruturais do Estado, segundo a ordem: 1º, o ³príncipe´ e o Estado; 2º,
a formação de uma cultura nacional; 3º, as revoluções sócio -políticas que criam
a memória colectiva; 4º a existência de uma ameaça externa aglutinadora.
» Estes factores de desenvolvimento irão fazer surgir e sedimentar um
sentimento nacional, incluindo uma História colectiva com os seus elementos
da memória histórica, cultural, linguística e religiosa.
<No caso particular do continente africano e ligado ao des aparecimento do
fenómeno colonial, assiste-se à tentativa do nascimento de novas nações no
seio de novos Estados; mas tudo à custa de conflitos brutais e violentos ligados
à destruição dos laços tradicionais tribais, étnicos e regionais intra -fronteiras.
- Hoje, os Estados existentes são muito diferentes uns dos outros, pela sua
idade, grau de coesão, estruturas sociais e culturais e pelo seu regime politico.
» Existem assim Nações jovens, outras em crescimento, outras em crise.
- Todavia a Nação continua a ser, qualquer que seja a situação em que se
encontre, o grande quadro de referência da vida dos povos e dos indivíduos.
Sempre foi e continuará a ser o factor estruturante do Estado .
» Assim poderá afirmar-se que, sendo  ë
o centro politico autónomo
de decisão e a unidade-base da Sociedade Internacional; e    ë a
força social mais dinâmica no seio da Sociedade Internacional; o mundo sócio -
político será sempre um $ 

 ë%, muito embora as nações jovens
se encontrem sempre mais vulneráveis porque carecem ainda de consolidação.
; Mas verifica-se que toda esta base estruturada e aparentemente organizada
aplicada aos Estados, quando transportada para a arena das Relações
Internacionais, não tem aplicação equivalente.
» Na realidade e nas RI, constata-se que não existe um poder autónomo, ou
sequer regras consensuais estabelecidas equivalentes às existentes no interior
dos Estados, por não existir um sistema social internacional. Não existe
portanto qualquer integração social.
» As Relações Internacionais não constituem uma sociedade e encontram -se,
sim, numa fase intermédia ente o estado de natureza e o estado social.
» As RI assentam na coexistência entre as várias entidades independentes e
são reguladas por instâncias mode radoras e estruturas comunitárias
» As RI são pluralistas e compostas por unidades soberanas. Subentende -se
aqui que as RI conferem maior peso a uma Sociedade de Estados.
<Daí a divergência de interesses e de objectivos e os conflitos que se
encontram enraizados e que ciclicamente afloram, sinal que a    & e a
ameaça do emprego da Força se encontram sempre presentes.
- Tendencialmente o sistema evoluirá para a criação de Unidades Políticas
diferentes do Estado-Nação através das Integrações Regionais, obedecendo a
critérios económicos, culturais, financeiros e de segurança e defesa.
» Mas esta tendência depara com obstáculos que continuarão a existir no
imaginário dos povos e das comunidades como a língua, as tradições, os
ressentimentos históricos, o interesse nacional de cada Estado, o desejo de
domínio, tendências hegemónicas latentes e outros.


 "
p   p 
 # p
p   
p 
pp   NO INICIO DO SÉCULO.
- A análise dos acontecimentos internacionais processa -se a partir da Historia
das Relações Internacionais, que tiveram início e longa tradição no continente
europeu e as suas raízes na historia secular da diplomacia .
- Constata-se também que, no início do século XX, ë ë 
  ë
 ? ë   , formado por Unidades Politicas saídas da Revolução
Francesa, das sequentes Guerras Napoleónicas, do Congresso de Viena e do
movimento das Nacionalidades.
» Neste sistema, as Potências maiores exerciam o seu peso, como a
Inglaterra. Mas com a Primeira Guerra Mundial este Sistema desfez -se, de
forma ruinosa e trágica, e com os acontecimentos que se lhe seguiram.
- Nas décadas seguintes emergiu um SISTEMA INTERNACIONAL
UNIVERSAL fluido, movediço, de múltiplos actores, englobando elementos
estáveis e instáveis, consideráveis factores de integração e outros factores de
desintegração ou focos de anarquia. O transitório Actor Universal era
representado pela frágil SDN e os factores instáveis pelas tentações
hegemónicas do Japão e da Alemanha, e ainda pelas aventuras africanas da
ditadura italiana.
» Este Sistema Internacional Universal, do inicio desse século, constitui
uma união de elementos que não têm qualquer ligação uns com os outros, mas
que se sobrepõem e se cruzam. Caracterizam-se por serem:
>Alguns muito antigos, como os ³velhos´ Estados europeus;
>Outros mais recentes, provenientes dos efeitos da IGM, declínio da Europa,
da ascensão dos EUA e da revolução soviética e início do Império japonês.
>Outros são ainda mais recentes, como a descolonização, a mundialização
da economia, e o MAD provocado pela arma nuclear.
>Finalmente, existem elementos ainda em formação, como a expansão dos
nacionalismos, a proliferação nuclear, o aparecimento de novas potências
regionais e a emergência das ameaças não -tradicionais
>De acrescentar ainda a estes as revoluções tecnológicas e do conhecimento
- Todos estes elementos constituem factos históricos estruturais do Sistema
mundial de Relações Internacionais.


 
 p 
pp   p 
- Nas vésperas da IGM a Sociedade Internacional #   , não é universal.
[ ë ! ë ëë  ë ë  ë ë
ë    ë , aqueles que criaram o
sistema de reconstrução da Europa após a queda do Império Romano e depois
difundiram o mesmo modelo de Estado pelos outros quatro continentes. A
maior parte do Mundo depende da Europa.
- Existem então 5 grandes potências: Inglaterra, França, Aleman ha, Itália e o
Império Austro-húngaro. A Rússia, EUA e o Japão aparecem como Estados
secundários com papel ainda limitado no conduzir das RI.
» Os Estados Europeus praticam entre si uma Política de Equilíbrio ou
Balança de Poderes, vigiando -se mutuamente, para impedir que um deles
possa adquirir hegemonia ou um poder excessivo. Se e quando o equilíbrio se
rompe estabelece-se de imediato uma coligação contra o $ 

   % a fim de restabelecer esse equilíbrio.
;A Sociedade Internacional te m então um carácter HOMOGÉNEO, existindo
um largo consenso e legitimidade entre os Actores quanto às regras do jogo de
poderes, interno e internacional.
NOTA. Anteriormente, no século XVIII, a sociedade era heterogénea, devido
ao impacto da Revolução Francesa na Europa Monárquica ao criar princípios novos e
contraditórios e assim provocar antagonismos entre as duas legitimidades: a antiga,
monárquica, e a nova, republicana.
- A IGM marca pois a ruptura do sistema, até aí vigente, conduzindo ao fi m da
supremacia politica e económica dos países europeus.
> Desaparece assim o SISTEMA CLASSICO anterior.
- A Europa sai da 1ª Guerra Mundial muito enfraquecida: perdas em população,
reservas de ouro, marinhas mercantes, infra-estruturas; e ë ëë dos
quais levará décadas a recuperar. Em consequência, a ordem social é abalada;
grave crise económica e financeira com a bancarrota. Surgem súbitas fortunas
e campeia a corrupção e a miséria. Tanto camponeses como operários saem
desfavorecidos e a solução para a maioria é emigrar para o ultramar.
» Aproveitando da perda de status e prestígio das Potências europeias, os
Estados extra-europeus obtém ganhos geopolíticos e geoestratégicos,
aumentam as suas economias e a produção e prosperam. (Ex.: os EUA.)
- Desaparecem os Impérios Austro-húngaro e Otomano, o que destrói o
equilíbrio das Potências na Europa e altera a sua configuração política.
> Entretanto emergem novos Estados: Checoslováquia, Hungria e Polónia. A
Sérvia expande-se surgindo a Jugoslávia.
- Cresce o poder económico americano ; declina o da Europa ao nível mundial.
- De todas as transformações conjunturais ocorridas, a criação do SDN em
1920, que constitui a 1ª experiencia de uma Organização Universal, marca a
passagem de uma sociedade Europeia para uma Sociedade Heterogénea.
- Também começarão a surgir os primeiros sintomas de declínio no interior da
Europa, com esta a sentir a necessidade da presença americana para
assegurar a paz interna e enfrentar       de 1917.
» Esta revolução põe fim ao carácter HOMOGÉNEO da Sociedade
Internacional por proclamar a   
 " 'ë   
 . Gera um
duplo fenómeno de propagação e de rejeição na Europa, o que já tinha
acontecido aliás com a Revolução Francesa por razões políticas e ideológicas.
» A Europa não irá recuperar da IGM e da revolução Soviética.
» Surgem duas crises: a Grande Depressão Económica 1929 e a crise das
Democracias e do Parlamentarismo devido á corrupção politica, do
parlamentarismo e do rotativismo dos partidos. Ascensão dos Extremismos
Ideológicos: URSS, Japão >>China, Mussolini, e a Guerra Civil de Espanha.
- Rápido
  do Sistema Internacional  ëë  (
> A Europa entra em declínio, em desequilíbrio e entra -se num SISTEMA
internacional HETEROGENEO.
> Crise Europeia, ascensão dos EUA e Japão; surge o Sistema Leste -Oeste.
> Entre a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais, as Potencias Europeias perdem a sua
hegemonia nas RI e enfraquecem. Grandes perturbações na Itália, Alemanha
(República de Weimar) e França (República Socialista). Crise múltipla na
Europa: política, institucional, eco nómico-financeira, social e de segurança.
> Os Balkans são fontes de grande instabilidade. No exterior ao espaço
europeu, os EUA e o Japão tornam-se grandes potências.
> Gera-se um novo desequilíbrio quando a URSS e Alemanha assinam uma
coligação de vencidos, e em 1922 celebram um acordo secreto (de relações
diplomáticas e cooperação militar).
> Surge o perigo hitleriano. A Checoslováquia é entregue à Alemanha.
> Em 1939 é assinado o pacto de não -agressão Molotov-Ribentrop. Inicio da
IIGM: a Polónia è dividida entre Moscovo e Berlim. Chacina de Katyn.
> De surpresa, em 1941 a Alemanha invade a URSS; e os japoneses atacam
Pearl Harbour, principal base aeronaval dos EUA no Pacífico.
> Em 1943 os aliados reúnem-se em Moscovo: partilha da Europa (Leste-
Oeste). Segue-se a Conferencia de Teerão, a Conferência de Yalta (Fev. 194 5)
e a Conferencia Potsdam (Ago. 1945), já sem guerra. Partilha do mundo.

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pp   p 
- Surge um novo Sistema Mundial:  ë ë
ë 
ë     
? #    
ë ë   ë, com duas zonas de influência: uma
soviética e outra predominantemente de intervenção anglo-saxónica.
- O Sistema Mundial passa a BIPOLAR. Segue-se a Guerra Fria, processo de
  
 "  e de     ë#  ao nível mundial.
>De permeio surge a revolução comunista chinesa que agita todo o Sudeste
Asiático. Daí para a frente a China comunista alinhará incondicionalmente com
a política externa da URSS e contra o Ocidente.
- Ao nível geoestratégico e das relações internacionais, dá -se a erupção de
várias crises e conflitos regionais, produto da confrontação indirecta entre as
duas superpotências e que Moscovo utiliza como trunfo principal a seu favor:
1ª Crise (1946) ± Crise no Irão; os soviéticos criam a secessão do Azerbeijão.
1946: Guerra Civil da Grécia; vence o Ocidente. Questão dos Estreitos Turcos.
1947: início da Guerra Fria. Os EUA assumem a liderança do Ocidente e
auxiliam a reconstrução da Europa (Plano Marshall). A URSS r esponde com o
Kominform e mantém os países de Leste sob a sua órbita.
1948: Bloqueio de Berlim pela URSS. Êxito da Ponte Aérea. Termina em 1949.
- Assinatura do 

)  ë com os países do Benelux + G.B. + FRA.
- 

*ë  +  
 ! . Refundação da Alemanha: a RFA.
1950-55: Coreia do Norte invade o Sul. O afrontamento Leste -Oeste desloca-se
para fora da Europa: Ásia, África e América Latina. Formam-se a NATO e o PW
1961: Erecção do Muro de Berlim; criada a RDA (1950). 1959: Revolç. Cubana.
1962: Crise dos mísseis soviéticos de alcance intermédio em Cuba. Ultimato de
Kennedy a Krushev. O Mundo à beira do MAD: criado o Telefone Vermelho .
1979: Crise dos Mísseis e dos bombardeiros Estratégicos . Segue-se a dos
mísseis estratégicos SS-20 móveis e dos bombardeiros estratégicos Backfire
soviéticos, ambos sem equivalente no Ocidente. Os EUA respondem e
instalam na Europa os mísseis Pershing, de alcance intermédio, destinados a
bombardear as retaguardas dos exércitos de Moscovo em caso de i nvasão.
- Neste período surgem 4 crises: Guerra Israelo -Árabe, 1973; os Goulag
soviéticos; o incremento da competição estratégica EUA-URSS; e a Guerra em
Angola em 1975, com a intervenção directa das forças armadas cubanas, sob o
incentivo aberto e a protecção directa politico-militar da URSS. Os EUA apoiam
sem convicção a FNLA. Depois, as Forças soviéticas invadem o Afeganistão.
1980: a URSS atinge a paridade estratégica com os EUA (no ar e no mar). Os
americanos recuam das suas posições estratégicas face à pressão soviética.
-A URSS e os democratas americanos forçam a descolonização pelo Ocidente .
1980: Fracasso do raide ao Irão para libertar os reféns americanos. Face à
perda de status e   Jimmy Carter proclama então: os EUA tornar-se-ão a
potência mais poderosa do Mundo. Surge com Reagan o SDI norte-americano.
- Reacção americana: ocupação de Granada, ajuda aos ³Contras´, ataque
aéreo com 18 aviões F-111 a Tripoli. A acção resulta e Kadafi pede tréguas.
- O Sistema Leste-Oeste torna-se mais flexível, mais fluído, mais indefinido e
portanto mais perigoso.
- Continua a praticar-se o Equilíbrio Estratégico entre os EUA e a URSS que
serve de pano de fundo à acção política e diplomática das maiores Potências .

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- Aumento do impacto do denominado 3.º Mundo na ONU e nas RI.
- No período entre as duas GMs os Nacionalismos começam a despontar na
África árabe e na Ásia.
» CAUSAS: enfraquecimento da Europa em crise,  ëë da URSS e a
acção conjugada dos EUA e da URSS,  ë
ë. Consequências:
o conjunto dos impérios europeus desfaz -se, embora de formas diferenciadas.
>Constituiu uma transformação rápida da História das R.I. e uma radical
alteração do cenário mundial.
- 1961: sob o peso dos ³não-alinhados´ a ONU proclama que a independência
dos povos colonizados terá de ser feita de imediato.  ë 
ë
ascendem a independ ências para as quais não se encontram preparados.
» A descolonização atinge primeiro a Ásia. A invasão japonesa (1935)
mostrara a fraqueza dos europeus. Primeiro são os holandeses e ingleses e
depois os franceses ( Indochina e Bien Bien Phu em 1954).
- A DESCOLONIZAÇÃO vai transformar radicalmente o Sistema Internacional,
nomeadamente porque a comunidade internacional passa em poucos anos de
60 para 110 Estados, situados na sua maioria ao SUL do m undo desenvolvido.
» Acentua-se a diversificação no seio da Sociedade Internacional, porque os
³novos´ Estados são política, cultural, económica, religiosa e etnicamente muito
diferentes dos ³velhos´ Estados.
- Surgirá também uma nova CLIVAGEM nas RI, pois para além do
antagonismo Leste-Oeste surgirá a diferença Norte-Sul, com um forte ou
desconcentrado desnível de riquezas e da base cultural e civilizacional .
» Emergem Estados jovens impreparados, frágeis, de governos corruptos e
divorciados do resto da população. São inúmeras as fraquezas desses países.
Em consequência, a ³desordem´ instala-se na ONU e nas Organizações
Internacionais que passam a funcionar segundo a ³lei do número´, o que faz
sobressair o ³peso dos novos´ nas RI, e faz desequilibrar todo o Sistema .
> A doutrina dos ³não-alinhados´, mas com grande parte deles alinhando
contra a Europa, é expressa pelo grupo afro -asiático na Conferência de
Bandung (Sukarno-1955) reunindo 25 Estados; e depois na de Belgrado (1961)
1ª cimeira dos não-alinhados; segue-se a do Egipto (1964), já com 47 Estados.
- Contudo,  ëë ë
ë surgem crescentes clivagens, pois entre eles
existem três tendências político-ideológicas: soviética, chinesa e ocidental.
- Em 1973 reúne-se    
 ! , contando com a presença se
setenta e cinco países e seis Movimentos de Libertação. O objectivo é a
instauração de uma nova ordem económica internacional e de cooperação
entre os países produtores de matérias-primas, destinada a modificar as
relações de força entre países produtores (3.º Mundo) e consumidores (1 .º
Mundo). Visa ainda outro objectivo: sob a pressão dos partidos marxistas e afins,
fica decidido estabelecer a estratégia definitiva para  
       
   ë , a braços com uma guerra de usura em África. No ano seguinte dava -se o
25 de Abril e o derrube do regime, com reflexo imediato em todas as acções militares.

 á )devido à  


 
ë ë ë.
» Surgem inúmeras diferenças culturais, civilizacionais, ideológicas
económicas e político-militares entre os Estados e o fenómeno Estatal passa a
assumir formas diversificadas Entre essas formas coloca-se sempre a questão:
> Como comparar um país velho, como a China, com os micro-Estados do
Golfo? Ou como esperar comportamentos idênticos da parte de gigantes
demográficos como a China e Índia , cada um com mais de um bilião de
pessoas, com micro-Estados com alguns milhares de habitantes? Ou ainda,
como interpretar jovens países com a tendência permanente para lançar sobre
outros Estados a culpa sobre as suas dificuldades internas para situações de
pobreza (³culpa do colonialismo´), ou para situações de desordem (³culpa de
agitadores exteriores à comunidade´) para esconderem a sua má governação?
> No que se refere a este último aspecto , importa saber que o mesmo
pretexto também acontece nos velhos países europeus. Exemplo: o tema da
integração europeia é utilizado amiúde como desculpa ou um constrangimento
do exterior para conter reivindicações interna s; ou como meio de projecção de
remédios e ambições para satisfação dessas mesmas reivindicações.
- Entretanto e com o pós-descolonização, desde cedo o 3.º Mundo entrou
numa crise de crescimento devido a clivagens e á )áá  .
> Outras fragilidades internas são: influ ências religiosas e ideológicas, frágeis
instituições politico-administrativas estatais muito influenciadas por problemas
étnicos ancestrais, economias incipientes, problemas de coexistência de
culturas, religiões, etnias, dialectos. Existe Estado mas não há nação, o que
predispõe a tentação para a existência de imaginárias ameaças externas e de
³fugas para a frente´ conduzindo a imperialismos regionais. Ex: Nigéria, Angola.
> Criando-se rivalidades, a unidade inicial perdeu força, porque o catalisador
anterior era o anti-colonialimo. Devido a não possuírem identidade comum em
todos os aspectos, os Países do 3.º Mundo acabam por desenvolver
estratégias próprias por vezes contraditórias. Portanto, não existe entre eles
unidade suficiente para que possam form ar um bloco viável e consistente.

 pp 


p 
 
pp  p 
- Em 1989 dá-se subitamente a implosão da URSS e a fragmentação do PW.
> Com a sequente queda do Muro de Berlim abriu -se um novo capítulo da
História da Europa, do Mun do e das RI. O Mapa da Europa foi redesenhado.
- Com o fim da Ameaça de Leste, que durante 55 anos impendeu sobre o
Ocidente, a Europa Ocidental ganha nova ³Dimensão´ e autoridade e surge
uma nova Identidade Europeia , que neste caso se iria traduzir na aposta de
construção de um Espaço Europeu de características vincadamente
económicas e monetárias, para além de políticas de segurança muito
semelhantes, estruturalmente e em estatuto, à sua congénere transatlântica
NATO que inclui o grupo EUA/Canada
> Esta Identidade tinha começado a surgir em 1949 com a criação do
Conselho da Europa e com a CECA de Shuman, em 1951. CECA ; CEE ;CE
;União Europeia, percurso que origina os sucessivos alargamentos até hoje.
> Renascem as identidades dos diferentes povos europeus, tanto a Leste
como a Oeste e a Europa desperta para o seu destino internacional.

    .  * *   á .
- Após o fracasso da CED, dá-se de novo o relançamento da Eu ropa e da sua
unidade de 1955, com a R eunião de Messina e projecto europeu sobre a
energia atómica. Este projecto e a criação do Mercado Comum e uropeu,
concretiza-se em 1957 com  

  . Face à pujança do Grande
Espaço em formação e dos resultados produzidos pelos primeiros seis países e
pela forte adesão de outros, começa a surgir uma crescente oposição dos
EUA, por encararem a Comunidade Económica europeia como um concorrente
económico directo, principalmente nos sectores agrícola e no industrial.
- Aparece entretanto, a primeira crise da NATO, pois os países procuram
defender os seus próprios interesses no seio da Aliança , principalmente os
mais nacionalistas. E, como em 1979/80 a URSS atinge a paridade nuclear
com os EUA, estes reconhecem afinal que não poderão arriscar a sua própria
destruição, por serem obrigados a recorrer ao nuclear, para proteger a Europa.
» Esta postura da América obriga a aumentar o número de forças clássicas
da NATO, o que força os americanos a pressionar os europeus para
aumentarem os respectivos orçamentos de Defesa.
- Em 1958 surge a segunda crise, com a postura da França de De Gaulle que
se opõe sistematicamente à GBR, aos EUA (A questão da Força Multilateral) e
à doutrina MacNamara de resposta gradual face a um ataque do PW; para
finalmente em 1966 retirar a França da NATO mas evitando romper com ela.
> De Gaulle tenta assim modificar as regras do Sistema Europeu , fazendo valer
com mais veemência a influência das Médias Potências e claro, da França.
>>Em seguida esboça uma aproximação com a URSS (relações políticas e
económicas), actua contra a hegemonia dos EUA e leva a França a afirmar a
sua ambição e personalidade. Pretendia lançar um projecto europeu que
contemplava a emancipação do Leste que incentiva, e com isso a Hungria de
Dubchek e a Checoeslováquia tentam a sua ³primavera´; esta e outras
tentativas de libertação são esmagadas impiedosamente pelos blindados do
PW sem que o Ocidente, a França principalmente, esboce m a mínima reacção.
» Finalmente em 1968, com as desordens do mês de Maio, o País é
enfraquecido por dentro. Acaba assim o sonho europeu liderado pela França.
- Por sua vez, a Alemanha de Adenaur e depois com Willy Brandt (1966) inicia
uma política de abertura a Lest e (³Ostopolitik´) tentando a prazo a sua
reunificação, o que se viria a revelar infrutífero .
» Celebra 3 Tratados: com a URSS e com a Polónia (1970) e com a GDR
(1972), em que a Alemanha reconhece as realidades de Potsdam: não recurso
à força, a fronteira Oder-Neisse e o estabelecimento das relações diplomáticas
entre a RFA e a GDR. Dá-se uma evolução da situação na Europa, com um
reforço das identidades nacionais dentro de uma Identidade comum europeia
principalmente naEuropa Central e Oriental, mais atingidas pela russificação.
- Em resultado desta busca permanente pela procura da Identidade Nacional,
surge o ressurgir dos interesses nacionais em relação às Grandes Potências,
nomeadamente com Tito, Ceausescu (URSS) e De Gaulle (EUA). Estes novos
nacionalismos introduziram uma significativa diversidade na Europa de Blocos,
na igualdade dos Estados, na ³não-ingerência´ e na liberdade dos povos.
Exemplos: a libertação da tutela da URSS por parte dos Estados de Leste,
a libertação dos nacionalismos reprimidos da Croácia, Eslovénia, Bósnia e
Kosovo e a dos nacionalismos Ukraniano e o dos países bálticos.
- Assim, as ³duas Europas´ vão prosseguindo à procura da sua identidade:
> a Leste, progressiva emancipação da URSS, da CEI e agora da Rússia;
> a Ocidente, a ³autonomia´ face aos EUA com a construção transatlântica
do ³Pilar europeu´, o que irá permitir dar consistência à progressiva reafirmação
europeia no mundo, mas principalmente nas Europas Ocidental e Central.
- Em consequência, a antiga dominadora do mundo vai de novo afirmar-se
como ³2º bloco ou pólo de Poder Mundial, face aos EUA e ao Japão.
>Esta posição reassumida é conseguid a através do estabelecimento da
Comunidade Económica, com o suporte e a parceria militar da NATO, da PESC
(Política Externa de Segurança Comum), do Tratado de Maastricht, da abolição
das fronteiras e da implantação da moeda única.
- A Europa Ocidental consolida-se e afirma-se como o factor aglutinador da
consciência do Poder Europeu, constitu indo-se como o grande centro
polarizador da Europa Central e de Leste, cujos países tentam juntar-se à UE e
à UEO, entretanto recentemente incorporada naquela.

BREVE RESUMO DO PERCURSO EUROPEU PARA A UNIÃO.


1943-44 ± Criação de Benelux ± 1951-52 ± criação da CECA
1957 ± Tratado de Roma (Euratom e CEE) + CECA
1967 ± Unificação da CE num único órgão. Criado um C onselho de Ministros.
1978 ± Assinatura do Acto Único Europeu. Entrou em funcionamento em Julho de
1987 e abriu caminho para a futura União Política. Objectivos: concretização do
Mercado Interno Europeu e de uma área sem fronteiras em 1992; promoção do
desenvolvimento tecnológico; aproximação a uma futura união económica e monetária
(esta já concretizada) ; e reforço da coesão económica e social.
1984 ± Estabelecida a União Europeia a partir da Comunidade Europeia pelo Tratado
de Maastricht, assinado em Fevereiro de 1992 , tendo entrado em vigor em Novembro
de 1993). É constituída com 5 órgãos de topo: O Parlamento, a Comissão, o Conselho
Europeu, o Conselho de Ministros, o Tribunal de Justiça e o Tribunal de Contas.
- Hoje, em 2009, integram a União Europeia 28 países das três Europas.

- Neste breve resumo sobre a União Europeia, os seus Estados e a sua


dinâmica enquanto difusora da civilização ocidental pelo mundo afora,
acontece que a Europa foi a área continental e marítima que produziu a Nação,
característica da sua cultura, e só pelo começo deste século proclamou o ideal
do Estado nacional. Em suma, o Estado soberano foi uma criação cultural
destinada a servir a comunidade, pelo que a cedência de algumas parcelas
dela só serão válidas se as contrapartidas garantirem que as finalidad es do
Estado ficarão mais bem servidas.
- Finalmente convirá sublinhar que a Unidade Política da União Europeia ainda
sem definição final, carece necessariamente de um braço militar privativo que
permita debelar qualquer ameaça nas fronteiras geográfica e de segurança.
÷A / A÷ B EVE E E Ê÷ IA À ES A A IA÷A.
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 P  í  li  , ili i  líti , ilit ,
i , fii  
 t;  i      tl 

    t t , íti , !   ii .


- No aspecto politico-militar constitui o maior ³Grande Espaço´ do Mundo ,
sobrepondo-se à própria ONU        nas suas múltiplas facetas por
esta não dispor de quartéis-generais e de forças atribuídas em permanência e
disponíveis imediatamente.
- Constitui o 2.º principal sujeito das Relações Internacion ais. O 1.º é a ONU.
- A NATO trabalha em estreita cooperação com a UE, a UEO, a OSCE e o
Conselho da Europa tendo por objectivo estabelecer uma nova arquitectura de
segurança europeia.
- Em Fevereiro de 1999, a Aliança estabeleceu o seu actual conceito
estratégico, que prevê a sua intervenção em áreas imediatamente próximas da
sua fronteira; ou mais além, onde se desenhar uma Ameaça contra a sua
segurança ou integridade, estabelecendo assim as denominadas ³Fronteiras
Avançadas de Segurança´.

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- Assuntos Políticos (e consulta); assuntos Económicos; sector Científico, I&D;
sector Orçamento; exame de Defesa; Informações Intell; desafios da sociedade
moderna; infra-estruturas; armamentos - cooperação ± CNAD; logística na
cooperação militar; Planos Civis de Emergência (PCE); Planos Nucleares - o
desafio da Proliferação ; defesa aérea e coordenação do Espaço aéreo Europeu
(CEAC); telecomunicações; gabinete de Gestão de Crises; segurança e
ambiente; standardização.
p. , /   p  
p
CEMGFAS dos países reúnem-se 2 vezes por ano
- O Presidente do Comité muda de 2 em 2 anos .
- Tratam: questões nucleares, o controlo de armamentos e a redução
balançada de forças mútuas, designada por MBFR.
- O Estado Maior Internacional Militar designa-se por IMS. Composição:
* 1 director; 6 directores adjuntos; + Secretário do IMS
* 6 divisões: de política geral, defesa, de planos de defesa, infra-estruturas,
logística; PGE e científica
- O Colégio de Defesa da NATO.

   /Grande Comando Estratégico Aliado Europeu.


p 2  3 /  p 2  3/Comando
Comando Subordinado do Norte Subordinado do Sul:
(Inclui a Região Centro): CC AIR SOUTH ± Naples
RC NORTH ± Brunssum CC NAV SOUTH ± Naples
CC AIR NORTH ± Ramstein JSRC SOUTH ± Vérona
CC NAV NORTH ± Northwood JSRC SOUTH WEST ± Madrid
JSRC NORTH ± Stavanger JSCR SOUTH CENTRE-Larissa
JSRV NORTHEMST ± Karup JSCR SOUTH EAST ± Ismir
JSRC CENTRE ± Heidelberg

 
 Grande Comando Estratégico Aliado do Atlântico.
 
 
RC WEST ± Norfolk, SUBACCLANT e STRIKFLTLANT ± Norfolk.

RC SOUTH EAST ± 4 r á   
5  4 
   á      
- NATO: FORÇAS INTERNAS, próprias: Força Móvel do ACE, Força Aérea do
Reino Unido e Força Aérea AWACS. (Portugal tem tripulações em permanência.)
- Coopera com a ONU em Operações de Peace Keeping, Peace making e de
Peace enforcement.
Siglas: SC / Stratég. Comand; RC / Regional Comand; CC / Component
Comand; JSCR/ Joint Sub-Regional Command
- Entretanto e com o consequente desaparecimento da rivalidade ideológica e
geopolítica própria do sistema bipolar, foi profundamente alterada a equação
geopolítica que deu origem à Aliança, afectando-a nos seus princípios básicos.
- Para colmatar esta debilidade, a NATO foi dotada de um novo conceito
estratégico, em que o maior ênfase é agora colocado nas operações de paz e
de segurança que tendem a sobrepor-se às clássicas acções de guerra, na
sequência da adopção da ideia de uma Nova Ordem Internacional com base
num conteúdo idealista de caris int ernacionalista, ético e de intervenção,
assente na defesa dos direitos human os, dos valores democráticos, da ética e
do direito internacional.
» Dentro desta nova postura e do esbatimento da anterior política dos Blocos
assiste-se à gradual afirmação de novas forças mobilizadoras na sequência do
redimensionamento do conceito es tratégico da ! , das suas estruturas
operacionais e da ausência de rigidez do mapa da conflitualidade mundial.
---------------------

pp  
& p
6
 
 Terminada que foi a IIGM, novos e diferenciados acontecimentos provocaram
profundas alterações na Ordem Internacional estabelecida em Yalta pela paz
dos vencedores, principalmente pelas condições impostas pela URSS .
» O processo, gerido pelas duas superpotên cias EUA e URSS sob a forma
de um ³condomínio de responsabilidades´, prolongar-se-ia até 1989-90 tendo
terminado com a implosão daquela, o que conduziu ao fim do Sistema Bipolar.
- Os factores mais determinantes do acelerado ritmo de mu dança traduziram-
se na acção da globalização e na emergência incontestada da acção do Poder
Económico, no fim da URSS enquanto Império hegemónico e do PW, e na
concretização da reunificação alemã. Simultaneamente aconteceu a
transformação militar e científica e a revolução n a tecnologia da info rmação.
Destas alterações de conjuntura resultaram múltiplas consequências quanto à:
> modificação da Relação de Forças até aí vigente; e à
> revisão do Mapa Político-ideológico das Europas Central e Oriental.
- Pondo termo a este curto período que veio revelar os limites das capacidades
de intervenção dos principais actores das RI surgiram nos anos seguintes:
» O recrudescimento dos nacionalismos; os conflitos étnico -religiosos; a
redefinição estratégica da NATO; o desmantelamento do PW (militar e do
COMECON (político-económico); o processo da União Europeia; e os novos
tipos de intervenção das Potências e da ONU (Guerra do Golfo).
- O potencial multidimensional libertado, a sua dinâmica e a extensão
globalizante dos efeitos produzidos vieram anunciar o reconhecimento
internacional do fim da ³Velha Ordem´, confirmada pelo apelo do Presidente
dos EUA ao estabelecimento do princípio de uma possível mas incerta ³Nova
Ordem Mundial´.
- Também com o fim do período referido e face às crescentes instabili dades
riscos e ameaças, os Estados passaram a ter de elaborar ³Planos de
Contingência´ de resposta a essas novas e inopinadas problemáticas.
» Em muito devido a estas súbitas alterações da conjuntura não previstas por
parte dos Estados, por falta de previsão atempada, por relaxamento ou por
acomodação pacifista, verificou-se uma grave falta de adequada capacidade de
resposta concertada e oportuna às súbitas mudanças e ainda uma notória
incapacidade de absorver e interpretar a velocidade dessas mudança s, sem
tempo sequer para as compreender e integrar em tempo oportuno e agir de
acordo para as enfrentar e resolver.
; Esta falha grave de previsão atempada dos acontecimentos tem levado os
analistas sobre ë
ë
ë   à tentativa de listagem dessas incertezas e
dos vários elementos de instabilidade , tendo por objectivo a análise dos
factores perturbadores e imprevisíveis que enquadram a actual conjuntura. De
entre as várias conclusões, parece contudo certo que chegou ao fim a µHistória¶
do presente ciclo, passando os Factores Culturais a serem os grandes
definidores das futuras clivagens, tensões e confrontos entre as comunidades
(Ler, entre outros ³ The Clash of Civilizations´ de S. Hutington) .
» Tudo indicia pois serem ëë ë   ë os grandes definidores das
novas análises Geoeconómicas globalizantes das previsíveis perspectivas
Geopolíticas e das novas redefinições Geoestratégicas, a par dos grandes
desafios demográfico, migratório, ambiental e da acção dos media, como
formadores e influenciadores das opiniões públicas nacionais e interna cionais.
- Subsiste, entretanto a questão dos Direitos Humanos, de difícil tratamento e
aplicação em todo o mundo, uma vez que, e tal como    
   ë   
no tempo e de país para país, assim também se
vai modificando a interpretação e a forma desses Direitos.
» Nesta conformidade de culturas nem sempre explicáveis, vários países
asiáticos já fizeram saber que esta nova forma de ³colonização cultural´
(³Direitos Humanos´) se inscreve num legado humanista de tradição europeia
que não terá aplicação fora do mundo ocidental , por colidir com as respectivas
culturas locais e regionais. Exemplo: A pesca do golfinho e da baleia!
- O mesmo se passa no campo ecológico e ambiental, onde os problemas da
ë  
 
ë ëë ëë tenderão a passar para segundo
plano desde que colidam com ³os direitos´ desses povos quanto ao
desenvolvimento sócio-económico, com a sua identidade sócio -cultural, ou com
a sua base cultural étnico-religiosa. E assim o planeta vai sendo depredado!
;Expresso por outras palavras: o conceito de ³Património comum da
Humanidade´ não será sempre o mesmo, variando conforme os modos de vida
dos vários povos e comunidades, desta forma acentuando as contradições e a
fragmentação da Globalização e diminuindo o equilíbrio natural da Terra .
» Assim, uma mesma situação será encarada e tratada segundo pontos de
vista diferentes, o que fará alargar mais o fosso entre a evolução e a agressão
das diferentes sociedades internacionais ao ecossistema global e as
respectivas tomadas de consciência quanto às fragilidades do planeta, as quais
afectam e responsabilizam toda a Humanidade. O que irá dificultar uma tomada
de consciência comum a todos para evitar a contínua degradação ambiental do
planeta Terra e dos seus sistemas de suporte de vida do próprio Homem .
>Esta situação poderá mesmo vir a resvalar para o início de uma fase
irreversível de um ³risco tecnológico maior´ quando no futuro, agentes à
margem da lei, tiverem acesso a armas de destruição massiva. (Hoje, todos os
dias, os narcotraficantes da Colô mbia: o mercúrio utilizado na depuração da cocaína e
despejado, destrói todos os cursos de água que percorre desde as montanhas.
- No fundo e de forma inevitável, a Globalização tudo irá fazer acelerar, o que
irá também contribuir para o alargamento de um outro fosso: o da diferença de
ritmos da evolução tecnológico-científica e do acompanhamento dos padrões
éticos-básicos definidores da dignidade humana o que aliás já acontece.
- Parece pois constituir-se um limite à homogeneização da sociedade global,
devido à acentuada diferenciação dos ritmos e dos estágios de
desenvolvimento e à incompatibilidade ideológica entre realidades sócio -
culturais e étnico-religiosas muito diversas. Acresce que esta possibilidade
também se poderá vir a reflectir no interior dos ³Grandes Espaços´, não só
entre os Estados que os integram mas também entre as próprias regiões.
- Contudo e mesmo no meio do turbilhão de todas as vicissitudes, parece que o
mundo aparece neste início de novo século como uma entidade única e
coerente, ou em vias de evoluir acelerada e irreversivelmente nesse sentido.
» Dado que este facto é consensual e que com a interdependência crescente
a economia tem vindo a mundializar-se, com as trocas e fluxos a acentuarem-
se, tudo indica que a Geopolítica tem vindo a ceder o passo à
GEOECONOMIA, o que tem provocado a redução da função dos Estados face
às forças transnacionais, com as empresas Multinacionais a apresentarem-se
como as grandes impulsoras e influenciadoras do fenómeno.
- Verifica-se, portanto, que a função tradicional do Estado passou a ter de ser
redefinida, porque o essencial será a disputa dos mercados onde o Estado,
para conseguir competir, terá em certa medida de compartilhar soberania.
» Nesta nova concepção, a tecnologia , a capacidade científica e o
investimento valem hoje muito mais do que a posse das terras e das matérias -
primas e a capacidade de as poder trabalhar, industrializar, comercializar,
vender, exportar e conquistar mercados. E nesta perspectiva, as fronteiras têm
vindo a tornar-se mais porosas e menos definidoras da anterior territorialidade
do Estado, por essa noção ter hoje mudado de sentido .
» Em consequência, o Estado deixou de comandar e dispor de recurso s
próprios para passar a negociar com o capital e o trabalho, nacionais e
estrangeiros para os atrair e usufruir, dentro ou fora das fronteiras nacionais,
como factor de crescimento e prosperidade e como estabilizador da balança de
pagamentos.
- Aparece assim o ³Estado Virtual´, ou seja, um país cuja economia assenta
em  ë
 
  "  ë, cuja racional é a economia que ,
ultrapassando o seu carácter meramente nacional, visa obter a máxima
eficiência produtiva, tornando -se crescentemente mais internacional.
- Para entender e enfrentar as consequências da Globalização haverá que
sintetizar e analisar os seus efeitos:
>Corresponde ao aprofundamento da internacionalização da produção ;
>Estimula e reorganiza a estrutura empresarial;
>Torna móvel o capital alterando a natureza e o trajecto dos fluxos financeiros;
>Estimula e acelera a revolução tecnológica e científica I&D, e outros sectores;
>Reorganiza as formas de inserção da economia mundial nos vário s países e
regiões do planeta;
>Concentra a produção de certos serviços estratégicos e lança novos produtos;
>Altera o factor Trabalho e a sua divisão bem como as condições de emprego;
>Provoca profundas alterações estruturais nas sociedades em que penetra,
que tendem a avançar, enquanto pode excluir as demais que se atrasam;
>Coloca em causa as culturas nacionais deformando-as ou a sua continuação.
- A GLOBALIZAÇÃO deve-se á revolução da tecnologia da informação que
permite a aquisição da    seleccionada, a sua transformação em
    em relação ao objectivo a alcançar, e a sua ë ëë aos
agentes, sistemas e meios envolvidos em tempo real, através dos quais será
então manuseada, empregue e   
quanto aos objectivos em causa.
» A Teoria que a define e expressa é a do internacionalismo neo-liberal
denominado capitalismo científico e estratégico típico das escolas americanas.
>Defende a livre abertura dos mercados e a livre circulação dos fluxos
financeiros, de capitais e de todos os tipos de trocas de ideias, processos de
métodos e de intercâmbios tecnológicos, sem restrições, através dos Estados,
sejam fluxos transversais ou mesmo à sua revelia. Em suma, promove todas
as acções e livres iniciativas de carácter predominantemente internacional de
nível financeiro, económico, industrial, científico, cultural ou de auxílio
humanitário, sejam por intervenção das Unidades Políticas, sejam por livre
actuação das Multinacionais, das Transnacionais, de grupos e dos indivíduos.
Œ O ³  ´ da Globalização e sua base de sustentação é  

 "  , apoiado nos poderes financeiro, tecnológico, científico, militar, no
da Informação, dos mass media e nos meios e estruturas que constituem o
ciberespaço. É fortemente dependente e influenciada pel o Poder Tecnológico.
ŒO Poder Económico interage com todos os outros tipos de Poder.
Esses outros Poderes são, entre outros, o Poder Militar, o Poder
Aeroespacial, o Poder Funcional, o Científico, o Poder Cultural, outros .

 ëë ë ë     .


- Existem vários factores que podem fazer avançar ou atrasar o fenómeno :
» Em termos de    &, aquela que rege a actuação clássica dos
Estados, estes tenderão a controlar apertadamente as actividades dos vários
poderes e dos vários fluxos, principalmente no interior das próprias fronteiras;
neste cenário, a globalização sofrerá fortes desacelerações devido às
dificuldades criadas ou impostas pelas Potências ao não permitirem que esses
fluxos atravessem transversalmente as suas fronteiras e territórios, como
capitais, produtos, ideias, internet, as acções das ONG´s e das Transnacionais.
» Em contrapartida,    
   ë    
  
preconiza a abertura das fronteiras e da particip ação dos outros Actores das RI
ditos secundários, o que obriga a uma maior cooperação dos Estados e
portanto a uma maior abertura a certos tipos de fluxos através das fronteiras; o
que irá proporcionar maior aumento das trocas, dos produtos, e da circulação
dos fluxos, das ideias, dos indivíduos e das organizações, assim aumentando a
cooperação e o intercâmbio entre os actores principais e os secundários; tudo
contribuindo para o acelerar da marcha da globalização em todos os sectores.
->   

 '   

 ë
 ë      ,
com o surgir de novas ameaças e riscos e do deflagrar das sucessivas crises
financeiras e económicas internacionais (das quais esta última será de todas a
mais grave com origem principal em diversos bancos norte -americanos e
europeus) ëë
ë+ 
ë $  % 


ë
  ë, mas agora mais alargada aos sectores financeiro, económico e
militar para melhor poderem defender os seus interesses,  ë  
ë
ëë   ë$
ëë ë, Blocos ou Uniões Regionais´ Económicas e
ou de Segurança.
» Só desta forma e devido à enorme turbulência da situação internacional é
que poderão resistir e defender melhor os seus interesses nacionais e assentes
na cooperação mútua, através de medidas e de acções de Políticas externas
comuns financeiras, económicas, de segurança, militares e de valores, o que
lhes permitirá resistir melhor às várias Ameaças e aos vários riscos e desafios.
-  14 7  processa-se desde há cerca de trinta anos, com o advento
dos satélites e dos meios de comunicação em tempo real, e acontece numa
fase posterior à internacionalização e à multinacionalização .
» Entende-se por GLOBALIZAÇÃO o conjunto de  ëë ë que torna
possível a concepção, 
 , distribuição e o consumo de produtos, bens e
serviços, numa crescente  de grupos, empresas, instituições e
organizações 'ë  
 .
»   ë  ë de concepção, implementação, fabricação e de controlo
organizados e standardizados,  ë  , atingindo todo o planeta .
- A Globalização só foi tornada possível devido aos vertiginosos avanços
conseguidos na área das tecnologias da Informação . Revela-se como um
fenómeno de matriz e base técnica que se encontra no centro da actual
revolução científica e tecnológica, em que o ³Espaço´ cedeu lugar ao TEMPO.
-> No que concerne concretamente ao campo da  r      , a
Empresa que se globaliza é aquela que necessita de alargar o seu campo de
acção induzida por ë ë# ë+ derivadas das vantagens acrescidas
existentes noutros mercados;  " ë+ tendo em vista a obtenção de
menos custos, investimentos, outros; e ë ë+ pela possibilidade de obter
informação e o conhecimento por antecipação numa base de t empo real.
» Para isso beneficia de duas importantes forças que caracterizam e definem
a Globalização:  

  "  dos Estados e    
ë

ë, traduzida na redução das barreiras ao comércio internacional .
» Mas a par do avanço da Globalização do comércio, das tecnologias, dos
investimentos financeiros, da acção das economias e de todo o tipo de fluxos,
processo conduzido pelas Empresas Multi e Transnacionais e pelos Estados e
Blocos, desenvolve-se simultaneamente e em paralelo o denominado ³Lado
cinzento ou Perverso´ desta Força mundial: a globalização das organizações
criminosas, das máfias do crime, do narcotráfico, do controlo criminoso das
migrações e dos grupos terroristas, de há muito globalizados porque mais
desburocratizados e por ultrapassarem ou ignorarem as leis vigentes .
- Contudo, o primeiro decénio deste novo século e período de relações
internacionais, num sistema mundial onde inesperados perturbadores de uma
nova ordem que se deseja mais estável parecem apostados em fazer gorar
qualquer iniciativa de boa vontade que vise solucionar os inúmeros conflitos em
curso, afigura-se como de perspectivas pouco animadoras, tanto mais que tudo
acontece num cenário de profunda crise económica e financeira.

- Dada a conjuntura, configuram-se


ë ë  ë imediatas ao nível da
conflitualidade: uma para a Europa e outra para o espaço extra -europeu.
» As consequências ao nível do cenário europeu incidiram na quebra dos
laços institucionais e administ rativos de muitos dos Países da Europa Central e
Oriental com Moscovo o que, aliado à retirada das forças russas neles
estacionadas, proporcionaram o aparecimento de novas elites que fomentaram
o desenvolvimento de tendências secessionis tas e revisionistas, assim como o
desenvolvimento de uma retórica política baseada no nacionalismo, na
consciência étnica, ou na força mobilizadora da unidade religiosa.
Geraram-se em consequência movimentos desagregadores de fundamento
histórico e de natureza estrutural que vieram a constituir novos factores de
conflitualidade ao sistema das RI.
» No espaço extra-europeu, o fim da política dos anteriores Blocos teve
também repercussões directas na libertação de forças potencialme nte
desestabilizadoras e catalisou novos vectores de conflitualidade.
Aparecem novos conceitos de ë
   + originando a adopção
de uma atitude selectiva face a interesses e a compromissos externos, quer na
sua natureza quer na sua dimensão geográfica, de conteúdo mais económico e
financeiro do que ideológico, político ou militar e com novos factores
transnacionais de integração.
- Entretanto ë    ë  #  ë passaram a ter como protagonistas os
pequenos e médios actores regionais, com pretensões hegemónicas , 

ë   
ë como no Iraque, Cachemira e na Somália+    ë   

  ë religiosas e de exortação da identidade étnica. Ex.: o Ruanda .


- Acontece que a globalização das relações inter -estatais, as crescentes
relações de interdependência entre os actores internacionais    

ë  ë
        
 
ë  ëë 
    
 ëëë
ë    
 $homem de estado´+     ë  
       
ë  ë políticas e intelectuais ë ë ë
 ë      ( Estas interferências, por força da mudança dos
teatros estratégicos, vieram condicionar as prioridades externas dos Estados e
as motivações para o seu envolvimento em conflitos externos. Exemplo:
nenhum país está interessado em envolver-se no Bangla Desh, no Tchad ou no
Sudão, onde por mês morrem dezenas de milhares de crianças à fome e de
doenças ou então recrutadas para crianças -soldados.
    $  
p
 
1.
   &8  p
  
p
%  
- Do ponto de vista das Relações Internacionais, os finais dos anos noventa e
o início deste século  parecem demarcar-se dos períodos anteriores  pela 
ár  r7 9 
Π  p   1 - relaciona-se com a crise dos modelos
orientadores e integradores das relações entre Estados e Organizações da
última metade do século XX. Exemplo: a inexistência d a falta de confrontação
ideológica e politico-militar que balizava o sistema bipolar . E ainda com a perda
de capacidade unificadora e mobilizadora traduzida na limitação dos actores
internacionais    ë ë
ë
ë .
Π   
 - relaciona-se com o esbatimento do valor da
identidade nacional e com a diluição da identificação histórico -cultural.
Esta tem sido substituída por valores transnacionais ou seja, a conflitualidade
tende a ultrapassar o domínio do estritamente nacional, levando os actores a
procurar a sua identificação com valores e model os regionais ou internacionais.
Devido às mesmas causas, tem aumentado a evocação de   ë
ë
     ë por parte dos decisores políticos, entendidas como novos
elementos constitutivos de uma suposta identidade transnacional : direitos
humanos, direito de ingerência, de intervençã o, direito aos recursos naturais.
Π   
 &'p - dos valores históricos, religiosos e morais.
Resulta da dificuldade em identificar , ou separar, adversários/inimigos de
aliados e em obter cooperação e solidariedades para esforços conducentes à
resolução de crises internacionais, nem sempre entendíveis por todos assim .
Π   
p
   
 &8 ± consequência da
presença de novos factores desagregadores e incapacidade geral das
Instituições políticas, militares e humanitárias de funcionarem para conterem,
controlarem e dominarem as crises e conflitos tipo CRAI. Logo, perda da
capacidade para a estabilização do Sistema internacional por falta de
adequação da estrutura do Sistema e da Organização Supranacional às novas
realidades da actual con juntura. Exemplo: a ONU não dispor de forças próprias.
Π  
p - perda de valores de referência por parte dos Estados
tradicionais que sempre nortearam as suas políticas externas; o que poderá
gerar um sistema tendencialmente anárquico , actuando ' , subordinado
a uma lógica de poder mundializado , ³
  
  % .
Π  p
 p
 p   - afectando mais o mundo extra-
europeu, pela não concretização das expectativas de liberdade política,
económica e de justiça social, nas quais se baseavam as esperanças da luta
armada, e que têm conduzido a confrontos múltiplos e multiformes.
Em consequência, ressurgimento e reafirmação de identid ades sustentadas
por princípios etnicos-religiosos que configuram novas conflitualidades de
natureza regional, que são empregues como vectores de agressão contra o
Estado-Nação tradicional. Ex: ex-Jugoslávia, Irlanda, País Basco e Catalunha.
Adicione-se as conflitualidades religiosas, como o fundamentalismo islâmico a
propagar-se à Europa: muçulmanos que se consideram vítimas de exclusão.
De referir ainda que, no ³mundo O riental´, as manifestações violentas de
identidade religiosa, como a revolução iraniana, derivam da rejeição das formas
de organização política e social ocidental e da modernidade. Trata-se de um
nacionalismo secular, fundamentalista, que apela à violência internacional .
Π  
& deriva da mutação das ideologias de referência e
de deficiências estruturais quanto à centralidade do Poder. Questões fulcrais
que põem em causa a legitimidade, confiança e a autoridade do Estado como
última e superior instância para a resolução da conflitualidade.
>Tem afectado a figura do homem de Estado como líder do Estado-Nação em
geral, e os Estados com políticas externas de liderança e dimensão mundial;
nomeadamente enquanto A utoridades reguladoras das relações de
conflitualidade aos níveis local e regional.
>Consequências: No mundo ocidental  ëëë ë
'ë   

ë   ë  ë 


ë  ë
      ë      
 



   , algumas vezes com acções redutoras nos responsáveis
governamentais em situações cruciais, como na    da guerra e da paz.
<Também as crescentes globalização e interdepend ência têm limitado a
eficácia política e a capacidade dos governos para legitimarem as suas acções
externas de intervenção em lances que afectam outros actores internacionais.
<No caso dos Estados com políticas externas de liderança mundial, como os
EUA, estes tendem a assumir um carácter cada vez mais selectivo das
escolhas quanto aos intervenientes das coligações por si lideradas . A sua
estratégia de envolvimento regiona l directa abarcando todos os parceiros, foi
agora alterada para uma nova estratégia de promoção de solidariedades
diplomáticas internacionais e de concertações diplomáticas, apoiadas pelo
efeito dissuasor dos seus sistemas de forças ou da NATO. Ex: Guerra do Golfo
  p  

p  p  p - As tradicionais soberania,
autoridade e a territorialidade têm condicionado a resolução da con flitualidade,
Hoje existem faltas graves de soberania e de autoridade do Estado que servem
de pretexto para legitimar acções internacionais relativas à resolução de crises
e conflitos regionais, consequência de uma transferência para as Organizações
Internacionais da legitimidade e da autoridade das intervenções militares . Ex:
direito de ingerência , sem consentimento prévio das partes em litígio .

á - Neste cenário mundial, o potencial multidimensional libertado e a
sua intensidade, bem como a mudança e a extensão globalizante dos efeitos
produzidos, apenas confirmam o reconhecimento do fim da ³Velha O rdem´ e o
apelo a uma Nova Ordem ainda desconhecida nas suas dimensões,
configuração e actores preponderantes.
» Tudo indica ser ponto assente que a História do presente ciclo , quanto à
natureza dos seus elementos chegou ao fim e que ë  ë    ë
passarão a ser os grand es definidores dos futuros conflitos e clivagens entre o s
comunidades. Também e de forma multidisciplinar, aqueles Factores serão
acompanhados pelas análises GEOECONÓMICAS globalizantes, pelas novas
perspectivas GEOPOLÍTICAS e pelas REDEFINIÇÕES GEOESTRATÉGICAS
das RI, a par das novas ameaças não-tradicionais, dos efeitos da Globalização,
das informações, e das comunicações em rede; e ainda da importância das
opiniões públicas nacionais e ao nível internacional.
- Face ao avançar da globalização, materializa -se assim a perspectiva de uma
mesma situação ser encarada segundo pontos de vista diferentes, crescendo a
tendência para o alargar de um fosso cada vez maior entre a evolução das RI e
a ³agressão´ da sociedade mundial aos povos nativos e ao meio ambiente.
> Constitui disso exemplo a diferente perspectiva com que certas sociedades
políticas e culturais encaram os Direitos Humanos, certas práticas
consuetudinárias como a persistência da caça à baleia, e a poluição ambiental .
- Esse fosso tenderá a alargar-se, nomeadamente entre os ritmos e a evolução
tecnológica-científica e o desejável acompanhamento dos padrões éticos e
morais básicos, definidores da dignidade humana.
- Parece, pois constituir-se um limite à homogeneização da sociedade global,
essencialmente devido à diferenciação acentuada dos ritmos e est ágios de
desenvolvimento das várias comunidades; e também à comprovação do facto
de existir uma real incompatibilidade ideológica entre realidades socioculturais ,
étnico-culturais e étnico-religiosas muito diversificadas e diferentes na sua
matriz, que impõem limites quanto à capacidade de penetração de outros
valores e à consequente transformação profunda dos comportamentos, quand o
são exógenos às realidades sócio-culturais envolvidas, por vezes originando
movimentos de rejeição violentos.
Œ Existe, pois um permanente   !á à penetração da
mensagem cultural nas zonas de Fronteira-limite entre os contactos
interculturais. Esse esforço manifesta -se na razão directa do grau de
agressividade dessa Mensagem e dos respectivos efeitos e impactos.
- Face à natureza dos conflitos que actualmente proliferam (ou que se
reactivam depois de sanados), tudo parece confirmar que os novos e futuros
conflitos emergentes serão eminentemente    ë 
 
   ,
resultando das grandes divisões    ë na sua matriz algures nos
  ë
 "   ë" 
 - 

 , e vão perdurando como que
desde a origem das primeiras civilizações e conquistas. A comprová-lo, atente-
se nas actuais reivindicações de raiz arcaica algumas megalómanas dos novos
líderes revanchistas. (Ler Samuel Huntington, ³The Clash of Civilizations´)
-  ? ë Internacional encontra -se pois  ë  onde      
se situa maioritariamente no patamar das interacções que ligam os vários
actores, as suas articulações, processos e tendências.
- Também se encontra em curso um processo de ë  fundamental a
nível planetário, abarcando um grupo sistémico de Estados envolvidos numa
complexa rede de Interdependências e de disparidades de regimes ideológicos.
Sucedem-se fortes abalos culturais e sociais que se repercutem de forma
assimétrica no Sistema mundial e cujos embates o colocam em crise.
- Porque os confrontos militares directos parece terem passado a segundo
plano, predominam os de cariz ideológico e mais acentuadamente os de matriz
religiosa ou de confronto cultural, pelo que os maiores confrontos do futuro
tenderão a regredir para os ³velhos´ choques de civilizações   ë 
 
  ë  ë
 ëëë  ` `(
» Por exemplo: que reais interesses poderão estar na origem de uma futura
guerra regional/intercontinental quando, na sua contínua ânsia de expansão
hegemónica na bacia do Pacífico, a China comunista se vier a chocar
inevitavelmente com as duas potências que convergem e defendem na mesma
área geopolítica e geoestratégica sistemas políticos, ideológicos e culturais
completamente diferentes e antagónicos? E qual o papel da Coreia do Norte?


 (  1pp%    1p  .1   
   á Ao nível Geopolítico do sistema mundial, poderão ser
identificados cinco processos cruciais em curso que a globalização,
predominantemente económica, influencia directamente. Enumeram-se os mais
determinantes e aqueles que a médio prazo poderão reconfigurar o Sistema.
- p (&'p-  p  p 
ŒTendência para a difusão e consolidação do modelo político democrático.
» Complexidade acrescida na evolução política interna de alguns Estados da
Ásia/Pacífico. Exemplo: Problemas de unificação nacional.
» Colapso das estruturas do Estado herdadas do período colonial com o
recrudescimento de conflitos étnicos, de origem tribal e guerras civis.
» Dificuldades de funcionamento nas Democracias dos Países desenvolvidos
ou industrializados (1º Mundo), com o surgimento do reforço do peso dos
interesses corporativos ë ë crise generalizada dos valore s unificadores.
Ex.: acção de pressões particulares, de lobbies, sobre os interesses nacionais.
» Dificuldade em manter coesas, ou em construir de novo, grandes Unidades
Políticas fortemente heterogéneas nos aspectos nacional, étnico e económico,
num período de acelerada globalização e de forte instabilidade .
 1
&'p1pp% 
» Desaparecimento dos factores organizacionais e de contenção que se
encontravam associados à estrutura Bipolar da ´Guerra Fria´. Uma vez esta
desaparecida, o vazio por si deixado foi de imediato preenchido por agentes
desestabilizadores que muito influenciaram e contribuíra m para a proliferação
dos conflitos regionais;
» Manutenção da estrutura geopolítica de base que tem suportado a liderança
mundial dos EUA. Ex.: o Japão, a Alemanha e a Arábia Saudita, sejam grandes
actores económicos e energéticos, dependem virtualmente da protecção dos
EUA para a sua segurança e Defesa, principalmente o último face ao Irão.
» Aumento da afirmação das dinâmicas regionais, nos domínios geopolíticos e
de segurança, com a emergência de Médias e Grandes Potências Regionais
com maior liberdade de acção, nomeadamente no Indico e no Sudeste Asiático
» Manutenção da valorização estratégica do ³Arco de Crises´ próximo, onde
tendem a acumular-se focos de tensão. Ex.: Médio Oriente e Golfo Pérsi co.
» A permanente instabilidade na Região dos Balkans. A ssume importância vital
na estabilidade mundial por materializar geopoliticamente crucial plac a giratória
entre os mundos Ocidental, de Leste, do Médio Oriente e o Asiático .
  &'p  &'p  p &  
    p"
 
>Manutenção dos EUA como única superpotência mundial. Capac. projecção. 
» Declínio estabilizado do Poder externo da Rússia, quanto a projecção.
» Emergência complexa e tumultuosa de novas Grandes Potências, quase
todas situadas no ³Arco das Crises´ como a China, a Índia, o Paquistão e o
Irão. Estas e outras já dispõem ou adquirirão tecnologias e sistemas de armas
de enorme poder destruidor de alcance regional e mesmo intercontinental .
» Surgimento de ³formas não-estatais´ de influência e de pressão sobre o
comportamento das actuais Grandes Potências como redes terroristas, de
narcotráfico, de corrupção política, outros; facções marginais e grupos esses
por vezes  
ë   $ë
ë  ë  ë% ou perturbadores, considerados
irracionais alguns, que lhes fornecem meios sofisticados altamente letais.
 
p &'p
p#1 p 
» Difusão de armas de destruição massiva, mísseis, satélites e de meios
C4ISR de países, como a Rússia e a China por um conjunto de Estados do
antigo 3º Mundo intolerantes, ³irracionais´, ou por Estados em Crise.
» Consolidação de uma nova Revolução Tecnológica Militar, sob a liderança
dos EUA, com a introdução de novas armas de ultra-precisão; de observação,
alerta e funcionando como ³multiplicadores de força´ a partir do Espaço; de
emprego selectivo da Intelligence e do Conhecimento em tempo real; do
desenvolvimento da Guerra Electrónica e da Ciberguerra; e da implementação
de novos Sistemas Anti-Míssil (ABM, ICBM).
» Entrada ao serviço operacional e já com provas dadas de aeronaves não
tripuladas de observação e detecção de alvos e de combate UAVs e UCAVs; e
de aviões ³stealth´ invisíveis aos radares, tácticos e estratégicos.
» Aplicação intensiva das nanotecnologias na fabricação de ligas especiais de
elevada resistência mecânica e térmica no aeroesp acial e na astronáutica.
   1 &'p1p  .1 1pp% 
» Incertezas quanto ao regime nuclear que irá prevalecer à escala mundial:
desarmamento nuclear faseado, regiões desnuclearizadas, sistemas anti-míssil
balístico para mísseis intercontinentais ABM, sistemas anti-míssil de Teatro,
eventualidade de terrorismo nuclear devido à proliferação de urânio depurado.
» Incertezas quanto ao modo e forma de contenção de conflitos latentes,
nomeadamente ao longo do ³Arco de Crises´, nomead amente alterações e
respectivas consequências de eventuais realinhamentos de Actores e sub -
actores internacionais, em especial certas Potências regionais e Estados
charneira cruciais para a manutenção dos equilíbrios regionais.
» Incertezas quanto aos quadros institucionais internacionais e dos
mecanismos de intervenção versusdisponibilidade das Grandes Potências para
intervirem em caso de conflitos étnicos e de guerras civis; e também quanto à
colaboração internacional quanto ao combate às ³Ameaças Não Tradicionais´.

Conclui-se aqui o Estudo das Relações Internacionais dentro do


âmbito do Programa elaborado de acordo com a carga horária atribuída por
semestre pela Universidade. Por essa condicionante e pelas formalidades a
cumprir pelo obrigatório método de Bolonha, foi escrito de forma condensada,
mas ordenada e de imediata percepção. Todavia  # 
   #
ëë  para um aluno universitário que obtém a Licenciatura e prossegue
para o Mestrado, servindo ainda de obra base para o Doutoramento.
A matéria escrita ou certos sectores desta Disciplina não constantes
do texto pelas razões expostas, serão evidentemente expostos, explicados,
debatidos, demonstrados e complementados com exemplos e modelos nas
aulas pelo Professor. Razão porque é importante a assiduidade.
1pp% 
- É a Ciência Política que interpreta e trata d a dependência dos acontecimentos
políticos em relação ao meio físico. Constitui a sua razão de ser. Por outras
palavras, exprime e significa a íntima ligação e entrosamento existente entre o
Estado (Actor político) e a terra (Geo), o seu território.
» É a ciência do Estado, como organismo geográfico e como soberania.
- Estuda e procura combinar de forma global os factores geográficos,
socioeconómicos e políticos e a sua evolução.
- Permite seleccionar os Objectivos do Estado e a correspondente linha de
acção política. Nela domina o factor geográfico: a POSIÇÃO do Estado.
- A GEOPOLÍTICA interpreta geograficamente a política, que é analisada e
interpretada de acordo e intrinsecamente com o seu conteúdo geográfico.
- Segundo Pierre Gallois, 1 
  ë como o estudo das relações
que existem entre a condução de uma   
 

 ë

relativamente ao meio internacional e ainda relativamente ao respectivo  

   onde se insere esse Estado e se exerce essa   .
» A doutrina Geopolítica de um Estado orienta-se principalmente para o
exterior, nas suas RI, mas também se aplica ao seu interior quando o Estado
inicia e pratica formas de colonização interna. E x. Na URSS, após a vitória dos
³vermelhos´ sobre os ³brancos´.
- A 1  tem como objectivo e considera-se como o estudo das
relações entre a    do Estado e a respectiva geografia/clima do  " ,
através da sua inserção no cenário do planeta Terra , relacionando a Geografia
com o desenvolvimento das actividades humanas organizadas, com o Homem.
Œ  ë

ë ë entre o Estado, o seu território, e a História.
- Em síntese,      é a Ciência que se ocupa da Lei da Evolução de
cada Modelo Político do Estado, e das suas relações entre este e as
características do respectivo território e clima ou seja, a terra.
» A sua FINALIDADE é a de explicar as relações, ou interacções recíprocas,
entre a estrutura social e o facto político, quando condicionadas pelo espaço
geográfico onde se desenvolvem, ou por outro espaço que lhe é adjacente, ou
pelos dois simultaneamente.
- A GEOPOLÍTICA também se encontra intimamente ligada com o curso da
História. Nesta Interligação, a História e a respectiva conjuntura assinala à
Geopolítica o ³momentum´ em que interagem e se relacion am os valores
geopolíticos com um determinado tempo histórico.
- Parece assim existir um V  ` 1 , imposto pela força
condicionadora e inevitável dos fenómenos físicos e geográficos sobre a
evolução das sociedades organizadas, no seu todo . Esta teoria é defendida por
Vicent Vicens, da teoria do    ë   ë.
- Mas e em oposição a este Determinismo existe a teoria do ` `, ou
da liberdade e livre arbítrio do Homem. Defende que o Homem poderá sempre
escolher entre as várias possibilidades que lhe são apresentadas pela n atureza
e pelo meio natural permitindo -lhe moldá-las por meio da sua tecnologia, assim
reformatando o espaço e evoluindo com o tempo. (Alteração do espaço/tempo)
> As DOUTRINAS DETERMINISTAS influenciaram profundamente a Escola
Alemã do pós IGM, nomeadamente Ratzel com a sua Teoria ³o meio faz o
Homem´, Kjellein e o Gen. Haushoffer, que consideraram ser    $ 
  "  % e as suas oscilações cíclicas, com a modificação das zonas
climatéricas, o factor base para uma nova História económico -social e política.
- Mas todo o contorno Geopolítico deverá sempre considerar    # 
   existente no momento e o seu desenvolvimento imediato e futuro,
pois este influencia as grandes modificações sociais. Adicionalmente, haverá
que acrescentar  
 "  que exige unidade de acção, tornando pois
incompatível a divergência ou a pluralidade de outros quaisquer movimentos.
-> Em Geopolítica existem dois factores considerados como essenciais.
» Os   :- , que são sempre invariáveis. Assim um Estado
mantém constante a sua Posição, que poderá ser de características
continentais ou marítimas. Interessará também se a sua morfologia é de
natureza plana ou montanhosa, se é uma península , se está localizado em
rotas de passagem obrigatória ou estreitos , ë  #
  "ë  ,
se possui  ë ë  ë, se a população é nacionalista e empreendedora.
Nota: alguns desses factores poderão ser descobertos ou adquiridos.
» Os    :-5 que podem sempre sofrer alterações. Assim, a
Força não se encontra obrigatoriamente relacionada com a posse de recursos
e de numerosa população. Tudo depende agora do Factor Tecnológico e da
³qualidade´ da população, razão porque os Centros de Poder actuais se
localizam em zonas climáticas onde a seca não existe e há uma exploração
optimizada da agricultura e das colheitas. Estes centros situam -se entre 45º e
60º de latitude Norte ou Sul.
>Também a CONFIGURAÇÂO será importante, se é alongada ou compacta .

-> Entre as várias Y`


` ` , existem três Escolas Principais: a
alemã, a anglo-saxónica e a francesa.
ðë !  - Entre as duas Guerras Mundiais.
- As teorias de Ratzel (1844-1904) e a sequente Escola de Munique defendiam
o Estado como um ³organismo vivo´, com direito a nascer, a viver e a procriar,
dotado de posição + de espaço   e de um apurado sentido de território
fixo ou móvel e respectivas fronteiras , que os vários povos possuíam
em graus diferentes: uns aptos para a Expansão e outros inaptos para a
fazerem. Considerava que o elemento primordial de qualquer comunidade
política seria o território completado pela respectiva posição.
>O Estado, organismo vivo, obedece às leis biológicas da vida: ele nasce,
desenvolve-se e morre. Isto influenciou totalmente os políticos do III Reich.
- Segue-se-lhe o seu discípulo, o sueco Kjellein (1864-1922) , que defende ³ 
ë
   

%. Cada Unidade Política tem o seu núcleo territorial
fixado para todo o sempre, dele não podendo desligar-se ou separar-se sob
pena de morrer.  ë
 
    ë  ! . Se esta se esvai, o
Estado morre por esgotamento, ou por desaparição do sentimento nacional.
(Assim aconteceu com a Polónia durante mais de um século até há IGM).
- Karl Haushofer (1869-1946), da Escola de Munique, desenvolve e stas teses e
proclama que determinada população ³necessitaria´ assim de um $ë 
.  % coincidente com o seu próprio sentimento de território e de expansão .
Esta escola alemã estabelece que,  -      
   +  ë        
ëë    , traduzida na fórmula
³sangue e solo´.
Proclama os seus cinco conceitos essenciais: o espaço vital, as fronteiras e a
sua problemática, a economia fechada, ë   ë e os fundamentos
geográficos da hegemonia mundial.
Das suas   ëë    ë sobressai que havia povos destinados a
dirigir e outros a serem dirigidos. Daqui a Teoria dos Estados Directores de que
até 1989 tivemos o exemplo da URSS e dos EUA, que se expandiram na
procura de ³fronteiras naturais´.
ðë ! ?" /!  (1861-1947).
- A TEORIA do geógrafo e estrategista britânico Halford  ;
 centra-
se no conceito central do  
. É o precursor dos conceitos Geopolíticos.
» Grande defensor do PODER TERRESTRE, relaciona a ?   
   com o domínio de certos espaços terrestres, como a URSS ou
seja, a área interior da Eurásia constitui a ³região pivot´ da política mundial.
Assim e segundo a sua teoria: quem governasse essa ³terra-coração´ ou
Heartland, governaria a Eurásia; o domínio desta dará o domínio da Ilha
Mundial (Europa, Ásia e África); quem governasse esta Ilha governaria o
Mundo. Teoria sujeita a sucessivas actualizações mas que vingou em 1930.
>MacKinder imaginou a existência de 2 Cinturões Periféricos ou marginais ao
Heartland. Um seria o CRESCENTE INTERIOR, adjacente à Àrea Pivot
composto pela Grã-Bretanha, Europa marítima, o Médio Oriente, as regiões
monçónica e chino-japonesa. Neste sentido, anteviu o Pacto do Atlântico.
Envolvia-o o CRESCENTE EXTERIOR, correspondente a um anel de bases
exteriores ou insulares abrangendo o Bloco Canadá-EUA, Àfrica do Sul, e a a
região das Filipinas/Indonésia, Austrália e Japão. Este seria o ³Rimland´
periférico, plataforma de contenção à expansão da URSS e onde se encontram
a maior parte dos recursos mundiais, humanos e materiais.).
- Forte opositor de MacKinder surge pouco tempo depois o norte-americano
Almirante Alfred 
, grande defensor do PODER MARÍTIMO e da sua
supremacia, tendo exercido forte influência na Administração já em 1898.
- A sua TEORIA defendia o Domínio dos Mares como sendo o factor decisivo
para o controlo Mundial. Cria-se a oposição entre Epirocracia e Talassocracia .
» Os Oceanos sempre foram e serão a chave do Poder na Terra: a Potência
que dominasse os mares seria senhora do mundo , com o domínio do comércio
e da economia mundiais. Exemplo: Portugal em 1498 // EUA em 1989 .
Ligava a constituição da Supremacia Mundial ao domínio dos mares, ao
controlo mundial em pontos-chave e ao predomínio do Poder Marítimo.
» Defendia também o controlo das Ilhas e das Penínsulas e o domínio das
grandes rotas marítimas, bem como o estabelecimento de bases de apoio
externas. Afirmou que a chave do Poder Mundial está no Hemisfério Norte.
> Finalidade desta estratégia: conter a expansão da Potência do Heartland .
- Já em 1943, o americano Nicholas <;
defende também a importância
do ³crescente´ de Estados que rodeiam o Heartland a que chamou  !.
Este e as ilhas mundiais ajudariam a conter o Poder Terrestre na sua expansão
para Sul e corresponderiam mais ou menos aos crescentes interior e exterior
de MacKinder; mas segue Mahan quanto à realidade da Potência Marítima
necessitar de exercer o seu domínio efectivo sobre os países ³periféricos´ e
monçónicos a sul do equador situados nas áreas marítimas sub-continentais do
sul e nos cinturões envolventes já referidos, através de ! ë sólidas ou de
instalação de ëë+ por forma a controlar a denominada ³terra orla´ .
» No RIMLAND, região de ilhas, penínsulas e de sub-continentes como a Índia,
poderão ser desencadeadas operações de desembarque do mar contra a terra ,
materializando o Poder ANFÍBIO, nomeadamente a partir de meios aeronavais ,
capazes de estabelecer áreas de contenção em terra , de controlo ou de
oposição às tentativas de expansão para Sul ou Oeste da Superpotência do
heartland. (Exemplo: da URSS durante o período da ³Guerra Fria´).
» Formulou a sua TEORIA, com base numa Carta de Projecção Polar,
o que lhe permitiu concluir que a ³batalha´ pela hegemonia mundial desenrola -
se sempre no ³Velho Mundo´. Assim, quem controlar o Rimland mandaria na
Eurásia, e quem governar a Eurásia ditará os destinos do Mundo .
» Procura evidenciar as suas conhecidas ³Ilhas Continentais´ situadas na
³Terra-Orla´, cujo domínio permitirá controlar e conter a Potência do Heartland.
- Por sua vez o americano Samuel p
aconselha a seleccionar as nações
da ³Terra-Orla´ que ocupem perfeita posição geoestratégica e sobre elas
exercer o esforço de contenção e de defesa.
» Deu grande importância aos ë ë, ou  ë
  que opõem
o denominado Mundo Marítimo, dependente do comércio e das livres
comunicações marítimas, ao Mundo Continental euro -asiático, ocasionando
choques frontais nessas mesmas zonas: Médio Oriente, Sudeste Asiático, etc..
» Reconhece a existência de três Centros de Poder Permanentes: o 0 
(EUA),    (URSS) e  "  (Índia), com os quais será possível
mais facilmente conseguir os Equilíbrios de Poder no mundo.
ðë ë(
- A TEORIA do ³ 
   %do Almirante CASTEX surge quando
ele parte da constatação de que, ao longo dos últimos 5 séculos, a
tranquilidade na Europa tem sido perturbada ciclicamente por um Estado que,
num dado contexto histórico, aspira à hegemonia europeia . Este Estado
violador da ordem designa -o por  
 por provocar destruições e
numero de mortes completamente inaceitáveis numa Europa líder do mundo.
- Daí resulta uma luta sem quartel entre a Potência que luta pela hegemonia e
os outros Estados os quais, face ao perigo, se coligam de imediato contra ela.
- Por sua vez, as Potências Marítimas coligadas contra o Perturbador acabam
por liquidá-lo. Exemplo: Filipe II, Napoleão e Hitler.
A Inglaterra, Potência Marítima, impôs-se estrategicamente à Holanda
primeiro, depois à França e finalmente à Alemanha, beneficiando da posição
privilegiada das Ilhas Britânicas, facilitadoras do bloqueio inglês ao continente e
sobre as linhas marítimas de expansão destes países. Um outro País que dispõe
de uma posição geobloqueante em relação à França é a Espanha, por condicionar os
movimentos das frotas francesas, principalmente sobre o Atlântico.
- É conhecido ainda outro teorizador sobre Geopolítica, o Almirante Célérier,
mas mais sobre a guerra subversiva, revolucionária e contra -revolucionária.

Os GEOPOLÍTICOS DO AR ±  ;< E O PODER AÉREO


- Para Sversky, o heartland perdeu grande parte da sua importância devido ao
desenvolvimento do Poder Aéreo. O mesmo pensava já Giulio Douhet.
- Existem assim, várias ³heartlands´ correspondente às várias ecúmenas. Uma
será a asiática; a outra, mesmo ao lado, será a heartland americana , as duas
abraçando uma heartland transpolar, a calote polar que as une.
>A sua importância justifica os cinturas de detecção radar , bases aéreas, silos
ICBM e inúmeras bases aeronavais e de intersecção electrónica cujos sectores
de vigilância ou de tiro cobrem todo o Á rctico e os dois espaços rivais.
- SVERSKY afirmou que, geoestrategicamente, o domínio do ar é uma
condição necessária, embora não suficiente, para resistir e vencer. Ele afirmou:
» Hoje, a estratégia principal é bloquear e destru ir a retaguarda dos exércitos
do opositor, as suas reservas e logística a partir do ar. Quando essa retaguarda
sucumbe ou fica incapaz de abastecer ou recompletar as p erdas das frentes, a
paz chega sem necessidade de destruir os exércitos e /ou de ocupar o país.
» Haverá portanto necessidade de construir bombardeiros de grande raio de
acção (B-52, B-1, B-2; Bison e os vários bombardeiros TU-Tupolev.)
» A defesa contra os grandes bombardeamentos estratégicos, não se
encontra nos céus das regiões atacadas, mas sim na destruição dos meios da
ofensiva aérea do adversário logo de início nos seus pontos de origem.
- Sobre o futuro Sversky afirmou em 1942, já com elevado gr au de previsão:
» A aviação deve constituir-se como ramo independente.
» A potência de um país medir-se-á pelo seu Poder Aéreo*. Se este não se
desenvolver, quando chegar a IIIGM o Exército e a Marinha * não servirão para
nada. Para conseguir este Poder Aéreo há que ser detentor de uma moderna
indústria aeronáutica e de uma desenvolvida aviação comercial. Os EUA
encontram-se na vanguarda da corrida pelo domínio dos céus , da Troposfera,
assim como a Inglaterra triunfou na corrida pelo domínio dos mares, o que
envolveu condições geográficas, geopolíticas e populacionais.
*Nota ± É evidente que, em 1942, Sversky ainda não estava a ³ver´ os
porta-aviões, sendo paradoxal a sua frase: ³na guerra futura, os EUA podem
ser atacados através dos oceanos, Pacífico, Atlântico ou Árctico que hoje já
não constituem barreiras seguras´.
» Chegar-se-á rapidamente a autonomias de 60.000 Kms.
» Não serão precisas ³bases avançadas´ quando se obtiverem, grandes
autonomias, que serão prolongadas com o reabastecimento em voo. Elas
serão fundamentais para os ataques iniciais de surpresa.
» A 3ª Guerra Mundial será de novo uma guerra de posições, mas muito
distantes entre si, com armas intercontinentais de alcance superior a
12.000Kms. Para chegar à vitória não será necessária uma ocupação militar
final; a invasão, como parte integrante da vitória militar, pertence ao passado.
» Sversky previu ainda: será superada a barreira sónica e mais tarde a
barreira térmica, com velocidades superiores a 3000 Kms/h (avião SR-71); a
propulsão a foguete; e os robots e armas radiodirigidas. (Hoje comandadas por
GPS e outros meios como laser, rádio televisão , microondas, outros.)
- Quanto à conquista do ESPAÇO e relativamente ao PODER CÓSMICO:
» Sversky previu todos os $   
ë
  ë% hoje existentes e
posicionados em órbita. Quanto às armas espaciais, previu o ataque
exoatmosférico, o SDI americano, os laser, os rebentamentos nucleares a
grande altitude para paralisar todas as comunicações, meios electrónicos e
computadores. Com isto veio introduzir á- r :
³ Quem controlar e dominar  ë    e trans-orbital obterá
considerável vantagem sobre todo o planeta, pois controlará a atmosfera
(troposfera) envolvente à Terra e toda a sua superfície, terrestre e marítima;
logo, regerá os destinos do Mundo por o heartland se ter deslocado para o
Espaço próximo ´.
- Com esta sua máxima, -=> introduz novos dados e conceitos na
Geopolítica, para além de projectar os ³velhos´ conceitos de Mackinder para o
futuro já bastante próximo da presença permanente do Homem e dos meios
robotizados no espaço orbital e mais tarde na superfície lunar.

Comentário final sobre o domínio da ciência geopolítica.


- As teorias geopolíticas nascidas nos fina is do século XIX e perversamente
adaptadas por certos Estados europeus de tendências hegemónicas e pelo
Japão nos anos 20s e 30s, continuam a manter o seu valor, embora na área
crítica da expansão da população e do alargamento do espaço territorial o
processamento desse desiderato se faça hoje, salvo poucas excepções, em
moldes bem diferentes dos da invasão e da conquista característicos das
décadas fatídicas desde a IGM até 1949.
- Então e na conjuntura actual, sem prejuízo das concepções da ³velha´
Geopolítica poderá propor-se uma nova concepção multipolar do mundo
segundo três níveis de acordo com a hierarquia das Potências. Assim, o
primeiro nível será preenchido pela superpotência Estados Unidos da América;
1p  .1
- A 1 r  é a Ciência Política que estuda e analisa a correlação que
existe entre os Factores Geográficos isoladamente, introduzindo
adicionalmente no seu estudo a Estratégia e a Táctica.
- De há muito que é consensual que existe uma estreita relação entre a
Geoestratégia e a Geopolítica. Tal como esta, o conhecimento dos seus
factores caracterizadores reveste-se de extrema importância para a
interpretação do Sistema mundial de relações Internacionais.
- Considera-se que a Geopolítica se encontra incluída na Geoestratégia
quando se admite que a Estratégia, à qual à Geoestratégia se refere, será a
Estratégia Total e não apenas a estratégia referente às operações militares a
levar a efeito pelas Forças Armadas. Na Geoestra tégia ë ëë o factor
Projecção de Poder do Estado
- Relaciona os Factores Geopolíticos com o Factor Militar e os problemas
estratégicos com os fins políticos, neles incluindo a Diplomacia como principal
vector da Política Externa.
- Assiste-se contemporaneamente ao evoluir de três tendências
Geoestratégicas:
>Informação e comunicações em tempo real. Traduz-se na globalização.
>Maiores os fossos entre países ricos e países pobres, provocando a
denominada desintegração demográfica.
>Maior acesso a todos os tipos de armas, incluindo as de destruição massiva,
originando a proliferação armamentista.
- Com base nas teorias e análises geoestratégicas, têm surgido ao longo dos
anos diversas Escolas que vêm tentando conjugar e conseguir a
interpenetração entre a Estratégia e as Relações Internacionais. Desses
esforços e ensaios têm sido encontradas consistentes explicações para
algumas  ëë que existem, são dominantes e presidem à Política
Externa dos Estados, determinando deste modo o seu comportam ento.
» Tem-se assim concluído que determinadas características e ou morfologias
do território, hídricas e climatéricas, seriam determinantes quanto ao
comportamento dos governos estaduais, entre si e nas RI. Incluem-se nesta
área do Conhecimento nomes como Ratzel, Mackinder, Mahan além de outros.
- Estas características e condicionantes explicam em certa medida a tradicional
política internacional da Grã -Bretanha em instaurar no continente euro -asiático
um ³jogo de poderes´ e de contrapoderes´, visando evitar que esta vasta região
geográfica pudesse cair alguma vez sob o domínio de um única Potência rival.
- No ³velho´ continente e principalmente desde Napoleão, que a Grã -Bretanha
sempre combateu a influência dominante do denominado ³Perturbador
Continental´ desvendado por Castex, e procurou restaurar de imediato a
política de Balança de Poderes.
- Acresce ainda, conforme visionaram Ratzell e Haushoffer, que do
entroncamento da Geoestratégia com a Geopolítica se poderá constatar que,
enquanto no século XVIII a Estratégia consistia na arte de colocar as forças
militares no terreno antes do combate, actualmente também a Posição
Estratégica do território de um Estado se caracteriza igualmente  
 
  o comportamento dos mesmos Estados no Sistema internacional.
» Essa mesma Posição Estratégica origina outras condicionantes e também
se caracteriza pelas complexas movimentações ou posições comportamentais
que origina, como por exemplo: ocupar ou negar espaços geográficos
considerados como essenciais numa situação de gesticulação militar, de crise
aguda, numa confrontação de baixa intensidade e ou de  . Esta
constituirá certamente grande parte da actividade estratégica das grandes
Potências.
- Verifica-se então que em tempos de guerra, o(s) Estado(s) será obrigado a
desenvolver uma Estratégia Total, com a Estratégia militar a ser apoiada pelas
outras várias estratégias sectoriais estaduais como a política, a económica, a
diplomática, a ideológica e a psicológica. Já em tempos de paz a Política
Externa desenvolve-se por meio de todos os meios à disposição do Estado, à
excepção dos meios militares se empregues directamente.
- A  r  será portanto a arte de controlar e utilizar ë  ë ë de um
País ou de uma Coligação, incluindo as Forças Armadas, com a finalidade de
promover e assegurar os interesses vitais do Estado contra inimigos reais ou
potenciais. Subordina-se e cumpre os objectivos e fins da Política.
» Materializa uma actividade orientada para cumprir um fim e de aplicação em
ambiente hostil, com o emprego de todos os meios e recursos do Estado em
ordem em alcançar os seus objectivos. ( O que normalmente irá suscitar a
hostilidade de uma outra ³vontade política´.)
- Uma vez tomada a decisão pelo Estado sobre como enfrentar uma pr oblema
geoestratégico, à Política compete a escolha dos objectivos políticos a
concretizar e do quadro geral de acção; à Estratégia caberá fundamentalmente
a escolha dos meios e das vias que possibilitem atingir os fins preconizados.
Em suma, A POLÍTICA determina os objectivos nacionais permanentes em
cada conjuntura e que a ESTRATÉGIA terá de realizar. A Estratégia será
portanto um instrumento da Política.
- Na continuação do Planeamento de crise, e no âmbito da actividade da
Estratégia,  adopta uma   ë# + pesando os riscos e as
possibilidades de sucesso, definindo o Quadro de Acção e as condicionantes a
observar. Na sequência a  r passa a detalhar e a aplicar a Doutrina
Escolhida, fixa os objectivos intermédios e orien ta e emprega os Recursos
postos à sua disposição pela Política para atingir os objectivos por esta
definidos. A Estratégia preocupa-se fundamentalmente com a combinação das
acções tácticas e do seu encadeamento operacional, no espaço e no tempo, no
Teatro de Operações.
>De notar que, nos grandes confrontos históricos, as derrotas têm quase
sempre ocorrido por, nos momentos cruciais e por erro de cálculo, ter deixado
de existir a necessária subordinação da Estratégia à Política. Exemplo: o Plano
Schlieffen, na IGM, com a invasão da Bélgica neutral pelos alemães.
- Mas o Estratego terá sempre de tomar em atenção as três características
clássicas racionais da Estratégia, principalmente nos cenários complexos e
confusos do ³nevoeiro´ dos confrontos militares: adequabilidade (dos recursos
aos objectivos), exequibilidade (dos meios aos fins) e aceitabilidade (saber se o
que se pode perder será francamente compensado com o que se ganhar.)
- Actualmente a Estratégia tem vindo a ser interpretada de forma mais alarg ada
e abrangente, na procura selectiva da melhor via para alcançar os objectivos
propostos, sejam políticos, diplomáticos, económicos, militares, outros.
- No que concerne concretamente ao     
ë#  
ë ë   ë, âmbito e objectivo desta extensa e complexa área,
a intenção e o objectivo será sempre o de interpretar a primeira como  de
execução e as Relações Internacionais como  a atingir.
- De uma forma geral, na dinâmica da realidade das interacções dos actores da
cena internacional, todas as exigências estratégicas se têm vindo a impor como
factores determinantes das RI, em particular da Política Externa dos Estados.
- No que respeita à actuação dos Pequenos Estados, a menor força de impacto
que exercem no cenário internacional torna evidente que o correcto exercício
da Estratégia se torna mais exigente do que o correspondente às maiores
Potências quanto aos seus objectivos de procurar e assegurar situações
internacionais de Segurança porquanto, devido as suas múltiplas fraquezas e
vulnerabilidades particularmente as militares, têm de garantir que os seus
Interesses nacionais possam ser defendidos sem haver recurso à violência.
- São portanto as Relações Internacionais que conferem conteúdo e ³razão de
ser´ à situação estratégica de um Estado soberano.
- Quanto aos Estados de Soberania Limitada, a respectiva  ë  ë# 
determinará a condução da sua Política Externa. Exemplo: a voca ção de
charneira atlântica de Portugal entre três continentes. Ainda e no que concerne
as realidades do    ë
+ para ser conseguida uma liberdade de
acção mais alargada, será sempre imprescindível aos órgão estaduais e afins
dispor de um maior aprofundamento do    
ë

ë ë#  ë
  ë mais relevantes, assim como uma 
 ë 
ë
" ë   ë    transformação.
» Eis porque a Estratégia vem assumindo maior e mais alargada importância
no estudo das Relações Internacionais e vem sendo debatida, não apenas nas
Academias e nos Estados Maiores militares mas também e cada vez mais nas
Universidades e nas Grandes Empresas dos Países mais desenvolvidos.

ë
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- Constata-se desde há anos que as maiores Empresas nacionais, e muito
principalmente as grande Multinacionais, vêm aplicando escrupulosamente os
princípios da Estratégia militar nas suas vertentes mais simples, tendo
adaptado as suas máximas e flexibilizado esses mesmos princípios por forma a
faze-los corresponder, na mesma medida e com os mesmos resultados, ao
vasto e igualmente complexo cenário do mundo empresarial.
- De entre eles, serão de destacar basicamente três Princípios:
- Princípio da   
ë  ( Implica proceder a uma convergência
e acumulação de meios no espaço e no tempo, para realizar no local da
³acção´, seja ela qual for, uma superioridade decisiva.
» Traduz a decisão e a vontade do estratego e terá de ser cumpr ida.
>Exemplo militar: IIGM, a Batalha de Inglaterra (aérea); concentração inglesa
versus dispersão alemã.
>Exemplo quanto às Empresas: em powerpoint, exemplos, demonstrações e
modelos expostos nas aulas.
- Princípio da  


 ! ( Traduz a capacidade de agir por si
estrategicamente, devendo exercer-se em permanência, não obstante a
presença próxima do adversário ou oponente. Significa Autonomia na Decisão
e a arte de conservar a liberdade de acção por todo um ambiente hostil.
>Exemplo militar: a retirada quase incólume de Xenofonte em 401 AC e dos
seus 10.000 bravos, desde Dezful na baixa Mesoptâmia até à Grécia!
>Exemplo quanto às Empresas: o mesmo que no Princípio anterior.
- Princípio da    
 ë( Materializa a arte de fazer afluir todos os
Recursos num dado e preciso momento a um determinado ponto de aplicação
do esforço principal, mobilizando todas as forças e fazendo -as comunicar entre
si. Para depois, e só depois, de obtido o resultado previsto e atingido o
objectivo definido, tornar a faze -las convergir de novo e agir contra um novo e
único objectivo.
»Implica, na sua aplicação, organizar as forças num Sistema único, dinâmico
e adaptável à nova situação, portanto susceptível de poder evoluir no tempo e
também com o espaço.
>Exemplo militar: a Batalha de Canas; Aníbal faz recuar o centro principal
das suas forças, ao mesmo tempo que procede ao envolvimento da retaguarda
romana pelos dois corpos de cavalaria de Asdrúbal e Maharbal, separando -os.
>Exemplo quanto às Empresas: o mesmo que nos Princípios anteriores.

- Mas para alcançar o sucesso, muito devido à estrita aplicação destes três
Princípios que devem ser adequadamente adaptados à conjuntura espacial e
temporal, o Estratega deverá ser dotado das seguintes    :
> Saber Dominar o Tempo, ser lúcido e Rápido na Decisão, capacidade que
implica sempre a emissão de uma ordem; e Controlar e verificar a execução
das ordens dadas através da Decisão tomada e emitida.
- Também para obter o re sultado final planeado e o sucesso serão necessárias
três condições que definirão a competência e o espírito de liderança do
Decisor: Comunicar, Descentralizar e Participar nas actividades, assim
motivando e verificando indirectamente se os escalões imedia tamente abaixo
de si compreenderam as suas ordens e as fazem executar correctamente.
- Mas esta postura exige que o Estratego ou um CEO      
integre sólida cultura geral e uma robusta formação de base assente no estudo
dos acontecimentos históricos, numa vontade de abertura às sugestões e à
inovação, na definição de um quadro de carreira que promova os mais aptos e
no desejo de considerar em permanência o realismo da situação. Deverá ainda
dispor de espírito de iniciativa, de poder prospectivar as dificuldades,
criatividade, adaptabilidade às circunstâncias, profissionalismo e de liderança.
- A Estratégia aplica-se dentro de uma determinada problemática e
 

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 : capacidade de iludir o adversário ou
oponente, emprego do efeito surpresa, e exploração intensiva da arte de dividir
as ³forças´ contrárias.
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- Na aplicação da Estratégia, haverá que salvaguardar e manter em quaisquer
circunstâncias as Forças Morais ou anímicas, a definição do Centro de
Gravidade, nomeadamente no confronto com o opositor, a Determinação do
Ponto de Aplicação da concentração do Esforço e considerar em permanência
as Forças de Fricção que sempre acabam por gerar o carácter imprevi sível da
guerra e que, no que concerne às Empresas, na competição constante que
travam entre si, se faz sentir com a mesma intensidade mas felizmente sem
baixas ou perda de meios.
> No mundo da grande e constante competição entre as Empresas, a boa
Estratégia reflecte-se no sucesso e no respectivo engrandecimento e
facturação e na conquista e manutenção dos grandes mercados internacionais.
Ao contrário e tal como na guerra, a má estratégia terá consequências para o
líder e para os trabalhadores, só lhes restando a falência por, na maior parte
dos casos, não terem seguido os Princípios gerais da Estratégia.

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