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As sociedades limitadas no direito brasileiro

Francisco de Assis Gallucci de Carvalho


Aluno do 2º ano do curso de Direito da UNESP (Franca-SP)

1. O conceito de sociedade limitada

Sociedade Limitada é o tipo de sociedade na qual


cada sócio responde pelo valor de sua cota, porém, todos
terão responsabilidade solidária pela integralização do
chamado capital social.

A contratualidade é outro aspecto fundamental do


sucesso desse tipo de sociedade, dispensando
formalidades próprias como as formalidades próprias da
Sociedade Anônima, podendo as relações entre os sócios
pautarem-se em suas vontades. Portanto, a relação na
Sociedade Limitada, por ser contratual, e não
institucional, dá uma margem de liberdade maior entre os
empreendedores.

Apesar da responsabilidade solidária dos sócios, há


a garantia de limitação de suas responsabilidades pelos
encargos sociais; sendo assim, os sócios só respondem
por esses encargos na medida de até o valor máximo de
sua quota no capital social, impedindo que seu patrimônio
pessoal responda pelas dívidas da sociedade, limitando
suas possíveis perdas no caso de insucesso.
Podemos dizer que a quota pode ser dividida em
capital subscrito e integralizado: é chamado de capital
subscrito é o montante de recursos que os sócios se
comprometem a entregar para a formação da sociedade
limitada, e integralizado a parte do capital social que o
sócio entregou à sociedade. É importante salientar essa
diferença pois, o sócio, mesmo que não tenha
integralizado todo o capital, responde pelo montante, ou
seja, pelo subscrito, pelo comprometido à sociedade.

A responsabilidade solidária neste tipo de sociedade


se dá no caso de integralização do capital social no caso
dos credores cobrarem o que falta à integralização do
capital social a qualquer um dos sócios, tendo o sócio
que pagou as quotas não integralizadas pelo seu titular o
direito de regresso. Porém, pela lógica do que foi dito
acima, se o contrato social estabelece que o capital
social está completamente integralizado, os sócios não
terão alguma responsabilidade pelas obrigações sociais,
e no caso de infortúnio da sociedade, os credores
deverão suportar a perda no caso de insuficiência de
patrimônio para pagamento das dívidas, pois deveriam
ter constatado a insuficiência de capital e/ou os riscos
quando fecharam o negócio com a sociedade.

Porém, a regra da limitação da responsabilidade dos


sócios comporta algumas exceções, respondendo os
sócios subsidiariamente de forma ilimitada pelas
obrigações da sociedade.

A primeira exceção se dá quando os sócios


deliberarem de maneira contrária à lei ou ao contrato
social, portanto, agindo de maneira ilícita, responderão
ilimitadamente; seus bens pessoais responderão, podendo
serem liquidados quando o capital social for insuficiente
para pagamento das dívidas.

A segunda exceção se dá no caso de sociedade


marital, ou seja, contendo marido e mulher, onde os
sócios responderão ilimitadamente nesse tipo de
sociedade pelas obrigações sociais.

A terceira exceção se dá no âmbito da justiça do


trabalho, pois, sendo sua função proteger o trabalhador,
que é o ponto mais fraco da relação empregador-
empregado, deixa de respeitar a limitação de
responsabilidade dos sócios, atingindo seu capital
pessoal no caso de insuficiência do capital da sociedade.
A quarta exceção se dá caso algum sócio fraudar
credores usando a separação patrimonial, poderá ser
responsabilizado ilimitadamente.

A quinta exceção se dá em caso de dívidas da


sociedade junto à Seguridade Social(INSS), podendo ser
cobrado o débito de qualquer sócio da sociedade.

2. Constituição da Sociedade Limitada

A Sociedade Limitada se constitui mediante contrato


entre os sócios, pois esse tipo de sociedade tem sua
constituição e dissolução pelo direito dos contratos.

Os contratos feitos por via oral são irregulares, pois


não podem ser provados pelos sócios, e somente
terceiros(geralmente credores), para provar a
responsabilidade solidária entre duas ou mais pessoas,
tem o direito de provar a existência de fato da sociedade.
Porém, essa forma de contrato não é inteiramente
proibida pelo direito, pois como dito acima, terceiros não
sócios podem provar a existência dessa sociedade de fato,
ou seja, em comum.

Para ter validade, o contrato da Sociedade Limitada


tem que ter validade jurídica, obedecendo a lei brasileira
em suas regras. Isso nada mais é que o óbvio, pois,
sendo espécie de ato jurídico, não se consideram válidos
quando desobedecem aos pressupostos da legislação civil.

Para a constituição da Sociedade Limitada, há de ter


o sócio capacidade jurídica para tanto. Se tratando-se
menor de idade, quando assistido ou representado na
forma da lei civil, poderá ser sócio, mas apenas se o
capital social estiver totalmente integralizado e não
exercer a gerência da sociedade.

Obviamente, a sociedade deverá ter objeto lícito,


possível, determinado ou determinável. Na falta de algum
desses requisitos, é invalida.

A forma adequada do contrato social é a forma


escrita, seja por instrumento público, seja por particular;
em qualquer das duas formas (pública ou particular) as
cláusulas do contrato devem constar todas as cláusulas
essenciais para formação do contrato e para a formação
da sociedade, sendo obrigatória a consulta de um
advogado, para que corrija o contrato se necessário, e dê
seu visto no contrato, como requer a lei(Lei n. 8.906/94).

O contrato social da Limitada tem de prever que os


contratantes obrigam-se, perante os demais, a contribuir
para exploração de determinada(s) atividade(s)
econômica e dividir, entre os sócios, todos os resultados;
não ocorrendo a contribuição e/ou divisão, estará
comprometida uma ou mais das cláusulas do contrato,
porém não a do negócio como um todo; permanecendo a
sociedade válida, apesar de seu contrato ficar
parcialmente válido.

Contribuição e divisão dos resultados é um dos


pontos mais óbvios e muitas vezes alvo de discórdia entre
os sócios.

A contribuição para a formação da sociedade se pode


ser em dinheiro, crédito e/ou bens, sendo vedado, por
força de lei. Pode-se, contudo, estimar o valor do
conhecimento(know-how) do sócio, baseado no valor de
mercado, ou seja, calcula-se a quantia que se gastaria
para contratar um profissional com os mesmos atributos
profissionais

A distribuição de resultados força a participação dos


sócios do lucro da sociedade. A distribuição impõe a
divisão dos lucros, tornando inválida qualquer cláusula
que exclui qualquer sócio dos lucros; os sócios devem
receber uma parcela dos lucros, quando distribuídos, sem
exceção. As cláusulas leoninas, quando relacionada ao
contrato social, são nulas, mas não a sociedade. Portanto,
devem os futuros sócios se precaverem antes de assinar
o contrato, pois esta é, talvez, seu único trunfo.

3. Responsabilidade dos Sócios


Ao se tornar sócio, logicamente, s primeira obrigação
é de investir na sociedade o que foi definido, seja moeda,
títulos, crédito; o ponto nevrálgico do contrato certamente
do contrato social é o investimento dos sócios.

Cada uma das partes assume uma responsabilidade,


uma obrigação de disponibilizar o combinado em prol da
sociedade, integralizando a cota do capital social que
subscreveu ao fechar o contrato; a sociedade torna-se
credora do sócio.

Quando o sócio não cumpre com sua


responsabilidade no prazo determinado, ele se torna
remisso, podendo a sociedade cobrar-lhe o que falta do
capital subscrito em juízo, ou até expulsa-lo da sociedade;
porém, diante desta última hipótese, deverá a sociedade
devolver ao remisso as entradas já efetuadas,
descontando-se o correspondente aos juros de mora.

Ao solucionar via judicial a mora do remisso, com o


pagamento devido para satisfação do crédito da
sociedade, continuará o sócio fazendo parte da sociedade.

4. Responsabilidade limitada

Os sócios respondem pelas obrigações da Sociedade


Limitada dentro de certos limites(óbvio), e a própria
sociedade responde, perante a sociedade que vivemos,
de forma integral; o sócio aqui tem a limitação de sua
responsabilidade por dívida da sociedade.
A limitação da responsabilidade dos sócios pelas
obrigações da Sociedade Limitada é o total do capital
subscrito e não integralizado; além disso, se um ou mais
sócios não agiram de forma ilegal que possa ser
desconsiderada essa limitação, a perda será do credor.

Assim, se todo o capital da sociedade estiver


integralizado, os sócios não tem nenhuma
responsabilidade pelo capital social de natureza negocial.
Quem contrata com uma Sociedade Limitada deve ter
prudência e verificar quanto há de capital social, pois se
realizar negócio com ela e havendo insucesso empresarial,
havendo o credor poder cobrar mais do que o capital
social, deverá suportar a perda, pois a limitação da
responsabilidade dos sócios é o total do capital social e
sua quotas.

5. Responsabilidade ilimitada

Há responsabilidade ilimitada quando a sociedade e


os sócios enquadrarem-se nas exceções que são:
1. O sócio não integraliza totalmente o valor de sua cota
e outro sócio é obrigado a integralizar; o sócio que
desembolsou tem o direito de regresso;
2. Quando o credor for a Seguridade Social(INSS).

Há também o empregado e o titular de direito


extracontratual à indenização e o fisco, porém, estes não
tem instrumento para preservar seus interesses no caso
de separação patrimonial da sociedade e da limitação de
responsabilidade dos sócios; a legislação brasileira tutela
amplamente somente o fisco e o INSS.

Havendo ilimitação da responsabilidade, um ou mais


sócios respondem com seu patrimônio pessoal.
6. Responsabilidade por irregularidades

Os sócios são responsabilizados por atos ilícitos


ocorridos, pois é através deles que a Sociedade Limitada
age. Não pode a sociedade servir para fins ilícitos e
encobrir quem quer que a usou para tais atos; por isso o
sistema responsabiliza os sócios pelas irregularidades.

Deliberando de forma contrária à lei ou ao contrato


social, a ilicitude é acobertada pela autonomia
patrimonial. Um ou mais ócio que não concorde com a
deliberação, deve tomar muito cuidado e registrar que
está sendo contra sua vontade para resguardar das
sanções que possam ocorrer.

7. Responsabilidade subsidiária

Os sócios tem responsabilidade por suas cotas, e a


responsabilidade destes pela integralização do capital
social é subsidiária, após haver completo exaurimento do
capital social no processo de falência.

Assim, a responsabilidade subsidiária serve para


proteção aos credores, já que na falta de capital da
sociedade, e não havendo nela todo capital que deveria
ter, ou seja, tendo algum sócio não integralizado sua
quota, poderá o credor subsidiariamente atingir outro
sócio que não aquele que não integralizou sua quota; é
mais uma hipótese de exceção à limitação da
responsabilidade dos sócios, pois, como dito acima, a
responsabilização dos sócios pela integralização do
capital social é subsidiária.
8. Administração da Sociedade Limitada

Para sua administração, a Sociedade Limitada pode


ter como administradores(diretores ou gerentes) pessoas
que são sócias ou não.

A administração (ou diretoria) é um órgão da


sociedade, onde há participação de uma ou mais pessoas
físicas, e que além de administrar internamente,
manifesta externamente as vontades da sociedade.

O administrador pode ser ou não sócio da sociedade,


contanto que esteja previsto a possibilidade no contrato.

Para tanto, podem ser nomeados no ato do contrato


ou em ato posterior, às vezes podendo depender do
quorum tanto para escolha como para destituição do
cargo.

O administrador da Sociedade tem de agir com


diligência nos negócios e lealdade perante a sociedade e
os sócios. Se não agir da maneira que é esperada, ou
seja, não cumprindo com seus deveres ou até
prejudicando a sociedade, ele será responsabilizado por
todos os danos provenientes de sua ação, já que a
sociedade se manifestará através de sua pessoa.

O administrador (ou gerente) é o responsável


tributário pelas obrigações da sociedade perante o fisco;
se o administrador destinou o dinheiro que seria recolhido
para fins de tributação como antecipação dos lucros para
os sócios (pagamento de pro labore aos sócios ou
aplicações financeiras), o administrador arcará pelas
obrigações.

Porém, não existe responsabilidade sobre o


inadimplemento tributário se este decorreu da
inexistência de dinheiro no caixa da sociedade,ou seja,
este motivo não é imputável à administração.

CONCLUSÃO

A Sociedade Limitada contêm características que a


tornam em nosso país a campeã em quantidade e
funcionalidade .

A limitação da responsabilidade dos sócios e do


capital são características chamativas para
empreendedores de diversos tipos, que vivendo em um
mundo competitivo cercado de incertezas, podem limitar
suas perdas caso não haja sucesso no empreendimento.

A publicidade acerca dos bens da sociedade e dos


sócios é outro ponto chamativo para quem quer contratar
com a sociedade, pois o capital social e a identidade dos
sócios é transparente, e isso é um ponto para quem quer
diminuir os riscos de um empreendimento para quem quer
contratar.

A facilidade de criar e desfazer a mesma, tornam


esse tipo de sociedade um sucesso pela simplicidade e
praticidade de criação e manutenção, já que é criada
mediante contrato e as especificações estão bem
delineadas na legislação extravagante, fazendo com que
quase não exista dúvidas na criação, atuação e extinção
da sociedade.

Bibliografia

COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial,


Volume 2, São Paulo, Ed. Saraiva, 2003.

COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial,


São Paulo, Ed. Saraiva, 2003.

DINIZ, Maria Helena. Código Civil Anotado, São


Paulo, Ed. Saraiva, 2003.

GIUSTI, Miriam Petri Lima de Jesus. Sumário de


Direito Comercial, São Paulo, Editora Rideel, 2004.

REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial, São


Paulo. Ed. Saraiva, 2003.

TZIRULNIK, Luiz. Empresas & Empresários, São


Paulo, Ed. Revista dos Tribunais, 2003.

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