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O documento discute as sociedades limitadas no direito brasileiro. Ele explica que (1) cada sócio responde pelas dívidas da sociedade limitada até o valor de sua cota de capital, (2) a sociedade limitada é constituída por um contrato entre os sócios, e (3) os sócios têm responsabilidade limitada pelas dívidas da sociedade até o valor total de seu capital subscrito e não integralizado.
O documento discute as sociedades limitadas no direito brasileiro. Ele explica que (1) cada sócio responde pelas dívidas da sociedade limitada até o valor de sua cota de capital, (2) a sociedade limitada é constituída por um contrato entre os sócios, e (3) os sócios têm responsabilidade limitada pelas dívidas da sociedade até o valor total de seu capital subscrito e não integralizado.
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O documento discute as sociedades limitadas no direito brasileiro. Ele explica que (1) cada sócio responde pelas dívidas da sociedade limitada até o valor de sua cota de capital, (2) a sociedade limitada é constituída por um contrato entre os sócios, e (3) os sócios têm responsabilidade limitada pelas dívidas da sociedade até o valor total de seu capital subscrito e não integralizado.
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Aluno do 2º ano do curso de Direito da UNESP (Franca-SP)
1. O conceito de sociedade limitada
Sociedade Limitada é o tipo de sociedade na qual
cada sócio responde pelo valor de sua cota, porém, todos terão responsabilidade solidária pela integralização do chamado capital social.
A contratualidade é outro aspecto fundamental do
sucesso desse tipo de sociedade, dispensando formalidades próprias como as formalidades próprias da Sociedade Anônima, podendo as relações entre os sócios pautarem-se em suas vontades. Portanto, a relação na Sociedade Limitada, por ser contratual, e não institucional, dá uma margem de liberdade maior entre os empreendedores.
Apesar da responsabilidade solidária dos sócios, há
a garantia de limitação de suas responsabilidades pelos encargos sociais; sendo assim, os sócios só respondem por esses encargos na medida de até o valor máximo de sua quota no capital social, impedindo que seu patrimônio pessoal responda pelas dívidas da sociedade, limitando suas possíveis perdas no caso de insucesso. Podemos dizer que a quota pode ser dividida em capital subscrito e integralizado: é chamado de capital subscrito é o montante de recursos que os sócios se comprometem a entregar para a formação da sociedade limitada, e integralizado a parte do capital social que o sócio entregou à sociedade. É importante salientar essa diferença pois, o sócio, mesmo que não tenha integralizado todo o capital, responde pelo montante, ou seja, pelo subscrito, pelo comprometido à sociedade.
A responsabilidade solidária neste tipo de sociedade
se dá no caso de integralização do capital social no caso dos credores cobrarem o que falta à integralização do capital social a qualquer um dos sócios, tendo o sócio que pagou as quotas não integralizadas pelo seu titular o direito de regresso. Porém, pela lógica do que foi dito acima, se o contrato social estabelece que o capital social está completamente integralizado, os sócios não terão alguma responsabilidade pelas obrigações sociais, e no caso de infortúnio da sociedade, os credores deverão suportar a perda no caso de insuficiência de patrimônio para pagamento das dívidas, pois deveriam ter constatado a insuficiência de capital e/ou os riscos quando fecharam o negócio com a sociedade.
Porém, a regra da limitação da responsabilidade dos
sócios comporta algumas exceções, respondendo os sócios subsidiariamente de forma ilimitada pelas obrigações da sociedade.
A primeira exceção se dá quando os sócios
deliberarem de maneira contrária à lei ou ao contrato social, portanto, agindo de maneira ilícita, responderão ilimitadamente; seus bens pessoais responderão, podendo serem liquidados quando o capital social for insuficiente para pagamento das dívidas.
A segunda exceção se dá no caso de sociedade
marital, ou seja, contendo marido e mulher, onde os sócios responderão ilimitadamente nesse tipo de sociedade pelas obrigações sociais.
A terceira exceção se dá no âmbito da justiça do
trabalho, pois, sendo sua função proteger o trabalhador, que é o ponto mais fraco da relação empregador- empregado, deixa de respeitar a limitação de responsabilidade dos sócios, atingindo seu capital pessoal no caso de insuficiência do capital da sociedade. A quarta exceção se dá caso algum sócio fraudar credores usando a separação patrimonial, poderá ser responsabilizado ilimitadamente.
A quinta exceção se dá em caso de dívidas da
sociedade junto à Seguridade Social(INSS), podendo ser cobrado o débito de qualquer sócio da sociedade.
2. Constituição da Sociedade Limitada
A Sociedade Limitada se constitui mediante contrato
entre os sócios, pois esse tipo de sociedade tem sua constituição e dissolução pelo direito dos contratos.
Os contratos feitos por via oral são irregulares, pois
não podem ser provados pelos sócios, e somente terceiros(geralmente credores), para provar a responsabilidade solidária entre duas ou mais pessoas, tem o direito de provar a existência de fato da sociedade. Porém, essa forma de contrato não é inteiramente proibida pelo direito, pois como dito acima, terceiros não sócios podem provar a existência dessa sociedade de fato, ou seja, em comum.
Para ter validade, o contrato da Sociedade Limitada
tem que ter validade jurídica, obedecendo a lei brasileira em suas regras. Isso nada mais é que o óbvio, pois, sendo espécie de ato jurídico, não se consideram válidos quando desobedecem aos pressupostos da legislação civil.
Para a constituição da Sociedade Limitada, há de ter
o sócio capacidade jurídica para tanto. Se tratando-se menor de idade, quando assistido ou representado na forma da lei civil, poderá ser sócio, mas apenas se o capital social estiver totalmente integralizado e não exercer a gerência da sociedade.
Obviamente, a sociedade deverá ter objeto lícito,
possível, determinado ou determinável. Na falta de algum desses requisitos, é invalida.
A forma adequada do contrato social é a forma
escrita, seja por instrumento público, seja por particular; em qualquer das duas formas (pública ou particular) as cláusulas do contrato devem constar todas as cláusulas essenciais para formação do contrato e para a formação da sociedade, sendo obrigatória a consulta de um advogado, para que corrija o contrato se necessário, e dê seu visto no contrato, como requer a lei(Lei n. 8.906/94).
O contrato social da Limitada tem de prever que os
contratantes obrigam-se, perante os demais, a contribuir para exploração de determinada(s) atividade(s) econômica e dividir, entre os sócios, todos os resultados; não ocorrendo a contribuição e/ou divisão, estará comprometida uma ou mais das cláusulas do contrato, porém não a do negócio como um todo; permanecendo a sociedade válida, apesar de seu contrato ficar parcialmente válido.
Contribuição e divisão dos resultados é um dos
pontos mais óbvios e muitas vezes alvo de discórdia entre os sócios.
A contribuição para a formação da sociedade se pode
ser em dinheiro, crédito e/ou bens, sendo vedado, por força de lei. Pode-se, contudo, estimar o valor do conhecimento(know-how) do sócio, baseado no valor de mercado, ou seja, calcula-se a quantia que se gastaria para contratar um profissional com os mesmos atributos profissionais
A distribuição de resultados força a participação dos
sócios do lucro da sociedade. A distribuição impõe a divisão dos lucros, tornando inválida qualquer cláusula que exclui qualquer sócio dos lucros; os sócios devem receber uma parcela dos lucros, quando distribuídos, sem exceção. As cláusulas leoninas, quando relacionada ao contrato social, são nulas, mas não a sociedade. Portanto, devem os futuros sócios se precaverem antes de assinar o contrato, pois esta é, talvez, seu único trunfo.
3. Responsabilidade dos Sócios
Ao se tornar sócio, logicamente, s primeira obrigação é de investir na sociedade o que foi definido, seja moeda, títulos, crédito; o ponto nevrálgico do contrato certamente do contrato social é o investimento dos sócios.
Cada uma das partes assume uma responsabilidade,
uma obrigação de disponibilizar o combinado em prol da sociedade, integralizando a cota do capital social que subscreveu ao fechar o contrato; a sociedade torna-se credora do sócio.
Quando o sócio não cumpre com sua
responsabilidade no prazo determinado, ele se torna remisso, podendo a sociedade cobrar-lhe o que falta do capital subscrito em juízo, ou até expulsa-lo da sociedade; porém, diante desta última hipótese, deverá a sociedade devolver ao remisso as entradas já efetuadas, descontando-se o correspondente aos juros de mora.
Ao solucionar via judicial a mora do remisso, com o
pagamento devido para satisfação do crédito da sociedade, continuará o sócio fazendo parte da sociedade.
4. Responsabilidade limitada
Os sócios respondem pelas obrigações da Sociedade
Limitada dentro de certos limites(óbvio), e a própria sociedade responde, perante a sociedade que vivemos, de forma integral; o sócio aqui tem a limitação de sua responsabilidade por dívida da sociedade. A limitação da responsabilidade dos sócios pelas obrigações da Sociedade Limitada é o total do capital subscrito e não integralizado; além disso, se um ou mais sócios não agiram de forma ilegal que possa ser desconsiderada essa limitação, a perda será do credor.
Assim, se todo o capital da sociedade estiver
integralizado, os sócios não tem nenhuma responsabilidade pelo capital social de natureza negocial. Quem contrata com uma Sociedade Limitada deve ter prudência e verificar quanto há de capital social, pois se realizar negócio com ela e havendo insucesso empresarial, havendo o credor poder cobrar mais do que o capital social, deverá suportar a perda, pois a limitação da responsabilidade dos sócios é o total do capital social e sua quotas.
5. Responsabilidade ilimitada
Há responsabilidade ilimitada quando a sociedade e
os sócios enquadrarem-se nas exceções que são: 1. O sócio não integraliza totalmente o valor de sua cota e outro sócio é obrigado a integralizar; o sócio que desembolsou tem o direito de regresso; 2. Quando o credor for a Seguridade Social(INSS).
Há também o empregado e o titular de direito
extracontratual à indenização e o fisco, porém, estes não tem instrumento para preservar seus interesses no caso de separação patrimonial da sociedade e da limitação de responsabilidade dos sócios; a legislação brasileira tutela amplamente somente o fisco e o INSS.
Havendo ilimitação da responsabilidade, um ou mais
sócios respondem com seu patrimônio pessoal. 6. Responsabilidade por irregularidades
Os sócios são responsabilizados por atos ilícitos
ocorridos, pois é através deles que a Sociedade Limitada age. Não pode a sociedade servir para fins ilícitos e encobrir quem quer que a usou para tais atos; por isso o sistema responsabiliza os sócios pelas irregularidades.
Deliberando de forma contrária à lei ou ao contrato
social, a ilicitude é acobertada pela autonomia patrimonial. Um ou mais ócio que não concorde com a deliberação, deve tomar muito cuidado e registrar que está sendo contra sua vontade para resguardar das sanções que possam ocorrer.
7. Responsabilidade subsidiária
Os sócios tem responsabilidade por suas cotas, e a
responsabilidade destes pela integralização do capital social é subsidiária, após haver completo exaurimento do capital social no processo de falência.
Assim, a responsabilidade subsidiária serve para
proteção aos credores, já que na falta de capital da sociedade, e não havendo nela todo capital que deveria ter, ou seja, tendo algum sócio não integralizado sua quota, poderá o credor subsidiariamente atingir outro sócio que não aquele que não integralizou sua quota; é mais uma hipótese de exceção à limitação da responsabilidade dos sócios, pois, como dito acima, a responsabilização dos sócios pela integralização do capital social é subsidiária. 8. Administração da Sociedade Limitada
Para sua administração, a Sociedade Limitada pode
ter como administradores(diretores ou gerentes) pessoas que são sócias ou não.
A administração (ou diretoria) é um órgão da
sociedade, onde há participação de uma ou mais pessoas físicas, e que além de administrar internamente, manifesta externamente as vontades da sociedade.
O administrador pode ser ou não sócio da sociedade,
contanto que esteja previsto a possibilidade no contrato.
Para tanto, podem ser nomeados no ato do contrato
ou em ato posterior, às vezes podendo depender do quorum tanto para escolha como para destituição do cargo.
O administrador da Sociedade tem de agir com
diligência nos negócios e lealdade perante a sociedade e os sócios. Se não agir da maneira que é esperada, ou seja, não cumprindo com seus deveres ou até prejudicando a sociedade, ele será responsabilizado por todos os danos provenientes de sua ação, já que a sociedade se manifestará através de sua pessoa.
O administrador (ou gerente) é o responsável
tributário pelas obrigações da sociedade perante o fisco; se o administrador destinou o dinheiro que seria recolhido para fins de tributação como antecipação dos lucros para os sócios (pagamento de pro labore aos sócios ou aplicações financeiras), o administrador arcará pelas obrigações.
Porém, não existe responsabilidade sobre o
inadimplemento tributário se este decorreu da inexistência de dinheiro no caixa da sociedade,ou seja, este motivo não é imputável à administração.
CONCLUSÃO
A Sociedade Limitada contêm características que a
tornam em nosso país a campeã em quantidade e funcionalidade .
A limitação da responsabilidade dos sócios e do
capital são características chamativas para empreendedores de diversos tipos, que vivendo em um mundo competitivo cercado de incertezas, podem limitar suas perdas caso não haja sucesso no empreendimento.
A publicidade acerca dos bens da sociedade e dos
sócios é outro ponto chamativo para quem quer contratar com a sociedade, pois o capital social e a identidade dos sócios é transparente, e isso é um ponto para quem quer diminuir os riscos de um empreendimento para quem quer contratar.
A facilidade de criar e desfazer a mesma, tornam
esse tipo de sociedade um sucesso pela simplicidade e praticidade de criação e manutenção, já que é criada mediante contrato e as especificações estão bem delineadas na legislação extravagante, fazendo com que quase não exista dúvidas na criação, atuação e extinção da sociedade.
Bibliografia
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial,
Volume 2, São Paulo, Ed. Saraiva, 2003.
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial,
São Paulo, Ed. Saraiva, 2003.
DINIZ, Maria Helena. Código Civil Anotado, São
Paulo, Ed. Saraiva, 2003.
GIUSTI, Miriam Petri Lima de Jesus. Sumário de
Direito Comercial, São Paulo, Editora Rideel, 2004.