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Integração de funções racionais.

Sejam
Pm ( x) = a m x m + a m −1 x m −1 + L + a 2 x 2 + a1 x + a 0 , a m ≠ 0
e
Q n ( x) = bn x n + bn −1 x n −1 + L + b2 x 2 + b1 x + b0 , bn ≠ 0
polinómios de variável real com coeficientes reais.

Definição. Função racional é qualquer função f (x) representável por um quociente de


P ( x)
dois polinomios, isto é, f ( x) = m .
Qn ( x)
Consideramos, sem restringir a generalidade, que estes polinómios não têm
raizes comuns.
Se a ordem do polinómio ao numerador e inferior ao do denominador, m < n ,
P ( x)
diz-se que a função racional f ( x) = m é regular.
Qn ( x)
Se a ordem do polinómio ao numerador e superior ou igual ao do denominador,
P ( x)
m ≥ n , diz-se que a função racional f ( x) = m é irregular.
Qn ( x)

Exemplos de funções racionais:

4 x 5 − 3x 4 + 7 x 2 − 2
f ( x) = função racional irregular.
x3 − 4x + 1

x 5 − x 3 + 2x 2
f ( x) = função racional irregular.
x 5 + 3x 3 − x + 1

x 3 + 3x 2 − 2
f ( x) = 4 função racional regular.
x − x2 + 1

3
f ( x) = função racional regular.
x − 4x + 1
3

Pm ( x)
Se a função racional f ( x) = é irregular, dividindo o polinómio do
Qn ( x)
numerador pelo polinómio do denominador (segundo a regra de divisão dos polinómios)
podemos representar a função inicial (irregular) como soma de um polinómio e uma
função regular:
Pm ( x) R ( x)
= Q ( x) + ,
Qn ( x) Qn ( x )

1
em que Q(x) é um polinómio e representa o quociente da divisão do polinómio do
R ( x)
numerador pelo polinómio do denominador e uma fracção regular onde R (x)
Q n ( x)
é o resto da divisão.

Regra de divisão dos polinómios.


Para dividir o polinómio do numerador pelo polinómio do denominador
aplicamos um algoritmo semelhante ao algoritmo da divisão utilisado na aritmética:

Denotamos:

Dividendo: Pm ( x) = a m x m + a m −1 x m −1 + L + a 2 x 2 + a1 x + a 0 , a m ≠ 0 .
Divisor: Qn ( x) = bn x n + bn −1 x n −1 + L + b2 x 2 + b1 x + b0 , bn ≠ 0 .
Quociente: Q (x) .
Resto da divisão: R (x) .

Passo 1. Esrevemos os polinómios Pm ( x) e Qn ( x) na ordem decrescente dos


expoentes dos seus termos e complectamo-los com os termos de coeficientes zero.

Passo 2. Dividimos o termo de maior grau do dividendo Pm ( x) pelo termo de maior


grau do divisor Qn ( x) . Obtêm-se, desta forma, o primeiro termo do quociente Q ( x) .
A seguir, multiplicamos o termo obtido pelo divisor e subtraímos o produto obtido do
dividendo.
Caso o polinómio que representa a diferença obtida tenha grau maior ou igual
ao do divisor, ele passa a ser um novo dividendo e repete-se o algoritmo a partir do 2º
passo.
Caso o polinómio que representa a diferença obtida tenha grau inferior ao do
divisor ele representa o resto R ( x) e portanto obtemos a representação
Pm ( x) R ( x)
= Q ( x) + .
Qn ( x) Qn ( x )

Exemplos de divisão de polinómios:

Exemplo 1. Sejam P5 ( x) = 4 x 5 − 3 x 4 + 7 x 2 − 2 e Q 3 ( x) = x 3 − 4 x + 1 .

Passo 1.
P5 ( x) = 4 x 5 − 3 x 4 + 0 ⋅ x 3 + 7 x 2 + 0 ⋅ x − 2 e Q 3 ( x) = x 3 + 0 ⋅ x 2 − 4 x + 1 .

Passo 2.
4 x 5 − 3x 4 + 0 ⋅ x 3 + 7 x 2 + 0 ⋅ x − 2 x 3 + 0 ⋅ x 2 − 4x + 1

4 x 5 + 0 ⋅ x 4 − 16 x 3 + 4 x 2 4x 2
__________ __________ ____________________ ________
− 3x + 16 x + 3x + 0 ⋅ x − 2
4 3 2

2
► O polinómio que representa a diferença obtida tem grau maior ao do divisor e
repetimos o passo 2.

Repetição do Passo 2.

4 x 5 − 3x 4 + 0 ⋅ x 3 + 7 x 2 + 0 ⋅ x − 2 x 3 + 0 ⋅ x 2 − 4x + 1

4 x 5 + 0 ⋅ x 4 − 16 x 3 + 4 x 2 4 x 2 − 3x
__________ __________ ____________________ ________
− 3 x + 16 x + 3x + 0 ⋅ x − 2
4 3 2


− 3 x 4 − 0 ⋅ x 3 + 12 x 2 − 3 x
__________ __________ ____________________ _____
+ 16 x − 9 x + 3x − 2
3 2

► O polinómio que representa a diferença obtida tem grau igual ao do divisor e


repetimos o passo 2.

Repetição do Passo 2.

4 x 5 − 3x 4 + 0 ⋅ x 3 + 7 x 2 + 0 ⋅ x − 2 x 3 + 0 ⋅ x 2 − 4x + 1

4 x 5 + 0 ⋅ x 4 − 16 x 3 + 4 x 2 4 x 2 − 3 x + 16
__________ __________ ____________________ ________
− 3 x + 16 x + 3 x + 0 ⋅ x − 2
4 3 2


− 3 x 4 − 0 ⋅ x 3 + 12 x 2 − 3 x
__________ ____________________ __________ _____
16 x − 9 x + 3x − 2
3 2


16 x 3 + 0 ⋅ x 2 − 84 x + 16
__________ __________ ____________________ ______
− 9 x + 87 x − 18
2

► O polinómio que representa a diferença obtida tem grau inferior ao do divisor e


portanto temos:

R( x) = 9 x 2 + 87 x − 18 , Q( x) = 4 x 2 − 3 x + 16
e

4 x 5 − 3x 4 + 7 x 2 − 2 − 9 x 2 + 87 x − 18 9 x 2 − 87 x + 18
= 4 x − 3 x + 16 +
2
= 4 x − 3 x + 16 −
2

x 3 − 4x + 1 x3 − 4x + 1 x 3 − 4x + 1

Exemplo 2. Sejam P4 ( x) = x 4 − 3 e Q 2 ( x) = x 2 + 1 .

Passo 1.

P4 ( x) = x 4 + 0 ⋅ x 3 + 0 ⋅ x 2 + 0 ⋅ x − 3 e Q 2 ( x) = x 2 + 0 ⋅ x + 1 .

3
Passo 2.

x 4 + 0 ⋅ x3 + 0 ⋅ x 2 + 0 ⋅ x − 3
− x2 + 0 ⋅ x + 1
x + 0⋅ x + x
4 3 2
x2
__________ __________ ____________________ ________
− x + 0⋅ x −3
2

► O polinómio que representa a diferença obtida tem grau igual ao do divisor e


repetimos o passo 2.

Passo 2.

x4 + 0 ⋅ x3 + 0 ⋅ x2 + 0 ⋅ x − 3 x2 + 0 ⋅ x + 1

x + 0⋅ x + x
4 3 2
x2 −1
__________ __________ ____________________ ________
− x +0⋅x −3
2


− x2 + 0 ⋅ x −1
____________________ ____________________ _
−2

► O polinómio que representa a diferença obtida tem grau inferior ao do divisor e


portanto temos:

R( x) = −2 , Q( x) = x 2 − 1
e

x4 − 3 −2 2
= x2 −1 + 2 = x2 −1 − 2 .
x +1
2
x +1 x +1

Por conseguinte a integração de uma função racional irregular reduz-se a


integração de um polinómio e uma função racional regular. Como a integração de um
polinómio não representa dificuldades o trabalho consiste em integrar as funções
racionais regulares.

Decomposição das funções racionais regulares em fracções


elementares.
Na álgebra demonstram-se :

Teorema 1. Qualquer polinómio, cujos coeficientes são números reais, pode ser
representado na forma
Qn ( x) = A( x − α 1 ) r1 ( x − α 2 ) r2 ...( x − α k ) rk ( x 2 + p1 x + q1 ) t1 ...( x 2 + p s x + q s ) t s . (1)
onde:
a) α 1 , α 2 ,..., α k são as raizes reais, respectivamente, de multiplicidades r1 , r2 ,..., rk do
polinómio Qn (x) ;

4
b) Os polinómios quadraticos x 2 + p j x + q j , j = 1, L , s , não têm raizes reais e na
factorização de Qn (x) têm, respectivamente, as multiplicidades t j , j = 1, L , s ;
c) p1 , q1 ,..., p s , q s ∈ R, r1 ,..., rk , t1 ,..., t s ∈ N e r1 + ... + rk + 2t1 + ... + 2t s = n ;

A expressão (4) diz-se decomposição do polinómio Qn (x) em factores do


primeiro ou segundo grau .

R ( x)
Teorema 2. Se a função racional é regular e o polinómio Qn (x) é na forma (1)
Qn ( x)
e verifica as condições a), b) e c), então a função pode ser representada num modo
unívoco na forma

R ( x) A1 Ar1 B1 Bri C1 C rk
= + ... + + ... + + ... + + ... + + ... + +
Qn ( x) x − α 1 (x − α1 ) r1
x − αi (x − α i ) ri
x −αk ( x − α ) rk

M 1 x + N1 M t1 x + N t1 U 1 x + V1 U t s x + Vt s
+ + ... + + ... + + ... + ; (2)
x + p1 x + q1
2
( x + p1 x + q1 )
2
x + ps + qs
t1 2
( x + p s x + q s ) ts
2

com
x 2 + p j x + q j ≠ 0, ∀x ∈ R e A1 ,..., B1 ,..., M 1 , N 1 ,..., U t s , Vt s , p1 , q1 ,..., p s , q s , α i ∈ R
para todos i = 1,2,..., k ; j = 1,2,..., s .

A expressão (2) representa o desenvolvimento de uma função racional regular


R ( x)
em fracções elementares e tem significado para todos x ≠ α i , i = 1, L , k .
Qn ( x)
Os coeficientes A1 , A2 ,..., Vt s calculam-se aplicando o método dos coeficientes
indeterminados.

Nota:
► Se x = α i é uma raiz real de multiplicidade um do polinómio Qn (x) da função
R ( x)
racional regular então a essa raiz no desenvolvimento da função em fracções
Qn ( x)
A
elementares corresponde a fracção elementar .
x −α i

► Se x = α i é uma raiz real de multiplicidade ri > 1 do polinómio Qn (x) da função


R ( x)
racional regular então a essa raiz no desenvolvimento da função em fracções
Qn ( x)
elementares corresponde a seguinte soma de ri fracções elementares:

5
A1 A2 Ari
+ + ... + .
x − α i (x − α i ) 2 ( x − α i ) ri
144444424444443
soma de ri termos

► Se o polinómio quadratico x 2 + p j x + q j , não têm raizes reais e na factorização


de Qn (x) têm a multiplicidade 1 então a esse polinómio quadratico no
desenvolvimento da função em fracções elementares corresponde a fracção elementar
Ax + B
.
x + pjx + q
2

► Se o polinómio quadratico x 2 + p j x + q j , não têm raizes reais e na factorização


de Qn (x) têm a multiplicidade t i então a esse polinómio quadratico no
desenvolvimento da função em fracções elementares corresponde a seguinte soma de
t i fracções elementares:
A 1 x + B1 A2 x + B2 Ati x + Bti
+ + LL + .
x + pjx + q
2
(
x2 + p j x + q
144444444444244444444444
x2 + p j x + q
3
ti
) 2
( )
soma de t i termos

Exemplos de decomposição das funções racionais regulares em fracções


elementares.

x 2 − 3x + 3
Exemplo 3. f ( x) = .
( x − 1)( x + 2)3
A função é regular e o polinómio do denominador é representado em produto de
factores de primeiro grau: o factor x − 1 tem a multiplicidade 1 e o factor x + 2 tem a
multiplicidade 3. Portanto na decomposição dessa função em fracções elementares ao
A
factor x − 1 corresponde a fracção elementar e ao factor x + 2 corresponde a
x −1
B1 B2 B3
soma de três fracções elementares + + .
x + 2 ( x + 2) 2
( x + 2)3
Portanto

x 2 − 3x + 3 A B B2 B3
f ( x) = = + 1 + + .
( x − 1)( x + 2)3 x − 1 x + 2 ( x + 2 )2 ( x + 2 )3

Os coeficientes A , B1 , B 2 , B3 calculam-se aplicando o método dos


coeficientes indeterminados.

6
4x 3 + 2x 2 − x − 1
Exemplo 4. f ( x) = .
( x + 1) ( x 2
+1 )
2

A função é regular e o polinómio do denominador é o produto do factor de primeiro


grau x + 1 de multiplicidade 1 com o factor de segundo grau sem raizes reais x 2 + 1 de
multiplicidade 2. Portanto na decomposição dessa função em fracções elementares ao
A
factor x + 1 corresponde a fracção elementar e ao factor x 2 + 1 corresponde a
x +1
B x + C1 B 2 x + C 2
soma de duas fracções elementares 1 2 + .
x +1 x2 + 1
2
( )
Portanto
4x 3 + 2x 2 − x − 1 A B x + C1 B 2 x + C 2
f ( x) = = + 12 + .
(
( x + 1) x 2 + 1 2
x +1 ) x +1 x2 +1
2
( )
Os coeficientes A , B1 , C1 , B 2 , C 2 calculam-se aplicando o método dos
coeficientes indeterminados.

x 3 + 2x 2 − 1
Exemplo 5. f ( x) = .
( x + 1)2 ( x 2 + 1)2 (x 2 + 4 x + 5)
A função é regular e o polinómio do denominador é o produto de 3 factores:

do factor de primeiro grau x + 1 de multiplicidade 2;


do factor de segundo grau sem raizes reais x 2 + 1 de multiplicidade 2;
do factor de segundo grau sem raizes reais x 2 + 4 x + 5 de multiplicidade 1;

Portanto na decomposição dessa função em fracções elementares temos:

A1 A2
ao factor x + 1 corresponde a soma de duas fracções elementares + ;
x + 1 ( x + 1)2
ao factor x 2 + 1 corresponde a soma de duas fracções elementares
B1 x + C1 B2 x + C 2
+ ;
x2 +1 (
x2 + 1
2
)
Dx + E
ao factor x 2 + 4 x + 5 corresponde a fracção elementar
x + 4x + 5
2

Portanto

x 3 + 2x 2 − 1 A1 A2 B1 x + C1 B 2 x + C 2 Dx + E
= + + + + 2 .
( x + 1)2 ( x 2 + 1)2 (x 2 + 4 x + 5) x +1 ( x + 1)2 x +1
2
x +1
2
( 2
x )+ 4 x + 5

Os coeficientes A 1 , A 2 , B1 , C1 , B 2 , C 2 , D , E calculam-se aplicando o


método dos coeficientes indeterminados.

7
x
Exemplo 6. f ( x) = .
(x 2
+4 ) (x
2 2
+9 )
A função é regular e o polinómio do denominador é o produto de 2 factores:

do factor de segundo grau sem raizes reais x 2 + 4 de multiplicidade 2;


do factor de segundo grau sem raizes reais x 2 + 9 de multiplicidade 1;

Portanto na decomposição dessa função em fracções elementares temos:

ao factor x 2 + 4 corresponde a soma de duas fracções elementares


B1 x + C1 B2 x + C 2
+ ;
x2 + 4 x2 + 4
2
( )
Dx+E
ao factor x 2 + 9 corresponde a fracção elementar 2 .
x +9
Portanto
x B x + C1 B 2 x + C 2 D x + E
f ( x) = = 12 + + 2 .
( 2
x2 + 4 x2 + 9 )( x +4 ) x2 + 4
2
x +9 ( )
Os coeficientes A 1 , A 2 , B1 , C1 , B 2 , C 2 , D , E calculam-se aplicando o
método dos coeficientes indeterminados.

Método dos coeficientes indeterminados.

Passo 1. Multiplicamos ambas partes da expressão (2) por Qn (x) e fazemos as


operações de multiplicação e redução na parte direita obtendo uma igualdade entre dois
polinómios;

Passo 2. Igualamos os coeficientes dos termos de mesmo grau de x e obtemos um


sistema de equações lineares com as incognitas A1 , A2 ,..., Vt s ,

Passo 3. Resolvendo o sistema obtemos os valores dos coeficientes A1 , A2 ,..., Vt s .

Exemplos de aplicação do método dos coeficientes indeterminados.

8 x 3 − 12
Exemplo 7. Desenvolver a função racional regular f ( x) = em
x 5 + 4x 3 + 4x
fracções elementares.

Resolução:

8 x 3 − 12
A função f ( x) = é regular.
x 5 + 4x 3 + 4x

8
Representemos o denominador em produto de factores de primeiro ou segundo grau.

(
x 5 + 4x 3 + 4x = x x 4 + 4x 2 + 4 = x x 2 ) (( )
2
)
+ 4x 2 + 4 = x x 2 + 2 . ( )
2

8 x 3 − 12 8 x 3 − 12
Portanto f ( x) = = .
x 5 + 4x 3 + 4x x x 2 + 2 2 ( )
O polinómio do denominador é o produto do factor de primeiro grau x de
multiplicidade 1 com o factor de segundo grau sem raizes reais x 2 + 2 de
multiplicidade 2.

Portanto na decomposição dessa função em fracções elementares ao factor x


A
corresponde a fracção elementar e ao factor x 2 + 2 corresponde a soma de duas
x
B x + C1 B 2 x + C 2
fracções elementares 1 2 + , isto é,
x +2 x2 + 2
2
( )
8 x 3 − 12 8 x 3 − 12 A B x + C1 B 2 x + C 2
f ( x) = = = + 12 +
x + 4x + 4x x x 2 + 2
5 3 2
( x x +2 )x2 + 2
2
( )

Na continuação aplicamos o método dos coeficientes indeterminados para


calcular os coeficientes A , B1 , C1 , B2 , C 2

8 x 3 − 12 A B1 x + C1 B 2 x + C 2
Multiplicando as partes da expressão = + 2 + por
(
x x +2
2
) 2
x x +2 x2 + 2
2
( )
x ( x 2 + 2) 2 obtemos:

8 x 3 − 12 A B x + C1 B x + C2
x ( x 2 + 2) 2 = x ( x 2 + 2) 2 + 1 2 x ( x 2 + 2) 2 + 2 x ( x 2 + 2) 2 ⇒
(
x x +22
) 2
x x +2 x +2
2 2
( )
8 x 3 − 12 = A ( x 2 + 2) 2 + ( B1 x + C1 ) ⋅ x ⋅ ( x 2 + 2) + (B 2 x + C 2 ) ⋅ x ⇒

8 x 3 − 12 = A ( x 4 + 4 x 2 + 4) + ( B1 x + C1 ) ⋅ ( x 3 + 2 x) + B 2 x 2 + C 2 x ( ) ⇒

(
8 x 3 − 12 = A ( x 4 + 4 x 2 + 4) + B1 x 4 + 2 B1 x 2 + C1 x 3 + 2C1 x + B 2 x 2 + C 2 x ) ( ) ⇒

8 x 3 − 12 = ( A + B1 ) x 4 + C1 x 3 + (4 A + 2 B1 + B 2 ) x 2 + (2C1 + C 2 ) x + 4 A .

Igualando os coeficientes de x 4 , x 3 , x 2 , x 1 , x 0 obtemos o sistema:

9
 A + B1 = 0
 C1 = 8

4 A + 2 B1 + B2 = 0
 2C1 + C2 = 0

4 A = − 12
Da quinta equação do sistema obtemos A = −3 e substituindo na primeira
equação temos B 1 = − A = 3 . Da segunda equação temos C1 = 8 e da quarta
C 2 = −2C1 = −16 . Da terceira equação obtemos B 2 = −4 A − 2 B1 = 6 .
Portanto o desenvolvimento da função racional regular em fracções elementares
é:
8 x 3 − 12 3 3x + 8 6 x − 16
=− + 2 + 2 .
x + 4x + 4x
5 3
x x + 2 ( x + 2) 2

x 2 − 3x + 3
Exemplo 8. Desenvolver a função racional regular f ( x) = em
( x − 1)( x + 2)3
fracções elementares.

Resolução:
Do exemplo 3 temos:
x 2 − 3x + 3 A B B2 B3
= + 1 + + .
( x − 1)( x + 2) 3
x − 1 x + 2 ( x + 2) 2
( x + 2 )3

x 2 − 3x + 3 A B B2 B3
Multiplicando a expressão = + 1 + +
( x − 1)( x + 2) 3
x − 1 x + 2 ( x + 2) 2
( x + 2 )3
por ( x − 1)( x + 2 ) obtemos:
3

x 2 − 3x + 3 B
( x − 1)( x + 2)3 = A
( x − 1)( x + 2)3 + 1 ( x − 1)( x + 2)3 +
( x − 1)( x + 2) 3
x −1 x+2

B2 B3
+ ( x − 1)( x + 2)3 + ( x − 1)( x + 2)3 ⇒
( x + 2) 2
( x + 2) 3

x 2 − 3x + 3 = A ( x + 2) + B1 ( x − 1)( x + 2) + B2 ( x − 1)( x + 2) + B3 ( x − 1) ⇒
3 2

( ) ( ) (
x 2 − 3 x + 3 = A x 3 + 6 x 2 + 12 x + 8 + B1 x 3 + 3 x 2 − 4 + B 2 x 2 + x − 2 + B3 ( x − 1) ⇒ )
x 2 − 3 x + 3 = ( A + B1 ) ⋅ x 3 + (6 A + 3B1 + B 2 ) ⋅ x 2 + (12 A + B 2 + B3 ) ⋅ x +
+ 8 A − 4 B1 − 2 B 2 − B3 ⇒
0 ⋅ x 3 + x 2 − 3 x + 3 = ( A + B1 ) ⋅ x 3 + (6 A + 3B1 + B 2 ) ⋅ x 2 + (12 A + B 2 + B3 ) ⋅ x +
+ 8 A − 4 B1 − 2 B 2 − B3 ⇒

10
Igualando os coeficientes de x 3 , x 2 , x 1 , x 0 obtemos o sistema:

 A + B1 = 0  L1 = L1 
 6 A + 3B + B2 = 1  L = L − 6L 
  2 1 

1 2

 12 A + B2 + B3 = −3  L3 = L3 − 12 L1 
 8 A − 4 B1  
− 2 B2 − B3 = 3  L4 = L4 − 8 L1 

 A + B1 = 0  L1 = L1 
 − 3B1 + B2 = 1  L2 = L2 
 
 ⇔
 − 12 B1 + B2 + B3 = −3  L3 = L3 − 4 L 2 
  
− 12 B1 − 2 B2 − B3 = 3  L4 = L4 − 4 L2 

 A + B1 = 0  L1 = L1 
 − 3B1 + B2 = 1  L2 = L2 
 
 ⇔
 − 3B 2 + B3 = −7  L3 = L3 
  
− 6 B2 − B3 = −1  L4 = L 4 − 2 L3 

 A + B1 = 0
 − 3B1 + B2 = 1


 − 3B 2 + B3 = −7
 − 3 B3 = 13

13 8 1 1
Então temos: B3 = − , B 2 = , B1 = − e A=
3 9 27 27

Portanto o desenvolvimento da função racional regular em fracções elementares é :

1 1 8 13
− −
x − 3x + 3
2
= 27 + 27 + 9 + 3 =
( x − 1)( x + 2) x − 1 x + 2 ( x + 2) ( x + 2)3
3 2

1 1 1 1 8 1 13 1
= ⋅ − ⋅ + ⋅ − ⋅ .
27 x − 1 27 x + 2 9 ( x + 2 )2
3 ( x + 2 )3

11
Integração de fracções racionais elementares.
Na decomposição de funções racionais em fracções elementares (ver (2)) obtemomos
quatro tipos de fracções elementares:
A
T1. ;
x −α
A
T2. , (r > 1, r ∈ N );
(x − α )r
Ax + B  2 p2 
T3.  x + px + q ≠ 0 ⇔
, − q < 0 ;
x + px + q
2
 4 
Ax + B  2 p2 
T4. , 
 x + px + q ≠ 0 ⇔ − q < 0  , r > 1, r ∈ N .
( x + px + q)
2 r
 4 

Os integrais das fracções elementares de tipos T1 e T2 são imediatos:

A d (x − α )
T1: ∫ x − α dx = A ⋅ ∫ = A ⋅ ln x − α + C.
x −α

T2:
A ( x − α ) − r +1 A
∫ ( x − α ) r ⋅ dx = A ⋅ ∫ ( x − α ) d ( x − α ) = A ⋅ − r + 1 + C = − (r − 1)( x − α ) r −1 + C.
−r

T3: Para integrar uma fracção de terceiro tipo separamos o quadrado perfeito em
denominador:
2
 p p2
x 2 + px + q =  x +  − + q.
 2 4
p p2 p
Substituindo x + = t e − q = − a 2 vem x = t − e dx = dt.
2 4 2

Por conseguinte

Ap
At − +B
Ax + B 2 tdt  Ap  dt
∫x 2
+ px + q
⋅dx = ∫
t +a
2 2
⋅dt = A ⋅ ∫ 2
t +a 2
+ B −

⋅∫ 2
2  t + a2
=

A 2tdt  Ap  dt A d (t 2 + a 2 )  Ap  dt
= ⋅∫ 2 +  B −  ∫ 2
⋅ = ⋅∫ 2 + B − ⋅∫ 2 =
2 t +a 2
 2  t +a 2
2 t +a 2
 2  t + a2

A  Ap  1 t
= ⋅ ln t 2 + a 2 +  B −  ⋅ ⋅ arctg   + C =
2  2  a a

A  Ap  1 x p
= ⋅ ln x 2 + px + q +  B −  ⋅ arctg  +  + C.
2  2  a  a 2a 

12
T4: Calculemos o integral de uma fracção de quarto tipo. Analogamente como acima

2
 p p2 p p2
x + px + q =  x +  −
2
+ q. x+ =t e − q = −a 2
 2 4 2 4
p
x=t − e dx = dt.
2
Por conseguinte
Ap
At − +B
Ax + B 2 tdt  Ap  dt
∫ ( x 2 + px + q) r dx = ∫ (t 2 + a 2 ) r dt = A ⋅ ∫ (t 2 + a 2 ) r +  B − 2  ⋅ ∫ (t 2 + a 2 ) r .
1
Para calcular o primeiro integral fazemos a substituição t dt = ⋅ d (t 2 + a 2 ) .
2
Então
tdt 1 d (t 2 + a 2 ) 1 −r 1
∫ (t 2 + a 2 ) r 2 ∫ (t 2 + a 2 ) r = 2 ∫ (t + a ) d (t + a ) = 2(r − 1)(t 2 + a 2 ) r −1 + C.
= 2 2 2 2

a 2 dt
Calculemos o segundo integral ∫ (t 2 + a 2 ) r . Escrevemos o segundo integral na forma
1 a 2 dt
a2 ∫ (t 2 + a 2 ) r .
Na continuação fazendo em numerador a substituição a 2 = t 2 + a 2 − t 2 obtemos:

a 2 dt 1 a 2 dt 1 t2 + a2 − t2
∫ (t 2 + a 2 ) r = a 2 ∫ (t 2 + a 2 ) r = a 2 ∫ (t 2 + a 2 ) r ⋅ dt =

1 t2 + a2 1 t2
a 2 ∫ (t 2 + a 2 ) r a 2 ∫ (t 2 + a 2 ) r
= ⋅ ⋅ dt − ⋅ ⋅ dt =

1 1 1 t2
= 2 ⋅∫ 2 ⋅ dt − 2 ⋅ ∫ 2 ⋅dt = (*)
a (t + a 2 ) r −1 a (t + a 2 ) r

Calculemos o segundo integral aplicando a integração por partes:

∫ U ⋅ dV = U ⋅ V − ∫ V ⋅ dU .
Fazendo

tdt
U = t , dV =
(t + a 2 ) r
2

obtemos

dU = dt ,

13
tdt 1 2tdt 1 d (t 2 ) 1 d (t 2 + a 2 ) 1 1
V =∫ = ∫ = ∫ = ∫ = ⋅ 2 .
(t + a )
2 2 r
2 (t + a )
2 2 r
2 (t + a )
2 2 r
2 (t + a )
2 2 r
2(1 − r ) (t + a 2 ) r −1

Portanto na continuação temos:

1 1 1  t 1 dt 
(*)=
a2 ∫ (t 2 2 r −1
+a )
dt − 2  2 2 r −1
a  (2 − 2r )(t + a )
− ∫ 2 2 r −1 
2 − 2r (t + a ) 
=

1  t 2r − 3 dt 
=
a2
 2 2 r −1
 (2r − 2)(t + a )
+ ∫
2r − 2 (t + a ) 
2
 + C.
2 r −1 

Obtemos a fórmula de recorrência

dt 1  t 2r − 3 dt 
∫ (t 2
+a )
2 r
= 2  2 2 r −1
a  (2r − 2)(t + a )
+ ⋅∫ 2
2r − 2 (t + a 2 ) r −1
 + C

dt
que permite diminuir o grau da expressão do denominador no integral ∫ (t 2
+ a2 )r
.

14
Exemplos de cálculo de integrais indefinidos. Integração de funções
racionais.

2x + 1
►1) ∫x 2
− 3x + 2
⋅dx .

A função integranda é função racional regular.

Determinamos as raizes do polinómio do denominador.

3 ± 9 − 8 3 ±1
x 2 − 3x + 2 = 0 ⇒ x= = ⇒ x =1∨ x = 2.
2 2
Portanto o polinómio do denominador tem duas raizes reais de multiplicidade um e a
representação da função integranda como soma de fracções elementares é:

2x + 1 2x + 1 A B
= = + .
x − 3 x + 2 ( x − 1)( x − 2) x − 1 x − 2
2

Determinemos os valores dos coeficientes A e B utilizando o método dos


coeficientes indeterminados:

2x + 1 2x + 1 A B
= = + ⇒ 2 x + 1 = Ax − 2 A + Bx − B ⇒
x − 3 x + 2 ( x − 1)( x − 2) x − 1 x − 2
2

2 x + 1 = ( A + B ) x + ( −2 A − B ) .
A + B = 2,
Obtemos o sistema de equações lineares: 
− 2 A − B = 1 ,
Determinemos a solução do sistema :

A + B = 2,  A + B = 2, A + B = 2,
 ⇔  ⇔  ⇔
− 2 A − B = 1 , − 2 A − B + ( A + B ) = 1 + 2 ,  − A = 3,

 A = −3 ,

 B = 5.

2x + 1 2x + 1 −3 5
Portanto = = +
x − 3 x + 2 ( x − 1)( x − 2) x − 1 x − 2
2

e
2x + 1  −3 5  −3 5
∫x 2
− 3x + 2
⋅d x = ∫ + ⋅dx = ∫
 x −1 x − 2  x −1
⋅dx + ∫
x−2
⋅dx =

1 1 1 1
= −3 ∫ ⋅ d x + 5∫ ⋅dx = −3 ∫ ⋅ d ( x − 1) + 5∫ ⋅ d ( x − 2) =
x −1 x−2 x −1 x−2
= − 3 ln x −1 + 5ln x − 2 + C . ■

15
3x 2 − 4 x + 2
2) ∫ ( x + 2) 2 ( x − 1) ⋅ d x .
 P2 ( x) 3x 2 − 4 x + 2 
A função integranda é função racional regular  f ( x) = =  .
 Q3 ( x) ( x + 2) 2 ( x − 1) 

O polinómio do denominador, Q3 ( x) = ( x + 2) 2 ( x − 1) , tem três raizes reais:

x = − 2 de multiplicidade 2 e x = 1 de multiplicidade 1.
Portanto a representação da função integranda como soma de fracções elementares é:

3x 2 − 4 x + 2 A B C
= + + .
( x + 2) ( x − 1) x + 2 ( x + 2)
2 2
x −1

Determinemos os valores dos coeficientes A , B e C utilizando o método dos


coeficientes indeterminados:

3x 2 − 4 x + 2 A B C
= + + ⇒
( x + 2) ( x − 1) x + 2 ( x + 2)
2 2
x −1

3 x 2 − 4 x + 2 = A( x + 2)( x − 1) + B ( x − 1) + C ( x + 2) 2 ⇒

3 x 2 − 4 x + 2 = A( x 2 + x − 2)+ B ( x − 1) + C ( x 2 + 4 x + 4) ⇒

3 x 2 − 4 x + 2 = A x 2 + A x − 2 A + B x − B + C x 2 + 4Cx + 4C ⇒

3 x 2 − 4 x + 2 = ( A + C ) x 2 + ( A + B + 4C ) x + (−2 A − B + 4C ) .

 A+C = 3

Obtemos o sistema de equações lineares:  A + B + 4C = − 4
− 2 A − B + 4C = 2

Determinemos a solução do sistema :

 A+C = 3  A = −C + 3 A = −C + 3
  
 A + B + 4C = − 4 ⇔  − C + 3 + B + 4C = − 4 ⇔  B + 3C = − 7 ⇔
− 2 A − B + 4C = 2 − 2(− C + 3) − B + 4C = 2  − B + 6C = 8
  

 26
A = −C + 3 A = 9
 A = −C + 3 
  22
 B = − 7 − 3C ⇔  B = − 7 − 3C ⇔ B = −
− (− 7 − 3C ) + 6C = 8  9C = 1  3
  C = 1
 9

16
26 22 1

3x − 4 x + 2
2
Portanto = 9 + 3 + 9
( x + 2) ( x − 1) x + 2 ( x + 2) 2 x − 1
2

e
 26 22 1 
 − 
3x − 4 x + 2
2
9 3 9
∫ ( x + 2) 2 ( x − 1) ⋅ d x = ∫  x + 2 + ( x + 2) 2 + x − 1  ⋅ d x =

 
 

26 1 22 1 1 1
= ⋅∫ ⋅dx − ⋅∫ ⋅ d x+ ⋅ ∫ ⋅ d x=
9 x+2 3 ( x + 2) 2
9 x −1

26 1 22 1 1 1
= ⋅∫ ⋅ d ( x + 2) − ⋅ ∫ ⋅ d ( x + 2) + ⋅ ∫ ⋅ d ( x − 1) =
9 x+2 3 ( x + 2) 2
9 x −1

26 22 ( x + 2) − 2+1 1
= ⋅ ln x + 2 − ⋅ + ⋅ ln x −1 + C =
9 3 − 2 +1 9

26 22 1 1
= ⋅ ln x + 2 + ⋅ + ⋅ ln x −1 + C . ■
9 3 x+2 9

2 x 3 − 5x + 2
►3) ∫ x 2 − 2x − 3 ⋅ d x .
A função integranda é função racional irregular. Dividimos o polinómio do
numerador pelo polinómio do denominador e representamos a função integranda como
a soma de um polinómio e uma função racional regular:

2 x 3 − 5x + 2
− x 2 − 2x − 3
2x3 − 4x 2 − 6x 2x + 4
−− −− −−− −− −− −−− −− −− −
4x + x + 2
2

4 x 2 − 8 x − 12
− −− −−− −− −− −−− −− −−
9 x + 14

Daqui resulta que a representação da função racional irregular como a soma de um


polinómio e uma função racional regular é:
2 x 3 − 5x + 2 9 x + 14
= 2x + 4 + 2 .
x − 2x − 3
2
x − 2x − 3
Portanto

2 x 3 − 5x + 2  9 x + 14 
∫ x 2 − 2 x − 3 ⋅ d x = ∫  2 x + 4 + x 2 − 2 x − 3  ⋅ d x =

17
9 x + 14 x2 9 x + 14
= 2∫ x ⋅ d x + 4∫ d x + ∫ ⋅ d x = 2 ⋅ + 4x + ∫ 2 ⋅ d x = (* )
x − 2x − 3
2
2 x − 2x − 3

9 x + 14
No integral obtido a função integranda, f ( x) = , é racional regular.
x − 2x − 3 2

Determinamos as raizes do polinómio do denominador.

2 ± 4 + 12 2 ± 4
x 2 − 2x − 3 = 0 ⇒ x= = ⇒ x = −1 ∨ x = 3 .
2 2
Portanto o polinómio do denominador tem duas raizes reais de multiplicidade um e a
representação da função integranda como soma de fracções elementares é:

9 x + 14 9 x + 14 A B
= = + .
x − 2 x − 3 ( x + 1)( x − 3) x + 1 x − 3
2

Determinemos os valores dos coeficientes A e B utilizando o método dos


coeficientes indeterminados:

9 x + 14 9 x + 14 A B
= = + ⇒ 9 x + 14 = Ax − 3 A + Bx + B ⇒
x − 2 x − 3 ( x + 1)( x − 3) x + 1 x − 3
2

9 x + 14 = ( A + B )x + (−3 A + B) .
 A + B = 9,
Obtemos o sistema de equações lineares: 
− 3 A + B = 1 4,
Determinemos a solução do sistema :

 A + B = 9,  A = 9 − B,  A = 9 − B,
 ⇔  ⇔  ⇔
− 3 A + B = 14 , − 3(9 − B) + B = 14 , − 27 + 4 B = 14 ,

 5
 A = 9 − B , A = − 4 ,
 B = 41 , ⇔ 
41
 4  B= .
 4
5 41

9 x + 14 9 x + 14
Portanto 2 = = 4 + 4
x − 2 x − 3 ( x + 1)( x − 3) x + 1 x − 3

e na continuação obtemos
 5 41 
− 
( * ) = x + 4x + ∫  4 4  ⋅ d x = x 2 + 4 x − 5 ⋅ 1 ⋅ d x + 41 ⋅ 1 ⋅ d x =
4 ∫ x +1 4 ∫ x−3
2
+
 x +1 x − 3
 
 
5 41
= x 2 + 4x − ⋅ l n x + 1 + ⋅ l n x − 3 + C . ■
4 4

18
3x 6 + x 4 + 1
►4) ∫ x4 −1 ⋅ d x .
A função integranda é função racional irregular. Dividimos o polinómio do
numerador pelo polinómio do denominador e representamos a função integranda como
a soma de um polinómio e uma função racional regular:

3x 6 + x 4 + 1

x4 −1
3x 6 − 3x 2 3x 2 + 1
−− −− −−− −− −− −−− −− −− −
x + 3x + 1
4 2

x4 −1
− −− −−− −− −− −−− −− −−
3x + 2
2

Daqui resulta que a representação da função racional irregular como a soma de um


polinómio e uma função racional regular é:
3x 6 + x 4 + 1 3x 2 + 2
= 3 x 2
+ 1 + .
x4 −1 x4 −1
Portanto

3x 6 + x 4 + 1  2 3x 2 + 2 
∫ x 4 − 1 ⋅ d x = ∫  3x + 1 + x 4 − 1  ⋅ d x =
3x 2 + 2 x3 3x 2 + 2
= 3∫ x 2 ⋅ d x + ∫ d x + ∫
x4 −1
⋅ d x = 3 ⋅
3
+ x + ∫ x4 −1 ⋅ d x = (* )
3x 2 + 2
No integral obtido a função integranda f ( x) = 4 é racional regular.
x −1
Determinamos a representação do polinómio do denominador em produto de factores
de primeira e segunda ordem.

( )(
x4 −1 = x2 −1 x2 +1 = x −1 x +1 x2 +1 . ) ( )( )( )
Na representação do polinómio do denominador em produto de factores de primeira e
segunda ordem temos dois factores de primeiro grau e um factor de segundo grau
todos de multiplicidade um. Portanto a representação da função integranda como
soma de fracções elementares é:

3x 2 + 2 3x 2 + 2 A B Cx + D
= = + + 2
x −1
4
( )( )(
x −1 x +1 x +1 x −1 x +1 x +1
2
.
)
Determinemos os valores dos coeficientes A , B , C e D utilizando o método dos
coeficientes indeterminados:

3x 2 + 2 3x 2 + 2 A B Cx + D
= = + + 2 ⇒
x −1
4
( )( )(
x −1 x +1 x +1 x −1 x +1 x +1
2
)

19
( )( ) ( )( ) (
3x 2 + 2 = A x + 1 x 2 + 1 + B x − 1 x 2 + 1 + C x + D x − 1 x + 1 )( )( ) ⇒

( ) ( ) (
3 x 2 + 2 = A x 3 + x 2 + x + 1 + B x 3 − x 2 + x − 1 + C x 3 + D x 2 − Cx − D ) ⇒

( ) ( ) ( )
3x 2 + 2 = A + B + C ⋅ x 3 + A − B + D ⋅ x 2 + A + B − C ⋅ x + ( A − B − D ) .

A + B + C = 0
A − B + D = 3

Obtemos o sistema de equações lineares: 
A + B − C = 0
 A − B − D = 2

Determinemos a solução do sistema aplicando o método de condensação:

A + B + C = 0 1 1 1 0 0  L ′ = L − L 
A − B + D = 3 1 − 1 0 1   2 2 1
 3  ′
 ⇔   operações L3 = L3 − L1  ⇔
+ − = 1 1 − 1 0   
 L4 ′ = L4 − L1 
 A B C 0 0
 A − B − D = 2  
1 − 1 0 − 1 2   

1 1 1 0 0  1 1 1 0 0 
0 − 2 − 1 1  0 − 2 − 1 1 3 
 3  operação  L4 ′ = L4 − L2  ⇔  
0 0 − 2 0 0    0 0 − 2 0 0 
   
0 − 2 − 1 − 1 2  0 0 0 − 2 −1 

1 5 5
Então D = , C = 0, B = − , A= ,
2 4 4

5 5 1
3x 2 + 2 3x 2 + 2
= = 4 − 4 + 22
x −1
4
( )( )(
x −1 x +1 x +1 x −1 x +1 x +1
2
)
e na continuação obtemos

 5 5 1 
 
( * ) = x 3 + x + ∫  4 − 4 + 22  ⋅ d x = x 3 + x + 5 ⋅ ∫ d x − 5 ⋅ ∫ d x + 1 ⋅ ∫ d2 x =
 x −1 x + 1 x + 1 4 x −1 4 x +1 2 x +1
 
 

5 5 1
= x3 + x + ⋅ l n x − 1 − ⋅ l n x + 1 + ⋅ arctg x + C . ■
4 4 2

20
x5
►5) ∫ x4 − x ⋅ d x .
A função integranda é função racional irregular. Representamos a função
integranda como a soma de um polinómio e uma função racional regular:

x5 x5 x5 − x2 + x2 x5 − x2 x2 x
= = = + = x+ 3
x − x x ⋅ x −1
4 3
( )
x ⋅ x −1
3
( )
x ⋅ x −1 x ⋅ x −1
3 3
(
x −1
.
) ( )
Portanto

x5  x  x2
⋅ d x = (* )
x x
∫ x4 − x ⋅ d x = ∫  x3 −1
 x +  ⋅ d x = ∫ x ⋅ d x + ∫ x3 −1 ⋅ d x =
2
+∫ 3
x −1

x x
No integral obtido a função integranda f ( x) = =
( )
é racional
x − 1 ( x − 1) ⋅ x 2 + x + 1
3

regular. O trinómio x 2 + x + 1 não tem raizes reais e portanto

x x A Bx + C
= = + 2
( )
.
x − 1 ( x − 1) ⋅ x + x + 1
3 2
x −1 x + x +1

Determinemos os valores dos coeficientes A , B e C utilizando o método dos


coeficientes indeterminados:

x x A Bx + C
= = + 2 ⇒
(
x − 1 ( x − 1) ⋅ x + x + 1
3 2
)
x −1 x + x +1

( ) (
x = A x2 + x +1 + Bx + C x −1 )( ) ⇒

( )
x = A x 2 + A x + A + B x 2 + Cx − Bx − C ⇒ x = A + B x 2 + A − B + C x + ( A − C ) ( )
 A+ B = 0

Obtemos o sistema de equações lineares: A − B + C = 1
 A−C = 0

Determinemos a solução do sistema aplicando o método de substituição:

 A+ B = 0  A = −B  A = −B  A = −B
   
 A − B + C = 1 ⇔  A + A + C = 1 ⇔ 2 A + C = 1 ⇔ C = 1 − 2 A ⇔
 A−C = 0  A−C = 0  A−C = 0  A−C = 0
   

21
 1
 A=
 A = −B  A = −B 
3
  1
C = 1 − 2 A ⇔  C = 1 − 2 A ⇔ B = −
 A−C = 0 A −1 + 2A = 0  3
  C=1
 3
Então
1 1 1 1 1 1
− x+ x−
x x
= = 3 + 23 3 = 3 − 3 3
(
x − 1 ( x − 1) ⋅ x + x + 1
3 2
)x −1 x + x +1 x −1 x + x +1
2

e na continuação obtemos

 1 1 1 
2 2  x− 
( * ) = x + ∫ 3 x ⋅ d x = x + ∫  3 − 32 3  ⋅ d x =
2 x −1 2  x −1 x + x + 1
 
 

x2 1 1 1 x −1 x2 1 1 x −1
= + ⋅∫ ⋅dx− ⋅∫ 2 ⋅dx = + ⋅ ln x −1 − ⋅ ∫ 2 ⋅dx =
2 3 x −1 3 x + x +1 2 3 3 x + x +1

x2 1 1 x −1
= + ⋅ ln x −1 − ⋅ ∫ 2 2
⋅dx =
2 3 3 1 1 1
x2 + 2 ⋅ ⋅ x +   −   +1
2 2 2

x2 1 1 x −1
= + ⋅ ln x −1 − ⋅ ∫ 2
⋅dx =
2 3 3  1 3
x+  +
 2 4

1 3
x+ −
x2 1 1 2 2 ⋅dx =
= + ⋅ ln x −1 − ⋅ ∫ 2
2 3 3  1 3
x+  +
 2 4

 1 3 
 x + 
x2 1 1 
= + ⋅ ln x −1 − ⋅ ∫ 2 ⋅dx − ∫ 2 ⋅ d x =
2 3 3   1
2
3  1
2
3 
 x+  + x +  + 
  2 4  2 4 

1
x+
x2 1 1 2 1 1
= + ⋅ ln x −1 − ⋅ ∫ 2
⋅dx+ ⋅∫ 2
⋅dx =
2 3 3  1 3 2  1 3
x +  + x+  +
 2 4  2 4

22
 1
2⋅x + 
 1 1  1
2
=
x 1 1
+ ⋅ ln x −1 − ⋅ ∫  2
⋅dx + + ⋅∫
1
⋅dx+  =
2 2
2 3 6  1 3  2 2  1 3  2
x +  + x +  +
 2 4  2 4

 1
2
3
d  x +  + 
x2 1  2 4  1  1
+ ⋅ ln x −1 − ⋅ ∫ 
1 1
= 2
+ ⋅∫ 2
⋅dx +  =
2 3 6  1 3 2  1  3
2
 2
x +  +  x +  +  
 2 4  2   2 

 1
2 x+ 
x2 1 1  1  3 1 1
= + ⋅ ln x −1 − ⋅ ln x+  + + ⋅ ⋅ arctg  2+C =
2 3 6  2 4 2 3  3 
 
2  2 

x2 1 1 1  2x + 1
= + ⋅ ln x −1 − ⋅ ln x2 + x +1 + ⋅ arctg   + C . ■
2 3 6 3  3 

x5
►6) ∫ ( x + 1) 3 ⋅ d x .
A função integranda é função racional irregular. Dividimos o polinómio do
numerador pelo polinómio do denominador e representamos a função integranda como
a soma de um polinómio e uma função racional regular.
Porque ( x + 1) 3 = x 3 + 3 x 2 + 3 x + 1 temos:

x 3 + 3x 2 + 3x + 1
x5
− x 2 − 3x + 6
x 5 + 3x 4 + 3x 3 + x 2
__________ _________________

− 3x 4 − 3 x 3 − x 2

− 3x 4 − 9 x 3 − 9 x 2 − 3x
__________ __________ ________

6 x + 8 x + 3x
3 2

6 x 3 + 18 x 2 + 18 x + 6
__________ _________________

− 10 x − 15 x − 6
2

Daqui resulta que a representação da função racional irregular como a soma de um


polinómio e uma função racional regular é:

23
x5 10 x 2 + 15 x + 6
= x 2
− 3 x + 6 − .
( x + 1) 3 x 3 + 3x 2 + 3x + 1
Portanto

x5  2 10 x 2 + 15 x + 6 
∫ ( x + 1) 3 ⋅ d x = ∫  x − 3x + 6 − ( x + 1) 3  ⋅ d x =

10 x 2 + 15 x + 6
= ∫ x 2 ⋅ d x − 3 ⋅ ∫ xd x + 6 ⋅ ∫ d x − ∫ ⋅dx =
( x + 1) 3

x3 x2 10 x 2 + 15 x + 6
= − 3⋅ + 6x − ∫ ⋅ d x = (* )
3 2 ( x + 1) 3

10 x 2 + 15 x + 6
No integral obtido a função integranda f ( x) = é racional regular e o
( x + 1) 3
polinómio de primeiro grau x + 1 na factoração do denominador tem multiplicidade
três. Portanto a representação da função integranda como soma de fracções
elementares é:

10 x 2 + 15 x + 6 A B C
= + + .
( x + 1) 3
x + 1 ( x + 1) 2
( x + 1) 3

Determinemos os valores dos coeficientes A , B e C utilizando o método dos


coeficientes indeterminados:

10 x 2 + 15 x + 6 A B C
= + + ⇒
( x + 1) 3
x + 1 ( x + 1) 2
( x + 1) 3

10 x 2 + 15 x + 6 = A ⋅ ( x + 1) 2 + B ⋅ ( x + 1) + C ⇒

10 x 2 + 15 x + 6 = A ⋅ x 2 + A ⋅ x + A + Bx + B + C = A ⋅ x 2 + ( A + B) ⋅ x + ( A + B + C ) ⇒

 A = 10  A = 10
 
 A + B = 15 ⇔  B=5
A + B + C = 6 C = −9
 

Portanto

10 x 2 + 15 x + 6 10 5 9
= + −
( x + 1) 3
x + 1 ( x + 1) 2
( x + 1) 3

e na continuação temos:

24
x3 x2  
( * ) = − 3 ⋅ + 6 x − ∫  10 + 5 2 − 9 3  ⋅ d x =
3 2  x + 1 ( x + 1) ( x + 1) 

x3 x2 1 1 1
= − 3⋅ + 6 x − 10 ⋅ ∫ ⋅d x − 5⋅ ∫ ⋅dx +9⋅∫ ⋅dx =
3 2 x +1 ( x + 1) 2
( x + 1) 3

x3 x2 d ( x + 1)
= − 3⋅ + 6 x − 10 ⋅ ∫ − 5 ⋅ ∫ ( x + 1) − 2 ⋅ d ( x + 1) + 9 ⋅ ∫ ( x + 1) − 3 ⋅ d ( x + 1) =
3 2 x +1

x3 x2 ( x + 1) − 2+1 ( x + 1) − 3+1
= − 3⋅ + 6 x − 10 ⋅ l n x + 1 − 5 ⋅ + 9⋅ +C =
3 2 − 2 +1 − 3 +1

x3 x2 1 9 1
= − 3⋅ + 6 x − 10 ⋅ l n x + 1 + 5 ⋅ − ⋅ +C . ■
3 2 x + 1 2 ( x + 1) 2

25

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