Sei sulla pagina 1di 3

1.

O instituto do Jus Postulandi

O jus postulandi é a possibilidade de postular em juízo, ou seja, praticar pessoalmente,


diretamente, atos processuais. Em regra, portanto, aquele que é capaz de exercer tal
atividade é o advogado, tal como consta no Artigo 36 do Código de Processo Civil:

“A parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado. Ser-lhe-á


lícito, no entanto, postular em causa própria, quando tiver habilitação legal ou, não a
tendo, no caso de falta de advogado no lugar ou recusa ou impedimento dos que
houver.”

E no Artigo 1º Lei nº 8.906/94:

“São atividades privativas de advocacia: I - a postulação a qualquer órgão do Poder


Judiciário e aos juizados especiais; II - as atividades de consultoria, assessoria e direção
jurídicas.”

A legislação, no entanto, admite casos em que a própria parte pode ser detentora da
capacidade postulatória. No Art. 36 do CPC já está previsto a postulação em causa
própria quando a pessoa tiver habilitação legal, e na falta ou impedimento do advogado.

A Lei n° 9099/95, que dispõe sobre os juizados especiais, em seu Artigo 9º, prevê a
possibilidade do comparecimento pessoal das partes, sem a necessidade da presença de
um advogado, nas causas com valor até vinte salários mínimos:

“Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente,
podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória.”

Existem, assim, no ordenamento jurídico brasileiro, nas diferentes esferas, diversos


exemplos do Jus Postulandi pela própria parte, como os Artigos 623 e 654 do Código de
Processo Penal e o Artigo 791 da Consolidação das Leis do Trabalho.

2. A Advocacia
A partir da Constituição Federal de 1988, a advocacia adquiriu uma posição de destaque
no quadro da Administração pública, isso porque é considerada uma função essencial à
justiça.

“Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por


seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.”

Haveria, portanto, uma incompatibilidade entre o instituto do Jus Postulandi e tal


dispositivo constitucional? Há um extenso debate doutrinário a este respeito, mas a
posição majoritária é aquela que defende a indispensabilidade da figura do advogado,
havendo decisões de tribunais superiores nesse sentido. Há, inclusive, aqueles que
classificam a capacidade de autodefesa e auto postulação como figura meramente
decorativa no ordenamento, sem eficácia.

3. Autodefesa no Direito Trabalhista

O artigo 791 da CLT prevê a auto postulação em juízo no Direito Trabalhista:


“Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do
Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.”
No entanto, decisão proferida pelo TST no dia 13 de outubro de 2009, negou a
trabalhador ingressar em juízo em causa própria em processo da Justiça do Trabalho.
Com uma votação majoritária, os ministros decidiram que a defesa dos empregados
deve ser feita por advogado, apenas.
Este entendimento foi fundamentado na incompatibilidade de tal dispositivo com a
Constituição Federal (art. 133). A tese que prevaleceu foi a do ministro João Oreste
Dalazen, para quem a possibilidade de se defender sem constituir um advogado não
passa de uma “falsa vantagem”. “Exigir-se de leigos que dominem matéria
estreitamente jurídica, com todo o respeito é desconhecer a complexidade processual,
que os próprios especialistas encontram dificuldade”, alegou.
Foi frisada a situação de vulnerabilidade do empregado em face do empregador, que
nestas circunstâncias, seria acentuada.
Sites que consultei:
http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=397
http://www.dhnet.org.br/w3/apinto/instituicoes.htm
http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=1114
http://www.direitoshumanos.etc.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=5094:tst-nega-pedido-de-trabalhador-para-
advogar-em-causa-propria&catid=23:trabalho&Itemid=162

Potrebbero piacerti anche