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Sistema Colaborativo
Este sistema estabelece uma forte alianç a terapê utica que inclua o
clínico, o paciente, e os membros da família do paciente, todos com o
propósito de promover a participaç ão ativa e adesão do paciente a seu
tratamento. Acredita-se que os membros da família que investem em
trabalhar com o mé dico podem ser mais receptivos a aprender como
fornecer ao paciente uma sustentaç ão emocional e um auxílio eficaz.
O Sistema Colaborativo é baseado no princípio que cada membro do
sistema de sustentaç ão do paciente, incluindo ele próprio, ocupa uma
posiç ão de responsabilidade para fazer contribuiç õ es valiosas ao
tratamento, cada um dentro de seu papel. Para tal, é importante
discutir, numa reunião do grupo, o respeito à responsabilidade de cada
um de maneira clara, mais ou menos da seguinte forma:
Estratégia Multifase
O Transtorno Bipolar é uma doenç a recorrente e são observadas
elevadas as taxas de recaídas entre pacientes que interrompem o
tratamento antes que o episódio agudo seja resolvido, portanto, é
importantíssimo que os pacientes recebam o tratamento durante um
período apropriado.
Assim sendo, durante a fase aguda do episódio de humor alterado
(mania ou depressão), o objetivo do tratamento é estabilizar o mais
rapidamente possível o paciente e assegurar sua seguranç a e
ressocializaç ão.
No caso de um episódio agudo de mania, o tratamento começ a
retirando o paciente das circunstâncias desencadeantes e estressoras,
eliminando eventuais substâncias capazes de elevar o humor (drogas,
álcool, café , etc) e iniciar as farmacoterapias específicas para controle
dos sintomas agudos.
Se o paciente já estava em tratamento, 3 situaç õ es, em ordem
decrescente de freqüê ncia, podem ter ocorrido:
Lítio
Depois dessas 8 semanas, quando normalmente o paciente que está em
uso de sedativos pode se queixar de excesso de sedaç ão, recomenda-se
a reduç ão gradual desses medicamentos, mantendo-se estável a dose
do Estabilizador do Humor.
Após o período de manutenç ão com nível de Lítio sangüíneo adequado,
a dose de Lítio deve ser descontinuada muito lentamente (em torno de
30% da dose por mê s), até a retirada total. Esse procedimento de
retirada paulatina é mais indicado para a prevenç ão de recaídas
(metade dos pacientes que tê m uma retirada abrupta, apresentam
recaídas em 3 a 4 meses).
Atravé s do programa de Sistema Colaborativo (visto acima), o paciente
e os familiares devem ser orientados para a possibilidade de recaídas
para re-introduç ão imediata de Lítio.
Idosos
O Lítio pode ser utilizado em pacientes idosos, entretanto, nestes
pacientes as doses devem ser as menores possíveis e as dosagens do
produto no sangue devem ser mais freqüentes, assim como a
investigaç ão da funç ão renal, hepática e tireoideana.
De um modo geral, com monitoraç ão cuidadosa e uso apropriado, o
Lítio é uma droga bastante segura e efetiva em idosos. Nos casos onde
o idoso bipolar é agitado, é boa a associaç ão do Lítio ao Ácido Valpróico,
devido ao efeito sedativo deste.
Anticonvulsivantes
Os anticonvulsivantes são amplamente usados no tratamento do
Transtorno Bipolar do Humor, principalmente durante os episódios
maníacos. Na fase depressiva, entretanto, sua eficácia é muitíssimo
acanhada.
Lamotrigina é um anticonvulsivante (como a Carbamazepina e o
Valproato) com poucos efeitos colaterais e que pode ser um bom
estabilizador do humor. (veja mais na Internet). Seu mecanismo
provavelmente envolve a inibiç ão da liberaç ão excessiva de glutamato e
os agentes antiglutamaté rgicos possuem efeito estabilizador do humor.
Uma sé rie de 16 pacientes resistentes aos tratamentos convencionais
testaram
As doses de Lamotrigina variam entre 50 e 250mg, em mé dia 114mg.
Depois de 5 semanas 8 desses pacientes apresentaram uma melhora
significativa. A Lamotrigina parece ter efeito estabilizador do humor.
Estudo controlados e randomizados devem ser feitos para confirmaç ão
desses achados. Alguns outros anticonvulsivantes de última geraç ão,
como a Gabapentina e o Topiramato, també m estão sendo cada vez
mais testados em quadros de Transtorno Bipolar do Humor,
principalmente quando Lamotrigina refratários a outros tratamentos.
Esses anticonvulsivantes, usados em monoterapia, foram responsáveis
por expressiva melhora dos sintomas maníacos em torno de 50% dos
casos.
Carbamazepina
Devido eventuais falhas na profilaxia da recaída maníaca pelo Lítio
isoladamente (monoterapia), muitos autores preconizaram a
combinaç ão do Lítio com a Carbamazepina. (veja Carbamazepina em
Farmacologia)
Lítio sozinho, segundo algumas pesquisas (J Clin Psychiatry; 58(11):470-
8, 1997 Nov), apresentou uma melhora boa ou muito boa em 33,3% dos
casos, a carbamazepina em 31,4% e a combinaç ão dos dois em 55,2%
dos casos. O Lítio, isoladamente foi superior a Carbamazepina na
profilaxia da mania. Pacientes com passado de ciclos rápidos també m
tê m uma resposta mais fraca a monoterapia, e significativamente
melhor na combinaç ão Lítio-Carbamazepina.