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Centro Universitário Padre Anchieta

Ciência dos Materiais


Prof Ailton

AÇOS-LIGA
5.1 INTRODUÇÃO

Todos os aços-liga são mais caros do que os aços carbonos, sendo seu preço em geral
tanto mais caro quanto maior a porcentagem de elementos de liga no aço. Por essa razão, só se
empregam os aços-liga quando as condições de serviço impossibilitarem a utilização dos aços
carbono.

5.2 DEFINIÇÃO DE AÇOS-LIGA

Aços-liga são aços que possuem elementos de ligas presentes nos aços carbono em
proporções mais altas, ou aços que possuam elementos de ligas que normalmente não entram na
composição dos aços carbono. Conforme a percentagem total de elementos de liga distingue-se:
 Aços de baixa liga – até 5% de elementos de liga
 Aços de média liga – de 5% até 10% de elementos de liga
 Aços de alta liga – mais de 10% de elementos de liga.

Só é possível diferenciar os diversos tipos de aços de baixa liga e entre os aços de baixa
liga e os aços carbono por meio da análise química ou pelo teste de pontos.

O Teste por Pontos é um ensaio de identificação de materiais metálicos que consiste na


aplicação de reagentes químicos em uma região de sua superfície previamente preparada. O
reconhecimento do material se baseia nos efeitos de reações químicas, bem como nos resultados
do teste do ímã (ensaio que se realiza em materiais metálicos pela aplicação de um ímã,
classificando o material em magnético, levemente magnético e não-magnético).

5.3 SERVIÇOS DE APLICAÇÃO DOS AÇOS-LIGA

5.3.1 Altas Temperaturas

Serviços acima do limite de temperatura do uso prático do aço carbono (ver item 4.4) ou
dentro dos limites, quando necessária maior resistência mecânica (ver gráfico 5.1), maior
resistência à fluência ou maior resistência à corrosão.

Gráfico 5.1

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5.3.2 Baixas Temperaturas

Uso de aços-ligas para temperaturas inferiores à -45OC (limite do aço carbono)

5.3.3 Alta Corrosão

Serviços onde o fluido é corrosivo, mesmo quando em temperaturas dentro da faixa usual
de trabalho do aço carbono. Os aços-ligas têm, geralmente, maior resistência à corrosão que o aço
carbono.

5.3.4 Sem Contaminação

Serviços onde não pode haver contaminação dos produtos, tais quais os produtos
alimentícios e farmacêuticos. Nestes casos, mesmo as corrosões moderadas, sempre geram
resíduos que vão contaminar o fluido contido no equipamento.

5.3.5 Segurança

Serviços com fluidos perigosos (temperaturas elevados, tóxicos, inflamáveis, explosivos


etc) ou em equipamentos de importância, para os quais qualquer interrupção causa grandes
prejuízos.

5.4 AÇOS-LIGA DE MOLEBIDÊNIO E CROMO-MOLIBIDÊNIO


Composição: até 1% de Mo e 9% de Cr . Estes aços destinam-se especificamente a
empregos em temperaturas elevadas. São todos materiais magnéticos com estrutura férrica. A
tabela 5.1 mostra a composição química e as principais propriedades usuais dessa classe.

O principal efeito da adição de cromo é o aumento da resistência à oxidação, o cromo tem


grande afinidade pelo oxigênio, e oxida-se preferencialmente, formando uma película forte e
aderente: de óxidos e hidróxidos; que protege o ferro. O gráfico 5.2 mostra a variação relativa da
velocidade de oxidação dos aços ao cromo para a corrosão atmosférica e pelo ácido nítrico e o
gráfico 5.3 mostra o aumento de peso devido a oxidação ao ar dos aços carbono e aços-liga após

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1000h de exposição. O cromo ainda aumenta a resistência a grafitização, sendo que para os aços
com mais de 1% de Cr, não há mais a ocorrência deste tipo de corrosão. A adição de Si, que pode
chegar até 2,5%, também contribui para reduzir sensivelmente a oxidação em temperaturas
elevadas.

Gráfico 5.2

gráfico 5.3

A principal ação do molibdênio é o grande aumento da resistência à fluência do aço,


contribuindo também para aumentar a resistência mecânica em temperaturas elevadas e a
resistência de corrosão por pites. O Mo combina-se com o carbono, formando precipitados de
carbonetos complexos que dificultam o escorregamento dos planos de clivagem, resultando,
assim em menores deformações do material. O gráfico 5.4 mostra o aumento da resistência a
fluência em função da temperatura para 1000h de trabalho. Neste gráfico pode-se notar que a
adição de apenas ½ % de Mo mais que dobra a resistência a fluência da tensão de ruptura. Pode-
se também observar a superioridade dos aços-liga contendo 1 ¼ % de Cr, sobre os aços com
cromo mais alto parra temperaturas até 550-600OC.

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Gráfico 5.4:

1- Aço carbono 0,25%C

2- Aço liga ½ Mo

3- Aço liga 1 ¼Cr - ½Mo

4- Aço liga 2¼Cr - 1Mo

5- Aço liga 5Cr – ½Mo

6- Aço liga 9Cr – 1Mo

7- Aço inoxidável tipo 304

Os aços-liga com até 2 ½ %Cr foram desenvolvidos para serviços em temperatura


elevada, onde os esforços mecânicos sejam elevados e a corrosão moderada. Os aços contendo
maus de 2 ½ %Cr são especificados para serviços em temperaturas elevadas com esforços
mecânicos moderados e alta corrosão.

Para esses aços devem ser empregados eletrodos de baixo carbono e de liga mais rica do
que o material a soldar, para compensar a dissolução de elementos de liga nas proximidades da
solda. Para soldas importantes e de grande espessura exige-se radiografia total, como pode ser
visto na tabela 5.2

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No gráfico 5.5 são mostradas as curvas de variação das tensões admissíveis em função da
temperatura para vários aços-liga, estando também mostrada as curvas correspondentes de alguns
aços carbono e aços inoxidável. As tensões admissíveis dessa figura são os valores estabelecidos,
para materiais em forma de chapa, pela norma ASME Séc. VIII Div. 1, para vasos de pressão.
Nessas curvas pode-se observar o notável efeito do acréscimo de Mo, a maior tensão admissíveis
dos aços-liga de baixo Cr para temperaturas entre 465OC e 520 OC e a queda na tensão admissível
dos aços de alto cromo. Essas tensões estão calculadas em função do limite de resistência LR e da
deformação por fluência.

Gráfico 5.5

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5.5 AÇOS-LIGA NIQUEL

Os aços-liga contendo níquel são específicos para trabalhos à baixa temperatura. Esses
materiais exibem a transição dúctil-frágil, mas a faixa de transição é tanto mais baixa quanto
maior for a quantidade de níquel presente. Abaixo se cita os aços-liga níquel mais usados e suas
temperaturas limites de emprego

Aço-liga 3 ½%Ni: (-100OC)

Aço-liga 9%Ni: (-196OC)

Para o melhor comportamento em baixas temperaturas esses aços devem ser normalizados
ou temperados e revenido, para o refinamento dos grãos, ou para obtenção de estruturas mais
adequadas.

Normalmente exige-se teste de impacto em qualquer serviço a baixa temperatura. O


gráfico 5.6 mostra as curvas obtidas no teste charpy para o Níquel, aço-liga níquel e aço de baixo
carbono.

Gráfico 5.6

5.6 AÇOS MICRO LIGADOS

Os chamados aços micro-ligados (HSLA – high strenght lowe alloy) são aços-liga
contendo pequenas quantidades de diversos elementos (até um total de 2 ½ %) que proporcionam
um considerável aumento na resistência mecânica, principalmente no limite de escoamento (LE),
sem prejuízo da ductilidade, tenacidade e resistência à fadiga. Os elementos adicionados agem de
várias formas: alguns são fortes formadores de nitretos (Mo, Nb, Ti, V, W), e outros retardam a
decomposição da austemita no resfriamento (Cr, Mo, Ni) aumentando a temperabilidade do
material.

A quantidade de carbono é, geralmente, baixa, o que melhora a soldabilidade do material.


O limite de resistência pode atingir até 110kg/mm2 e o limite de escoamento até 80kg/mm2.

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A tabela 5.3 mostra algumas especificações da ASTM para chapas de aço liga manganês e
aços micro ligados.

Os aços micro ligados são empregados em vasos de pressão muito elevada em


temperaturas ambiente, ou em vasos de grandes dimensões para reduzir a espessura da parede, e
conseqüentemente o custo peso do equipamento.

Cada caso de emprego deve, entretanto ser estudado cuidadosamente, analisando-se a


experiência anterior que possa haver do material no mesmo serviço, devido principalmente ao
alto risco de corrosão sob tensão que esses aços apresentam. Da mesma forma que os aços
carbonos de alta resistência, esses aços-liga estão sujeitos à corrosão sob tensão quando em
contacto mesmo com ínfimas quantidades de H2S, em temperaturas inferiores ao ponto de
orvalho.

. Na tabela 5.4 estão relacionados as principais especificações comerciais de aços-liga Mo,


Cr5-Mo e Ni, mais empregadas em equipamentos de processo. Todas as designações numéricas
referem-se à especificação da ASTM.

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Anexo A: Exemplos de normas ASTM para tubulações

Anexo B: Composição química dos aços mais usados


LE
NORMA AÇO C Mn P máx S máx Si Ni Cr Mo Cu V máx RT (Mpa) Dureza
(Mpa)
min min máx
ASTM A 53 Gr A Máx 0.25 Máx 0,95 0,050 0,0405 Máx 0,40 Máx 0,40 Máx 0,15 Máx 0,40 0,08 330 205

Gr B Máx 0.30 Máx 1,20 0,050 0,045 Máx 0,40 Máx 0,40 Máx 0,15 Máx 0,40 0,08 415 240
A 106 Gr A Máx 0.25 0,27/0,93 0,035 0,035 Min 0,10 Máx 0,40 Máx 0,40 Máx 0,15 Máx 0,40 0,08 330 205

Gr B Máx 0.30 0,29/1,06 0,035 0,035 Min 0,10 Máx 0,40 Máx 0,40 Máx 0,15 Máx 0,40 0,08 415 240

Gr C Máx 0.35 0,29/1,06 0,035 0,035 Min 0,10 Máx 0,40 Máx 0,40 Máx 0,15 Máx 0,40 0,08 485 275

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A 161 Gr LC 0,10/0,20 0,30/0,80 0,035 0,035 Máx 0,25 324 179

Gr T1 0,10/0,20 0,30/0,80 0,025 0,025 0,10/0,50 0,44/0,65 379 207


A 178 Gr A 0,06/0,18 0,27/0,63 0,035 0,035 325 180

Gr C Máx 0.35 Máx 0,80 0,035 0,035 415 255

SAC 50 Máx 0.18 Máx 1,40 0,030 0,030 0,15/0,55 0,40/0,65 0,25/0,50 490/602 373

A 179 A 179 0,06/0,18 0,27/0,63 0,035 0,035 72HB

A 192 A 192 0,06/0,18 0,27/0,63 0,035 0,035 Máx 0,25 137 HB


A 199/200 Gr T11 0,05/0,15 0,30/0,60 0,025 0,025 0,50/1,00 1,00/1,50 0,44/0,65 415 170 163 HB

Gr T22 0,05/0,15 0,30/0,60 0,025 0,025 Máx 0,50 1,90/2,60 0,87/1,13 415 170 163 HB
A 209 Gr T1 0,10/0,20 0,30/0,80 0,025 0,025 0,10/0,50 0,44/0,65 380 205 146 HB

Gr T1a 0,15/0,25 0,30/0,80 0,025 0,025 0,10/0,50 0,44/0,65 415 220 153 HB

Gr T1b Máx 0.14 0,30/0,80 0,025 0,025 0,10/0,50 0,44/0,65 365 195 137 HB
A 210 Gr A1 Máx 0.27 Máx 0,93 0,035 0,035 Min 0,10 415 255 143 HB

Gr C Máx 0.35 0,29/1,06 0,035 0,035 Min 0,10 485 275 179 HB
A 213 Gr T2 0,10/0,20 0,30/0,61 0,025 0,025 0,10/0,30 0,50/0,81 0,44/0,65 415 205 163 HB

Gr T11 0,05/0,15 0,30/0,60 0,025 0,025 0,50/1,00 1,00/1,50 0,44/0,65 415 205 163 HB

Gr T12 0,05/0,15 0,30/0,61 0,025 0,025 Máx 0,50 0,80/1,25 0,44/0,65 415 205 163 HB

Gr T22 0,05/0,15 030/0,60 0,025 0,025 Máx 0,50 1,90/2,60 0,87/1,13 415 205 163 RB

A 214 A 214 Máx 0.18 0,27/0,63 0,035 0,035 72 RB

A 226 A 226 0,06/0,18 0,27/0,63 0,035 0,035 Máx 0,25 325 180 72 RB
A 333/334 Gr 1 Máx 0.30 0,40/1,06 0,025 0,025 380 205

Gr 3 Máx 0.19 0,31/0,64 0,025 0,025 0,18/3,82 3,18/3,82 450 240

Gr 6 Máx 0.30 0,29/1,06 0,025 0,025 min 0,10 415 240

Gr 7 Máx 0.19 Máx 0,90 0,025 0,025 0,13/0,32 2,03/2,57 450 240
A 335 Gr P1 0,10/0,20 0,30/0,80 0,025 0,025 0,10/0,50 0,44/0,65 380 205

Gr P2 0,10/0,20 0,30/0,61 0,025 0,025 0,10/0,50 0,050/0,81 0,44/0,65 380 205

Gr P11 0,05/0,15 0,30/0,60 0,025 0,025 0,50/1,00 1,00/1,50 0,44/0,65 415 205

Gr P12 0,05/0,15 0,30/0,61 0,025 0,025 max 0,50 0,80/1,25 0,44/0,65 415 220

Gr P22 0,30/0,60 0,30/0,60 0,025 0,025 max 0,50 1,90/2,60 0,87/1,13 415 205
A 423 Gr 1 Máx 0.15 Máx 0,55 0,06 Min 0,10 0,20/0,70 0,24/1,31 0,20/0,60 415 255 170 HB

Gr 2 Máx 0.15 0,50/1,00 0,040 0,05 0,40/1,10 Min 0,10 0,30/1,00 415 255 170 HB
A 500 Gr A Máx 0.30 0,045 0,045 min 0,18 310 228

Gr B Máx 0.30 0,045 0,045 min 0,18 400 290

Gr C Máx 0.27 Máx 1,40 0,045 0,045 min 0,18 427 317

A 501 A 501 Máx 0.30 0,045 0,045 min 0,18 400 250

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