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Neurofisiologia e Neuroanatomia do TDAH

Autoras: CALAFANGE, S. B.; MENDES, C. O

Trabalho apresentado no I Encontro de Neuropsicologia – Faculdade de


Ciências Humanas - ESUDA – 2004

Recife,2004
1. INTRODUÇÃO

O transtorno de déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um problema


de saúde mental que tem apresenta três características básicas: a
desatenção, a agitação (ou hiperatividade) e a impulsividade. Este
transtorno tem um grande impacto na vida da criança ou do adolescente e das
pessoas com as quais convive.
Pode levar a dificuldades emocionais de relacionamento familiar e social,
como um baixo desempenho escolar. Rohde & Benczik (199, p. 37).
O TDAH é um problema que deve ser diagnosticado por um médico ou
um psicólogo embora o tratamento em geral seja coordenado por um médico
uma vez que existe a necessidade muito comum de se utilizar medicamento.
Deve existir uma equipe integrada de diferentes profissionais que acompanha o
paciente (neurologistas, neuropsicólogo, psiquiatras, psicólogos e pedagogos)
ou outros profissionais necessários a cada caso. Mattos (2003, p. 16).
Do mesmo modo que em incontáveis outros problemas médicos, não
existe uma causa específica definida. Isso não significa, entretanto, que não
possamos afirmar um grande número de coisas acerca do transtorno e de seu
tratamento. Ocorre o mesmo, por exemplo, com a hipertensão arterial (pressão
alta), enfermidade extremamente comum (acometendo mais de 10% da
população geral) cuja causa específica é ignorada. Mattos (op. Cit.).

2. OBJETIVO
Descrever as principais características do TDAH, bem como as suas
bases neuroanatômicas e neurofisiológicas.

3. METODOLOGIA

O presente trabalho constou de um levantamento bibliográfico a respeito


do assunto, a partir de obras encontradas na biblioteca da F. C. H. – ESUDA e
textos eletrônicos em sites especializados.
De posse o assunto, os temas de interesse foram separados e
interpretados, para a preparação final deste trabalho. Palavras-chave como:
Comportamento, hiperatividade, desatenção, etc, foram utilizadas como critério
para a formulação da pesquisa.

4. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO TDAH (C. I. D. 10)

Critérios Diagnósticos para Transtorno de Déficit de


Atenção/HiperatividadeA. Ou (1) ou (2)1) seis (ou mais) dos seguintes
sintomas de desatenção persistiram por pelo menos 6 meses, em grau mal-
adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento:Desatenção:(a)
freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por
descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras(b) com freqüência tem
dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas(c) com
freqüência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra(d) com freqüência
não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas
domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de oposição
ou incapacidade de compreender instruções)(e) com freqüência tem dificuldade
para organizar tarefas e atividades(f) com freqüência evita, antipatiza ou reluta
a envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas
escolares ou deveres de casa)(g) com freqüência perde coisas necessárias
para tarefas ou atividades (por ex., brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros
ou outros materiais)(h) é facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa(i)
com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias.
(2) seis (ou mais) dos seguintes sintomas de hiperatividade persistiram
por pelo menos 6 meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível
de desenvolvimento:Hiperatividade:(a) freqüentemente agita as mãos ou os
pés ou se remexe na cadeira(b) freqüentemente abandona sua cadeira em sala
de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado.
(c) freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais
isto é inapropriado (em adolescentes e adultos, pode estar limitado a
sensações subjetivas de inquietação)(d) com freqüência tem dificuldade para
brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer(e) está
freqüentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo
vapor"(f) freqüentemente fala em demasia. Impulsividade:(g) freqüentemente
dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas(h)
com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez(i) freqüentemente
interrompe ou se mete em assuntos de outros (por ex., intromete-se em
conversas ou brincadeiras)B. Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade
ou desatenção que causaram prejuízo estavam presentes antes dos 7 anos de
idade.C. Algum prejuízo causado pelos sintomas está presente em dois ou
mais contextos (por ex., na escola [ou trabalho] e em casa).D. Deve haver
claras evidências de prejuízo clinicamente significativo no funcionamento
social, acadêmico ou ocupacional. E. Os sintomas não ocorrem exclusivamente
durante o curso de um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, Esquizofrenia
ou outro Transtorno Psicótico e não são melhor explicados por outro transtorno
mental (por ex., Transtorno do Humor, Transtorno de Ansiedade, Transtorno
Dissociativo ou um Transtorno da Personalidade).

5. NEUROANATOMIA DO TDAH

O cérebro das crianças com TDAH é significativamente menor em


relação à infância e a adolescência, quando comparados com os cérebros de
crianças normais sãs.
Existem evidências, mesmo que controversa, de que esta diminuição
global de volume sustenta a alteração de um circuito específico que implicaria
nos sintomas de TDAH.
Pelo menos nos meninos, este circuito parece incluir regiões pré-frontais
direitas, os gânglios basais (GB), os hemisférios cerebelosos e uma sub-região
do vermis cerebeloso.
A distribuição da Substância Cinzenta e da Substância Branca poderia
alterar-se também no TDAH.
Os estudos mostram que, em geral, encontra-se uma redução do volume
cerebral total das crianças com TDAH, comparado com controles pareados por
idade e sexo.
Num estudo maior, investigou-se 291 crianças e adolescentes com
TDAH.
Nas crianças com TDAH encontrou-se um volume cerebral total 3,2%
menor que os controles, ajustados por variações entre grupos que chegaram a
ser estatisticamente significativas.
As hipóteses sobre os substratos anatômicos enfocam geralmente o
papel que desempenha o córtex pré-frontal (CPF) nesse transtorno.
Sabe-se que o funcionamento executivo (que constitui um grupo de
habilidades mentais de alto nível que incluem inibição de resposta e do
planejamento comportamental, atenção seletiva e organização da informação
necessária para a solução de problemas) está ligado ao CPF.

6. NEUROFISIOLOGIA DO TDAH

Estudos com pessoas que tiveram traumatismos, tumores ou doenças


na região frontal orbital (a parte anterior do cérebro, logo acima da região dos
olhos) e que começaram a apresentar sintomas parecidos com os do TDAH,
falam a favor do comprometimento desta área específica.
Estudos de medidas de atividade elétrica cerebral, fluxo sanguíneo ou
atividade cerebral por Tomografia por Emissão de Pósitrons (um exame
chamado PET-Scan, que não está disponível para uso geral, apenas para
pesquisas) têm demonstrado que a atividade cerebral em pacientes com TDAH
está diminuída na região frontal, quando comparada com pessoas sem o
transtorno.
A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em
comparação com outras espécies animais e parece ser responsável pela
inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos
inadequados), pela capacidade de prestar atenção, auto-controle e
planejamento para o futuro.
O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um
sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores
(principalmente dopamina e noradrenalina). Elas passam informação entre as
células nervosas (neurônios). Estudos com o metilfenidato/RITALINA (um
medicamento muito empregado no TDAH) mostram que a medicação aumenta
a quantidade destas substâncias no cérebro, diminuindo os sintomas do TDAH.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MATTOS, P. No mundo da lua. 4ª. Ed., São Paulo: Lemos, 2003, p. 16


ROHDE, L. A.; BENCZIK, E. B. P. Transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade. Porto Alegre: Artmed, 1999, p. 37.
INTERNET. Disponível em: http://www.tdah.org.br. Acesso em: 15 Maio
2004.
INTERNET. Disponível em: http://www.psiqweb.com.br. Acesso em: 16
Maio 2004.

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