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Direito Constitucional

Conceito: é um ramo do Direito Público apto a expor, interpretar e sistematizar os


princípios e normas fundamentais do Estado. Bem como, próprio para
regular as estruturas política, jurídica, econômica e social que compõe o
Estado, tendo como fonte a Constituição.

Objeto: o estudo sistemático das normas que integram a constituição

• Corresponde à base, ao fundamento de todos os demais ramos do


direito; deve haver, portanto, obediência ao texto constitucional,
sob pena de declaração de inconstitucionalidade da espécie
normativa, e conseqüente retirada do sistema jurídico

Constituição – Conceito:Declaração da vontade política de um povo, expressa em


normas fundamentais que regulam a existência do Estado. Estabelecendo a sua
estrutura(órgãos e funções), o modo de exercício da soberania e do poder de império,
os fins e interesses fundamentais, os direitos e as responsabilidades dos indivíduos,
dos grupos sociais e do governo

Obs. A constituição recebe vários apelidos, tais como: Carta Magna, Carta Política, Lei
Maior, Lei Máxima, Lei das Leis, etc.

Classificação das constituições:

Quanto ao conteúdo:

Formal: regras formalmente constitucionais, é o texto votado pela


Assembléia Constituinte, estão inseridas no texto constitucional.

Material: regras materialmente constitucionais, é o conjunto de regras de


matéria de natureza constitucional, isto é, as relacionadas ao poder,
quer esteja no texto constitucional ou fora dele.

Quanto à forma:

Escrita: pode ser sintética (como a Constituição dos Estados Unidos) e


analítica (expansiva, como a Constituição do Brasil). A ciência
política recomenda que as constituições sejam sintéticas e não
expansivas como é a brasileira.

Não escrita: é a constituição cuja normas não constam de um documento


único e solene, mas se baseie principalmente nos costumes e na
jurisprudência.

Quanto ao modo de elaboração:


Dogmática: é Constituição sistematizada em um texto único, elaborado
reflexivamente por um órgão constituinte; é escrita. É a que consagra
certos dogmas da ciência política e do Direito dominante no momento.

Histórica: é sempre não escrita e resultante de lenta formação histórica, do


lento evoluir das tradições, dos fatos sócio-políticos, que se cristalizam
como normas fundamentais da organização de determinado Estado.
Como exemplo de Constituição não escrita e histórica temos a
Constituição do Reino Unido da Grã Bretanha e da Irlanda do Norte. (ex.
Magna Carta - datada de 1215)

• A escrita é sempre dogmática; A não escrita é sempre histórica.

Quanto a sua origem ou processo de positivação:

Promulgada: aquela em que o processo de positivação decorre de convenção,


são votadas, originam de um órgão constituinte composto de
representantes do povo, eleitos para o fim de as elaborar. Ex.:
Constituição de 1891, 1934, 1946, 1988.

Outorgada: aquela em que o processo de positivação decorre de ato de força, são


impostas, decorrem do sistema autoritário. São as elaboradas sem a
participação do povo. Ex.: Constituição de 1824, 1937, 1967, 1969.

OBS: A expressão Carta Constitucional é usada hoje pelo STF


para caracterizar as constituições outorgadas. Portanto,
não é mais sinônimo de constituição.

Quanto à estabilidade ou mutabilidade:

Imutável: constituições onde se veda qualquer alteração, constituindo-se


relíquias históricas – imutabilidade absoluta.

Rígida: permite que a constituição seja mudada mas, depende de um


procedimento solene que é o de Emenda Constitucional que exige 3/5
dos membros do Congresso Nacional para que seja aprovada. .

Flexível: o procedimento de modificação não tem qualquer diferença do


procedimento comum de lei ordinária . Ex.: as constituições não
escritas, na sua parte escrita elas são flexíveis

Elementos da constituição:

- Classificação da normas constitucionais:

 Todas as normas constitucionais são dotadas de eficácia;

 Logo, todas as normas constitucionais são aplicáveis, pois todas são


dotadas de eficácia jurídica. Porém, esta capacidade de incidir
imediatamente sobre os fatos regulados não é uma característica de todas as
normas constitucionais.

Normas Constitucionais de Eficácia Jurídica Plena:

- são aquelas de aplicabilidade imediata, direta, integral, independentemente


de legislação posterior para sua inteira operatividade;
- produzem ou têm possibilidades de produzir todos os efeitos que o
constituinte quis regular;
- tem autonomia operativa e idoneidade suficiente para deflagrar todos os
efeitos a que se preordena;
- conformam de modo suficiente a matéria de que tratam, ou seja, seu enunciado
prescrito é completo e não necessita, para atuar concretamente, da interposição
de comandos complementares.

Normas Constitucionais de Eficácia Jurídica Contida:

- são aquelas que têm aplicabilidade imediata, integral, direta, mas que podem
ter o seu alcance reduzido pela atividade do legislador infraconstitucional.
- São também chamadas de normas de eficácia redutível ou restringível.

Normas Constitucionais de Eficácia Limitada:

- são aquelas que dependem da emissão de uma normatividade futura;


- apresentam aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, pois somente incidem
totalmente após normatividade ulterior que lhes dê aplicabilidade
- o legislador ordinário, integrando-lhes a eficácia, mediante lei ordinária, dá-lhes a
capacidade de execução em termos de regulamentação daqueles interesses
visados pelo constituinte;
- a utilização de certas expressões como “a lei regulará”, ou “a lei disporá”, ou
ainda “na forma da lei”, deixa claro que a vontade constitucional não está
integralmente composta.

Poder Constituinte – Conceito: é a manifestação soberana da suprema vontade


política de um povo, social e juridicamente organizado.

Titularidade do Poder Constituinte: é predominante que a titularidade do poder


constituinte pertence ao povo. Dessa maneira,
a vontade constituinte é a vontade do povo
expressa por meio de seus representantes.
Espécies:
a) Poder Constituinte Originário - Estabelece a Constituição de um novo Estado,
organizando-se e criando os poderes destinados a reger os interesses de uma
sociedade. Não deriva de nenhum outro, não sofre qualquer limite e não se
subordina a nenhuma condição.

 Ocorre Poder Constituinte no surgimento da 1ª Constituição e


também na elaboração de qualquer outra que venha depois.
o Características:

 inicial - não se fundamenta em nenhum outro; é a base jurídica de


um Estado;

 autônomo / ilimitado - não está limitado pelo direito anterior, não


tendo que respeitar os limites postos pelo direito positivo anterior;
não há nenhum condicionamento material;

 incondicionado - não está sujeito a qualquer forma pré-fixada


para manifestação de sua vontade; não está submisso a nenhum
procedimento de ordem formal

b) Poder Constituinte Derivado - também chamado Instituído ou de segundo grau –


é secundário, pois deriva do poder originário. Encontra-se na própria
Constituição, encontrando limitações por ela impostas: explícitas e implícitas.

o Características:

 Derivado - deriva de outro poder que o instituiu, retirando sua


força do poder Constituinte originário;

 Subordinado - está subordinado a regras materiais; encontra


limitações no texto constitucional. Ex. cláusula pétrea

 Condicionado – seu exercício deve seguir as regras previamente


estabelecidas no texto da CF; é condicionado a regras formais do
procedimento legislativo. Este poder se subdivide em:

I) poder derivado de revisão ou de reforma: poder de editar


emendas à Constituição. O exercente deste poder é o Congresso
Nacional que, quando vai votar uma emenda ele não está no
procedimento legislativo, mas no Poder Reformador.
II) poder derivado decorrente: poder dos Estados, unidades da
federação, de elaborar as suas próprias constituições. O
exercente deste poder são as Assembléias Legislativas dos
Estados. Possibilita que os Estados Membros se auto-organizem.

• A Constituição de 1988 deu aos Municípios um status diferenciado do que


antes era previsto, chegando a considerá-los como entes federativos, com a
capacidade de auto-organizar-se através de suas próprias Constituições
Municipais que são denominadas Leis Orgânicas.

- Processo de alteração da Constituição – Qualquer modificação que se pretenda


introduzir à constituição será efetivada através de Emenda. No Brasil essa espécie de
processo legislativo segue as seguintes regras:

- A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


I- de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades
da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros.

• Limitações:

o Vedações circunstanciais
 na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de
estado de sítio.

o Vedações Materiais - Não será objeto de deliberação a proposta de


emenda tendente a abolir: (cláusulas pétreas)
I- a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.

- Teoria Geral Estado

ESTADO -> é uma ordenação que tem por fim específico e essencial a
regulamentação global das relações sociais entre os membros de uma
dada população sobre um dado território; constitui-se de um poder
soberano de um povo situado num território com certas finalidades; a
constituição organiza esses elementos.

* Elementos constitutivos do Estado

a) território - é o limite espacial dentro do qual o Estado exerce de modo efetivo


o poder de império sobre pessoas e bens.

b) associação de pessoas - constitui-se no elemento humano do Estado.

c) governo soberano – aquele que possui autonomia interna e reconhecimento


internacional.

- Princípios fundamentais constitucionais:

I- Regime Político-Jurídico/Estado Democrático de Direito(Art. 1º e 37, da C.F.)-> é o


regime que, politicamente, permite ao povo uma participação no processo de formação
da vontade pública(governo), e juridicamente, autolimita o poder do Estado ao
cumprimento das leis.

II- Forma de Governo/República(Art. 1º, da C.F.)-> forma de governo em que o


supremo poder é exercido durante um tempo limitado(mandato), por um ou mais
indivíduos eleitos pelo povo. Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em
Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
III- Sistema de Governo/Presidencialismo(Art. 76, da C.F.)-> modalidade que congrega
em uma única pessoa(presidente), tanto o poder de governar(chefe de governo), como
o de representar o País internacionalmente(chefe de Estado).

IV- Forma de Estado/Federação(Art. 1º, da C.F.)->consiste na união de vários Estados,


que abrem mão de sua soberania, para formarem um Estado maior, porém mantendo,
cada um deles, a autonomia que possuíam anteriormente à fusão. O Brasil concedeu
aos municípios status de ente federativo.

V- Divisão funcional do poder-> Poder Executivo(Arts.76 a 91, da C.F.); Poder


Legislativo(Arts. 44 a 75); Poder Judiciário(Arts. 92 a 126, da C.F.).

VI- Princípios das Relações Internacionais(Art. 4º, da C.F.) A República Federativa do


Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da
América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações

I- Autodeterminação dos povos;


II - Independência nacional;
III - Defesa da paz;
IV - Não-intervenção;
V- Concessão de asilo político.
VI - Prevalência dos direitos humanos;
VII - Igualdade entre os Estados;
VIII - Repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X- Solução pacífica dos conflitos;

Nacionalidade e Cidadania

- Estudo do art. 5º - Os Direitos e Garantias individuais

- Nacionalidade(art. 12, da C.F.)-> Trata-se do vínculo que une o indivíduo ao Estado.

- Formas em que se apresenta:


1ª. Do lugar-> Tem por fundamento o lugar do nascimento, bastando para ser nacional,
apenas o fato da pessoa nascer no determinado Estado. Tal modalidade é denominada
de jus soli(direito decorrente do solo).
2ª. Da família-> Essa espécie é decorrente dos laços sangüíneos(jus sanguinis),
portanto, é suficiente que o indivíduo seja descendente do nacional para adquiri-la.
3ª. Da opção-> Essa espécie surge da naturalização. Depende de processo.
- Fenômenos da mutação constitucional: Recepção - assegura a preservação do
ordenamento jurídico anterior e inferior à nova constituição que com ela se mostre
materialmente compatível.
 Se havia uma constituição, quando sobrevém outra, será feita a
ab-rogação (revogação total) da constituição anterior.
 O fundamento de validade de uma lei no ordenamento jurídico é
sua compatibilidade com a constituição vigente.
 Advinda uma nova constituição estas leis terão um novo
fundamento de validade e eficácia, desde que forem materialmente
compatíveis.

O Controle da constitucionalidade das leis – A razão de haver o controle da


constitucionalidade das leis consiste no respeito à hierarquia das normas, onde as
normas constitucionais, que têm por objeto disciplinar as estruturas do país, possuem
um grau superior sobre as demais, gerando a obrigação de acato por essas não
constitucionais, ao texto constitucional.

Neste sentido, o Judiciário, é o único Poder que possui a competência para declarar
que uma determinada lei, não está apta para a vigência, quando essa, não estiver de
acordo com a Constituição Federal, ou seja, declarar a inconstitucionalidade.

- Controle Difuso ou concreto -> Este controle é realizado pelos juízes e pelos
tribunais, quando a ação proposta tem por fundamento a inconstitucionalidade de lei,
para a realização de um direito. Desse modo, o pedido ao judiciário não é o de
declaração de inconstitucionalidade mas sim, o reconhecimento de um direito de fazer
ou não fazer algo, em virtude da nulidade da lei tida por inconstitucional. Assim, a
decisão judicial, em controle difuso, só vale inter partes, ou seja, entre as partes do
processo. O efeito do julgamento da inconstitucionalidade, para as partes, ocorre desde
a vigência da lei.
* Nas causas julgadas nos tribunais, será observado o art. 97, da C.F. que determina
que o julgamento deverá ser realizado pela maioria absoluta dos membros.
* Em caso de julgamento no Supremo Tribunal Federal, a decisão acerca da
inconstitucionalidade da lei, o Presidente do STF, envia ofício ao Senado Federal, para
que a lei se torne ineficaz para todos erga omnes, porém, esse efeito só ocorrerá após
a declaração do Senado (art. 52, X, da C.F.)

- Controle Concentrado ou abstrato -> Este controle no que tange a


inconstitucionalidade de lei federal ou estadual face à Constituição federal, somente é
realizado pelo Supremo Tribunal Federal, em ação própria – Ação Direta de
Inconstitucionalidade(ADIN) ou Ação Declaratória de Constitucionalidade(ADECON).
No tocante as leis estaduais e municipais que violem Constituição Estadual, e as
municipais que violem a C.F., são os Tribunais de Justiça dos Estados que julgam a
Representação de Inconstitucionalidade ( Art. 125, parágrafo 2º, C.F. e arts. 109, I, “e”
e 112, da Constituição do Estado do Espírito Santo).

O objetivo dessas ações é a definição de constitucionalidade ou não da lei. Não há


partes no processo, o pedido será determinado e único, qual seja, que seja declarada
como constitucional ou não a determinada lei.
* ADI - Ação Direta de Inconstitucionalidade (arts. 102, “a” e 103, da C.F; Lei
9.868/1999).
- competência para julgamento -> Supremo Tribunal Federal;
- Competência para a proposição da ADIN: I) o Presidente da República;
II) a Mesa do Senado Federal;
III) a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV) a Mesa de Assembléia Legislativa;
V) o Governador de Estado;
VI) o Procurador-Geral da República;
VII) o Conselho Federal da O.A.B.;
VIII) partido político com representação no Congresso Nacional;
IX) confederação de sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

Obs. O Advogado-Geral da União deve ser citado para defender o texto da lei em
apreço.

* ADECON - Ação Declaratória de Constitucionalidade (arts. 102, ‘a”, § 4º do art. 103,


da C.F. e Lei nº 9.868/1999).
- Competência para o julgamento -> Supremo Tribunal Federal.
- A competência para a proposição da ADECON é a mesma da ADI

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO: DIVISÃO ESPACIAL DO PODER

INSTITUTOS DE PARTICIPAÇÃO DIRETA DO POVO

1) INICIATIVA POPULAR: admite-se que o povo apresente projetos de lei ao


legislativo, desde que subscrito por número
razoável de eleitores .

2) REFERENDO POPULAR: caracteriza-se pelo fato de que projetos de lei, já


aprovados pelo legislativo, devam ser submetidos
à vontade popular, atendidas certas exigências, tais
como, pedido de certo número de eleitores, de
certo número de parlamentares ou do próprio
chefe do executivo, de sorte que só será aprovado
se receber votação favorável do corpo eleitoral, do
contrário, reputar-se-á rejeitado. É atribuição
exclusiva do Congresso Nacional autorizá-lo,
tendo liberdade para estabelecer critérios e requisitos.

3) PLEBISCITO: é também uma consulta popular, semelhante ao


referendo; difere deste porque visa a decidir
previamente uma questão política ou institucional,
antes de sua formação legislativa, ao passo que o
referendo versa sobre aprovação de textos de projeto
de lie ou de emenda constitucional, já aprovados; o
referendo ratifica ou rejeita o projeto já elaborado,
enquanto que o plebiscito autoriza a sua formação.
Pode ser utilizado pelo CN nos casos em que decidir
seja conveniente e em casos específicos como a
formação de novos Estados e Municípios.

UNIÃO

 São bens da UNIÃO (Art. 20, C.F.:


I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental,
definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou
que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
marginais e as praias fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a
sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade
ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

 Compete à UNIÃO (Art. 21, C.F.):


Art. 21. Compete à União:

I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;

II - declarar a guerra e celebrar a paz;

III - assegurar a defesa nacional;

IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente;

V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;

VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;

VII - emitir moeda;


VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira,
especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência
privada;

IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de


desenvolvimento econômico e social;

X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;

XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de


telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um
órgão regulador e outros aspectos institucionais;

XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:

a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;

b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água,


em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;

c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;

d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou


que transponham os limites de Estado ou Território;

e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;

f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;

XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito
Federal e dos Territórios;

XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito
Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços
públicos, por meio de fundo próprio;

XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito


nacional;

XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e
televisão;

XVII - conceder anistia;

XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as


secas e as inundações;

XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga
de direitos de seu uso;

XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e


transportes urbanos;

XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;

XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;

XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal
sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:

a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante
aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para
a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;

c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de


radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;

d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;

XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;

XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma


associativa.

Compete privativamente à União legislar sobre (Art. 22, C.F.):


I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho;

II - desapropriação;

III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;

IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;

V - serviço postal;

VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;

VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;

VIII - comércio exterior e interestadual;

IX - diretrizes da política nacional de transportes;

X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;

XI - trânsito e transporte;

XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;

XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;

XIV - populações indígenas;

XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;

XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;

XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos
Territórios, bem como organização administrativa destes;

XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;

XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;

XX - sistemas de consórcios e sorteios;

XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização
das polícias militares e corpos de bombeiros militares;

XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;

XXIII - seguridade social;


XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;

XXV - registros públicos;

XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;

XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações


públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista,
nos termos do art. 173, § 1°, III;

XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;

XXIX - propaganda comercial.

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste artigo.

ESTADOS MEMBROS (Arts. 25/28, C.F.)

 Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições Estaduais e leis


que adotarem, observados os princípios da Constituição Federal.

 Cabe aos Estados EXPLORAR diretamente, ou mediante concessão, os


serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de
medida provisória para a sua regulamentação.

 Os Estados poderão, mediante lei complementar, INSTITUIR regiões


metropolitanas, aglomerações urbanas e micro-regiões, constituídas por
agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

 Incluem-se entre os bens dos ESTADOS:


I- as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e
em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as
decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no
seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios
ou terceiros;
III – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

DISTRITO FEDERAL(Art. 32, C.F.)

 O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por LEI


ORGÂNICA, votada pela Câmara Legislativa;
• Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas
reservadas aos Estados e Municípios.

MUNICÍPIOS (Arts.29/31, C.F.)

 O MUNICÍPIO reger-se-á por LEI ORGÂNICA, votada pelos membros da


Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na
Constituição Federa e na Constituição do respectivo Estado.
• o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá
ultrapassar o montante de 5% (cinco por cento) da receita do
município;
 (Art. 30, da C.F.) Compete aos MUNICÍPIOS:
• legislar sobre assuntos de interesse local;
• suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
• criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
• organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de
transporte coletivo, que tem caráter essencial;

• manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,


programas de educação infantil e de ensino fundamental;

• prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,


serviços de atendimento à saúde da população;

• promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante


planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do
solo urbano;

• promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a


legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

 É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas


Municipais.

TERRITÓRIOS (Art. 32, C.F.)

Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente


sobre (Art. 24, C.F.):
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

II - orçamento;

III - juntas comerciais;

IV - custas dos serviços forenses;


V - produção e consumo;

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição;

VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

IX - educação, cultura, ensino e desporto;

X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;

XI - procedimentos em matéria processual;

XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;

XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;

XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;

XV - proteção à infância e à juventude;

XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.

§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer


normas gerais.

§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.

§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no
que lhe for contrário.

INTERVENÇÃO (Arts. 34/36, C.F.)

 Em regra nós temos autonomia dos entes federativos, União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, caracterizada pela tríplice capacidade de auto-
organização, normatização, autogoverno e auto-administração.
Excepcionalmente, porém, será admitido o afastamento desta autonomia
política, COM A FINALIDADE DE PRESERVAÇÃO da existência e unidade da
própria Federação, através da INTERVENÇÃO FEDERAL.

INTERVENÇÃO: consiste em medida excepcional de supressão temporária da


autonomia de determinado ente federativo, fundada em hipóteses
taxativamente previstas no texto constitucional, e que visa à
unidade e preservação da soberania do Estado Federal e das
autonomias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

 A UNIÃO, em regra, somente poderá intervir nos Estados-membros e no


Distrito Federal, enquanto os Estados somente poderão intervir nos
Municípios de seu território.
• A UNIÃO não poderá intervir diretamente nos Municípios, salvo se
pertencentes a Território Federal.

• É ato privativo do Chefe do Poder Executivo, na União por decreto do


Presidente da República e, nos Estados pelo Governador do Estado, a
quem caberá também as medidas interventivas.

 A UNIÃO intervirá nos Estados e no Distrito Federal, para:


I- manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da
Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas
unidades da Federação;
V- reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por
mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de
força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas
tributárias fixadas na Constituição, dentro dos prazos
estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão
judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios
constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e
regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública,
direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante
de impostos estaduais, na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde.

 O ESTADO intervirá em seus MUNICÍPIOS e a UNIÃO nos Municípios


localizados em Território Federal, quando:
I- deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois
anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
i
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal
na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde;
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para
assegurar a observância de princípios indicados na
Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de
ordem ou de decisão judicial.

- A Administração Pública(art. 37, da Constituição Federal)-> Conjunto de órgãos e


de pessoas jurídicas, aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do
Estado.
- Administração Direta -> É formada pelo Presidência da República e os Ministérios.
- Administração Indireta -> É formada por: Autarquias, Fundações Públicas;
Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas.

- Princípios Constitucionais da Administração Pública:


I- Legalidade -> A Administração Pública só pode fazer o que está previsto em lei como
permitido;
II- Moralidade -> Nem tudo que é lícito é ético ou moral. Assim, a Administração além
de seguir a lei, também deve se pautar pela moral(art. 37, caput, e § 4º, e art. 85, X,
todos da Constituição Federal). Os atos praticados pela Administração Pública contra a
moral, são anulados. A ação popular, prevista no art. 5º, inciso LXXIII, bem como na
Lei 4.717/1965, possui essa prerrogativa.
III- Impessoalidade -> Este princípio possui duas vertentes. A primeira configura-se
quanto a destinação dos atos, que devem sempre ser impessoais, ou seja, praticados
em prol da coletividade sem beneficiar ou prejudicar determinada pessoa. Já a
segunda determina-se pela representatividade do cargo ou função. Assim, quem
pratica os atos é a Administração e não o ocupante do cargo. Essa indicação tem por
objetivo impedir a promoção pessoal do administrador.
IV- Publicidade -> Objetiva dar transparência à Administração Pública. Dessa forma,
todos os atos praticados pela Administração devem ser divulgados oficialmente.
V- Eficiência -> Em razão deste princípio a Administração Pública deve zelar pela
presteza no fornecimento dos serviços públicos, inclusive mantendo processo de
avaliação de desempenho dos funcionários.

- Serviços Públicos -> Segundo o grande jurista Hely Lopes Meirelles, é todo aquele
prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles dos entes
públicos, para satisfazer às necessidades essenciais ou secundárias da coletividade,
ou ainda as simples conveniências do Estado.
- Pressupostos para a prestação de serviço público:
a) Generalidade -> A destinação deve ser a todos;
b) Uniformidade -> Preço igual, só se admite a variação em razão da quantidade
utilizada pelo administrado;
c) Continuidade -> Deve seguir continuamente, não se aceita serviço intermitente;
d)Regularidade -> O nível do serviço de ser mantido, sem queda da qualidade.
- Formas e meios de prestação de serviço público(art. 175, da Constituição Federal):

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o
caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de
caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.

I- Centralizada -> A Administração Pública presta diretamente, através dos seus


próprios órgãos, em seu nome e sob sua exclusiva responsabilidade.
II- Descentralizada -> O Poder Público transfere a titularidade ou simplesmente a
execução do serviço, para entes que não pertencem ao quadro da Administração
Direta, por meio de outorga ou de delegação.
- Outorga -> O Estado cria uma entidade e a ela transfere, determinada prestação de
serviço público.
- Delegação -> O Estado transfere, por contrato, ou por ato unilateral, unicamente a
execução do serviço(Lei 8.987/1995).

Servidores Públicos(arts. 37 e 38, da C.F.)-> Servidor Público é gênero, englobando as


espécies funcionário e empregado. Ambos, para serem, admitidos obrigatoriamente
deverão prestar concurso público(art. 37, II, da C.F.). Os funcionários públicos federais
são regidos pela Lei 8.112/1990, já os empregados pela Consolidação das Leis do
Trabalho(C.L.T.). Pode haver também a contratação de empregado, por tempo
determinado, para atender à necessidade temporária de excepcional interesse (art. 37,
IX, da C.F. e Lei 8.745/1993).
- Cargo público -> é o lugar determinado na organização, tendo denominação própria e
atribuições específicas, sendo provido na forma da lei, que estabelece a respectiva
remuneração.
- Função pública -> é a atribuição ou um conjunto delas, determinadas ao servidor.
- Classe -> é o agrupamento de cargos da mesma profissão, e com idênticas
atribuições, responsabilidades e vencimentos.
- Carreira -> é o agrupamento de classes da mesma profissão ou atividade, de acordo
com uma hierarquia, para acesso apenas de titulares que a integram.
- Quadro -> é o conjunto de carreiras, cargos isolados e funções gratificadas de um
mesmo serviço, órgão ou poder.

É proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver


compatibilidade de horários, na seguinte forma: dois cargos de professor(art. 37, XVI,
“a”, “b” e “c”, da C.F.); um cargo de professor com outro, técnico ou científico; dois
cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.

* Estabilidade(art. 41, da C.F.)

A responsabilidade Objetiva do Estado (art. 37, § 6º, C.F.) -> Caracteriza-se pelo
dever de indenizar as vítimas de fatos cuja obrigação de evita-los pertence ao Poder
Público Desse modo, as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável
nos casos de dolo ou culpa.

ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA


 A ORDEM ECONÔMICA, fundada na valorização do trabalho humano e na
livre iniciativa, tem por fim: assegurar a todos existência digna,
conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

I- soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V- defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno
porte;

• A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos


mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos
lucros.

• A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa


jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições
compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem
econômica e financeira e contra a economia popular.

Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro,
incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de


suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de
prestação de serviços, dispondo sobre:

I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;

II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;

III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da


administração pública;

IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de


acionistas minoritários;

V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.

§ 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios


fiscais não extensivos às do setor privado.

§ 3º - A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.

§ 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação
da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º - A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica,
estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos
atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado.

§ 1º - A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional


equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.

§ 2º - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.

§ 3º - O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em


conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.

§ 4º - As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou


concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde
estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei.

- A regulação do mercado -> Esse controle é exercido pelo CADE – CONSELHO


ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA e pelas Agências Reguladoras

 Constituem MONOPÓLIO da União (Art. 177, C.F.):

I- a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e


outros hidrocarbonetos fluidos;
II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares
e seus derivados.

DA POLÍTICA URBANA

 A POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO, executada pelo Poder


Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo:
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir
o bem-estar de seus habitantes.

• A propriedade urbana cumpre sua função social quando: atende às


exigências fundamentais expressas no plano diretor.

• As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa


indenização em dinheiro.

- Usucapião (art.183, C.F.) -> Aquele que possuir de forma pacífica como se
proprietário fosse, por cinco anos ininterruptos, terreno urbano de até 250 m 2 ,
adquire a propriedade caso não seja proprietário de outro imóvel.

DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA REFORMA AGRÁRIA

 Compete à União DESAPROPRIAR por interesse social, para fins de


reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social,
mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária,
resgatáveis no prazo de até 20 anos, a partir do 2º ano de sua emissão, e cuja
utilização será definida em lei.

• As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.

• O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de


reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de DESAPROPRIAÇÃO.

 São insuscetíveis de DESAPROPRIAÇÃO para fins de reforma agrária:


I- a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei,
desde que seu proprietário não possua outra;
II - a propriedade produtiva.

 A FUNÇÃO SOCIAL é cumprida quando a propriedade rural atende,


SIMULTANEAMENTE, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em
lei, aos seguintes requisitos:

I- aproveitamento racional e adequado;


II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e
preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de
trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos
trabalhadores.

O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL (Arts. 145 a 162, C.F.) O art. 146 da


Constituição Federal estabelece que as matérias de ordem tributária são disciplinadas
por lei complementar, essa referida lei é a de nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 e
trata-se do Código Tributário Nacional.

Conceito de Tributo (Art. 3º, do C.T.N.) -> Toda prestação pecuniária compulsória,
em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de
ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada. Os elementos do tributo são: O fato gerador, a base de
cálculo e a alíquota.

Espécies de tributo(Art. 145 E 149, da C.F.):

I) Imposto – tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte(art. 16, do C.T.N.).

II) Taxa – tributo que se origina do exercício regular do poder de polícia ou da utilização
efetiva ou mesmo potencial de serviço público, específico e divisível, prestado ou
colocado à disposição do contribuinte(art. 77, do C.T.N.)
Obs. O poder de polícia é a atividade da administração pública que limita e disciplina
direito, interesse ou liberdade em razão do interesse público, concernente à segurança,
à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção, do mercado, à
tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e
coletivos(art. 78, do C.T.N.)
III) Contribuição de melhoria – tributo cobrado do contribuinte para fazer face ao custo
de determinada obra pública, que valorize o imóvel do mesmo(art. 81, do C.T.N.)

Contribuições Especiais -> Modalidades tributárias novas, não se configurando em


nenhuma das espécies tradicionais de tributo.

a)Contribuição de intervenção no domínio econômico-CIDE(Art.149, C.F.)-> Tem por


objetivo intervir na economia para ajustá-la às metas da política econômica. A Lei
10.336/2001, instituiu a Cide sobre combustíveis derivados de petróleo. A Emenda
Constitucional nº42, estendeu a todos os produtos e serviços importados.

b)Contribuição de interesse de categoria profissional ou econômica(Art. 149, C.F.)->


Devida pelo profissional a seu órgão de registro e fiscalização, órgão esse que possui
natureza jurídica de autarquia.

c)Contribuição provisória sobre movimentação ou transmissão de valores e de créditos


e de direitos de natureza financeira-CPMF(Lei 9.311/1996 e Arts.74,75, 80, 90 do
ADCT/C.F)

d)Contribuições sociais(Art. 195, da C.F.):


I-INSS/Lei 8.212/91-> devida pelo empregador com base na folha de salários;
II-Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social/Lei Complementar
70/91 e Lei 10.833/2003-> devida pelo empregador com base no faturamento;
III-CSLL/Lei 7.689/88-> devida pelo empregador com base no lucro líquido;
IV-INSS/Lei 8.212/91-> devida pelo empregado com base na sua remuneração.
V-PIS – Programa de Integração Social- Lei Complementar nº 7/1970/PASEP –
Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – Lei Complementar nº
8/1970 – Art. 239, C.F. determina que ambos tributos se destinam a financiar o Seguro-
Desemprego, além do abono anual de 01 salário mínimo para quem recebe menos de
02 mínimos mensais.

Empréstimo Compulsório(Art. 148, C.F.)-> A União poderá instituir essa modalidade de


obtenção de recursos, somente através de lei complementar, em dois casos:
1º- para atender a despesa extraordinária, decorrente de guerra ou sua iminência ou de
calamidade pública;
2º- no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional;

Obs. Apesar de ter natureza tributária, o empréstimo compulsório deve ser devolvido.
Caracterizando-se, assim, como o único tributo que é restituído ao contribuinte.

Competência Tributária -> Poder originário expresso na Constituição Federal,


possibilitando aos entes federativos a instituição de tributos.

I- Da União (arts. 153, da C.F.):


a) I.I. - Imposto sobre a Importação de produtos estrangeiros.
b) I.E. - Imposto sobre a Exportação, de produtos nacionais e nacionalizados;
c) I.R.P.F. Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza;
c.2) I.R.P.J. Imposto de Renda Pessoa jurídica;
d) I.P.I. Imposto sobre os Produtos Industrializados;
e) I.O.F. Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos
ou valores mobiliários;
f) I.T.R. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural;
g)grandes fortunas – inexiste até a presente data.

- Compete ainda à União instituir impostos não previstos acima desde que não
guardem identidade com aqueles, bem como impostos extraordinários, compreendidos
ou não em sua competência tributária, no caso de iminência ou mesmo guerra
externa(art. 154, da C.F.)

II- Dos Estados e do Distrito Federal (art.155, da C.F):

a) I.T.C.D. Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou


direitos;
b) I.C.M.S. Imposto sobre as operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação;
c) I.P.V.A. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores;

III- Dos Municípios(art.156, da C.F.):

a) I.P.T.U. Imposto Predial e Territorial Urbano;


b) I.T.B.I. Imposto de Transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de
bens imóveis;
c) I.S.S.Q.N. Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza.

- Limitações ao Poder de Tributar(arts. 150 a 152, da C.F.)-> Consiste em um


conjunto de princípios e normas, que engessam os entes federativos no que tange a
capacidade de tributação.
- Princípio da Legalidade(art. 150, I, da C.F.) -> proíbe qualquer ente federativo de
instituir ou aumentar tributo sem que para isso haja uma lei.

- Princípio da Isonomia tributária (art. 150, II, da C.F.)-> é um reflexo do próprio art.
5º, caput, da C.F.. Princípio que estabelece a obrigatoriedade do agente
arrecadador de tratar igualmente os contribuintes que se encontrem em situação
econômica equivalente, assegurando a tributação de acordo com a capacidade do
sujeito passivo.

- Princípio da Irretroatividade Tributária (art. 150, III, alínea “a”, da C.F.)-> princípio
reflexo do previsto no art. 5º, XXXVI, da C.F.. Significa dizer que só se aplica a lei
sobre os fatos supervenientes à sua vigência.

- Princípio da Anterioridade(art. 150, III, alínea “b”, da C.F.)-> consiste na


impossibilidade dos entes federativos de cobrar tributo no mesmo ano da
publicação da lei que o criou ou ainda, que o tornou mais pesado(aumento da
carga). Contudo, alguns tributos não estão obrigados a este princípio, são eles:
Empréstimo Compulsório para atender a despesas extras; I.I.(Imposto de
Importação); I.E.(Imposto de exportação); I.P.I.(imposto sobre produto
industrializado); I.O.F.(Imposto sobre as Operações Financeiras)e; Imposto
Extraordinário de Guerra.

- Noventena(art. 150, III, “C”, da C.F.)-> traduz-se pela impossibilidade da cobrança


de tributo, antes de decorridos noventa dias da data em que a lei que o instituiu ou
aumentou, haja sido publicada. Entretanto, não obedecem a este princípio: Empréstimo
compulsório para atender a despesas extras; Imposto de Importação; Imposto de
Exportação; Imposto de Renda; Imposto sobre Operações Financeiras; Imposto
Extraordinário em caso de guerra. Bem como para a fixação da base de cálculo do
I.P.V.A. e I.P.T.U.

- Princípio do Não-Confisco(art. 150, IV, da C.F.)-> proibição de tributação que tenha


por fim a tomada de bens do contribuinte.

Imunidade Tributária(art. 150, VI, alíneas “a” a “d”, da C.F.)-> Traduz-se em uma
limitação de tributar declarada na Constituição, cujo objetivo é excluir certas
pessoas, fatos, situações ou mesmo bens, da incidência de tributos. Portanto, os
agraciados pela imunidade, não são sujeitos passivos da obrigação tributária.
i

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