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O PAPEL DO PROFESSOR NA SALA DE AULA E OS ASPECTOS FILOSÓFICOS

E POLÍTICOS DA SUA FORMAÇÃO

José Carlos Lustosa Júnior


proflustosajr@hotmail.com

RESUMO
O objetivo deste artigo é fazer uma breve explanação sobre posturas pedagógicas
que o professor deveria tomar como sua, e esclarecer quais os conteúdos
necessários, se é que podemos generalizar, para o bom desenvolvimento do
processo de ensino-aprendizagem. Como é que a prática do professor na sala de
aula e, também, como a escola se posiciona diante de uma determinada sociedade.

Palavras-chave: Professor. Aluno. Escola.

ABSTRACT
The objective of this Article is to make a brief explanation on pedagogical postures
that professor should take as its, and clarify which the contents necessary, is that we
can generalize, for the proper development of the process of teaching-learning. As is
that the practice of professor in the classroom and, also, such as school stands in the
face of a given society.

Key-words: Professor. Pupil. School.

Observa-se que as tendências pedagógicas foram surgindo para mediar certo


ponto de vista de alguma pessoa ou classe social, para atender aos anseios sociais
como elemento norteador do processo de ensino-aprendizagem: cada grupo
humano que vivenciar determinada prática pedagógica. A escola é utilizada nesse
contexto para mediar à visão de mundo de cada grupo interessado em uma das
práticas. Aqui se defende que o papel da escola na formação dos sujeitos enquanto
ser humano é de mediar à concepção acerca do mundo no qual estamos inseridos:
real, cheio de defeitos que precisam ser corrigidos e virtudes que precisam ser
ampliadas, mais abaixo:

Se o que define uma pedagogia crítica é a consciência de seus


condicionantes histórico-sociais, a função da pedagogia “dos conteúdos” é
dar um passo à frente no papel de transformador da escola, mas a partir das
condições existentes. Assim, a condição para que a escola sirva aos
interesses populares é garantir a todos um bom ensino, isto é, a apropriação
dos conteúdos escolares básicos que tenham ressonância na vida dos
alunos. (LUCKESI, 1994, p.69).
Devem ser difundidos os conteúdos que estejam em relação de simbiose com
a sociedade, concretos, vivos para cada indivíduo. A escola deve ser uma instância
valorizada pelos governantes e vista como prestadora desse serviço à sociedade.
Deve-se conhecer a realidade para que se possa atuar nos condicionantes sociais:
deve ser mediadora da prática social global. Para que se tenha êxito é de
fundamental importância que o educador tenha plena consciência de que o
educando é um ser vivo ávido para conhecer o novo.

Não basta que os conteúdos sejam apenas bem ensinados, porém, é preciso
que os conteúdos de ensino tenham finalidade prática e que tenham significado
indissociável à realidade humana. É importante ressaltar que não queremos
confrontar conhecimento erudito com conhecimento popular, mas ambos devem
tornar-se, progressivamente, organizados à realidade prática de cada indivíduo,
privilegiando o saber que está vinculado ao educando. O educando não é um corpo
de massa a ser apenas informada do conteúdo do livro didático, mas é sujeito ativo
do processo educacional.

Os métodos de ensino devem sempre relacionar o que está sendo proposto


em sala de aula à prática social de cada indivíduo. Trata-se de uma relação direta
com a realidade do aluno. O trabalho do professor deve relacionar a prática vivida
pelos alunos com a experiência do senso comum. Ou seja, a aula se inicia com a
observação da prática real, ocorrendo uma conscientização da própria prática no
sentido de verificar o conteúdo proposto em relação ao corpo social e a prática
docente.

A relação professor-aluno deve ocorrer de forma a colaborar com a


construção do conhecimento não elaborado para o conhecimento elaborado e
voltado à prática social. O adulto é insubstituível, mas se necessita da participação
efetiva do aluno, pois o educando é um ser que possui capacidade de evoluir no
raciocínio, necessitando de mediação, passando do espontaneísmo, muitas vezes
normal da idade, para uma cultura elaborada criticamente. Esse formato de trabalho
se expressa dialético na medida em que o aluno participa do processo educacional,
buscando a verdade, confrontando com os conteúdos já elaborados anteriormente e
expressos pelo próprio professor.
É importante que o professor tenha conhecimento da realidade de cada aluno,
pois ficaria inviável tentar um esforço para buscar uma pedagogia que privilegia os
contrastes e desconhecer a própria realidade social de cada indivíduo. Dessa forma,
o professor buscará desenvolver outras habilidades, exigindo o esforço do aluno
dentro de limites compatíveis a cada realidade. Defende-se que, assim, o aluno terá
uma visão crítica e capacidade de processar informações importantes à sua própria
vivência.

A escola é o espaço físico que atua direta e indiretamente na vida de cada


pessoa. O conhecimento significa um legado da humanidade, uma forma de
compreender determinada situação. Para ser professor não basta que se tenha
domínio sobre determinado conteúdo, domínio de sala, como um mero apresentador
de disciplinas, tomando o conteúdo como forma de controlar a turma, num ritual de
punições avaliativas, numa rotina sem perspectiva de mudança. Porém, ser
professor é muito mais do que isso, é ser cuidadoso com os alunos, é ser aberto a
sugestões, conhecedor da necessidade de cada educando. O professor crítico-
reflexivo atua no plano do social, da realidade, como forma de garantir os interesses
do coletivo, não da classe dominante.

A concepção que muitas pessoas têm acerca dos educandos é que eles são
completamente dependentes dos professores. Na verdade são até certo ponto, mas
são sujeitos da práxis pedagógica, membros da sociedade, buscam atingir
maturidade suficiente para a emancipação pessoal. Os educandos necessitam do
professor como mediador das situações cotidianas, pois o docente possui
experiência e maturidade.

É importante que seja ressaltado a importância do conhecimento dentro da


escola. Muitas vezes o conhecimento é assimilado da realidade e transmitido como
pequenas parcelas da realidade, não como o todo, sistematizado e organizado. Às
vezes alguns textos são estudados de forma tão aprofundada que parece substituir a
própria realidade. Não se está aqui enfatizando que não seja importante o
aprofundamento em tudo que se faz, porém, o conhecimento que está em jogo deve
ser analisado a ponto de se verificar se esse aprofundamento é necessário ou não
para determinado contexto.
O conhecimento escolar será validado como transformador quando os
indivíduos, seres ativos do processo, chegarem a juntar a teoria à realidade social.
Então, nesse sentido, qual a escola que queremos? Queremos que a escola seja
trabalhada no sentido de que as crianças, jovens e adultos possam ser pessoas
participativas do processo, assimilando ativamente os conhecimentos considerados
pela realidade por eles vivida. As convicções fundamentais deverão surgir como
forma de esclarecimento político. A alegria e a afetividade devem ser os pontos
cruciais para a boa prática educativa, conforme segue:

A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do


processo de busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura,
fora da boniteza e da alegria. O desrespeito à educação, aos educandos,
aos educadores e às educadoras corrói ou deteriora em nós, de um lado, a
sensibilidade ou a abertura ao bem querer da própria prática educativa, de
outro, a alegria necessária ao que - fazer docente (FREIRE, 1996, p.142).

Conforme se observa a alegria na realização da prática docente deve ser


constante. Deve ser vocacional. A relação entre o educador e o educando deve
ocorrer de forma harmoniosa, mas utilizando do princípio dialético, das contradições.
A afetividade tanto do educador para com o aluno, como do aluno para com o
educador ou educadora deve ser uma forma de expressão da vontade de melhorar o
ensino a cada dia.

O respeito deve ser cultivado entre todas as relações, porém, sem que haja
coerção nas relações entre as pessoas do processo de ensino aprendizagem: o
discurso deve ser arquitetado sem atropelar a opinião do próximo. Essa relação
pacífica faz parte do ensino crítico-reflexivo que queremos. Ser dialético não é ser
agressivo ou subversivo, mas ser um articulador das palavras para transformar
determinadas realidades, pensamentos, opiniões.

O processo avaliativo dos educandos deve ponderar a realidade social de


cada um. Avaliações que excluem o indivíduo do processo de libertação, de
ascensão social são discriminatórias. Segundo Luckesi (1994, p.172) “[...] o
mecanismo ação-reflexão-ação é importante para que a avaliação cumpra o seu
papel, vamos dizer, ontológico”. Isso significa que qualquer julgamento realizado
numa avaliação deve servir de reflexão para melhoria da ação na qual não houve o
êxito esperado. A avaliação do educando e do processo de ensino-aprendizagem
deve ser qualitativa e não quantitativa, favorecendo a tomada de decisão de ambas
as partes, tanto do educador como do educando.

Se uma ação for julgada como essencial ao processo, ao crescimento de


todos os envolvidos, poderá ser mantida e até aprofundada pelos participantes da
escola, professores, diretores e alunos. Se, por ventura, a ação não permitir uma
real visão do sistema de ensino, deverá ser reformulada imediatamente, para que
acompanhe o processo de ensino-aprendizagem. O que se observa em várias
situações cotidianas é que muitas escolas e professores tentam expressar uma
visão transformadora da educação, mas conservando métodos tradicionais de
avaliação, contraditoriamente.

Não é admissível numa pedagogia que preserva a liberdade, com respeito de


expressão, incorrer em situações de opressão, em provas que aferem apenas o
conhecimento técnico dos educandos, classificando-o todo o seu esforço entre zero
e dez. Muitas potencialidades são suprimidas após os testes tradicionais de
avaliação, já que o perfil dos educandos é desprezado, privilegiando o imediatismo
da prova, da nota. Não se quer aqui abordar que o professor deve ser “bonzinho”, e
falseador da realidade, classificando os que se saem bem e marginalizando os que,
apenas naquele momento, saem-se não tão bem quanto os outros.

Portanto, a busca por condições ideais do processo de ensino aprendizagem


é uma constante e de todos os participantes da escola. As tentativas de mostrar
vários momentos educacionais serviram para que fosse exposto o desenvolvimento
do processo de ensino-aprendizagem e como foi, e é, declinado nas pedagogias.
Nitidamente, reportou-se aos aspectos comportamentais, pois se acredita que as
vivências dos momentos escolares são formadores de opinião, de consciência de
cada ser participante da escola, já que se tenta compreender o outro para beneficio
próprio e para beneficio do outro.

Ao educador fica a missão de conduzir as opiniões dos educandos, sem


manipulá-las. Estabelecer o bem comum a toda a turma, sendo mediador e
potencializador do processo formativo de cada aluno. Ao educando fica a missão de
questionar os conceitos vistos em sala de aula, não com o objetivo de desafiar o
professor, todavia, de ajudá-lo na construção do saber coletivo, contribuindo com
toda a turma no que tange a igualdade de oportunidades e condições, para que
todos possam ter acesso à plenitude educacional, política e social.
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