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Aparição de Nossa Senhora em Lourdes

França - 1858.
Onde Aconteceu: Em Lurdes na França.

Quando: Em 1858.

A quem: A vidente Bernardete Soubirous, de 14 anos.

Lourdes é uma pequena cidade localizada no sudoeste da França, nos montes


Pireneus, pertencente à diocese de Tarbes; um dos santuários marianos mais freqüentados.
No local das aparições passa o rio Gave; ao lado está o rochedo Massabielle. Esta
rocha forma uma reentrância oval, que é a chamada gruta Massabielle, onde Nossa Senhora
apareceu 18 vezes no ano de 1858.
A vidente é Bernardete Soubirous, de 14 anos. Sua família era muito pobre. Esta
jovem sofria de asma e tinha tendência à tuberculose. Foi uma moça quase sempre doente.
As datas das aparições foram:
No mês de fevereiro: Dias 11; 14; 18; 19; 20; 21; 23; 24; 25; 27; 28.
No mês de março: Dias 01; 02; 03; 04; 25.
No mês de abril: Dia 07.
No mês de Julho: Dia 16. (Na festa de Nossa Senhora do Carmo).

História da Aparição.
1ª Aparição - 11 de fevereiro de 1858.
Quinta Feira, um dia como outros. Era inverno; às 11 horas da manhã quando Bernadete
observou que tinha acabado a lenha. Seu pai estava ainda deitado. Não tinha trabalho.
Economizava as forças para outro dia. 0 tempo não era convidativo para sair de casa.
Chuviscava e havia nevoeiro. Logo apanhou sua capa, chamou sua irmã Antonieta Peyret
(companheira de Bernardette) e convidou Joana Abadie, uma moça robusta e forte, para
acompanhá-las.
A mãe proibiu: "Bernadete, não".
Ela pensava no frio que fazia e que poderia trazer conseqüências à asma de sua filha.
Mas ela insistiu carinhosamente, dizendo-lhe que teria cuidado para não se molhar e que iria
com o capuz branco e o chale. A mãe concordou.
Saem as três meninas no afã de cumprirem a tarefa, passam pela pradaria do
Paraíso, a ponte do canal que movimenta o moinho Savy, entram na pradaria do senhor La
Fitte e chegam na ponta de areia do rio Gave. À esquerda levanta-se uma rocha íngreme com
uma gruta na base. É a chamada gruta Massabieille . Embora é chamada de gruta, na verdade
ela é constituída de uma acentuada concavidade na rocha. A água do canal que movimenta os
moinhos, banha-lhe o lado esquerdo e segue em direção ao Gave.
Joana passa para o outro lado do canal com o pequeno feixe de lenha na cabeça.
Antonieta faz o mesmo, levando a lenha na mão. Como já do outro lado as duas se
manifestaram dizendo que a água do canal estava muito gelada, Bernadette permaneceu ali,
sem saber o que fazer, com receios de pisar na água fria, por causa da asma, lembrando-se
das recomendações de sua mãe.
Enquanto as duas corriam pela praia do Gave a procura de lenha, ela depois de
procurar sem êxito, um lugar melhor para atravessar, sentou-se na margem do canal, em
frente à gruta, tirou uma das meias e preparava-se para tirar a meia do outro pé, quando de
repente, ouviu um barulho, "como se fosse um sopro de vento". Não vê nada.
Olhou para trás e observou que as folhas das árvores não se moviam.
Apareceu uma "luz suave" que iluminou profusamente todo aquele lugar sombrio e no meio
dela, surge uma SENHORA maravilhosa, aparentando a idade de 16 a 18 anos, estava de pé,
vestida de branco; o véu que cobria a cabeça descia até os pés; em redor da cintura tinha uma
estreita faixa azul; no braço direito levava um terço; mantinha as mãos juntas e, nos pés, via-
se duas rosas douradas.
Abre os braços num gesto de acolhimento, como quem convida à aproximar-se. Ela
fica espantada. É como se tivesse medo, "não para fugir explica melhor, mas pela emoção do
inusitado e adorável encontro". Esfregou os olhos diversas vezes, para inteirar-se que não era
um sonho e que realmente estava diante de uma visão encantadora, que lhe sorria
afetuosamente.

Então conta, Bernadette:


- "Coloquei a mão no bolso e encontrei o terço. Queria fazer o Sinal da Cruz, mas não
pude levar a mão até a cabeça. A mão caiu-me. 0 espanto apossou-se de mim mais
fortemente, a minha mão tremia.
A visão fez o Sinal da Cruz. Então tentei a segunda vez. E então pude. Logo que fiz o
Sinal da Cruz, a grande comoção que sentia desapareceu. Pus-me de joelhos e rezei o terço na
presença dessa linda Senhora. A Visão fazia passar as contas do Seu Terço com os dedos, mas
não mexia os lábios. Quando acabei o terço, ELA fez um sinal para aproximar-me. Mas não
ousei. Então desapareceu de repente".
Depois do extraordinário acontecimento, Bernadete sentiu uma imensa felicidade que
envolveu completamente a sua alma de uma deliciosa satisfação que lhe tirava todas as forças,
para qualquer iniciativa.
Atravessou o canal sem dificuldades, as águas estavam ligeiramente "aquecidas".
Sentou-se numa das grandes pedras que se encontravam na entrada da gruta e permaneceu
silenciosa e pensativa.
Voltam suas companheiras com uma boa provisão de lenha e começam a dançar e
pular na entrada da gruta, para comemorar o êxito da missão.
Não gostando de vê-las assim, para distraí-las pergunta:
- "Não viram nada"?
- "E tu, que é que viste"?
Ela compreende o mistério que acabava de acontecer e sente que terá que guardar
este segredo, e por isso muda de assunto:
- "Sois umas enganadoras. Vocês disseram que a água do canal estava fria, achei-a
agradável, estava morna".
Antonieta e Joana não a levaram a sério, porque quando atravessaram o canal, a
água estava tão gelada, que do outro lado tiveram que esfregar os pés, fazendo massagem
para aquecê-los.
Bernadette sentindo necessidade de falar, de contar aquela maravilhosa experiência,
em duas palavras narra tudo a Antonieta. Mas a irmã não acredita e pensa que Bernadette
está querendo incutir-lhe medo. Pega a lenha e também acelera o passo para casa.
Mas o caso dá para pensar, porque o acontecido é por demais singular.
Antonieta apesar de ter prometido, em casa, na primeira oportunidade, "bate com a
língua nos dentes" e conta tudo à sua mãe. Luiza fica assustada "e quer saber toda história e
muito direitinho", por isso convoca a filha. Entre o susto e o medo, ela quase nada falou. Sua
mãe a repreende por tal comportamento e o pai, que ainda estava deitado, acrescenta que não
quer os olhares dos outros caçoando de ninguém da família.
À noite, na hora das orações, chorou muito, estava bastante comovida com tudo o
que lhe havia acontecido. Sua mãe faz-lhe outras perguntas, mas ela nada respondeu.
Entretanto, no dia seguinte ela sente-se atraída a voltar à gruta. A mãe não lhe deixa
e imperiosamente ordena: "Para o trabalho". Ela obedece.
Na tarde de sábado, dia 13, decide ir confessar-se. Conta tudo ao padre Pomian, que
silenciosamente ouviu o depoimento. Depois perguntou-lhe, se podia contar ao Abade
Peyramale. Ela consentiu.

2ª Aparição - 14 de fevereiro. No domingo dia 14, depois da Missa, as suas


colegas resolvem ir a sua casa, pedir consentimento para que ela voltasse à Massabieille pois
desejavam ver também o que ela tinha visto. A mãe não permitiu. Todavia depois de muita
insistência das meninas, mandou que conversassem com o pai, que estava tratando dos
cavalos de João Maria Cazenave.

Com muito jeito conseguiram autorização para se ausentarem somente por um tempo
de 15 minutos. E como tinham receios de ser alguma aparição maldosa, decidiram levar um
frasco com água benta. Dividíram-se em dois grupos e foram para a gruta.
Ela chegando primeiro com o seu grupo, ajoelhou-se e começou a rezar o terço,
enquanto as suas companheiras ficaram de pé ao seu lado.

Na segunda dezena sua face mudou. Seus olhos brilharam fortemente e ela falou para
as colegas:
- "Hei-la! 0 terço está no braço... ELA olha para nos".
As companheiras não viram nada. Rapidamente Bernadette apanha o frasco com água
benta que estava nas mãos de Maria Hillo e asperge com vigor na direção do vulto, ao mesmo
tempo em que o esconjurava:
- "Se vem da parte de Deus, fique, se não, pode ir embora"

Afirmou posteriormente:

- "Quanto mais eu a regava, mais Ela sorria e gastei todo o frasco".


A seguir entrou em êxtase. Empalidece, não ouve mais o que as outras dizem.
As amigas assustadas observam as suas reações.

Suas companheiras acabaram por ficar preocupadas e por isso chamaram Nicolau, o
moleiro do moinho de Savy, para retirá-la dali. Mas não foi fácil, porque parecia que ela tinha
uma barra de ferro amarrada ao corpo, porque o seu peso aumentou consideravelmente; com
muito esforço transportou-a nos braços pelo caminho, enquanto ela mantinha um sorriso nos
lábios e os olhos fixos num ponto do Céu.

As meninas foram para as suas casas e as notícias chegaram até Lourdes.


Segunda-feira dia 15, foi um dia terrível porque além de sofrer críticas, suas colegas
caçoaram dela.
Mas houve pessoas que se interessaram pelo caso da gruta como Madame de Millet.
Decidida a conhecer a verdade, Madame de Millet conquistou Luiza, mãe de Bernadette,
dando-lhe trabalho e convenceu-a deixar sua filha voltar à gruta, em sua companhia.

3ª Aparição - 18 de fevereiro de 1858. As 5 horas da manhã de quinta-feira dia


18, Madame de Millet em companhia de Antonieta Peyret encontraram-se com Bernadette, que
ainda estava dormindo. Depois participaram da primeira Missa e desceram para a gruta.
Antonieta levou consigo caneta e tinteiro do pai, e também papel, para a Visão escrever o seu
nome.

Mal começaram a rezar o terço, a vidente murmurou:


- "ELA aí está"!
Terminado o terço, Antonieta entrega-lhe a caneta e o papel. Inocentemente Maria
Bernarda leva aqueles instrumentos em direção à Aparição e lhe faz a solicitação combinada:
- "Quer ter a bondade de escrever o seu nome"? A Aparição aproximou-se dela,
passando por uma fenda no nicho e da conversa de ambas, nunca se soube nada.
Mais tarde ela contou que, sorrindo, a Aparição lhe disse "que não era preciso
escrever" e pediu-lhe que voltasse ali:
- " Quer ter a amabilidade de vir aqui durante 15 dias"?
Foi a primeira vez que ouviu a maravilhosa voz da DAMA, e consentiu imediatamente
em voltar à gruta para encontrá-la.
Foi nesta mesma ocasião que a Visão lhe falou:
- "Não prometo tornar-te feliz neste mundo, mas no outro".
No caminho de volta, pensativa Madame de Millet interrogou :
- "E se fosse a Santíssima Virgem Maria"?
As noticias espalharam-se. São formuladas as mais diversas hipóteses sobre o que vai
acontecer durante a quinzena de Aparições. A expectativa é coletiva.

4ª Aparição - 19 de Fevereiro. - A vidente ouviu um tumulto de vozes selvagens


que parecia saírem da terra e que foram estourar como uma grande explosão, sobre o rio
Gave. As vozes mostravam muita revolta e raiva (eram demônios). Um deles gritou mais forte:
"Bernardette, salva-te! Vai embora daqui! Vai embora daqui!" A jovem, assustada, pediu ajuda
à Aparição. A Virgem MARIA logo se virou para aquela direção, fazendo um semblante
ameaçador e tudo cessou imediatamente.

5ª Aparição - 20 de fevereiro - A Virgem MARIA ensinou como fazer bem o sinal da


Cruz. A partir deste momento, muitas testemunhas disseram que Bernardette
fazia sempre o sinal da Cruz de modo digno, respeitoso e cheio de fé!
Nossa Senhora ensinou pacientemente, palavra por palavra, uma oração só para
Bernadette, que ela devia repetir todos os dias.

6ª Aparição - 21 de fevereiro – A vidente escreve: “A Senhora desviou durante um


instante de mim o seu olhar, que alongou por cima da minha cabeça. Quando voltou a fixá-lo
em mim, perguntei-lhe o que é que a entristecia e Ela respondeu-me:
A Virgem MARIA disse:
- "Reza pelos pecadores pelo mundo tão revolto."

Depois da Aparição do domingo, dia 21, o comissário Jacomet, levou-a para um


minucioso interrogatório no qual certificou-se da simplicidade e da sinceridade da menina e
ficou sabendo de outros detalhes da Aparição, apesar de intencionalmente querer confundi-la e
forçá-la a não voltar à gruta.
Ela contou assim:
- "A DAMA usava um vestido branco, apertado na cintura por uma fita Azul, um véu
branco na cabeça que descia até a altura do busto. 0 vestido era longo e cobria os pés,
deixando aparecer só as extremidades, com uma rosa amarela em cada pé, da mesma cor da
corrente do terço que trazia na mão direita. Olhava com suavidade e tinha os olhos
completamente azuis".
0 interrogatório terminou quando populares conseguiram colocar o pai Francisco
Soubirous na sala do Comissário para proteger a filha.

7ª Aparição - 23 de fevereiro.
A Vidente, caminhando de joelhos e beijando o chão, vai do lugar onde se encontrava
até à gruta. Nossa Senhora comunica-lhe um segredo que a ninguém podia revelar.

8ª Aparição - 24 de fevereiro.
Na quarta-feira, dia 24, a quantidade de pessoas era maior e já ofereceu uma certa
dificuldade para ela chegar ao seu local na entrada da gruta. Haviam cerca de 300 pessoas
ávidas de presenciarem algum fato novo. Algumas eram curiosas, mas a maior parte estava
postada respeitosamente, em contrita oração, na certeza de que estavam na presença da Mãe
de Deus.
Terminada a reza do terço, Bernadete avançou dois passos, arrastando-se de joelhos
e prostrando-se com a face na terra beija-a atendendo ao pedido da Aparição, num gesto de
penitência. 0 povo não entendeu. Mas depois ela explicou que a Aparição tinha falado uma
palavra nova.

A Santíssima Virgem disse estas palavras:


“Reza a Deus pelos pecadores!
Penitência! Penitência! Penitência!
Beija a terra em penitência pela conversão dos pecadores!"

9ª Aparição - 25 de fevereiro

No dia seguinte, a movimentação ao redor de Massabieille começou cedo. Desde as


duas horas da manhã as pessoas procuravam localizarem-se nos melhoras lugares.
No momento em que Maria Bernarda chegou, havia mais de 350 pessoas.
Como de costume, rezou o terço em êxtase, depois entregou a Eléonore Pérard, que
estava a seu lado, a vela acesa que sempre levou nos seus encontros com a Aparição, dando-
lhe também seu capuz. A seguir, sobe de joelhos a pequena declividade até o fundo da gruta.
De trecho em trecho faz uma parada e beija o chão. Bem em baixo do nicho, onde encontrava-
se a Visão, para e conversam.
A Senhora disse-me:
“Vai beber à fonte e lavar-te nela”

A seguir arrasta-se de joelhos até o rio Gave. Lá, qualquer coisa a detém e ela volta,
agora de pé, para o interior da gruta. Abaixa-se e arranha o chão com as mãos e depois cava,
como se quisesse fazer um buraco. 0 orifício encheu-se de lama que ela recolhe e passa no
rosto, tentou três vezes pegar água, na quarta vez conseguiu.
A Senhora também disse-me:

“Come daquela erva que ali está!”

E comi ervas de folhas cheias de amebinos que cresceram no fundo da gruta.


Terminada a Aparição, volta com o rosto todo lambuzado de barro, causando de certa
forma, consternação ao público.

A todos que lhe perguntava explicou:

- "A DAMA mandou eu beber água na fonte e lavar-me nela. Não vendo água, fui ao
Gave. Mas ELA fez-me sinal com o dedo para ir debaixo da rocha. Depois de cavar, encontrei
um pouco de água como se fosse lama, tão pouca que apenas pude tomar alguma na cova da
mão. Três vezes a joguei fora, de tal modo estava suja. Na quarta vez pude. Depois recolhi e
comi um pouco de ervas. ELA pediu-me que fizesse isto pelos pecadores".
A tarde, algumas pessoas voltaram à gruta e entre elas Elèonore Pérard. Observaram
o buraco que Bernadete cavou, estava uma poça de água lamacenta. No meio dela Eléonore
espetou um pau. Apercebeu o ruído da água que corria. Algumas pessoas tentam bebê-la: a
água jorra com mais força e vai ficando mais clara, à medida que cavam para recolhê-la.
Começam então a compreender a mensagem:
"uma fonte de água que lavará a alma suja dos pecadores, dos que se arrependem de
seus desacertos, daqueles que têm fé em Deus, produzindo o milagre da conversão e da cura
dos males".
A notícia espalhou-se. Todos querem beber da água da fonte que brotou no terreno
árido do fundo da gruta. Outros a recolhem e levam para seus parentes necessitados. Muitos
comentários surgiram e as noticias de curas ouve-se por todas as partes.

Neste mesmo dia é interrogada pelo Procurador Imperial, senhor Dutour, que a
exemplo de Jacomet, tentou por todos os meios dissuadi-la a não voltar à gruta, dizendo que
aquilo era ilusão . Tudo em vão, permaneceu tranqüila ao lado de sua mãe e até achou
momentos para rir, quando o senhor Dutour mostrando-se nervoso, com a caneta na mão não
achava o buraco do tinteiro.
Em face do interrogatório, Bernadette responsavelmente antes de tomar qualquer
iniciativa foi ouvir a opinião de seus parentes sobre a proibição imposta pelo senhor Dutour de
voltar à Massabieille. Sua tia Bernarda falou:
- "Eu no seu lugar ia"!
Sem dizer uma palavra, apanhou seu capuz e seguiu para a gruta. Lá encontravam-se
mais de 600 pessoas. Foi rezado o terço e feito alguns exercícios de penitência, mas "Aquerò"
como ela chamava a Aparição, não veio.

10ª Aparição - 27 de fevereiro . Nesta visita, a Virgem Imaculada tornou a mandar


beijar o chão em penitência pelos pecadores.

11ª Aparição - 28 de Fevereiro. A Senhora sorriu e não respondeu quando a


Vidente lhe perguntou o nome.
Mais de 1.150 pessoas presenciaram diversas práticas de penitência e a reza do terço
em êxtase. É como dizia:
- "É por penitência, por mim primeiro, pelos outros depois".
12ª Aparição - 1º de março. Na Aparição manda a Bernadette rezar o terço pelas
suas contas e não pelas duma companheira, Paulina Sans, que lhe tinha pedido para usar as
suas.)
No dia seguinte, segunda-feira, 1º de março, a multidão foi calculada em 1.500
criaturas e viam-se pessoas de todas as classes. Para a curiosidade geral, desponta entre elas
a batina preta do Padre Dêsirat. Ele não é de Lourdes e não sabe da proibição imposta ao clero
pelo Abade Peyramale . Sua presença causa sensação e em poucos momentos vê-se na
primeira fila, com sua miopia compensada por óculos de grossas lentes, numa posição bem
próxima da vidente. A descrição que ele faz dos fatos diz tudo:
"0 sorriso ultrapassa toda a expressão humana. 0 artista mais hábil, o ator mais
consumado, nunca poderá reproduzir-lhe o encanto e a graça! Impossível imaginar. 0 que mais
me tocou foi a alegria e a tristeza que se lhe desenhavam no rosto. Quando um destes
fenômenos sucedia ao outro, era com a rapidez do relâmpago. No entanto nada de brusco:
uma transição admirável.
Eu tinha observado a criança quando ela chegou e se dirigia à gruta. Tinha-a
observado com escrupuloso cuidado. Que diferença entre o que ela era e o que eu vi no
momento da Aparição! Respeito, silêncio, recolhimento por toda a parte. Ó, como era bom
estar lá! Eu julgava-me no vestíbulo do Paraíso".

Foi também neste mesmo dia, quando ocorreu a 12ªAparição em que aconteceu o
primeiro dos sete milagres escolhidos pelo Bispo e considerado realmente como "Obra de
Deus".
"Catarina Latapié, proveniente de uma queda de um carvalho, na qual subira para
tirar bolotas para os porcos, teve o braço deslocado e dois dedos da mão direita dobrados e
paralisados. 0 fato aconteceu em outubro de 1856 e o médico só conseguiu consertar o seu
braço, mas os dedos não tiveram jeito. E isto a impedia de fazer o seu trabalho, não a deixava
tricotar e nem fiar, estava sendo a sua ruína.
Apesar de encontrar-se grávida de 9 meses, saiu a pé de sua casa na noite do dia 28
de fevereiro, para Lourdes, distante 7 quilômetros, levando os seus dois filhos mais novos.
Assiste a Aparição do dia 1º de março e faz fervorosas preces a Deus por
intercessão de Nossa Senhora, pedindo a sua cura. Terminada a aparição, sobe até o fundo da
gruta e mergulha a mão na fonte que tinha formado, cujas águas deslizavam mansamente
formando um pequeno regato que corria para o Gave.
Um estremecimento acompanhado de uma grande suavidade invadiu todo o seu ser.
Ela sentiu de repente, voltar a flexibilidade aos seus dedos. Vibrou de alegria e chorou de
satisfação. Emocionada iniciou os seus agradecimentos pela graça alcançada, quando
súbitamente sente uma violenta dor nas entranhas, como prenúncio do próximo nascimento de
mais um filho. Num gesto ligeiro e contrito, ajoelha-se e com as mãos postas suplica:
- "Virgem Santa, Vós que acabais de me curar, deixai-me chegar em casa"!
Levantou-se, pegou nas mãos de seus filhos e seguiu para sua casa em Loubajac.
Assim que chegou, mal teve tempo de chamar a parteira, deu à luz um sadio garoto que
recebeu o nome de João Batista e que mais tarde tornou-se sacerdote".

13ª Aparição - 2 de março, eram mais de 1.650 pessoas em Massabieille. Com


maior dificuldade Bernadete chegou ao "seu local".
Na Aparição a Senhora disse:
- "Vai dizer aos sacerdotes que tragam o povo aqui em procissão e Me
construam uma Capela".
Por essa razão, mais tarde em companhia das tias Bernarda e Basília , foram
encontrar-se com o Abade Peyramale, para levar-lhe a notícia.
0 Senhor Abade era um homem severo, de caráter íntegro e muito exigente na
observância do direito e da ordem. Já tinha ouvido os comentários sobre Bernadette e as
Aparições na gruta, assim como as notícias de curas e os comentários maldosos do jornal
local. Não se decidira sobre os fatos, mesmo porque não dispunha de elementos que lhe
oferecesse condições de optar. Intimamente aceitava com simpatia a possibilidade da Aparição
ser verídica, em face dos muitos comentários favoráveis. Mas na sua posição, não podia
considerar comentários e nem indícios, era preciso haver alguma coisa sólida, que se
mostrasse de modo concreto, para que pudesse apreciar os acontecimentos. E apesar de
possuir um coração bondoso e paternal, o momento exigia que procedesse com cautela, até
com rudeza, se fosse necessário, para deixar aparecer a verdade transparente.
- "És tu que vais à gruta"?
- "Sim, Senhor Abade".
- "E dizes que vês a Santíssima Virgem"?
- "Eu não disse que era a Santíssima Virgem".
- "Então quem é essa Senhora"?
- "Eu não sei".
- "Ah, tu não sabes! Mentirosa! E no entanto esses que fazes correr atrás de ti dizem
e o jornal imprime, que tu pretendes ver a Santíssima Virgem. Então o que é que tu vês"?
- "Qualquer coisa que parece uma Senhora".
- "Ora essa! Uma Senhora! Uma procissão"!
Aborrecido olha para as duas tias que a acompanha e lembra-se que elas conceberam
antes de se casarem, e desabafa:
- "Que desgraça ter uma família destas que faz a desordem na cidade! Desapareçam
daqui imediatamente"!
As três saíram o mais depressa que puderam e imaginem o tamanho do "apuro"...
Disse Bernadete:
- "Não me apanham mais a vir à casa do Senhor Abade" !
Mas, logo que caminharam alguns passos, lembrou-se que não tinha transmitido toda
a mensagem ao Senhor Abade. Esquecera-se de falar na "Capela". Quis voltar, mas as tias
protestaram:
- "Não contes comigo! Tu põe-nos doentes"!
Depois de muito procurar, conseguiu que Dominiquette Cazenave a acompanhasse.
Marcaram uma entrevista para às 19 horas. Estavam lá além do Abade Peyramale os Padres
Péne, Serres e Pomian (o confessor dela). Transmite a segunda parte do recado:
- "Vai dizer aos sacerdotes para construírem aqui uma Capela".
- "Uma Capela? Como para a procissão? Estás certa disso" ?
-"Sim, senhor Abade, estou certa".
- "Ainda não sabes como ela se chama"?
- "Não , Senhor Abade".
- "Pois bem, é preciso perguntar-lhe".
Depois de responder mais algumas perguntas dos outros padres, despediu-se, e com
sua acompanhante voltou para casa.
No dia seguinte mais de 3.000 pessoas a aguardavam na gruta. A multidão rezava
ansiosa desde muito cedo. Mas a Visão não apareceu. E como nos dias 22 e 26 de fevereiro,
regressou perturbada.
Todavia, neste mesmo dia, mais à tarde, voltou à gruta e desta vez encontrou-se com
a Visão.
Ao regressar à cidade, foi conversar com Peyramale:
- "Senhor Abade, a Senhora sempre quer a Capela ".
- "Perguntaste-lhe o nome"?
_ "Sim, mas ela apenas sorriu".
- "Troça valentemente de ti". - Faz uma pausa e depois diz: - "Pois bem, se ela quer a
Capela que diga o seu nome e faça florir a roseira da gruta. E então nós mandaremos construir
uma Capela e não será muito pequena, será muito grande".

14ª aparição - 3 de março. A Senhora não aparece à hora habitual, mas sim ao
entradecer e deu explicação.

“Não me viste esta manhã porque havia pessoas que desejavam examinar o
que fazias enquanto eu estava presente. Mas elas eram indignas. Tinham passado a
noite na gruta, profanando-a.”
15ª Aparição - 4 de março. No segundo mistério do primeiro terço, Bernadette
começa a ver Nossa Senhora. Acabou esse terço e rezou outros dois, refletindo ora alegria, ora
tristeza.
Durante esta quinzena, Nossa Senhora comunicou à menina três segredos e uma oração
com esta ordem:

“Proíbo-te de dizer isto, seja a quem for.”

Era aguardado com grande expectativa porque era o último da quinzena de aparições.
A polícia pediu reforço policial de d'Argelès e de Saint Pé, cidades vizinhas de Lourdes, para
ajudar na manutenção da ordem, no sentido de evitar qualquer excesso. A estimativa era para
mais de 8.000 pessoas ao redor da gruta. Para que Bernadette, pudesse chegar ao local,
fizeram uma passarela de madeira, que lhe facilitou o acesso. Ela veio acompanhada de sua
prima Joana Véderè, que tinha 30 anos de idade e ficaram juntas perante a Aparição.
Ajoelharam e começaram a rezar o terço. Quando iniciavam a terceira Ave Maria da
segunda dezena, entrou em êxtase.
A multidão com o olhar acompanhava tudo e apreciava a beleza do Sinal da Cruz que
ela fazia.
0 comissário Jacomet tirou o seu caderninho de Notas e escreveu "34" sorrisos e "24"
saudações em direção a gruta.
Terminada a Aparição, apagou a vela e, indiferente a presença de toda aquela gente,
tomou o caminho de sua casa.
Muitos ficaram desapontados e perplexos, porque esperavam algum milagre ou
alguma revelação. Não aconteceu nada, visualmente. No ar ficaram muitas perguntas e uma
grande expectativa: será que terminaram as Aparições?
Maria Bernarda foi encontrar-se, com o Senhor Abade e dar-lhe notícias do
"encontro".
- "Que te disse a Senhora"?
- "Perguntei-lhe o nome... Ela sorriu. Pedi-lhe para fazer florir a roseira, ela sorriu
outra vez. Mas ainda quer a Capela".
- "Tu tem dinheiro para fazer essa Capela"?
- "Não, Senhor Abade".
- "Eu também não . Diz à Senhora que lhe dê".
Peyramale estava desconsolado por não ter obtido nenhuma informação segura, sobre
a Aparição. Ela também, mas sem poder fazer nada, voltou triste para casa.

No dia 18 de março é submetida a um severo interrogatório e declara:


- "Não penso ter curado quem quer que seja e de resto não fiz nada para isso. Não sei
se voltarei à gruta".
Mas independentemente das aparições continuarem ou não, a afluência era cada vez
maior. Diariamente muitas pessoas iam lá para rezar, para recolher água da fonte ou para
bebê-la. Todos acreditavam que quem esteve lá foi a Santíssima Virgem. As velas
multiplicavam-se no dia 18 eram 10 ; no dia 19 havia 21 velas; já no dia 23, colocaram no
nicho das aparições, uma imagem de gesso da Virgem Maria, doada por um senhor, Felix
Maransin
Do dia 4 de março quando ocorreu a última aparição, ou seja a 15ª, até o dia 25 do
mesmo mês, Bernadete procurava levar uma vida normal, ao lado de seus familiares no
"cachot". Mas foi impossível, porque era solicitada para interrogatórios, por visitantes que
faziam filas intermináveis à porta de sua casa, querendo conversar, abraçá-la e pedir-lhe que
tocasse com as mãos em objetos que levavam. Eram pessoas que buscavam graças e outras
que vinham contar milagres alcançados pela bondade e o carinho intercessor de Nossa
Senhora.
Não tinha mais sossego. Às vezes quase perdia a paciência:
- "Tragam-me todos ao mesmo tempo".
De outras vezes, cansada, precisando de repouso. queria isolar-se:
- "Fechem a porta à chave"!
E jamais aceitou e não deixou que nenhum de seus familiares aceitassem
gratificações em dinheiro ou presentes, por qualquer razão que fosse:
- "Isso queima-me! Por favor, não façam isso"!
Quando perguntavam-lhe se a Dama voltaria, simplesmente dizia que não sabia. Só
podia afirmar que ELA queria sempre uma Capela e que os sacerdotes fossem em procissão à
gruta.

16ª Aparição - 25 de março. Na manhã da festa da Anunciação a Revelação:

“Eu sou a Imaculada Conceição”.

No despertar daquele dia 25 de Março de 1858, Bernadette sentiu-se novamente


'pressionada' para ir à gruta. Era uma força estranha que nascia em seu interior, que não sabia
explicar. Mas era muito cedo e seus pais lhe aconselharam esperar o dia clarear. Às 5 horas da
manhã já pôs-se a caminho. Depois de rezar o terço em êxtase, levantou-se e caminhou em
direção à Aparição e conversaram:

- “Mademoiselle, quer ter a bondade de me dizer quem és, se faz o favor”?


“Aqueró” sorriu, não respondeu.
Ela insiste na solicitação, a segunda e a terceira vez, obtendo como respostas um
sorriso carinhoso e modesto da Visão.
Mas Bernadette tinha a necessidade de saber o nome DELA, precisava levar esta notícia
ao Senhor Abade, porque caso contrário, ele não construiria a Capela. Por isso, com mais amor
e decisão insistiu uma quarta vez suplicando que ELA dissesse o seu nome.
Desta vez a Aparição não sorriu mais, ficou séria.
As mãos que estavam unidas afastaram-se estendendo sobre a terra e depois
novamente juntas à altura do peito, levantou os olhos ao Céu em sinal de profunda humildade
e obediência a Deus e disse:
- “EU SOU A IMACULADA CONCEIÇÃO”.
Dito isto, desapareceu.

Bernadette retornou a si e para não se esquecer das palavras, repetiu-as várias vezes
em seguida, tropeçando nas letras que mal sabia pronunciar. Fugiu das perguntas de todos e
correu para a casa do Senhor Abade Peyramale. Lá chegando, antes mesmo de cumprimentá-
lo gritou:

- ' Que soy era Immaculada Councepciou' (no seu dialeto patois de Lourdes) 'Eu sou a
Imaculada Conceição'.
0 Abade ficou perplexo. Não sabia se sorria ou ocultava o seu júbilo, procurando num
último esforço, certificar-se do óbvio:
- 'Pequena orgulhosa, tu és a Imaculada Conceição'!
- 'Não, não, não eu'.

Peyramale sente que está diante de uma grande revelação: 'A Virgem é concebida sem
pecado'.

Apesar de ter sido decretado em 8 de dezembro de 1854 , o Dogma da Imaculada


Conceição de Maria não era aceito por todos os católicos, principalmente por alguns teólogos
que defendiam a universalidade da redenção e do Pecado Original. Isto é, atribuíam a Nossa
Senhora o mesmo privilégio que teve João Batista, de ter a santificação antes do nascimento.
Mas não aceitavam a imunidade do Pecado, isto é, não aceitavam que Maria Santíssima fosse
preservada do Pecado Original, mesmo considerando a sua condição especial de Mãe do
Redentor.

Por este motivo o Abade explodia intimamente de satisfação e se preocupava em saber


da realidade. Pela santíssima vontade de Deus, a partir daquele momento Nossa Senhora
deixava realçar com todo brilho, a sua grandeza notável e ilimitada, porque ELA própria
confirmava que teve uma Conceição Imaculada. Por isso Peyramale se debatia:
- 'Uma Senhora não pode usar esse nome! Tu enganaste sabes o que isso quer dizer'?
Maria Bernarda diz que não, abanando a cabeça.
- 'Então como podes dizê-lo, se não compreendes o que é'?
- 'Repeti todo o caminho'.
No silêncio que se seguiu, Peyramale ficou pensativo com um suave sorriso nos lábios.
Bernadete interrompe o silêncio e diz:
- 'ELA sempre quer a Capela'...

0 Abade no íntimo deve ter respondido que não só uma Capela, mas uma monumental
Basílica. A partir daquele momento a DAMA estava dispensada de fazer qualquer milagre, de
fazer florir a roseira selvagem da gruta. Era ELA, a Mãe de Deus, a Nossa Querida Mãe que
veio visitar-nos com o objetivo de revelar-nos um grande mistério divino e pedir penitência
ao mundo, para que todos rezassem pela conversão dos pecadores e tivessem uma
conduta responsável e digna. Peyramale estava emocionado. Tentava esconder sua alegria e
por isso, para salvar as aparências, falou com ela:

- 'Vai para casa, falaremos outro dia'.

Os dias passaram e o clero com muita alegria e vibração comemorou a revelação do


grande mistério.

Dia 6 de abril Bernadette, sentiu-se novamente 'pressionada' para voltar à gruta.


Aquela força estranha e agradável a impulsionava para Massabieille. Como já havia passado
das 15 horas, foi encontrar-se com o Padre Pomian no confessionário. Algumas pessoas que a
observava, se incumbiram de espalhar os boatos. A cidade ficou na expectativa de algum
acontecimento.

17ª Aparição - 7 de abril. Nossa Senhora nada disse, mas verificou-se nesta
aparição o chamado milagre da vela. A vela benta, que Bernadette segurava, escorregou-lhe
pela mão atingindo-lhe os dedos.
- Meu Deus, ela queima-se! - gritam várias pessoas.
- Deixem-na estar! ordena o Dr. Dozous.
Bernadette não se queimou.

No dia seguinte, quarta-feira da Páscoa, antes do sol nascer já encontrava-se na gruta,


acompanhada inicialmente por uma centena de pessoas que logo aumentou para 1.000,
quando iniciou a reza do terço.

Nas primeiras AVE MARIA da primeira dezena, entrou em êxtase. 0 Doutor Dozous, que
vinha estudando o seu caso, surge no meio da multidão pedindo passagem, pois queria estar
ao lado dela, para presenciar suas reações fisionômicas. E abrindo passagem entre o povo que
contritamente rezava dizia:

- 'Não venho como inimigo, mas em nome da ciência. Corri e não posso me expor às
correntes de ar. Só eu posso verificar o fato religioso que aqui se dá, deixem-me prosseguir
este estudo'.

Neste dia, ela utilizava uma grande vela que se apoiava no chão. Foi fornecida por uma
pessoa que tinha alcançado uma graça. Com sua mão tentava proteger a chama da vela, da
corrente de ar. Mas no transe em que se encontrava, não posicionou corretamente a mão
esquerda em forma de concha sobre o pavio aceso, de modo que a chama da vela passava por
entre os seus dedos.

- 'Mas ela queima-se' - gritaram da multidão.


- 'Deixe estar' - pediu Dozous.

Ele não acreditava naquilo que seus olhos viam, os sorrisos de Bernadete, os Sinais da
Cruz, feitos com tanta graça , sua fisionomia séria em vários momentos compartilhando duma
tristeza da Visão e a chama da vela que passava por entre seus dedos, sem queimá-los, sem
provocar dores.

Terminado o êxtase, examinou as mãos da vidente e não encontrou o menor sinal de


queimadura. Para testar a sua sensibilidade, acendeu a vela e sem que ela percebesse,
aproximou a chama de sua mão. Ela gritou e protestou: 'Está querendo me queimar'? Dozous,
homem de atitudes extremas, viu crescer repentinamente em seu coração uma fé gigantesca.
Da mesma forma que seu caráter explosivo o levava muitas vezes a defender suas convicções
abertamente e com decisão, espalhou a novidade com disposição, convencido que estava
diante do sobrenatural na gruta de Massabieille.

No 'Café Francês' que era o ponto de convergência para os 'bate-papos' também para os
'mexericos', Dozous proclamou com segurança e fartos argumentos, a existência do
extraordinário em Lourdes. Em dado momento, ele assim expressou-se:

- 'É um fato sobrenatural para mim, ver Bernadete ajoelhada diante da gruta, em êxtase,
segurando uma vela acesa e cobrindo a chama com a mão esquerda, sem que pareça sentir a
mínima impressão do contato com o fogo. Examinei-a. Não encontrei nem o mais ligeiro sinal
de queimadura' .

Mas continuava a existir também os descrentes, aqueles que não aceitavam os fatos e
caçoavam dos freqüentadores da gruta. Eles atuaram sobre os administradores pedindo
providências contra 'aquilo' que chamavam de 'palhaçada'. 0 Prefeito resolveu proibir o acesso
a gruta. Mandou retirar todos os objetos religiosos que tinham sido colocados lá.

Os pais e amigos de Bernadete, para evitar complicações, a enviaram para Cauterets, a


titulo de tratar de sua asma. Contudo a sua ausência em nada influiu no fervor das almas
piedosas, que se manifestavam claramente e todos os dias. Eram organizadas procissões,
cânticos e orações com a maior participação possível. Por outro lado, alguns procuravam dotar
a gruta de certo conforto, colocando na fonte de água um bacia com três torneiras, para
facilitar a utilização. Pedreiros, carpinteiros e funileiros trabalhavam gratuitamente e com
desprendimento, melhorando o acesso, colocando uma tábua furada para receber as velas,
empregando os seus esforços com o objetivo de tornar a gruta um recanto aprazível de
devoção mariana.

As autoridades vendo que não conseguiam nem acabar e nem diminuir a freqüência das
visitas à gruta, decidem fechá-la. No dia 15 de junho o Prefeito mandou fazer uma barreira
constituída por uma paliçada de madeira, que isolava a área da gruta.

O povo, no dia 17, destruiu a paliçada. As barreiras são reconstruídas no dia 18 e são
demolidas pelo povo na noite do dia 27. Tornam a serem reconstruídas no dia 28 de junho,
para novamente serem demolidas na noite do dia 4 de julho.

No dia 8 de Julho a Igreja intervêm oficialmente, pela primeira vez, pedindo tranqüilidade
ao povo e respeito às autoridades.

No dia 10 foram levantadas as barricadas novamente. Bernadete mantinha-se distante


eindiferente a toda esta movimentação. Nas oportunidades que surgiam, recomendava
obediência e desaconselhava que arrebentassem a paliçada na gruta.

18ª Aparição - 16 de julho. Como é festa de Nossa Senhora do Carmo, a Vidente


assiste à missa e comunga na igreja.
Ao entardecer sente que Deus a chama para a gruta, como das vezes anteriores, e lá
chegou por um caminho que ninguém suspeitou. Foi em companhia de sua tia Lucilia,
camuflada com um capuz emprestado; mas não pode aproximar-se devido à sebe, e aos
soldados que, por malvada ordem do governo, cercam o recinto.

Junto à cerca de tábuas que isolava a gruta, encontrava -se um grupo de pessoas,
que de joelhos e silenciosamente rezavam. Ela ajoelhou e acendeu sua vela. Duas congregadas
marianas que a reconheceram, juntaram-se a ela e à sua tia, em silêncio. Apenas começara o
terço, as suas mãos afastaram-se comovidas, numa saudação de alegria e surpresa. Nossa
Senhora estava lá. A sua face iluminou-se e suas feições adquiriram uma indescritível
formosura.

A menina contempla a Senhora, de além do rio e da sebe.


Terminada a reza do terço, pelo seu rosto podia-se ver estampada a felicidade que
brotava de seu íntimo, a alegria de mais uma vez ter-se encontrado com a MÃE de DEUS. Ela
não comentou nada. No caminho de regresso, apenas disse:

“Não via o rio, nem as tábuas - explicará ela mais tarde. Parecia-me que entre mim e
a Senhora, não havia mais distância que das outras vezes. Só via a ELA. Nunca a vi tão bela”

Foi o último adeus da Senhora até ao céu.

Aconteceu como se fosse uma visita de despedida, Nossa Senhora sempre bondosa,
cheia de carinho e atenção, desceu à terra mais esta vez, para o derradeiro adeus à sua
amiga.

Qual é a mensagem que se desprende das 18 aparições de Lourdes?

“O elemento principal - responde Laurentin, grande teólogo da Virgem - é a


manifestação de Maria na sua Imaculada Conceição... O resto é em função deste primeiro
elemento e pode também resumir-se numa palavra: “em contraste com a Virgem sem
mancha, o pecado...” Mas, inimiga do pecado, Ela é também amiga dos pecadores, não
enquanto estão ligados às suas faltas ou se gloriam delas, mas enquanto se vêem esmagados
pelo sofrimentos físicos e morais, conseqüência do pecado.

Reduzida à sua expressão mais simples, poderíamos sintetizar desta forma a mensagem
de Lourdes: A Virgem sem pecado, que vem socorrer os pecadores.

E para isso propõe três meios: “A Fonte De Águas Vivas, Oração, A Penitência !!!”

Sobre Santa Bernadette.


Histórico.
# Marie Bernarde Soubirous (Bernardette) nasceu em Lourdes a 07.01.1844.
# Em 1858 teve as aparições de Nossa Senhora.
# Entrou na Congregação das Irmãs da Caridade (em Nevers) a 29.07.1866.
# Como Irmã, era enfermeira e cuidava de doentes.
# Faleceu a 16.04.1879 com 35 anos.
# Em 1933 o Papa Pio XI a declarou Santa.
# A festa de N. Senhora de Lourdes é 11 de Fevereiro. De Santa Bernardette Soubirous é 16
de abril.
A santíssima Mãe de Deus, para conferir aos homens mais uma de suas infinitas
graças, e para confundir o que no mundo se julga forte, escolheu um instrumento, à
preferência de outros, débil, segundo a divina economia que São Paulo exalta: "Deus
escolheu o que é fraco no mundo, para confundir os fortes" (1Cor 1,27). Este instrumento era
Maria-Bernarde Soubirous (Bernardette), nome hoje caríssimo e celebérrimo no mundo inteiro,
mas naquele tempo, quando apenas quatorze anos contava, de todos desconhecida.

Nascida em Lourdes, região montanhosa dos Pirineus, a 7 de janeiro de 1844, filha


de Francisco e Ludovica Casterot, dois dias depois foi batizada e recebeu o nome de Marie
Bernarde Soubirous.

Vivendo pobremente e crescia sem alguma doutrina humana, mas em suavíssima


simplicidade de costumes e admirável candura de espírito, querida por Deus e pela
Santíssima Virgem Mãe. Maria observou a humildade de sua filha e dignou a inocente
menina, entre 11 de fevereiro a 16 de julho de 1858, de 18 aparições e de celeste
colóquio.

Na época, o bispo local, que inicialmente duvidara da versão da inculta menina, que
afirmava as aparições, pôs ela à prova e pediu para que, na próxima aparição, perguntasse à
ela qual o seu nome. Bernardette, cumprindo o pedido do bispo, esclareceu à Virgem a
indagação do bispo, no que Nossa Senhora respondeu:

"Eu sou a Imaculada Conceição".

Ao retornar, o bispo ouviu estupefato a resposta da menina, já que tratava-se de “um


dogma recém proclamado, o dogma da "Imaculada Conceição" firmado há menos de
quatro anos por Pio IX (1854) que, pelas dificuldades de comunicação da época,
estava restrito ao conhecimento ainda dos setores mais elevados da Igreja.”

Após as Aparições da Ssma Virgem em 1858.


Do dia 16 de junho de 1858, data da última Aparição de Nossa Senhora, até junho de
1866, quando iniciou sua viagem para entrar no Convento de Saint Gildard em Nevers,
conviveu com as Irmãs do Hospício, na sua cidade, freqüentou a escola onde adquiriu um
pouco de instrução e exercitou um profícuo apostolado junto aos doentes internos.

Mas foi também um período difícil de sua vida, porque era solicitada e importunada em
todos os momentos, por curiosos, por pessoas que queriam o seu autógrafo, queriam vê-Ia,
assim como tocar-lhe e fazer-lhe perguntas.

Foi assediada também por diversas Ordens Religiosas que a queriam, cada uma
desejava que ela entrasse em sua Comunidade. Mas inicialmente, preferiu continuar ao lado
dos pais e irmãos. Com o passar do tempo e o sempre crescente número de visitantes, fizeram
com que sentisse a necessidade de isolar-se, para poder trabalhar, para ser útil de alguma
forma e não ficasse apenas como um objeto de admiração pública. Por esse motivo começou a
pensar em ingressar num Convento. Mas havia outros problemas que interferia e dificultava a
sua decisão: a asma crônica, sua pobreza que não lhe permitia ter um dote e a falta de
instrução.

Entretanto, com o passar dos meses a convivência em casa estava tornando-se


impossível, em face dos motivos mencionados, por isso decidiu-se e escreveu para Nevers
pedindo autorização para entrar no Convento. A resposta veio positiva.

Em 7 de julho de 1866, às 22 horas e 30 minutos, desembarcava na estação ferroviária


de Nevers, acompanhada de mais duas postulantes, Maria e Leontina, e de duas Superioras da
Comunidade.
No dia 8 de dezembro teve uma grande tristeza com a noticia da morte de sua mãe
Luiza com 41 anos de idade.

Bernadette encontrou em sua vida de Convento as dificuldades naturais que o ciúme


pode causar a algumas pessoas , por ter sido ela a preferida da Virgem Mãe, apesar de ser tão
modesta, simples e sem qualquer instrução.

E foi com muito sofrimento, com um imenso amor pelo próximo, um perseverante
espírito de disciplina e obediência inigualáveis, que conseguiu superar todos os momentos
difíceis.

Respeitosamente acatava as decisões e as ordens das Superioras, mesmo que ás vezes


denotassem um excesso de rigor ou que fossem na maioria das vezes ofensivas, aceitando-as
sem discuti-las, com um singelo sorriso.

No dia 30 de Outubro de 1867 fez a sua "Profissão de Fé". Sua voz era firme e sem
afetação. Compromete-se por toda a vida a praticar a pobreza, a castidade, obediência e
caridade.

Foi escolhido para ela o emprego da Oração e auxiliar na Enfermaria da Casa Mãe.

Com a morte da Enfermeira Chefe Irmã Marta a 8 de Dezembro de 1872, por iniciativa
própria, assumiu a responsabilidade da Enfermaria, sem nomeação das Superioras, tomando
sobre si todas as tarefas e atribuições da função. É assim que organizou a Enfermaria, colocou
rótulos nos produtos relacionou as diversas poções, escrevendo as fórmulas, tudo com
capricho e interesse. E também, com invulgar dispensava atenção e carinho a todas que
necessitavam de seus serviços.

No dia 4 de março de 1871 recebeu um telegrama que trazia a notícia da morte de seu
pai. Chorou muito, com imensa saudade dele. Dias depois escreveu à Maria sua irmã:

"Venho chorar contigo. Fiquemos no entanto submissas, embora bem desgostosas, à


mão paternal que nos bate tão duramente há algum tempo. Levemos e beijemos a Cruz".

A 3 de junho de 1873 tem uma recaída muito séria. Ninguém duvida de que vai morrer.
Recebe a Extrema Unção pela terceira vez. No entanto, dias depois, melhorou e voltou a rir e a
ter disposição para o seu trabalho na Enfermaria.

A 11 de dezembro de 1878, deita-se definitivamente na sua "Capela Branca", como


chamava o seu leito na sala da enfermaria, porque ele possuía um grande cortinado que o
envolvia. Colocou próximo a imagem de São Bernardo de Claraval, seu padrinho de batismo.

Padre Febvre, seu último confessor e que constantemente estava em sua companhia,
enumera as suas enfermidades:

- "Uma asma crônica, dilacerante do peito, acompanhada de vômitos de sangue que


duraram dois anos. Tinha aneurisma (desenvolvimento da aorta), uma gastralgia, um tumor
no joelho... Enfim, durante os dois últimos anos, a cárie dos ossos, de forma que seu pobre
corpo era o receptáculo de todas as dores. Também, formaram-se abcessos nos ouvidos da
Irmã Maria Bernarde que a afligiram com uma surdez parcial que lhe foi muito custosa e não
cessou senão algum tempo antes da morte.

A partir de seus votos perpétuos, a 22 de setembro de 1878, os sofrimentos


redobraram de intensidade e não cessaram senão com a morte. A sua ambição, que escondia e
não permitia que as pessoas soubessem, era o seu imenso desejo de ser uma vítima para
Coração de Jesus.
A partida para a Pátria Celeste.

No dia 28 de março de 1879, pela quarta vez recebeu a Extrema Unção. Protestou:

"Curei-me todas as vezes que a recebi".

Depois do Santo Viático ministrado pelo Padre Febvre, disse:

"Minha querida Madre, peço-lhe perdão por todos os sofrimentos que lhe causei, com
minhas infidelidades na vida religiosa e peço também perdão às minhas companheiras dos
maus exemplos que lhes dei... sobretudo com o meu orgulho"!

Durante a Semana Santa, celebrada do dia 6 ao dia 13 de abril, os escarros agravaram-


se e ela pede um "alívio".

"Se pudesse encontrar na sua farmácia qualquer coisa para aliviar os meus rins, estou
toda esfolada".

E de outra vez manifestou-se assim:

"Procure então nas suas drogas... qualquer coisa para me fortificar. Não tenho forças
nem para respirar. Mande-me vinagre bem forte para cheirar".

Depois mandou tirar todas as imagens e estampas de Santos que ornavam o seu
quarto.

"Este me basta" (mostrando o Crucifixo).

Por fim, às 15 horas do dia 16 de abril de 1879, ainda jovem com 35 anos de idade,
morreu Bernadette depois de um intenso e penoso sofrimento que lhe impuseram seus
diversos males.

"Fez um grande sinal da Cruz, pegou no copo contendo a bebida fortificante que lhe
apresentaram, toma por duas vezes algumas gotas e inclinando a cabeça, entrega docemente
a sua alma."

Tão pura e com tanto amor a Deus e à Virgem Maria, que tinha receios, mesmo
involuntariamente, de os ofender. Isto transformou para ela num grande drama moral, que a
atordoou bastante, nos últimos dias de vida.

Viveu como manda o Evangelho e ofereceu exemplos de vida para todas ocasiões e
para o mundo viver o conteúdo da mensagem divina, que ela recebeu na gruta de
Massabieille:"Pobreza, Oração e Penitência" . 0 seu encanto transparece mais visível e
brilhante, nos milagres que ocorreram por sua intercessão e que fizerem com que ela fosse
proclamada Santa, antes mesmo de ser canonizada.

A Intercessão de Santa Bernadette junto a Mãe de Deus.

De alguns acontecimentos vamos relembrar aqui, e que possuem características


absolutamente sobrenaturais.

1. A Superiora do Hospício de Lourdes, Madre Alexandrina Roques, sofreu após uma


queda, uma torcedura que a condena a longo repouso , num período difícil, de muito trabalho,
quando era muito solicitada por suas ocupações. Manda chamar Bernadette e lhe diz:
"Não posso ficar de cama estas cinco semanas, sobretudo neste momento em que aqui
há tanto o que fazer. É preciso que a Santa Virgem me cure e ponha de pé. Vai lhe dizer isto
na Capela".

E ela foi.

No dia seguinte, a Superiora estava de pé, sem a torcedura, para espanto do médico,
que contudo, já devia ter visto coisas idênticas e outras até mais extraordinárias, em
Massabieille.

2. Em outra oportunidade, em Nevers, uma mãe cujo filho morria, vai até o Convento e
leva a coberta do berço da criança, com pretexto de que o bordado não estava terminado.
Conversa com a Madre Superiora e lhe suplica que dê a Irmã Maria Bernarda para acabá-lo. A
Madre concordou e levou a coberta onde ela se encontrava com as outras irmãs, e disse:

"Está aqui uma coberta cujo bordado está errado; a dama que o trouxe pergunta se
alguma de vocês poderia consertá-lo"?

"Isto é fácil" - responde Bernadette, sempre viva e pronta a gracejar. "Essas belas
damas da sociedade enganam-se no seu trabalho e somos nós que o temos de arranjar. Enfim,
apesar de tudo, dê-o cá; vou tentar consertar isso".

E a mãe do pequenino doente, já desenganado pelos médicos, passou a coberta sobre o


berço, e seu filho ficou logo milagrosamente curado.

Aconteceu em outra oportunidade, que uma mãe com sua filha portando uma
enfermidade incurável que a impedia de andar, decidiu levá-la ao Convento, porque a medicina
nada mais podia fazer por ela. Entendeu-se com a Superiora, que logo depois chamou
Bernadette:

"Irmã Maria Bernarda, quer tomar nos braços esta criança, enquanto eu falo com esta
senhora? Sobretudo, não a ponha no chão".

Ela afastou-se com a criança para debaixo dos castanheiros; quando a Superiora veio
procurá-la, encontrou-a chorando, com receios de ser censurada. A criança debatera-se de tal
modo nos seus braços, que se viu obrigada apesar da proibição, colocá-la no chão, por onde
andava e corria com toda alegria, em volta dela.

A mãe ficou emocionada e chorou de satisfação, enquanto a Superiora apressadamente


mandou Bernadette dar um recado na outra extremidade do Convento, para preservar a sua
humildade.

A criança estava totalmente curada, sorria descontraída e satisfeita brincava ao redor


de sua mãe.

Assim, Nosso Senhor aliviava os sofrimentos das pessoas que tinham fé pela
intercessão de Nossa Senhora, concedendo as graças ao suplicante através das mãos
inocentes de Bernadete.
0 maravilhoso manifestava-se sempre de tal modo, que para ela, de um modo geral,
permanecia ignorado.

Após a morte da Santa Bernadette.

Depois de sua morte, os milagres multiplicaram-se em torno de seu túmulo, com uma
freqüência notável.
Os muros de sua capela funerária, estão hoje repletos de "ex-votos", emblemas vivos
de sua eficaz mediação junto à Mãe de Deus. Ela também fazia maravilhas ao longe, mesmo
sem intervenção de relíquias e de imagens, tendo sem cessar, feito prevalecer a força e o
poder do espírito.

Trinta anos após sua morte, em 22 de setembro de 1909, foi aberto o caixão para
reconhecer os despojos mortais. Seu corpo estava intacto, a tez estava branca.

A 13 de abril de 1925, exumaram-na pela última vez, Bernadette, ainda intacta, parecia
que estava adormecida. Cobriram sua face e suas mãos com cera e a colocaram sobre cetim,
seda e rendas, na Capela, onde hoje encontra-se à veneração de todos, no Convento de Saint
Gildard, em Nevers, na região do Loire, na França.

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