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OBJETIVOS
e estresse. Ela tem sido definida de várias maneiras. Vamos utilizar aqui, a definição de família do
Art. 25 – Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer
De fato, não existe uma definição universal de família. Uma família é o que a pessoa
considera ser. Além disso, ela é um sistema interpessoal, formado por pessoas que interagem por
vários motivos, como afetividade e reprodução, num processo histórico de vida, mesmo sem habitar
família nuclear. Entretanto, faz-se necessário que olhemos a família em seu movimento de
uma diversidade de respostas que os diferentes grupos familiares, dentro de sua cultura,
A partir dessas definições, no Brasil encontramos estudos de Elsen (1989), que identificam
centrada na criança;
reconhece a família como uma constante na vida da criança. Identifica os sistemas de serviços e o
da família.
Nesse sentido, os profissionais de saúde baseiam seus cuidados nos pontos fortes e
singulares de cada família, reconhecendo sua habilidade no cuidado ao seu filho no âmbito
Além disso, caro aluno, na assistência centrada na criança e sua família, três conceitos
Vamos discuti-los?
que todos os seus membros revelem suas aptidões e competências e adquiram outras necessárias
famílias, de tal modo que elas conservem ou conquistem um sentido de controle sobre suas vidas e
façam mudanças positivas que deem origem a comportamentos de ajuda, estimulando seus próprios
Além disso, a parceria entre profissionais e pais pressupõe a convicção de que parceiros
são indivíduos capazes de se tornar mais competentes por meio do compartilhamento de habilidades
Enfatizamos que a criança em situação de dor (aguda, recorrente ou crônica) traz para a
Após o primeiro contato com o filho no hospital, ou mesmo frente ao diagnóstico de uma
doença aguda ou crônica, os pais são marcados por diversas reações emocionais, tais como:
choque, negação, tristeza e raiva. No caso de recém-nascidos prematuros, os pais tentam seu
equilíbrio e reorganização familiar pelo luto do bebê imaginário e a adaptação com o bebê real.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002)
Para a família, é importante saber como se dará o relacionamento da criança com doença
mielomeningocele, fenda palatina, lábio leporino) ou com necessidades especiais de saúde (uso de
próteses, ostomias), com seus pares na escola, se terão amigos, se poderão participar das
brincadeiras realizadas pelas outras crianças, como lidarão com suas limitações e como se sentirão
A família precisa ter parâmetros para ir preparando a criança para conviver com a
situação de doença, de como será cada crise álgica e o que fazer para minimizar essa
situação.
enfermeiro deve prestar uma assistência globalizada à criança e seus familiares, criando um clima
de confiança entre a equipe de enfermagem, a criança e sua família. Essas ações trazem segurança,
Dessa forma, o enfermeiro pode mostrar aos pais e crianças as acomodações pessoais,
hospitalar.
los a trazer objetos pessoais da criança para minimizar a separação do lar (brinquedos preferidos,
entre outros).
Além disso, devemos realizar uma entrevista com os pais para elaborar o histórico de
hospitalização da criança.
comportamento da família frente à hospitalização de seu filho e, junto com outros profissionais de
demonstrando que uma ligação forte e segura entre os pais e a equipe de saúde tem uma
estresse.
malformados, muitas vezes se veem entre o bebê real e o imaginário. Como vimos na unidade de
estudo anterior, o estresse gerado por uma situação de hospitalização infantil ocasiona o aumento
De acordo com Silva (2008), no caso do RN prematuro, podemos considerar que os pais
também são "pais prematuros" e enfrentam dificuldades ao lidarem com os seguintes aspectos:
EXPECTATIVAS REALIDADE
Bebê robusto e saudável Bebê pequeno e emagrecido
Bebê a termo Bebê prematuro ou de risco
Bebê reativo, responsivo com uma interação
Bebê pouco ou não reativo
ativa com os pais
Contato frequente Separação pais/prematuro
Incubadora/ necessidade de suporte tecnológico para
Berço ao lado da mãe
sobrevivência
Médicos e enfermeiras desconhecidos, mas competentes e
Pais competentes e bastantes
com amplo conhecimento
Mãe = falhou na produção do bebê ideal, diminui a
Mãe = sucesso, aumento da autoestima
autoestima
Fonte: Novo manual de follow up do recém-nascido de alto risco (SOPERJ).
Se quiser saber mais sobre o assunto, acesse o site do “Novo manual de follow up do
pais e a família a fortalecer a rede social de apoio que eles conhecem e a identificar outras fontes
potenciais.
Nesse sentido, diversas atividades podem ser implementadas para que os pais e
estabelecendo uma melhor interação com seu filho prematuro ou doente, ajudando no
Utilizar material como: álbuns, cartilhas, livros ou mural de fotos com depoimentos das experiências
Permitir e ajudar na interação dos avós e irmãos nas unidades de internação do neonato e da
criança.
Estimular a proximidade dos pais com outros membros que eles considerem da família.
Informar aos pais sobre os grupos de apoio da instituição ou outros locais, sites na internet, etc.
Promover o treinamento dos pais nos cuidados com o neonato e com a criança (troca de fralda,
banho, alimentação).
Incentivar e promover o envolvimento dos pais nos cuidados com o desenvolvimento do neonato e
Aumentar o nível de bem-estar dos pais e familiares durante o período que permanecerem na
unidade de internação.
Estimular a visita frequente, telefonemas, a fim de fortalecer o vínculo afetivo entre pais e criança.
Planejar junto com os pais o processo de alta e os cuidados a serem realizados no domicílio, os
possíveis riscos para que eles possam ter habilidade de identificá-los e retornar ao serviço
imediatamente.
Sensibilizar a equipe da UTI-neonatal para o momento de crise dos pais, fazendo com que a equipe
envolvimento voltado ao neonato e à criança, aos pais e à família ampliada durante toda a
hospitalização.
Despertar atitudes e práticas que facilitem o processo de adaptação das famílias à doença.
Realizar o exame físico, com o objetivo de levantar dados para o diagnóstico, o planejamento, a
Na terapia intensiva, a necessidade mais premente dos pais é a informação. Com as necessidades
emocionais da família sanadas, a participação nos cuidados e a permanência dos pais na unidade
Preparar a criança para procedimentos dolorosos: crianças de 2 a 7 anos são as mais vulneráveis
aos efeitos da hospitalização e dor, pois, nessa idade, elas apresentam uma estrutura cognitiva e
Após essa lista de atividades que podem ser implementadas para que os pais e familiares
se adaptem mais rapidamente, não podemos deixar de destacar que não se pode esperar
que a criança se adapte à situação de hospitalização sem expressar medo, raiva ou
agressividade. Pense nisso!
Agora, caro aluno, você já possui maior conhecimento sobre a importância dos pais e da
família nas situações de dor e de estresse da criança. Por isso, não se esqueça de que a
família é parte essencial para o cuidado de Enfermagem.
Vamos então nos preparar para a próxima Unidade de Estudo
2. (14406) Assinale a alternativa que expressa atividades implementadas para que os pais e familiares
possam ajudar o neonato e a criança no alívio da dor.
A)
Promover frequentemente a comunicação entre enfermeiro, equipe e pais.
B)
Utilizar material de apoio com depoimentos de outros pais que tiveram seus filhos internados.
C)
Permitir e ajudar a interação dos avós e irmãos durante a hospitalização da criança.
D)
Todas as opções estão corretas.
14406
3. (14402) Nas opções abaixo, identifique os três elementos-chave do cuidado centrado na família.
A)
Respeito, colaboração e apoio.
B)
Tomada de decisão, responsabilidade, segurança.
C)
Colaboração, organização, segurança.
D)
Responsabilidade, tomada de decisão, respeito.