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I JOÃO – O AMOR DE DEUS

Palavras-chave: ―luz‖ e ―amor‖. Ambas são utilizadas para descrever a deidade (1.5; 4.8).
Versículos-chave: 1.5,9; 4.7-11.
Ênfase: Jesus é o Filho de Deus; Os que o seguem devem proceder retamente; Se somos Dele,
devemos amar uns aos outros.
Introdução

Embora I João seja chamada uma epístola, ela nem começa nem termina como uma epístola.
Tampouco tem ela a identificação usual do escritor e o nome do grupo ao qual foi enviada. Não há
nenhuma saudação de despedida. Contudo, ela tem o sentido de uma carta pessoal, endereçada a
pessoas conhecidas do e pelo autor. Foi sugerido, por alguns, que I João é realmente um sermão ou
homilia. Contudo, o uso do verbo "escrever" (1:4; 2:1,7,8,12-14,21,26), onde se esperaria encontrar
o verbo "falar", num sermão, indica a natureza epistolar da composição original. Porque não há
nenhuma evidência de manuscrito dos versículos introdutórios e finais perdidos, geralmente
concordam os estudiosos que I João é um tipo de "panfleto", escrito para tratar de um problema
específico.

A natureza pessoal de I João explica o intenso interesse do autor no bem-estar de seus leitores.
Esta nota pessoal indicaria que I João foi escrita a uma audiência restrita, talvez uma igreja ou grupo
de igrejas sob o cuidado do autor, o apóstolo João. Seria impossível identificar-se uma igreja
particular, à qual João escreveu. Se esta é uma carta "circular", às igrejas com as quais João trabalhou
na Ásia Menor, possivelmente alguma declaração poderia ser sustentada acerca de uma ou mais das
sete igrejas mencionadas no Apocalipse (1:11; 2:1-3:22). É possível que os baalamitas, nicolaíticas e
seguidores de Jezabel (todos encontrados no Apocalipse) fossem representantes da heresia combatida
em I João. Deve ser lembrado que II Pedro foi endereçada a uma área que incluía a província romana
da Ásia (Éfeso). Pedro advertiu contra as forças gnósticas em operação naquela área. A cidade de
Colossos estava localizada nesta mesma área, e a carta de Paulo àquela cidade foi escrita para advertir
contra os ensinos gnósticos. É, portanto, entendido que I João foi escrita a uma igreja, ou grupo de
igrejas, naquela área em torno de Éfeso, da qual o apóstolo João era supervisor.

Autor
O livro não menciona, nem faz indicações sobre o seu autor. Tampouco a igreja antiga, nos escritos
de Irineu e do Cânon Muratóri, nos traz informações seguras sobre o autor. Muitos eruditos crêem que
a primeira carta de João e o evangelho de João foram escritos pelo mesmo autor. Há algumas razões
para isso.
Já foi mencionado que a carta, como também o evangelho, começam com um prólogo. Termos
usados, estilo e seqüência de idéias são semelhantes. Também a mensagem da carta corresponde à do
evangelho, principalmente no que diz respeito ao combate do gnosticismo. Com base nisso, deveria
valer para o autor a conclusão a que chegamos no evangelho: trata-se de João, filho de Zebedeu. A
favor disso está especialmente o fator da testemunha ocular, cuja obra foi editada por um de seus
discípulos.
Contra essa opinião foi dito a partir do século XIX que há diferenças teológicas significativas entre
a carta e o evangelho, que levariam à conclusão de autores diferentes. Enquanto o evangelho defende
uma escatologia presente (ou seja, a salvação do final dos tempos é esperada no presente), a carta fala
de uma escatologia futura (a salvação do final dos tempos é esperada para o futuro; 2.28; 3.2; 4.17). Já
foi mencionado, entretanto, que o evangelho também fala de escatologia futura (cf.Jo 5.29; 12.48;
14.3).
Argumenta-se ainda que o evangelho não fala da morte expiatória de Jesus, que é tratada na carta
(1.7,9; 2.2; 4.10). Em relação a esse aspecto já evidenciamos a posição do evangelho (cf. Jo 1.29;
3.14ss; 6.51b; 12.24).
Com base nessas considerações e na análise detalhada das teses que se opõem a isso, Kümmel
chega à seguinte conclusão: ―Se, com base nisso, não temos argumentos suficientes para aceitarmos
outro autor de 1 João, que não seja o do evangelho, para o autor de 1 João só podemos nos basear nas
informações que temos sobre o autor do Evangelho de João.‖ Defendem a autoria apostólica apesar da
presente discussão em torno da ―escola joanina‖, que supostamente produziu o Evangelho de João e as
cartas7 os seguintes autores: D. A. Carson & D. J. Moo & L. Morris e D. Guthrie.

Destinatários
Os destinatários estão nas igrejas que estavam combatendo as heresias gnósticas. Já houve divisões
(2.19), que o autor não lamenta, pois crê que foram inevitáveis. Apesar disso, essas igrejas ainda estão
ameaçadas, pois são advertidas severamente contra as heresias e suas conseqüências. Não podemos
saber se essas igrejas eram de cristãos-judeus ou cristãos-gentios. De qualquer modo, os destinatários
estão bem familiarizados com a língua grega.

PROPÓSITO E OCASIÃO
O propósito de I João é, claramente, advertir os leitores acerca do perigo, para a fé cristã, das
atividades e ensinos de homens heréticos (4:1-5), cujo aparecimento é um sinal certo de que a "última
hora" é chegada (2:18). Estes mestres herejes haviam sido membros do grupo cristão, mas não haviam
sido crentes reais (2:19). Sua negação de que Jesus é o Cristo coloca-os fora da comunidade da fé e os
agrupa juntamente com os "anticristos" (2:18,22; 4:3). Eles tinham o espírito do anticristo, e não o
Espírito de Deus (4:1-3), e a natureza real de seus ensinos manifesta-se na negação da encarnação
(4:3), na iniqüidade (1:6-10) e na falta de amor (4:7-13, 20,21). Contra estes três aspectos da heresia,
João enfatiza muito fortemente as três marcas do cristianismo autêntico: Jesus é verdadeiramente o
Cristo vindo na carne, obediência aos mandamentos de Deus através de Jesus Cristo e uma atitude de
amor a Deus e pelo próximo.
Mas, qual o tipo de heresia contra a qual João escreve? Geralmente os estudiosos do Novo
Testamento concordam que é o gnosticismo. Mas que tipo de gnosticismo? Os sistemas gnósticos
desenvolvidos podem ser divididos em dois grupos básicos: docético e cerintiano. Estes emergiram
como tipos definidos no segundo século e desenvolveram seu próprio corpo de doutrinas. Um
elemento básico a todos os sistemas de gnosticismo, entretanto, é a idéia de que Deus, sendo o bem
perfeito, não poderia ter criado o mundo físico (que é mau); portanto, o Cristo, sendo divino, não
poderia ter-se encarnado. O docetismo tirou seu nome do verbo grego doke/w (dokeo: parecer) e
ensinava que Jesus não foi uma pessoa real, de carne e sangue; ele era um fantasma, que apenas
parecia ter substância física. Quem morreu na cruz foi Simão Cireneu. O Cristo não poderia sofrer,
e não sofreu. Muitos estudiosos do Novo Testamento interpretam I João 4:2 ("...Jesus Cristo veio em
carne") como uma indicação de que o gnosticismo é do tipo docético. Inácio (que morreu em c.115
d.C.) escreveu mui fortemente contra este tipo de gnosticismo (Epístola aos Esmirnenses, c.110 d.C.).

O cerintianismo tira seu nome de um certo Cerinto de Alexandria, que, tendo-se mudado para
Éfeso, foi um contemporâneo de João e Policarpo. Irineu apresenta as doutrinas básicas deste tipo de
gnosticismo (Ad. Haereses, I, xxvi, 1): Jesus foi o filho natural de José e Maria; o Cristo, em forma
de uma pomba, desceu sobre Jesus depois de seu batismo e dominou completamente seu ser; o Cristo
deixou Jesus antes do sofrimento e Crucificação e voltou para Deus; Jesus morreu, ressuscitou e
simplesmente desapareceu. Cerinto também insistia sobre a adoração no sábado e a circuncisão.
Muitos estudiosos interpretam I João 5:5-9 como uma indicação de que o gnosticismo é do tipo
cerintiano.

Ê mais provável que I João foi escrita antes que o gnosticismo tivesse desenvolvido seus
sistemas de doutrina. Aquilo contra o que João escreve é a negação de que o Cristo era de fato Jesus
em carne (4:1-3; 5:5-9). Há possíveis elementos de ambos os sistemas gnósticos refletidos em I João;
contudo, nenhum sistema é dominante. A alegação de conhecimento avançado de Deus (2:4; 4:8), o
amor de Deus (4:20) e a comunhão com Deus (1:6; 2:6,9) é comum a todos os tipos. As experiências
estéticas (4:1-3) e estar-se fora da contaminação do pecado (1:8-10) são básicos aos ensinos gnósticos.
O autor escreve para mostrar como alguém pode saber que está na verdade: a verdadeira
teologia é que Jesus é o Filho de Deus (3:23; 5:5,10,13) e que Cristo verdadeiramente veio em carne
(4:2); a ética prática para o crente é guardar os mandamentos de Deus (1:5,6; 2:23;3:5,9); e a
verdadeira comunhão é demonstrada pelo amor prático (4:7-21). Foi sugerido que o autor escreveu
não somente para advertir contra a heresia, mas também para apresentar alguns critérios positivos,
pelos quais o leitor tivesse convicção de sua relação com Deus (McDowell, "1-2-3 João", p.193): 1)
obediência, ou andar na luz (1:7; 2:3-6); 2) andar no amor de Deus para com todos os irmãos (2:9-11;
3:10,15-16; 4:7, 20; 5:1,2); 3) aceitação de Jesus Cristo e fé nele como o Filho de Deus (2:23; 4:15;
5:1-13); 4) vitória sobre o pecado (3:4-10; 5:18); 5) a presença do Espírito Santo no crente (3:24;
4:13).

João resume a epístola inteira dizendo: "Estas coisas vos escrevo, a vós que credes no nome do
Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna" (5:13). Ele escreve a cristãos, para certificá-
los de que sua comunhão uns com os outros e com Deus é segura por causa de sua aceitação de Jesus
Cristo, o Filho de Deus.

ESTRUTURA E CONTEÚDOS
Os estudiosos do Novo Testamento estão de acordo que I João é difícil de estruturar-se
analiticamente. A estrutura, naturalmente, é determinada pelo propósito do escritor, que parece ser
para ajudar o cristão a permanecer firme em face de uma heresia insidiosa. O autor escreve uma carta
pensando nestas coisas, e a forma não é estruturada como se desejaria; o propósito é corrente, através
da carta. Muitas tentativas de se discernir uma estrutura razoável foram propostas (ver Marshall, The
Epistles of John — As Epístolas de João — p. 22-27), mas a seguinte é convidativa. Através da carta,
o autor enfatiza que Jesus é o Cristo, e o crente tem comunhão com ele em seus irmãos. Faltando as
observações introdutórias usuais de uma carta, João imediatamente declara que a base de sua
mensagem é a realidade histórica de Jesus Cristo (1:1-4). Aqui a mensagem é que Deus foi
historicamente revelado na vida de Jesus Cristo, o Filho. Uma pessoa pode ter comunhão com o Pai e
o Filho e verdadeira comunhão com outros crentes.

A natureza da comunhão com o Filho é explicada a seguir (1:5-2:28). O requisito básico é uma
vida consagrada a Deus (1:5-2:11). Ê necessário que uma declaração de crença em Jesus Cristo seja
acompanhada por uma obediência prática de seus mandamentos (1:5-2:6). Se um crente comete atos
de pecado, Jesus Cristo intercede em seu favor junto ao Pai; mas, deve haver uma tentativa de se fazer
sua vontade sempre. Esta atitude de obediência é uma prova de que se conhece e se pertence a Deus
(2:4-6). Em Jesus Cristo, o velho mandamento do amor assume novo significado e conteúdo (2:7-11).
A comunhão em Jesus Cristo significa que o crente não será atraído por prazeres e desejos mundanos
(2:12-17), porque ele sabe que as coisas mundanas são transitórias (2:16,17). Existiam aqueles,
todavia, que quiseram romper esta comunhão (2:18-28), aqueles que se dissociaram da igreja cristã,
porque nunca foram uma parte verdadeira da comunhão (2:18,19). Eles são "anticristos", uma vez que
negam que Jesus é o Cristo (2:22). Portanto, o verdadeiro crente não pode ter nenhuma comunhão com
eles.
A passagem extensiva (2:29-5:12) mostra as provas da filiação. João afirma que o filho tem as
características do pai (2:29). O privilégio do crente é a convicção de que ele apresentará a semelhança de
Cristo (3:1-3). Por causa desta convicção, o crente, não viverá em pecado (não continuará numa vida de
pecado), porque ele é um filho de Deus, e não do Diabo (3:4-10). A prova desta filiação é um dever
prático ativo de uns para com os outros (3:11-24). Uma falsa relação para com Deus é vista com a
negação de que Jesus Cristo "veio em carne" (4:1-3). A verdadeira filiação manifesta seu caráter pelo amor
(4:7-21) e a confissão de Jesus Cristo e crença nele como o Filho de Deus (4:7-12). João escreve acerca
dos segredos de uma vida vitoriosa de fé como sendo-se obediente aos mandamentos de Deus o que conduz
a uma fé mais forte, que é a vitória (5:1-5). A aceitação da mensagem cristã do amor de Deus através de
Jesus Cristo é verificada por um testemunho tríplice: o Espírito, a água e o sangue (5:6-12). Este
testemunho é maior do que qualquer negação humana, e todos os que negam este testemunho fazem Deus
mentiroso (5:10).

A epístola se encerra com algumas outras certezas que o crente tem:


1) a realidade da vida eterna; 2) que Deus ouve suas orações (5:13-17); 3) que a proteção de Deus
previne a continuação no pecado (5:18); 4) a de ser possessão de Deus; 5) que Jesus Cristo veio para
dar a vida eterna (5:20). Um versículo final adverte contra a idolatria (5:21).

Alguns Ensinos Específicos:

1. A natureza da comunhão – 1: 5 a 7
2. Quando o crente confessa seus pecados Jesus Cristo intercede por ele – 1: 8 – 2:2
3. A obediência mostra que conhecemos a Deus - 2: 3 – 6
4. O novo significado do velho mandamento – 2: 7 – 11
5. Ter comunhão implica em não ser atraído pelos prazeres mundanos – 2: 12 – 17
6. Quem se afastou na realidade nunca teve comunhão – 2: 18 – 28
7. Um grande privilégio: a semelhança com Cristo – 3: 1 – 3
8. Quem nEle permanece não vive pecando – 3: 4 – 10
9. O amor aos irmãos é prova de filiação – 3: 11 – 24
10. Os falsos mestres – 4: 1 – 3
11. A necessidade de crer em Jesus como o Filho de Deus – 4: 4 – 21
12. As conseqüências da fé vida eterna – 5: 1 – 13
13. A eficácia da oração – 5: 14 – 17
14. A Proteção Divina – 5: 18 – 21

Três Critérios de Veracidade Cristã


A primeira Epístola de João apresenta três critérios para testar a fé cristã dos mestres e dos crentes em
geral, os quais João repete várias vezes na Epístola, como testes para determinar a presença da vida
eterna.
1. Os cristãos devem apresentar retidão de conduta (2.3,4).
2. O amor deve pautar as atitudes na vida cristã (4.8).
3. O ensino adequado deve ter uma visão correta de Cristo (4.3).

Esboço

A Base da comunhão com Deus - 1.1 – 2.6


O novo mandamento do amor – 2.7-17
O Cristão e o falso ensino – 2.18-28
A necessidade da prática da justiça – 2.29-3.10
A prioridade do amor fraternal – 3.11-24
Denúncia do falso ensino – 4.1-6
A importância do amor de Deus – 4.7-21
A vitória da fé – 5.1-12
A certeza da vida eterna – 5.13-21

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