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Universdade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT

Departamento de Agronomia – 5º Semestre

Campus de Alta Floresta – MT

Nutrição Mineral da Cultura do Feijoeiro

Alta Floresta – MT

Julho de 2010
Universdade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT

Departamento de Agronomia – 5º Semestre

Campus de Alta Floresta – MT

Nutrição Mineral da Cultura do Feijoeiro

Halenkard Ivo Kroetz

Ilberto Luiz Betta Banheza

Itamar Betta Banheza

Jeane Bueno Sérgio

Trabalho elaborado como requisito parcial


da nota da disciplina de Nutrição Mineral
de Plantas, sob orientação do Professor
Engº Agrônomo Marcos Rodrigues –
Universidade do Estado do Mato
Grosso/Campus Universitário de Alta
Floresta – Departamento de Agronomia.

Alta Floresta – MT

Julho de 2010

2
Índice
1 Introdução ............................................................................................................. 1
2 Exigência nutricional do feijoeiro .......................................................................... 2
3 Correção da acidez do solo .................................................................................. 3
4 Adubação nitrogenada e fixação biológica de nitrogênio ...................................... 6
5 Correção e adubação do fósforo .......................................................................... 9
6 Correção e adubação potássica ......................................................................... 11
7 Adubação com enxofre ....................................................................................... 12
8 Recomendação de adubação de micronutrientes............................................... 13
9 Deficiências e toxidade dos nutrintes ................................................................. 14
9.1 Análise química foliar ............................................................................................................ 14

9.2 Diagnose foliar visual ............................................................................................................ 15

9.2.1 Nitrogênio ..................................................................................................................... 16

9.2.2 Fósforo .......................................................................................................................... 17

9.2.3 Potássio ......................................................................................................................... 17

9.2.4 Cálcio ............................................................................................................................. 18

9.2.5 Magnésio ....................................................................................................................... 19

9.2.6 Enxofre .......................................................................................................................... 19

9.2.7 Boro ............................................................................................................................... 20

9.2.8 Zinco .............................................................................................................................. 21

9.2.9 Manganês ...................................................................................................................... 21

9.2.10 Molibdênio .................................................................................................................... 22

9.2.11 Ferro .............................................................................................................................. 23

9.2.12 Cobre ............................................................................................................................. 23

10 Considerações finais........................................................................................... 24
11 Referencias bibliográficas ................................................................................... 25
12 Anexos ................................................................................................................ 30

3
1 Introdução
O feijoeiro-comum (Phaseolus vulgaris L.) é a espécie mais cultivada dentre
as demais do gênero Phaseolus, considerando vários gêneros e espécies, onde é
cultivado em 117 países em todo o mundo, com a produção em torno de 25,3
milhões de toneladas, em uma área de 26,9 milhões de hectares, considerando
apenas o gênero Phaseolus, em 2006, 67,3% (12,7 milhões de toneladas) foram
originados de apenas 6 países, sendo o Brasil o maior produtor (18,2% da
produção), (FAO, 2008 modificado de JUNIOR, 2008).
O feijão representa um dos mais importantes componentes na alimentação da
população brasileira, sendo uma fonte de proteína importante para as classes mais
carentes da população.
No Brasil o feijoeiro vem deixando de ser considerada uma cultura de
subsistência e se tornou uma das culturas mais rentáveis com o uso de alta
tecnologia. Nesse caso, a nutrição mineral se destacou como um dos fatores mais
importantes para o aumento da produtividade nas lavouras de feijão do Brasil.
Segundo Fageria, (1996) o feijoeiro é considerado uma cultura exigente em
nutrientes, por ser extremamente sensível aos estresses ambientais, Roselem,
(1994) considerou o feijoeiro uma planta muito exigente em nutrientes em função do
pequeno e pouco profundo sistema radicular e ao seu ciclo curto.
Silva & Silveira, (2000) relataram que o feijoeiro é uma planta bastante
exigente em nutrientes e, por possuir ciclo curto, necessita que eles estejam
prontamente disponíveis nos momentos de demanda, para não limitar a
produtividade.
Assim levando em consideração estes conceitos e a baixa fertilidade dos
solos brasileiros aonde conduzem o cultivo de feijoeiro, o uso adequado de calagem
e adubação exercem papel importantíssimo no aumento da produtividade desta
cultura, juntamente com outros fatores de produção.
A utilidade prática deste trabalho está no seu uso como instrumento
orientador da adubação do feijoeiro e avaliação do estado nutricional das plantas. As
informações apresentadas podem ser usadas para identificar ou verificar problemas
nutricionais da cultura do feijoeiro, de forma que a deficiência de nutrientes possa
ser corrigida.

1
2 Exigência nutricional do feijoeiro
Para o crescimento e desenvolvimento normais, as plantas necessitam de
certos elementos químicos, que são conhecidos como nutrientes, ou seja são
essenciais para o seu desenvolvimento. Temos treze elementos essenciais para as
plantas, que se classificam de acordo com a proporção absorvida pelos vegetais em
dois grupos, os macronutrientes e os micronutrientes. Os nutrientes classificados
como macronutrientes são: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca),
magnésio (Mg) e enxofre (S). E os nutrientes classificados como micronutrientes
são: boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo)
zinco (Zn), segundo Vieira, (2006) para algumas espécies como o feijoeiro e a soja o
cobalto (Co) também é necessário. Vieira, (1998) comenta que especificamente,
este elemento não é considerado essencial para o feijoeiro, entretanto, sabe-se que
está intimamente ligado ao processo de fixação biológica de nitrogênio (FBN) e,
conseqüentemente, é essencial aos microrganismos fixadores de N.
Segundo Fageria, (1996) a exigência nutricional de uma cultura varia de
acordo com a sua capacidade produtiva, cultivar, fertilidade do solo, irrigação e
condições ambientais.
Sendo o feijoeiro considerado uma planta de alta exigência de nutrientes ele
necessita que os nutrientes estejam á sua disponibilidade quando necessário. Vieira,
(2006) destacou que a disponibilidade de nutrientes logo após a germinação é
essencial para o estabelecimento da cultura, pois qualquer limitação no suprimento
dos nutrientes, no período após a germinação da semente, atrasa e diminui a
formação de raízes, comprometendo assim o crescimento das plantas.
Um dos fatores mais significativos para explicar o baixo rendimento do
feijoeiro é a baixa fertilidade dos solos tropicais, limitando a nutrição da planta,
assim, o feijoeiro é considerado planta exigente em nutrientes, em razão do seu
sistema radicular pequeno e pouco profundo e, também, ao seu ciclo curto, sendo o
nitrogênio e o potássio os nutrientes mais absorvidos e exportados seguidos, em
termos de absorção, de cálcio, magnésio, enxofre e fósforo (Bulisani, 1987) apud
(LEAL, 2008).

2
3 Correção da acidez do solo
Segundo SOUZA (2006), os aspectos relacionados à baixa fertilidade e
presença de elementos tóxicos no solo despontam como dos mais limitantes fatores
responsáveis pela baixa produtividade da cultura do feijoeiro no Brasil.
O crescimento das raízes das plantas é reduzido na presença de excesso de
alumínio (Al), sendo igualmente afetado pela deficiência de cálcio (Ca). Um sistema
radicular pouco desenvolvido limita a absorção de água, nutrientes e,
conseqüentemente, a produtividade das culturas (SOUZA, 2004).
Um dos maiores problemas do cultivo de feijão em solos ácidos é o elevado
teor de alumínio e manganês trocáveis, que prejudica o desenvolvimento das
plantas. Uma das técnicas mais importantes é o uso adequado dos corretivos
agrícolas. A aplicação de calcário traz grandes benefícios ao solo, pois eleva o pH, a
saturação por bases, reduz o alumínio e manganês trocáveis, fornece cálcio e
magnésio e melhora as condições do solo para os microrganismos (QUAGGIO,
1985) apud (VALE, 1996).
Vieira, (2006) considera que o pH do solo oferece as melhores condições
para o desenvolvimento do feijoeiro fique na faixa de 6,0. Observe na figura 1 que
nesta faixa os nutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S, B) encontram – se em disponibilidade
máxima ou ainda em boa disponibilidade (Mo, Fe, Cu, Mn, Zn), ao passo que a
concentração de alumínio tóxico é reduzida ao mínimo.

Figura 1. Relação entre o pH e a disponibilidade dos elementos no solo.


Fonte: Malavolta, (1980).

3
A correção da acidez superficial se faz necessária para obter melhores
produtividades das culturas e maior eficiência no uso da água e nutrientes. Para
essa correção o insumo agrícola mais utilizado é o calcário. A pratica utilizada para
correção da acidez na camada arável (0 – 20cm) do solo é a calagem. O índice de
pH em água a ser atingido para uma produção de grãos é de 5,5 a 6,3, pois nesses
intervalos as plantas tem boas condições de assimilação dos nutrientes essenciais.
(SOUZA & LOBATO, 2004).
Para uma boa determinação da dosagem de calcário é essencial uma boa
realização da amostragem do solo, sendo uma amostragem representativa da área
onde se deseja realizar a calagem e posteriormente adubação da cultura que será
cultivada.
O método mais utilizado na região do cerrado para a recomendação do
calcário é a que utiliza a saturação por bases do solo. Sendo que a necessidade de
calcário é calculada pela formula:

N.C.(t/ha) = (V2- V1) x T x f


100
Em que:
V1 = valor da saturação das bases trocáveis do solo, em porcentagem, antes
da correção. (V1 = SB/T x 100) sendo: S = Ca2+ + Mg2+ + K+ (cmolc dm-3);
V2 = Valor da saturação de bases trocáveis que se deseja;
T = capacidade de troca de cátions, T = S + (H+Al3+)(cmolc dm-3);
f = fator de correção do PRNT do calcário f = 100/PRNT.

Então considerando os dados da analise de solos da Fazenda Resplendor


localizada no munícipio de Matupá – MT que estão na tabela 1, e a recomendação
de Souza e Lobato, (2004) para a saturação de bases necessária para o feijoeiro,
que é de 50%, e o fator de correção (f) para um calcario de PRNT de 100% temos a
seguinte recomendação de calagem:

N.C.(t/ha) = ( 50 - 39,02) x 6,56 x 1


100
N.C.(t/ha) = 0,72

4
Então a necessidade de calagem para esse solo é de 0,72 t ha-1 e pode-se
utilizar quanto o calcario calcitico ou o dolomítico, pois o teor de Magnésio no solo
está bom, a relação Ca:Mg esta 1,71:1 e o teor de Mg no solo é de 0,85 cmolc/dm3 e
o mínimo q se deve ter no solo é 0,5 cmolc/dm3.

5
4 Adubação nitrogenada e fixação biológica de nitrogênio
O nitrogênio (N), macronutriente essencial para as plantas, é absorvido e
exportado em grandes quantidades nas colheitas (POTAFÓS, 1998). O nitrogênio
(N) é um dos nutrientes mais importantes na nutrição das plantas, pois é constituinte
básico da clorofila, dos aminoácidos, das proteínas, dos ácidos nucléicos e de outros
compostos no metabolismo da planta, de modo que a produtividade de plantas
cultivadas está diretamente relacionada à sua nutrição nitrogenada (Vieira et al.,
1992).
Por ser o nutriente mais absorvido e o mais exportado pelas plantas, o N deve
ser reposto (Silva et al., 2000) apud (CORREIA, 2008). A forma de reposição do N
ao solo pode ser pelo meio de fixação biológica de nitrogenio (FBN) ou atravéz de
adubação mineral.
A associação do feijoeiro com bactérias do grupo dos rizóbios, capazes de
fixar o nitrogênio atmosférico e fornecê-lo à cultura, é uma tecnologia capaz de
substituir, pelo menos parcialmente, a adubação nitrogenada resultando em
benefícios produtor. Apesar do conceito geral de que o feijoeiro apresenta baixa
capacidade fixadora, os resultados de pesquisa, obtidos em condições de campo,
indicam que é possível que a planta se beneficie da inoculação com o rizóbio,
atingindo níveis de produtividade entre 1500 e 2000 kg há-1. A suplementação com
adubo nitrogenado na época do florescimento permite que este patamar supere os
3000 kg ha-1, conforme dados registrados na região dos Cerrados (STRALIOTTO,
2002).
Em condições de solos ácidos a fixação biológica de nitrogênio é deficiente,
como é o caso do cultivo do feijão na maioria das vezes em nosso País. Embora o
feijoeiro via associação com a bactéria do gênero Rhizobium phaseoli bv tropici,
atenda parte da sua exigência, no entanto, a quantidade fornecida por esse
processo normalmente é insuficiente, necessitando ser complementada, por meio da
adubação mineral (CORREIA, 2008).
Vargas et al, (2004) relatam que a baixa eficiência no processo de FBN do
feijoeiro em comparação com a soja, devido ao feijoeiro ser originário das Américas
encontram-se nos solos estirpes nativas de rizóbio capazes de nodulá-lo. A
presença dessas estirpes no solo podem ser em grandes quantidades em algumas
áreas, essas populações nativas apresentam baixa eficiência em fixadora e

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competem pelos sítios de infecção nodular nas raízes com as estirpes introduzidas
por meio de inoculação.
Outros fatores podem interferirem na FBN, como os fatores relacionados à
planta hospedeira também podem interferir no processo de FBN. Dentre esses,
destacam-se o ciclo curto da cultura (BARRADAS, 1989), a senescência precoce
dos nódulos (HUNGRIA & FRANCO, 1988) apud (VARGAS, 2004) e, principalmente,
a grande variabilidade genética que existem entre as cultivares de feijoeiro em
relação ao potencial de FBN (PERES, 1994).
Vargas, (2004) comenta que apesar de todas as restrições, vários resultados
indicam que o feijoeiro pode beneficiar-se consideravelmente do processo biológico,
sobretudo porque os inoculantes incluem estirpes mais eficientes do que as
existentes nos solos brasileiros.
Souza & Lobato, (2004) relatam quem nem sempre a inoculação no feijoeiro é
satisfatória, mas mesmo assim é recomendada, os autores recomenda dissolver
100g de açúcar em um litro de água, adicionar essa solução açucarada na
proporção de 300 a 400 ml por 50 kg de sementes, misturar bem adicionando 500 a
600 g de inoculante turfoso por 50 kg de sementes.
Então como o feijoeiro não é auto-suficiente do N pela fixação de N2, é
recomendado realizar a adubação com N mineral, essa adubação deverá ser
realizada a adubação de semeadura e a adubação de cobertura. Souza & Lobato,
(2004) recomendam a adubação com N mineral no sulco de semeadura pela
expectativa de rendimento da cultura, que está na tabela 2, então utilizando a
expectativa de rendimento de 3 t ha-1 a recomendação de N mineral na semeadura é
de 20 kg ha-1, e a adubação de cobertura recomendada por Souza & Lobato, (2004)
através da expectativa de rendimento da cultura é de 40 kg ha-1 e a recomendação
está na tabela 3.
Segundo Arf et al. (1999), a absorção do nitrogênio ocorre praticamente
durante todo o ciclo da cultura, mas a época de maior exigência, quando a
velocidade de absorção é máxima, acontece dos 35 aos 50 dias da emergência da
planta. Desta forma, a adubação nitrogenada deve ser realizada de modo a propiciar
boa nutrição da planta no período em que ainda é possível aumentar o número de
vagens por planta, isto é, até o início do florescimento (Rosolem, 1994).

7
Com base em trabalhos realizados no Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e
Feijão (CNPAF), para uma cultivar com ciclo de 90 dias, a melhor época situa-se em
torno de 35 a 40 dias após o plantio, em condições ambientais normais,
principalmente de temperatura e umidade do solo. Na época de inverno, o ciclo
prolonga-se um pouco mais, devido á baixa temperatura (FAGERIA,1996).

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5 Correção e adubação do fósforo
O fósforo é um dos nutrientes que mais merece atenção para produção
agrícola na região do cerrado, onde sua disponibilidade em condições naturais é
muito baixa. A adubação fosfatada, dessa forma, é pratica inmprescindível nesse
ambiente (SOUZA & LOBATO, 2004)
A resposta a adubação fosfatada depende entre outros fatores, da
disponibilidade de P no solo, da disponibilidade de outros nutrientes, da espécie e
variedade vegetal cultivada e condições climáticas (SOUZA, 2003).
A correção da acidez é uma prática que contribui para aumentar a
disponibilidade de P do solo e a eficiência dos fertilizantes fosfatados. Essa maior
eficiência pode ser observada na Figura 1, em que para a dose de 200 kg ha-1 de
P2O5, na área sem calagem, a produtividade foi de 1,32 t ha-1 de grãos de soja,
enquanto com essa mesma dose, na área onde foi realizada a calagem, a
produtividade da soja foi de 3,04 t ha-1. Além disso, com a calagem, a produtividade
obtida com a dose intermediária de P foi próxima daquela com a dose máxima, o
mesmo não ocorrendo na ausência de calagem (Adapatado de SOUZA, 2003).

Figura 2. Produtividade média de grãos de cinco variedades de soja em área com


duas doses de calcário e três doses de fósforo, aplicadas a lanço, na forma de superfosfato
simples, em Latossolo Vermelho Escuro argiloso (adaptado de EMBRAPA, 1976). Fonte:
SOUZA, (2003).
9
Duas proposições são apresentadas para a indicação de adubação fosfatada
corretiva: a correção do solo de uma só vez, com posterior manutenção do nível de
fertilidade atingido e a correção gradativa, através de aplicações anuais no sulco de
semeadura (SOUZA & LOBATO, 2004).
A adubação corretiva gradativa pode ser utilizada quando não há a
possibilidade de fazer a correção do solo de uma só vez. Esta prática consiste em
aplicar, no sulco de semeadura ou a lanço, uma quantidade de P de modo a
acumular, com o passar do tempo, o excedente e atingindo, após alguns anos a
disponibilidade de P desejada.
Para fazer uma recomendação de adubação fosfatada para a correção do
solo deve-se conhecer o plano de utilização da gleba, incluindo a seqüência de
culturas, o prazo de utilização e a expectativa de produção (SOUZA, 2003).
A interpretação da análise de solo atráves neste trabalho foi realizada através
do método com base no teor de argila e P extraído por Mehlich 1 de acordo com o
recomendado por Souza & Lobato,( 2004).
Interpretando a análise de solos da Fazenda Resplendor (tabela 1), que foi
através da tabela 4 pelo método com base no teor de argila e P extraído por Mehlich
1, que é o recomendado por Souza & Lobato, ( 2004), assim temos que o teor de
fósforo no solo está médio. Com base neste resultado foi realizada a interpretação
da quantidade de fosfóro exigido para adubação corretiva do solo, na tabela 5, o
resultado obtido foi a quantidade de 50 kg ha-1 de P2O5, com este dado pode – se
realizar tanto a adubação corretiva total ou a correção corretiva gradativa, sendo a
melhor opção a ser usada escolhida pelo produtor.
Quanto a adubação de manutenção, também chamda de adubação de
semeadura, Souza & Lobato, (2004) sugerem usar a adubação de acordo com a
expectativa de rendimento da cultura de acordo com a cultura a ser cultivada, no
caso do feijoeiro o recomendado está na tabela 2, que o recomendado é 60 kg ha-1
de P2O5. Caso o produtor adotar a adubação corretiva gradativa ele adicionará mais
a quantidade da adubação corretiva juntamente com a adubação de semeadura.

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6 Correção e adubação potássica
O potássio (K) é exigido pelo feijoeiro em quantidades relativamente
elevadas, menores apenas que as de N. Além disso, a quase totalidade do K
absorvido pelo feijoeiro são até 40 - 50 dias após a emergência. Esses são fatores
que indicariam alto potencial de resposta ao K aplicado na cutura (ROSELEM,
1994).
Segundo Bernardi et al, (2003) devido às baixas reservas do nutriente nos
solos do Cerrado e à grande extração pela maioria das culturas, a adubação
potássica é a melhor forma de fornecer este nutriente às plantas.
As doses de potássio são recomendadas com base na análise química do
solo. Em geral, a dose de potássio varia de 30 a 90 kg ha-1 (BARBOSA FILHO,
2005).
Segundo Vilela, (2004) para solos da ragião do cerrado, têm – se adotado
dois sistemas de correção da deficiência de potássio. O primeiro, conhecido como
adubação corretiva total, consiste em aplicar doses de potássio para suprir a falta de
potássio no solo, seguida de aplicações anuais para repor a extração de potássio
pelas culturas. O outro, adubação corretiva gradual, consiste em aplicar anualmente
doses de potássio pouco acima da necessidade das culturas.
Interpretando a análise de solos pela tabela 6, que foi proposta por Souza &
Lobato, (2004) o teor do nutriente no solo está alto sendo assim não necessário
realizar adubação corretiva para o nutriente.
Então como o teor de potássio no solo foi interpretado como alto Souza &
Lobato, (2004) recomendam realizar a adubação de manutenção equivalentes a
50% da extração de potássio pelas culturas. A recomendação de adubação de
semeadura é realizada atrávez da tabela 2, realizado de acordo com a expectativa
de rendimento da cultura e da interpretação da análise do solo. Então considerando
uma expectativa de rendimento de 3 t ha-1 a recomendação da tabela é de 40 kg ha-1
de k2O, mas como o teor do nutriente no solo está alto e os autores recomendam
utilizar 50% do extraído pela cultura deverá ser utilizado 20 kg ha-1 de K2O.

11
7 Adubação com enxofre
O feijoeiro, por se tratar de uma leguminosa que apresenta elevados teores
de proteínas, exige quantidades elevadas de enxofre (S) para seu desenvolvimento,
pois o nutriente, além de estar envolvido em processos enzimáticos e reações de
oxirredução, é constituinte dos aminoácidos cistina, cisteína e metionina, que
constituem cerca de 90% do total de S da planta (Marschner, 1995; Malavolta et al.,
1997) apud (CÉSAR, 2008).
No que diz respeito à adubação sulfatada, vários pesquisadores têm se
preocupado em estudar o efeito de doses de S no feijoeiro e seus reflexos na
produtividade (VITTI et al., 1982; FURTINI NETO et al., 2000). Rosolem e
Marubayashi (1994) sugerem a aplicação de 20 kg ha-1 de S, quando o seu teor no
solo for inferior a 2,0 mg kg-1. Em áreas de cerrado, Rein e Souza, (2004)
recomendam a aplicação de 15- 30 kg ha-1 de S, mesmo em solo com teor médio (5-
9 mg dm-3 de S), principalmente, em áreas bem adubadas com os demais nutrientes.
Ambrosano et al. (1996) recomendam a aplicação de 30 kg ha-1 de S em culturas de
feijão com metas de produtividade superiores a 2.000 kg ha-1, independentemente
do teor do elemento no solo.
Souza & Lobato, (2004) recomendam para solos onde não foram realizados
gessagem e o solo seja deficiente em enxofre, aplicar 20 kg ha-1 de enxofre por
cultivo de feijoeiro.
O teor de enxofre no solo da Fazenda Resplendor é de 11,10 mg/dm3, de
acordo com a tabela 7 de interpretação para analise de enxofre nos solos de
cerrados que foi descrita por Rein e Souza, (2004) o teor de enxofre neste solo está
alto, assim não sendo necessária a aplicação de enxofre no presente ano agrícola. A
tabela para interpretação dos resultados de enxofre no solo é para a profundidade
de 0 a 40 cm, mas os autores sugerem que para análises que dispunham do teor de
enxofre apenas na camada superficial (0 a 20 cm) utilizar os mesmos níveis.

12
8 Recomendação de adubação de micronutrientes
Segundo Galrão, (2004) a aplicação de micronutrientes nos solos de Cerrado
constitui uma prática indispensável para a obtenção de altos rendimentos de
diversas culturas. As principais razões para adotá-la são: carência desses nutrientes
na maioria dos solos, notadamente zinco; cultivo de variedades com alto potencial
de rendimento e, consequentemente, com alta demanda por macro e
micronutrientes; uso crescente de fertilizantes de alta concentração que contém
menores quantidades de micronutrientes como impurezas.
Segundo Souza & Lobato, (2004) a recomendação de micronutrientes para
solos de Cerrado, com base na análise química de solo, ainda é bastante limitada
devido, praticamente, à inexistência de estudos de calibração de métodos da análise
do solo para esses nutrientes. Numa primeira aproximação Galão, (2004) sugere
como base para interpretação de resultados das análises dos solos da Região do
Cerrado, as faixas críticas constantes na tabela 8.
A recomendação de adubação para micronutrientes do Bolteim Cerrados foi
elaborada com base em Galrão, (1984, 1991 e 1996), Ferreira & Cruz, (1991) e
Malavolta, (1986), com base na literatura foram elaboradas recomendações de
adubação para algumas culturas (GALRÃO, 2004).
Interpretando a análise de solos da Fazenda Resplendor para micronutrientes
através da tabela 8, temos o teores baixos dos micronutrientes cobre (Cu) e boro (B)
e os teores de zinco (Zn) e manganês (Mn) estão altos.
A recomendação de Galrão, (2004) para teores baixos desses micronutrientes
é de 2,0 kg ha-1 de boro, 2,0 kg ha-1, essas doses poderão serem jogadas a lanço ou
divididas em três partes e aplicadas na semeadura em três cultivos sucessivos, e
para o zinco e o manganês que estão com teores altos não realizar nenhuma
aplicação. O molibidênio e o colbalto poderão ser aplicados no solo via semente
durante o processo de inoculação com o rizóbio, nas doses de 8 a 20 g de cloreto de
cobalto ou 9 a 20 g de sulfato de cobalto + 50 a 80 g de molibidato de sódio ou 40 a
60 g de molibidato de amônio para cada 80 kg de sementes.

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9 Deficiências e toxidade dos nutrintes
Quando o solo não atende às exigências nutricionais das plantas, tem-se o
início de alterações no metabolismo da planta, causado pela falta de nutrientes,
promovendo desordem nutricional a nível do tecido, caracterizado pelos sintomas
visuais (LEAL, 2008).
Os sintomas de deficiência ou excesso de um elemento mineral têm
semelhança em todas as espécies de plantas (MEYER et al., 1983). O motivo pelo
qual o sintoma de carência do elemento é característico se deve ao fato de que ele
exerce sempre a mesma função, qualquer que seja o vegetal (VOSE, 1963) apud
(LEAL, 2008), entretanto, existem respostas peculiares entre e dentro das espécies,
como resultado da expressão genética, influenciando a distribuição dos elementos
ou a sensibilidade de sistemas metabólicos.
Diversos procedimentos podem ser utilizados direta ou indiretamente na
avaliação do estado nutricional das plantas. Dentre os primeiros estão os métodos
de análise visual, química foliar e da seiva (FONTES, 2001). Neste trabalho iremos
comentar um pouco sobre o método de análise visual e análise química das folhas.

9.1 Análise química foliar


Justos Von Liebig (1803 – 1873), pesquisador alemão considerado o “pai da
Química Agrícola”, acreditava firmemente que através da análise das folhas é
possível fazer recomendação de adubação. Mas para que isto seja possível, é
necessário que haja uma estreita correlação entre as produções obtidas e as
concentrações dos nutrientes nas plantas e entre essas concentrações com as
doses aplicadas de fertilizantes (OLIVEIRA, 2004).
Segundo Oliveira, (2004) nem sempre é possível encontrar estreitas
correlações entre as concentrações dos nutrientes no solo com àquelas encontradas
nas folhas. Sendo assim, a análise foliar e análise do solo são complementares,
oferecendo informações valiosas na solução de algum problema nutricional, como
também no planejamento e na execução de algum programa de adubação.
Segundo Galrão, (2004) a análise química da folha também poderá auxiliar na
recomendação de micronutrientes, principalmente para culturas perenes. No caso do
feijoeiro o período gasto entre a amostragem das folhas e o processamento das
análises, na maioria dos casos, não permite que a correção da deficiência seja feita
14
em tempo hábil, então nesse caso a correção da deficiência será realizada para
atender as necessidades da cultura subsequente. Segundo Rosolem, (1996) assim
como a análise de solo, a análise foliar pode ser usada ao longodas culturas para
detectar problemas de deficiência e toxidez.
Para realizar a amostragem do material a ser enviado ao laboratório, Oliveira,
(2004) recomenda realizar a amostragem do feijoeiro na época do florescimento,
coletando a primeira folha amadurecida apartir do ápice da planta, ou seja, coletar
uma folha completamente desenvolvida apartir do ápice. Rosolem, (1994)
recomenda a coleta de 30 a 40 folhas da área representativa do cultivo.
Para a interpretação do resultado da análise das folhas Souza & Lobato,
(2004) apresentam uma tabela de referência com a concentração correta dos macro
e micronutrientes, onde os nutrientes deverão ser comparados, individualmente, sem
levar em consideração as relações e interações entre eles. Souza & Lobato, (2004)
comentam sobre o Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) o qual
propicia melhor interpretação dos resultados, mas no Brasil atualmente os trabalhos
sobre essa metodologia são bastante escassos, entretando enquanto não dispomos
de um sistema que permita uma interpretação pelo método DRIS, os valores
tabelados são os mais indicados. Na tabela 9 estão as concentrações adequadas de
macro e micronutrientes nas folhas do feijoeiro.

9.2 Diagnose foliar visual


Segundo Coelho, (2002) os sintomas de deficiência podem constituir, no
campo, elementos auxiliares na identificação da carência nutricional. Como na
cultura do feijoeiro a correção da deficiência através da análise química das folhas
não é viavel devido ao tempo de espera do resultado da análise é bastante
recomendada à diagnose foliar visual, podendo identificar a deficiência ou a toxidez
dos nutrientes na planta. Segundo Rosolem, (1994) os resultados da diagnose visual
são extremamente úteis, principalmente no controle da aplicação de micronutrientes,
podendo ser evitada a aplicação onde eles não são realmente necessários.
Segundo Coelho, (2002) as deficiências de nutrientes com base na
sintomatologia podem ser confundidas com sintomas de doenças e disturbios
fisiológicos. Sendo assim necessário para identificação da deficiência com base na
sintomatologia da planta que o técnico já tenha razoável experiência de campo.
15
A seguir descrevermos os sintomas causados pela deficiêncade cada
nutriente.

9.2.1 Nitrogênio
A deficiência de nitrogênio na cultura do feijoeiro é muito comum, tanto em
solo de cerrado como em solo de várzea, ela ocorre em condições de alta lixiviação,
baixo teor de matéria orgânica, volatilização e desnitrificação no sistema solo-planta.
Ocorre a clorose nos folíolos das folhas mais velhas, que caem prematuramente. As
nervuras tornam-se mais destacadas do fundo. Com a evolução da deficiência a
clorose se acentua, podendo, no entanto, permanecer manchas verdes puntiformes,
pequenas, como salpicos. Nesta fase podem aparecer áreas esbranquiçadas em
várias partes do limbo foliar (ROSOLEM, 1994).
Leal, (2008) em um experimento com a omissão de nutrientes a cultura do
feijoeiro observou que na omissão de nitrogênio reduziu significativamente o
desenvolvimento das plantas, afetando o número de folhas, a altura da planta, o
diâmetro do caule e a área foliar, induzindo alterações morfológicas com sintomas
característicos da deficiência de N.
A visualização dos sintomas causados pela deficiência de nitrogênio no
feijoeiro pode ser observada na imagem 1.
A correção de deficiência de N pode ser feita através da aplicação de sulfato
de amônio ou uréia como fontes deste nutriente. O nitrogênio no solo é facilmente
perdido por lixiviação, daí sempre se recomendar sua aplicação parcelada. Dentre
as formas de aplicação de nitrogênio, a de cobertura tem sido a mais eficiente
(rendimento/unidade de nitrogênio aplicado) pois, além de fornecimento do nutriente
em época de maior exigência, a absorção do NH3 pelas folhas inferiores das plantas
pode reduzir as perdas por volatilização (SILVA, 2000).
Segundo Fageria, (1994) é possível obter resposta ao nitrogênio aplicado do
início ao final do florescimento. Se a planta mostrar deficiência após o florescimento,
a aplicação de uréia pode fazer aumentar um pouco o peso de 100 sementes, com
eventual pequeno acréscimo na produtividade. A uréia pode ser aplicada via foliar,
embora seja até possível substituir a cobertura tradicional pela aplicação foliar, esta
não deve ser uma prática generalizada, podemos utilizar aplicações com até
concentrações de 5% com bastante segurança. Eventualmente podem aparecer
algumas manchas de fitotoxicidade, que desaparecem em poucos dias.
16
9.2.2 Fósforo
Segundo Fageria & Baligar (1996), a deficiência de P é considerada a
limitação primária para a produtividade do feijoeiro em regiões tropicais.
A deficiência de fósforo é observada pelos folíolos novos com coloração
verde-azulada, sem brilho e folíolos mais velhos com coloração verde mais clara. Os
folíolos das folhas mais velhas podem apresentar áreas internervais cloróticas, com
pequenas pontuações escuras. Caules mais curtos e finos que o normal, menor
desenvolvimento da planta. Os sintomas se desenvolvem de baixo para cima da
planta (ROSOLEM, 1994).
Leal, (2008) em um experimento com a omissão de nutrientes a cultura do
feijoeiro observou que na omissão de fósforo indicou que os atributos que indicam o
crescimento vegetativo do feijoeiro foram significativamente afetados pela omissão
de fósforo. Ocorreu diminuição do número de folhas, da altura da planta, do diâmetro
de caule e da área foliar em relação ao tratamento completo, resultando em
diminuição da produção de matéria seca de folhas (93%), caule (95%) e raízes
(88%).
A visualização dos sintomas causados pela deficiência de fósforo no feijoeiro
pode ser observada na imagem 2.

9.2.3 Potássio
Segundo Araújo et al, (1996) a deficiência de potássio ocorre com maior
frequencia em solos com baixo teor de matéria orgânica e com muitos anos de
cultivo, em solos arenosos formados de material de origem pobre em potássio, e em
solos de textura pesada, onde o potássio foi lixiviado.
Ao lado do Nitrogênio, o Potássio é um dos elementos mais extraídos pelas
plantas, mas ao mesmo tempo difere do primeiro por não entrar na composição de
compostos específicos, atuando como um elemento catalisador de reações na planta
(ativador enzimático) (FILHO, 2009).
Os sintomas de deficiência de potássio aparecem, primeiramente, nas folhas
mais velhas, devido á mobilidade deste nutriente na planta. Os sintomas inicias que
ocorrem é a necrose marginal das folhas mais velhas é uma indicação universal de

17
deficiência de potássio. A necrose é precedida por manchas cloróticas que se
desenvolvem em coalescência e finalmente tornam-se necróticas nas proximidades
marginais das folhas velhas, podendo progredir para as folhas novas
(FAGERIA,1996).
Em um experimento com a omissão de potássio realizado por Leal, (2008) O
potássio, seguido do fósforo e do nitrogênio, foi o elemento que mais afetou os
parâmetros vegetativos de crescimento do feijoeiro.
A visualização dos sintomas causados pela deficiência de potássio no
feijoeiro pode ser observada na imagem 3.
Segundo Filho, (2009) Normalmente não se recomenda a aplicação de
Potássio via foliar como fonte de nutriente em substituição à aplicação via solo,
porém em casos extremos de deficiência, pode-se aplicar adubos potássicos nas
concentração de 1% na calda, ou seja, 1000g do adubo para 1001 de calda. Os
adubos normalmente utilizados são: KCl; K2SO4; KNO3; (50% do K+ aplicado via
foliar é absorvido entre 1 a 4 dias).

9.2.4 Cálcio
O cálcio é um dos nutrientes que mais limitam a produtividade do feijoeiro em
solos de cerrado. Este nutriente é pouco móvel na planta e, portanto, sua deficiência
aparece primeiramente nas folhas novas. As folhas jovens desenvolvem pequenas
manchas castanhas no tecido internervural, devido á ausência de mesófilo, reduz-se
o crescimento das folhas novas, que se mostram distorcidas e amarelas, o ponto de
crescimento é severamente afetado, reduzindo o crescimento das plantas, que
podem até morrer. Planta deficiente em cálcio e folhas com sintomas de deficiência
de cálcio pode ser corrigida com a aplicação de calcário (FAGERIA,1996).
Leal, (2008) em um experimento com a omissão de nutrientes a cultura do
feijoeiro observou que na omissão de cálcio apresentaram diminuição no número de
folhas, na altura da planta e na área foliar, o que refletiu também na diminuição da
produção de matéria seca das folhas, raiz e caule.
A visualização dos sintomas causados pela deficiência de cálcio no feijoeiro
pode ser observada na imagem 4.

18
As deficiências são, normalmente, corrigidas com aplicação no solo, de
corretivos, de preferência calcário, visando manter corrigir a acidez natural desses
solos (EMBRAPA, 2003).

9.2.5 Magnésio
Entre os macronutrientes, a deficiência de magnésio assume o maior
destaque, após o fósforo e o cálcio, na cultura do feijoeiro, em solos sob vegetação
de cerrado. A deficiência de magnésio começa nas folhas mais velhas, ao contrario
da de cálcio, que começa nas mais novas. Em caso de deficiência severa, o
crescimento da planta é reduzido. As folhas trifolioladas mais velhas desenvolvem
cores internervurais amarelas, com nervuras verdes. A clorose progride do centro
para as pontas (FAGERIA,1996).
A visualização dos sintomas causados pela deficiência de magnésio no
feijoeiro pode ser observada na imagem 5.
Quando os solos são deficientes em magnésio, na correção da acidez do solo
pode ser aplicado calcário dolomítico ou recomenda-se a aplicação, nas folhas, de
sulfato de magnésio a 2%, na base de 300 litros/ha (FANCELLI, 2007).
Normalmente, a aplicação de calcário dolomítico oferece a quantidade
suficiente de magnésio para a cultura. Recomenda-se que os materiais corretivos
apresentem uma relação cálcio-magnésio na proporção 4/1 (EMBRAPA, 2003).

9.2.6 Enxofre
A deficiência de enxofre poderá ocorrer em solos com baixo teor de matéria
orgânica após muitos anos de cultivo, sem aplicação de corretivos e fertilizantes. A
deficiência de enxofre resulta em perda de vigor e produção reduzida. Os sintomas
são observados primeiro nas folhas mais jovens, que desenvolvem clorose e
apresentam tamanhos reduzidos. Apenas em caso de deficiência severa esses
sintomas são verificados nas folhas mais velhas (EMBRAPA, 2005).
Devido à baixa mobilidade do enxofre na planta, folíolos mais novos com
clorose generalizada são mais característicos da deficiência deste elemento, a perca
de coloração esta associada ao papel do enxofre junto à clorofila, na síntese da
proteína relacionada. A deficiência de enxofre tem maior probabilidade de ocorrer
em áreas de solos arenosos e com baixos teores de matéria orgânica, com alta

19
precipitação pluvial e onde haja possibilidade de perdas de enxofre por lixiviação
(FAGERIA,1996).
A visualização dos sintomas causados pela deficiência de enxofre no feijoeiro
pode ser observada na imagem 6.
Segundo a Embrapa (2003), alguns fertilizantes das fórmulas básicas de
adubação contêm o enxofre em quantidade suficiente para a cultura.
A deficiência de enxofre pode ser corrigida com a aplicação de sulfato de
amônio, gesso agrícola ou superfosfato simples (FAGERIA,1996).

9.2.7 Boro
A quantidade de boro requerida para a formação da semente, geralmente, é
maior do que a necessária para o crescimento vegetativo. Dessa forma, mesmo em
situações nas quais a cultura se encontra em solo com boas características físicas e
químicas, podem ser obtidos aumentos na produtividade com a adubação foliar
(ROSOLEM, 1994).
Sua deficiência reduz o crescimento da planta. As folhas ficam com
colorações verde-escuras e deformadas. Em caso de deficiência severa, o broto
terminal morre.
A visualização dos sintomas causados pela deficiência de boro no feijoeiro
pode ser observada na imagem 7.
Mas a recomendação do uso de boro na adubação, entretanto, não pode ser
indiscriminada, uma vez que esse micronutriente pode tornar-se tóxico, se aplicado
em excesso, razão pela qual é necessário se conhecer os níveis adequados deste
elemento no solo e na planta, para se fazer uma recomendação correta. Segundo
Fageria (1996) o nível de boro tóxico foi de 4,4 mg kg-1.
Problemas de toxidez do elemento não ocorrem normalmente em solos
agrícolas, a menos que compostos com B tenham sido adicionados em quantidade
excessiva, como por exemplo, via água de irrigação ou fertilizantes minerais
(GUPTA, 1993) apud (LIMA et al, 2007).
O sintoma visual típico de toxidez de B na maioria das espécies e no feijoeiro
é a queima das folhas, ou seja, clorose e necrose, freqüentemente nas bordas e
pontas das folhas mais velhas.

20
9.2.8 Zinco
Segundo Rodrigues et al, (1997) Na cultura do feijoeiro, a deficiência de zinco
(Zn) é um importante fator limitante da produção, e freqüentemente é corrigida
através de pulverizações foliares com óxido de Zn, sulfato de Zn ou quelatos .
As aplicações foliares são usadas principalmente como procedimento de
emergência quando deficiências inesperadas ocorrem durante as estações de
crescimento (MARTENS et al, 1991).
Segundo Leal, (2008) a omissão de zinco ocasionou efeitos depressivos na
altura das plantas e na produção de massa seca, de caule, em relação ao
tratamentos com soluções nutritivas diferentes.
Devido á imobilidade do Zn no floema e sua associação com reguladores de
crescimento, os sintomas de deficiência de Zn se manifestam, em geral, nas partes
novas das plantas, que se torna uniformemente verde amarelada (RODRIGUES,
1997).
Segundo Rosolem, (1994) as deficiências de zinco causa uma severa
redução no tamanho da planta com entrenós comprimidos. As folhas podem tornar-
se uniformemente de cor verde seco, de tamanhos reduzidos e com folíolos com
formato de ponta de lança.
A visualização dos sintomas causados pela deficiência de zinco no feijoeiro
pode ser observada na imagem 8.
A toxidez de Zn manifesta-se pela diminuição da área foliar, seguida de
clorose, podendo aparecer na planta toda um pigmento pardo-avermelhado, talvez
um Sintomas de excesso Sintomatologia fenol. Além disso, faz diminuir a absorção
de K. No xilema de algumas plantas intoxicadas por Zn acumulam-se tampões
“plugs”, contendo o elementos quais dificultam a ascensão da seiva bruta (Malavolta
et al., 1997).

9.2.9 Manganês
A deficiência de manganês na cultura do feijoeiro não é muito comum, mas
pode ocorrer com a elevação do pH acima 6,5, devido a insolubilização deste
elemento (SORATTO, 2005).

21
O manganês tem importante papel no metabolismo das plantas, atuando em
processos de ativação de diferentes enzimas, síntese de clorofila e fotossíntese
(FAGERIA, 2001) apud (SORATTO, 2005).
A deficiência de manganês em feijão é caracterizada por enrugamento das
folhas e murchamento. As plantas afetadas ficam pequenas, com caules delgados
de coloração verde-pálido e folhagem amarela. A formação de ramos não é
inicialmente afetada, mas o caule pode cessar o crescimento se a deficiência
persistir. Há redução na produção de flores, vagens e grãos (Rosolem, 1994). O que
acaba acarretando baixa produção.
No caso de toxidez, a planta apresenta-se com pontuações escuras nos
folíolos medianos, que coalescem; encarquilhamento e queda de folhas.

9.2.10 Molibdênio
A deficiência de molibdênio afeta o metabolismo do nitrogênio devido à sua
participação como componente da nitrogenase, enzima relacionada à fixação do
nitrogênio pelas leguminosas, e da redutase do nitrato, responsável pela redução
deste em nitrito no processo de assimilação do nitrogênio (MARSCHNER, 1995;
ZIMMER & MENDEL, 1999) apud (FERREIRA, 2003).
Segundo Ferreira, (2003) a deficiência de molibdênio (Mo) ocorre devido à
exportação do Mo pelas sementes, à deficiência natural de alguns solos, à
intensificação da produção e à não realização de adubação molíbdica pela maioria
dos agricultores, aos poucos estão se exaurindo as reservas naturais de molibdênio
no solo, o que pode afetar a capacidade produtiva das culturas.
No feijoeiro, é comum o sintoma característico de deficiência de N, clorose
uniforme nas folhas velhas, que podem evoluir para necrose.
Quanto a correção de deficiência pode se aplicar a adubação foliar com
molibdato de amônio ou sódio pode ser uma alternativa mais fácil e barata, pois em
experimento de campo.
É pertinente salientar que a deficiência de Mo tem maior chance de ocorrer
em plantas que receberam N na forma de nitrato e não de amônio, uma vez que o
nitrato na planta necessita ser reduzido (por enzimas ativadas por Mo) e o amônio
não.

22
9.2.11 Ferro
Nutriente essencial ao metabolismo energético atua na fixação do nitrogênio e
desenvolvimento do tronco e raízes.
Carência de Ferro ocasiona perda da intensa coloração nas folhas, ocorrendo
clorose internerval nas folhas novas. Folhas com aparência de vidro, transparentes e
retorcidas (vitrificação). As folhas jovens e terminais, deficientes em ferro,
desenvolvem clorose internervural e, mais tarde, manchas necróticas. Em caso de
deficiência severa, a planta morre ou apenas cessa de crescer.
Quanto à toxidez são raros os casos de toxicidade, pois há rápida conversão
do Fe solúvel em compostos insolúveis, não disponíveis. Tanto a deficiência e a
toxidez não são muito comuns em feijoeiro por se tratar de uma cultura exigente de
boa fertilidade de solo para serem cultivadas, essas deficiências quase sempre não
são vista.

9.2.12 Cobre
Segundo Junior, (2005) sua maior disponibilidade se encontra na faixa de pH
5,0 a 6,5 sendo que em vista destes fatores, aplicações no solo podem não ser
eficientes em condições particulares de solo e clima como, por exemplo, alto teor de
matéria orgânica ou verão quente e úmido.
Para o feijoeiro, Oliveira, (1996) indicam, em casos de deficiência, aplicação
foliar de solução de sais solúveis de Cu imediatamente após a identificação da
deficiência, realizando-se pulverizações adicionais quando reaparecerem sintomas.
As plantas com carência de cobre mostram coloração verde-escura, com
enrrugamento das bordas e encurvamento da ponta do limbo para baixo. Devido á
sua pouca mobilidade no floema, os sintomas de deficiência aparecem, comumente,
nas folhas mais novas.
A visualização dos sintomas causados pela deficiência de cobre no feijoeiro
pode ser observada na imagem 9.
E quanto a sua toxidez alguns autores citam que pode ocasionar alteração
nas raízes podendo perder vigor, tornando-se escuras e grossas, podendo também
ocasionar a deficiência de Fe e P.

23
10 Considerações finais
I. O estudo sobre a nutrição mineral de plantas é de grande importância para
o cultivo da culura do feijoeiro.
II. A determinação da adubação correta para o feijoeiro é de extrema
importância para aumentar a produção da cultura e também para prevenir possíveis
deficiências de nutrientes que poderão prejudicar o desenvolvimento das plantas.
III. As principais deficiências de macro e micronutrientes encontrados no
feijoeiro podem ser prevenidas atráves de uma adubação adequada.
IV. Em caso de surgimento de deficiências de macro e micronutrientes tem-se
a possibilidade de realizar a correção com adubação foliar.

24
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29
12 Anexos

Tabela 1. Resultado de análise de solo


Resultado da análise química.
pH P K K Ca+Mg Ca Mg Al H H+Al M.O
H2O CaCl2 ---mg/dm3--- --------------------------Cmolc/dm3-------------------------- -g/dm3-
5,50 4,70 6,20 98,00 0,25 2,31 1,46 0,85 0,31 3,69 4,00 19,00
Resultado da análise de micronutrientes e enxofre.
Zn Cu Fe Mn B S
---------------------------------------------------mg/dm3--------------------------------------------------
1,80 0,40 111,00 10,00 0,27 11,10
Resultado de análise física.
Areia Silte Argila
-----------------------------------------------------g/kg-----------------------------------------------------
338,00 164,00 498,00
Resultados complementares (calculados).
SB T V Saturação por elementos Relação
Cmolc/dm3 %K Ca Mg H Al Ca/Mg Ca/K Mg/K Ca+Mg/K
---------------------%----------------------
2,56 6,56 39,02 3,81 22,26 12,95 60,36 4,72 1,70 5,80 3,40 9,20

Segue abaixo os cálculos efetuados de acordo com resultados das análises


da tabela 1.
Soma de bases (SB)
SB = Ca + Mg + K
SB = 1,46 + 0,85 + 0,25
SB = 2,56 Cmolc/dm3

C.T.C. a pH 7,0 (T)


C.T.C.= Ca + Mg + K + Na + (H + Al) ou
C.T.C.= SB + (H + Al)
C.T.C.= 2,56 + 4,00
C.T.C.= 6,56 Cmolc/dm3

Saturação por bases (V%)


V%= SB/CTC x 100
V%= 2,56/6,56 x 100
V%= 39,02%

Saturação por elementos


K%= K/CTC x 100
K%= 0,25/6,56 x 100
K%= 3,81%
30
Ca%= Ca /CTC x 100
Ca %= 1,46/6,56 x 100
Ca %= 22,26%

Mg %= Mg /CTC x 100
Mg %= 0,85/6,56
Mg %= 12,95%

Al %= Al/CTC x 100
Al %= 0,31/6,56 X 100
Al%= 4,72%

H %= H/CTC x 100
H %= 3,96/6,56 x 100
H %= 60,36

Relação
Ca/Mg= 1,71
Ca/K= 5,84
Mg/K= 3,4
Ca+Mg/K= 9,24

Tabela 2. Recomendação de adubação de semeadura para a cultura do


feijoeiro em função da expectativa de rendimento e da interpretação da analise de
solo.
Expectativa N P extraível K extraível
de Adequado Alto Adequado Alto
rendimento
t/há Kg/ha ---------kg/ha de P2O5------ ---------kg/ha de K2O--------
3 20 60 30 60 40
4 20 80 40 80 50
5 20 120 60 100 70
Fonte: Souza & Lobato, (2004).

Tabela 3. Doses de N a plicar, em cobertura, em função da expectativa de


rendimento da cultura do feijoeiro.
Expectativa de rendimento N
t ha-1 Kg ha-1
3 40
4 60
5 80
Fonte: Souza & Lobato, (2004).

31
Tabela 4. Interpretação de análise de solo para P extraído pelo método
Mehlich 1, de acordo com o teor de argila, para recomendação de fosfatada em
sistemas de sequeiro com culturas anuais.
Teor de Teor de P no solo
argila Muito baixo Baixo Médio Adequado Alto
% ---------------------------------------mg/dm3-------------------------------------------
≤15 0 a 6,0 6,1 a 12,0 12,1 a 18,0 18,1 a 25,0 >25,0
16 a 35 0 a 5,0 5,1 a 10,0 10,1 a 15,0 15,1 a 20,0 >20,0
36 a 60 0 a 3,0 3,1 a 5,0 5,1 a 8,0 8,1 a 12,0 >12,0
>60 0 a 2,0 2,1 a 3,0 3,1 a 4,0 4,1 a 6,0 >6,0
Adaptado de Souza et al. (1987a). Fonte: Sousa e Lobato, (2004).

Tabela 5. Recomendação de adubação fosfatada corretiva de acordo com a


disponibilidade de fósforo e com o teor de argila do solo, em sistemas agrícolas com
culturas anuais de sequeiro.
Fósforo no solo1
Argila Muito baixa Baixa Média
2
% -----------------------------kg/ha de P2O5 -------------------------------
≤15 60 30 15
16 a 35 100 50 25
36 a 60 200 100 50
>60 280 140 70
1
Classe de disponibilidade de P no solo. Ver tabela 2.
2
Fósforo soluvel em citrato de amônio neutro mais água, para fosfatos acidulados; solúvel em ácido
citrico 2% (relação 1:100) para termofosfatos e escórias; e total para fosfatos naturais reativos.
Fonte: Sousa e Lobato, (2004).

Tabela 6. Interpretação da analise do solo e recomendação da adubação


corretiva de k para culturas anuais conforme disponibilidade do nutriente em solos
de Cerrado.
Teor de K Interpretação Corretiva total Corretiva gradual
----mg/kg---- ------------ kg de k2O/ha -------------
CTC a pH 7,0 menor que 4,0 cmoc/dm3
≤ 15 Baixo 50 70
16 a 30 Médio 25 60
31 a 80 Adequado1 0 0
2
> 40 Alto 0 0
CTC a pH 7,0 igual ou maior que 4,0 comolc/dm3
≤ 25 Baixo 100 80
26 a 50 Médio 50 60
51 a 80 Adequado1 0 0
> 80 Alto2 0 0
1
Para solos com teores de potássio dentro dessa classe, recomenda – se uma adubação de
manutenção de acordo com a expectativa de produção.
2
Para solos com teores de potássio dentro dessa classe, recomenda – se 50% da adubação de
manutenção ou da extração de potássio esperada ou estimada com base na ultima safra.
Adaptado de Souza & Lobato, (1996) Fonte: Souza & Lobato, (2004)
32
Tabela 7. Interpretação da análise de enxofre nos solos de cerrado,
considerando-se o teor médio na camada 0 a 40 cm de proundidade.
S no solo (teor médio de 0 a 40 cm)1 Disponibilidade de S
Mg/dm3
≤4 baixa
5a9 média
≥ 10 alta
1
[(teor na camada de 0 a 20 cm + teor na camada 20 a 40 cm) / 2]; S extraído com Ca(H2PO4) 0,01
mol/Lem água (relação solo:solução extratora de 1:2,5).
Fonte: Souza & Lobato, (2004).

Tabela 8. Interpretação de resultados de análise de micronutrientes em solos


de Cerrado.
Teor B Cu Mn Zn
1
(água quente) -------------------------------Mehlich 1 --------------------
---------
3
-------------------------------mg/dm -----------------------------
Baixo 0 a 0,2 0a4 0 a 1,9 0 a 1,0
Médio 0,3 a 0,8 0,5 a 0,8 2,0 a 5,0 1,1 a 1,6
Alto > 0,8 > 0,8 > 5,0 > 1,6
1
Mehlich 1 (HCL 0,05 mol/L + H2SO4 0,0125 mol/L), na relação solo: solução de 1:10 e com cinco
minutos de agitação.

Tabela 9. Concentrações adequadas de macro e micronutrientes nas folhas


do feijoeiro.
Macronutrientes
N P K Ca Mg S
-1
----------------------------------------g kg -----------------------------------------------
30 – 50 2,5 – 4,0 20 - 25 10 - 25 2,5 – 5,0 2,0 – 3,0
Micronutrientes
B Cu Fe Mn Mo Zn
-1
----------------------------------------g kg -----------------------------------------------
30 – 60 10 – 20 100 – 450 30 – 300 0,4 – 1,0 20 - 100
Fonte: Malavolta, (1989) adaptado de Souza & Lobato, (2004).

33
Imagem 1. Sintomas de deficiência de nitrogênio no feijoeiro.

Imagem 2. Sintomas de deficiência de fósforo no feijoeiro.

Imagem 3. Sintomas de deficiência de potássio no feijoeiro.

34
Imagem 4. Sintomas de deficiência de calcio no feijoeiro.

Imagem 5. Sintomas de deficiência de magnésio no feijoeiro.

Imagem 6. Sintomas de deficiência de enxofre no feijoeiro.

Imagem 7. Sintomas de deficiência de boro no feijoeiro.


35
Imagem 8. Sintomas de deficiência de zinco no feijoeiro.

Imagem 9. Sintomas de deficiência de cobre no feijoeiro.

36

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