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flaviopagliuca@uol.com.br
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• A Comunicação é entendida como a transmissão de estímulos e
respostas provocadas, através de um sistema completa ou parcialmente
compartilhado. É todo o processo de transmissão e de troca de
mensagens entre seres humanos.
Contexto
Contacto
Código
Elementos da Comunicação:
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Codificar: transformar num código conhecido, a intenção da
comunicação ou elaborar um sistema de signos;
Decodificar: decifrar a mensagem, operação que depende do repertório
(conjunto estruturado de informação) de cada pessoa;
Feedback: corresponde à informação que o emissor consegue obter e
pela qual sabe se a sua mensagem foi captada pelo receptor.
Desviar os olhos quando o emissor fala é uma atitude que tanto pode
transmitir a idéia de submissão como a de desinteresse.
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d) postura e movimentos dos corpos: os movimentos corporais podem
fornecer pistas mais seguras do que a expressão facial para se detectar
determinados estados emocionais. Por ex.: inferiores hierárquicos
adotam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus superiores, que
tendem a mostrar-se descontraídos.
e) comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade,
velocidade e ritmo da voz) revela-se importante no processo de
comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens mais
claras do que uma voz agitada.
f) a aparência: a aparência de uma pessoa reflete normalmente o tipo de
imagem que ela gostaria de passar. Através do vestuário, penteado,
maquiagem, apetrechos pessoais, postura, gestos, modo de falar, etc., as
pessoas criam uma projeção de como são e de como gostariam de ser
tratadas. As relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa
fornecer aos outros a sua projeção particular e se os outros respeitarem
essa projeção.
• Conceitos de texto:
A. Segundo Koch e Travaglia
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“As unidades discursivas inter-relacionadas de acordo com princípios lógico-
semânticos constituem textos. Textos caracterizam-se, assim pela coerência
conceitual, pela coesão seqüencial de seus constituintes no plano do
significado, pela adequação às circunstâncias e condições de uso da língua.
O conceito que normalmente temos de texto é empírico. Diante de uma série
de enunciados não inter-relacionados dentro desses princípios lógico-
semânticos, numa dada situação de uso da língua, sabemos que não estamos
diante de um texto.
Para que identifiquemos como texto uma série de enunciados forme um todo
significativo, constitua uma unidade de sentido, nas circunstâncias de uso em
que ocorrem.
Um texto pode ser, portanto, escrito ou falado, apresentar extensão ou
duração de variáveis, concretizar-se em qualquer registro, ou modalidade de
uso, da língua.
Um texto pode ser uma passagem escrita em verso, ou em prosa, um
provérbio, uma legenda de fotografia, uma simples exclamação, a totalidade de
um livro, um artigo de periódico, uma crônica, um verbete de dicionário, uma
reportagem, um anúncio. Um texto pode ser uma seqüência de atos de fala, um
diálogo, uma conversa telefônica, uma conferência, uma aula, um simples
grito, longas discussões acerca de um tema, comentários, informes, notícias
veiculadas oralmente.”
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Coerência está, ligada à compreensão, à possibilidade de interpretação
daquilo que se diz ou escreve. Assim, a coerência é decorrente do sentido
contido no texto, para quem ouve ou lê. Uma simples frase, um texto de jornal,
uma obra literária (romance, novela, poema...), uma conversa animada, o
discurso de um político ou do operário, um livro, uma canção..., enfim,
qualquer comunicação, independente de sua extensão, precisa ter sentido, isto
é, precisa ter coerência.
Portanto, a coerência se estabelece numa situação comunicativa; ela é a
responsável pelo sentido que um texto deve ter quando partilhado por esses
usuários, entre os quais existe um acordo pré-estabelecido, que pressupõe
limites partilhados por eles e um domínio comum da língua.
A coerência se manifesta nas diversas camadas da organização do texto. Ela
tem uma dimensão semântica - caracteriza-se por uma interdependência
semântica entre os elementos constituintes do texto. Tem principalmente uma
dimensão pragmática - é fundamenta, no estabelecimento de mundo, e esse
conhecimento é acumulado ao longo de nossa existência, de maneira ordenada.
Ainda com respeito ao conhecimento partilhado de mundo, devemos dizer
que a ele se acrescentam as informações novas. Se estas forem muito
numerosas, o texto pode se tornar incoerente devido à não-familiaridade do
ouvinte/leitor com essa massa desconhecida de informações. É isto que
acontece, por exemplo, quando lemos um texto muito técnico, de uma área na
qual somos leigos.
Na verdade, quando dizemos que um texto é incoerente, precisamos
esclarecer que motivos nos levaram a afirmar isto. Ele pode ser incoerente em
uma determinada situação, porque quem o produziu não soube adequá-lo ao
receptor, não valorizou suficientemente a questão da comunicabilidade, não
obedeceu ao código lingüístico, enfim, não levou em conta o fato de que a
coerência está diretamente ligada à possibilidade de se estabelecer um sentido
para o texto.
Embora nosso objeto não seja teorizar em demasia o conceito de coerência,
achamos necessário retomar algumas afirmações feitas por Koch e Travaglia
(1989), como pontos de partida para o trabalho com textos que segue: “A
coerência é profunda, subjacente à superfície textual, não-linear, não marcada
explicitamente na estrutura de superfície. (...) Ela tem a ver com a produção do
texto, à medida que quem o faz quer que seja entendido por seu interlocutor.
(...) A coerência diz respeito ao modo como os elementos subjacentes à
superfície textual vêm a constituir, na mente dos interlocutores, uma
configuração vinculadora de sentidos.
(...) A coerência, portanto, longe de constituir mera qualidade ou
propriedade do texto, é resultado de uma construção feita pelos interlocutores,
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numa situação de interação dada, pela atuação conjunta de uma série de fatores
de ordem cognitiva, situacional, sociocultural e interacional.”
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• as frases de letra a de cada par, são facilmente compreendidas, ou seja, tem
coerência;
• as frases de letra b de cada par, apresentam problema de compreensão.
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b, os elementos de coesão não foram usados de forma adequada, por isso não
contribuíram para estabelecer a coerência.
Por exemplo:
Numa primeira leitura, esta mensagem parece vaga: aqui aponta para várias
possibilidades de significação, entretanto cada uma delas claramente se opõe a
“cidade”. Mas, se situarmos esta frase como introdutória ao texto sobre a Mata
Atlântica, o sentido fica mais explícito, sobretudo se a frase for acompanhada
da imagem de um habitante da Mata Atlântica.
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médica, receita culinária, tese, monografia, fábula, crônica, cordel, poema,
repente, relatório, seminário, palestra, conferência, verbete, adivinha, cantiga,
panfleto, sermão, entre outros.
Qualquer manifestação verbal organiza-se, inevitavelmente, em algum
gênero do discurso, de uma conversa de bar a uma tese de doutoramento, quer
tenha sido produzida em linguagem oral ou linguagem escrita.
Os gêneros podem ser identificados por três características fundamentais:
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Dessa forma, a proficiência do aluno em Língua Portuguesa depende
também do conhecimento que ele possa ter sobre os gêneros e sua adequação
às diferentes situações comunicativas. Suas características, portanto, devem ser
objeto de ensino, precisam ser tematizadas nas atividades de ensino.
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