Sei sulla pagina 1di 34

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO

EDUCACIONAL DE BARRETOS

UNIFEB

MECÂNIC A DOS SÓLIDOS


(Notas de aulas)

ENGENHARIA CIVIL
ENGENHARIA AMBIENTAL

Prof. Paula Cacoza Amed Albuquerque


Barretos, 2011
Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 2

1 – TENSÀO MECÂNICA - CONCEITOS FUNDAMENTAIS

1.1 - Definição de Tensão Mecânica


Haste em equilíbrio estático quando sujeita a um sistema de forças axiais e
centradas de intensidade F.

imaginando a separação da haste em 2 partes:

o equilíbrio é garantido pelas Forças Internas.

Força interna no Corpo


Definição: Tensao =
Area em que atua

O valor da tensão depende do ângulo do plano de corte (a área varia com o


ângulo).

⇒ Tensão é um tensor e não um vetor.


∴não valem as leis da álgebra vetorial para as tensões, mas somente para
as suas resultantes.

Considerando o equilíbrio de apenas uma parte do corpo deformável:


∑ Fx = 0 ⇒ − F + ∫ t . dA = 0
→⊕

e admitindo tensão distribuída uniformemente na superfície de corte (t


=cte):
F
t=
A

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 3

Kgf tf N
unidades de tensão : ; ; psi ; = Pa
cm2 m2 m2
Obs.: usualmente aproxima-se como:

1kgf ≅ 10 N
kgf
1 2 ≅ 0,1 MPa
cm

É conveniente substituir a tensão total t por suas 2 componentes ortogonais:

Perspectiva

Vista Lateral

tensão normal (σ) → ⊥ ao plano de corte


tensão tangencial ou de cisalhamento (τ) → // ao plano de corte

1.2 - Teorema de Cauchy


Considerando o mesmo corpo anterior, pode-se passar outros planos de
corte imaginários.

elemento de volume de espessura e

em planos //s, tensões t são iguais e


opostas → idem para σ e τ

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 4

∑M

A = 0 ⇒ τ( ae )b − τ' ( be )a = 0

∴ τ = τ′ ( Teorema de Cauchy)
tensões de cisalhamento em planos perpendiculares são iguais, convergindo ou
divergindo de uma mesma aresta.

1.3 - Tensão no Ponto


Corpo em equilíbrio estático sob a ação de um sistema de forças espacial:

∆F → resultante da força interna que atua na área ∆S

∆F
t = lim
∆S→0 ∆S

∆Fn
σ = lim
∆S→0 ∆S

∆Ft
τ = lim
∆S→0 ∆S

1.4 - Estado Triplo de Tensão


Referindo as tensões a um sistema de coordenadas cartesianas tri-ortogonal,
as tensões em torno de um ponto ficam:

Analisando um elemento de volume em torno do ponto A, têm-se o seguinte


Estado de Tensão:

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 5

Apenas 6 tensões independentes

Do Teorema de Cauchy: τxy = τ yx


τxz = τzx
τyz = τzy

1.5 - Estado Duplo ou Plano de Tensões

No caso mais comum, na prática, de considerar que as ações sobre os corpos


atuam em um único plano, têm-se um caso particular do Estado Triplo de Tensões
onde 2 faces paralelas estão isentas de tensões

Caso todas as ações estejam contidas no plano xy, vem:

σz = 0 = τzx = τzy
″ ″
τxz = τyz

O estado duplo de tensão fica determinado conhecendo-se apenas 3 tensões


independentes em cada ponto: σx, σy e τxy = τyx = τ

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 6

vista pelo plano sem tensões

2. ESFORÇOS SOLICITANTES

2.1 Introdução
Considere um corpo em equilíbrio estático, no espaço, e as tensões num
ponto de coordenadas qualquer (y,z) numa seção de corte imaginário.

Define-se como Esforço Geral Solicitante a resultante das tensões σx, τxy e
τxz que atuam em todos os pontos do plano de corte imaginário, podendo ser
decomposto em:
∫ σ x .dS = N (força Normal; // a x)
S

∫τ
S
xy .dS = Vy (força Cortante; // a y)

∫τ
S
xz .dS = Vz (força Cortante; // a z)

∫σ
S
x .y.dS = M z (Momento Fletor; em torno de z)

∫σ
S
x .z.dS = M y (Momento Fletor; em torno de y)

∫ (τ
S
xz .y − τ xy .z)dS = T(Momento Torsor; em torno de x)

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 7

No caso particular de Estrutura Plana, onde todas forças são aplicadas em


um único plano, por exemplo, plano xy, são nulas as tensões paralelas a z, e
restam:

σx = σ 
 apenas 2 tensoes no plano de corte.
τ xy = τ 

e apenas 3 componentes do Esforço Geral Solicitante, pois as distâncias paralelas a


z também são nulas:
N = ∫ σ.dS ; V = ∫ τ.dS; M = - ∫ σ.y.dS
S S S

Objetivo: Determinar σ e τ a partir do conhecimento de N, V e M e das leis de


variação das tensões.

2.2 Vinculação das Estruturas Planas

2.2.1 Definições

a) Estrutura plana: conjunto de elementos lineares cujas dimensões transversais


são menores do que o seu comprimento de modo significativo.

b) Barra simples (barra): elemento linear com função estática de transmitir apenas
N.

c) Barra geral (chapa) :elemento linear com função estática de transmitir N,V e
M.

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 8

d) Vínculos (apoios): elementos de ligação entre chapas, barras e a “chapa-terra”.


e) Nó: encontro de apenas barras simples (2 ou mais).

Uma chapa possui 3 graus de liberdade no plano ≡ 3 deslocamentos


independentes.

Um nó possui 2 graus de liberdade no plano.

Os vínculos são utilizados para impedir esses movimentos.

2.2.2. Vínculos Planos Básicos

VÍNCULOS MOV. IMPEDIDOS

Apoio Móvel 1

Apoio Fixo 2

Engaste Fixo 3

Engaste Móvel 2

Rótulas (artic.) 2

Nó 0

Ressalvas:

Barra ⇒ impede 0 movimentos

Chapa ⇒ impede 2 movimentos

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 9

Chapas ⇒ 2(c-1)

Para cada movimento impedido, há uma reação de apoio correspondente.

2.3 Determinação Estática

Uma estrutura composta por c chapas, n nós e b barras ( reais ou vinculares)


fica em equilíbrio estático segundo o n.º de movimentos impedidos no plano, onde:
bnec = 2n + 3c
< b nec → Estrutura Hipostatica

qdo: b ex = b nec → Estrutura Isostatica
> b → Estrutura Hiperestatica
 nec

2.3.1 Exemplos
1)
c =1 

bnec = 3 × 1 = 3 Isostático ou Determ.
bexist = 3 

2)

c =1 

bnec = 3 × 1 = 3 1x Hiperestático
bexist = 4 

3)

c=2 

bnec = 3 × 2 = 6 Isostático ou Determ.
bexist = 6 

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 10

2.3.2 Problemas Propostos: Determinar estaticamente as estruturas abaixo


1) 2)

3)

2.4 Convenção de Sinais para os Esforços Planos

Estrutura plana em equilíbrio estático

Separando a estrutura em 2 partes através de um corte normal ao seu eixo,


podemos determinar os esforços solicitantes pela imposição do equilíbrio estático
de cada parte separada.

> 0 → tracao > 0 → rotacao horaria


N V
< 0 → compressao < 0 → rotacao anti - horaria

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 11

> 0 → traciona em baixo


M
< 0 → traciona em cima

Os esforços solicitantes são iguais e opostos em cada parte separada


⇒basta determinar apenas em uma parte.
Conhecidas as ações e reações, os esforços solicitantes podem ser
determinados através das Equações de Equilíbrio Estático.

2.5 Tipos de Ações

a) Cargas Concentradas

b) Cargas Distribuídas

uniforme

linear

qualquer

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 12

c) Cargas Momento

2.5.1 Cálculo de Reações de Apoio

∑ Fh = 0

Equaçoes de Equilibrio∑ Fv = 0

∑ M 0 = 0

Exemplo 1) Determinar as reações de apoio da viga abaixo.

Determinação Estática:

c =1 

b nec = 3 × 1 = 3Isostatico ou Determinado
b exist = 3 

Aplicação das Equações de Equilíbrio:

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 13

∑F H =0 →⊕ ∑F V = 0 ↑⊕ ∑M A = 0 ( horario ⊕)
HA = 0 • VA + VB = 110 40 × 2 + 70 × 4 − VB × 6 = 0
80 + 280 = 6VB
∴ VA = 110 − VB VB = 60kN •
VA = 110 − 60
VA = 50kN •

Exemplo 2) Determinar as reações de apoio da viga abaixo.

Determinação Estática:

c =1 

b nec = 3 × 1 = 3Isostatico ou Determinado
b exist = 3 

Aplicação das Equações de Equilíbrio:

∑F H =0 →⊕ ∑F V = 0 ↑⊕ ∑M B = 0 ( horario ⊕)
H A − 30 = 0 VA + VB − 40 − 100 = 0 VA × 6 − 40 × 5 − 100 × 2 = 0
H A = 30kN • VA + VB = 140 6VA − 200 − 200 = 0
400
VA = = 66,67 kN •
∴ VB = 140 − VA 6
VB = 140 − 66,67
VB = 73,33kN •

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 14

Problemas Propostos : Determinar as reações de apoio.

1)

2)

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 15

2.5.2 Cálculo Analítico dos Esforços Solicitantes

Cálculo dos Esforços M, N e V em função de uma abscissa x, que


corre ao longo do eixo da chapa.

Exemplo 1)

∑F H =0 →⊕ ∑F V = 0 ↑⊕ ∑M A = 0 ( horario ⊕)
HA = 0 • VA + VB = 60 20 × 1 + 20 × 3 − VB × 5 + 20 × 7 = 0
220
VB =
∴ VA = 16kN • 5
VB = 44 kN •

Trecho I (0 ≤ x ≤ 1)

Condições de Equilíbrio:

∑F H =0 →⊕ ∑F V = 0 ↑⊕ ∑M S = 0 ( horario ⊕)
N = 0• 16 − V = 0 16x − M = 0
V = 16kN • M = 16x kN. m •

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 16

Trecho II (1 ≤ x ≤ 3)

Condições de Equilíbrio:

∑F H =0 →⊕ ∑F V = 0 ↑⊕ ∑M S = 0 ( horario ⊕)
N = 0• 16 − 20 − V = 0 16x − 20( x − 1) − M = 0
V = −4 kN • M = 16x − 20x + 20
M = 20 − 4 x kN. m •

Trecho III (3 ≤ x ≤ 5)

Chapa à esquerda da Seção S

Condições de Equilíbrio:

∑F H =0 →⊕ ∑F V = 0 ↑⊕ ∑M S = 0 ( horario ⊕)
N = 0• 16 − 40 − V = 0 16x − 20( x − 1) − 20( x − 3) − M = 0
V = −24 kN • M = 16x − 20x + 20 − 20x + 60
M = 80 − 24 x kN. m •

Chapa à direita da Seção S (2 ≤ x’ ≤ 4)

Condições de Equilíbrio:

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 17

∑F H =0 →⊕ ∑F V = 0 ↑⊕ ∑M S = 0 ( horario ⊕)
N = 0• V + 44 − 20 = 0 20x'−44( x'−2) + M = 0
V = −24 kN • 20x'−44 x'+88 + M = 0
M = −88 + 24 x' kN. m •

Trecho IV (0 ≤ x’ ≤ 2)

Condições de Equilíbrio:

∑F H =0 →⊕ ∑F V = 0 ↑⊕ ∑M S = 0 ( horario ⊕)
N = 0• V − 20 = 0 20x'+ M = 0
V = 20kN • M = −20x' kN. m •

Representação gráfica dos Esforços

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 18

Exemplo 2)

∑F H =0 →⊕ ∑F V = 0 ↑⊕ ∑M A = 0 ( horario ⊕)
HA = 0 • VA + VB = 120 120 × 3 − VB × 6 = 0
∴ VA = 60kN • VB =.60kN •

Trecho I (0 ≤ x ≤ 6)

Condições de Equilíbrio:
∑F H =0 →⊕ ∑ FV = 0 ↑ ⊕ ∑M S = 0 ( horario ⊕)
N = 0• 60 − V − 20x = 0 x
60x − 20x ×
−M=0
V = 60 − 20x • 2
M = 60x − 10x 2 kN. m •
Representação gráfica dos Esforços

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 19

Problema Proposto 1)

2.6 Relações Diferenciais entre os Esforços

viga sob carga distribuída qualquer p=p(x)

Analisando o trecho entre duas seções distantes de um infinitésimo dx:

∑ Fy = 0 ⇒ V - p.dx - (V + dV) = 0
↑⊕

dV
= − p (I)
dx
dx
∑M

esq = 0 ⇒ M - (M + dM) + p.dx.
2
+ (V + dV).dx = 0

despresando diferenciais de 2ª ordem:


dM
V= (II)
dx
Substituindo (II) em (I):
d  dM  d2M
  = −p ⇒ = − p (III)
dx  dx  dx 2
Faculdade de Engenharia de Barretos 1997
Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 20

Conclusões:
V = tem variaçao linear
1 - Onde p ≠ 0 ⇒ 
M = tem variaçao parabolica 2º grau
V constante
2 - Onde p = 0 ⇒ 
M linear
3 - A funcao V e um grau acima da funçao p(carga)
4 - A funçao M e um grau acima da funçao V
5 - A funçao M e dois graus acima da funcao p(carga)

CORRESPONDÊNCIA ENTRE AÇÕES E ESFORÇOS


P V M

p=0 x0 x1

x0 x1 x2

x1 x2 x3
xn xn+1 xn+2

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 21

2.7 Chapa Bi-apoiada Submetida a um Carregamento Uniformemente


Distribuído

A B

ι
pl

R = pl/2
A R = pl/2
B

pl/2 pl/2

pl
8
O momento é máximo quando sua derivada for zero,

dM
=0 V=0
dx

ou seja, no ponto onde a cortante for zero.

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 22

2.8 Construção Gráfica da Parábola

ι .

4
0

2
1 3 pl
8
2 2

3
1

4 0

2.9 Superposição de Efeitos

MA A B MB

ι .
=
+

MA MB
=
+

MA MB

2
pl
8

MA MB

pl
8
Faculdade de Engenharia de Barretos 1997
Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 23

3 - FORÇA NORMAL

3.1 – Introdução
O principal objetivo do estudo da mecânica dos materiais é proporcionar ao
engenheiro os meios que o habilitem para a análise e projeto de várias estruturas de
máquinas sujeitas a diferentes carregamentos. Isto implica na determinação das
tensões e deformações.

3.2 - Ensaio de Tração Simples

λ λ

• Corpos de prova de mesmo material


• P é aplicada no CG da seção transversal
• P varia lentamente desde zero até a carga de ruptura PR

Sendo: S1 ≠ S2 ≠ S3 → PR2 ≠ PR2 ≠ PR3

PR1 PR2 PR3


Mas : = = =σR tensões de ruptura
S1 S2 S3 do material

PR não depende de λ e nem da geometria da seção transversal.

Hipóteses:
• material homogêneo e isótropo
• σ é uniformemente distribuída na seção transversal

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 24

N
σ=
S
σ
⇒ ⇒

(aplicado no
CG)

Exemplo 1: Considerando a estrutura abaixo que consiste em barras AB e


BC, verificar se a mesma suporta com segurança a carga de 30 kN aplicada no
ponto B, sendo a tensão admissível do material (σadm ) igual a 165 Mpa. A área da
barra AB é de 2 x 10-4 m2 e da barra BC de 3,14 x 10-4 m2.

1,5
tgα = ⇒ α = 36,86º
2

∴ senα = 0,6

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 25

cosα = 0,8

λBC = 2,5m

Fazendo-se a somatória das forças atuantes no nó B, temos:

∑ Fy = 0 ⇒ NBC.senα = 30 ⇒ NBC = 50kN

∑ Fx = 0 ⇒ NBC.cosα = NAB ⇒ NAB = 40kN

Unidades: 1kPa = 103 Pa = 103 N/m2


1MPa = 106 Pa = 106 N/m2
1GPa = 109 Pa = 109 N/m2

N 50 x 103 N
σ= = −4 2
= 159 x 106 = 159 MPa
S 3,14 x 10 m

Conclusão: A estrutura suporta o carregamento pois a tensão não ultrapassou a


admissível.

3.3 – Lei de Hooke

∆λ→alongamento total

∆d →variação de dimensão transversal


λ

∆λ
ε= → deformação longitudinal
λ
∆λ ∆ específica

∆d
εt = → deformação transversal
d
específica

ε t = υε , onde υ→ coeficiente de Poisson

como exemplo: υ ≈ 0,33 → aço comum


0,20 → concreto

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 26

N
N σ=
S
Curva não carac- Curva característica
terística, pois de cada material
depende de S e λ

∆λ
∆λ
ε=
λ

σ σ

σ σ

σ σ
σ
α

α α
ε ε ε
ε

DÚCTIL FRÁGIL

Mat. Frágil → ruptura após pequena deformação


Mat. Dúctil → ruptura após grande deformação

OA → Fase elástica → ao retirar a carga o material recupera a deformação


AC → Fase plástica → ao retirar a carga o material apresenta deformação
residual εR

σe→ tensão de escoamento (material deforma sem aumentar a tensão)


σp→ tensão limite de proporcionalidade (σp ≈ σe)
σR→ máxima tensão normal ou tensão de ruptura

σ = E.ε Lei de Hooke (vale p/ σ ≤ σp)

E → módulo de Young ou de deformação longitudinal


Faculdade de Engenharia de Barretos 1997
Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 27

Enquanto σ < σR, o material não rompe. Por segurança faz-se:

σ R
 s (FRÁGIL)
σ≤σ= tensão admissível
 σ e (DÚCTIL)
 s

s ≥ 1 → coeficiente de segurança

s é fixado por Normas Técnicas (ABNT)


σe, σR, E, ν → são propriedades mecânicas características de cada material.

3.4 - Alongamento Elástico ∆λ

x
N = ∫ dP = ∑ Pi
0
λ

Analisando um elemento de comprimento dx:

∆dx 
ε=  σ
dx ∆dx = dx
E
σ = E.ε 

∆ N N
como: σ= ⇒ ∆dx = dx
S ES
λ
Considerando ∆λ = ∫ ∆dx e ES = cte, temos:
0

1 λ Nλ
∆λ = ∫ Ndx ⇒ ∆λ = Lei de Hooke na forma generalizada
ES 0 ES

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 28

3.5 – Energia de Deformação

∆λ

∆λ ∆λ
∆λ

Ao aplicar a carga lentamente desde zero até o valor final, o alongamento


varia linearmente com a carga até atingir o valor final ∆λ.
No instante intermediário i, o trabalho realizado pela carga Ni ao aumentar
para Ni + dN é:

dU = N i .d(∆λ)

O trabalho total realizado entre o início e o fim da aplicação da carga é:

U = ∫ dU = ∫ N i .d (∆λ) = área sob o gráfico

1 1 N 2λ
∴U = N .∆λ = (p/ ES = cte)
2 2 ES

3.6 – Deformações

a) Deformação causada pela força axial

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 29


∆λ =
ES
b) Deformação causada pela ação do peso próprio

γ .λ2
∆λ =
2E
c) Deformação causada pela variação de temperatura

∆λ = λ.α .∆t
ε = α.∆t
Obs: geralmente a parcela da deformação causada pela variação de temp. é somada
à deformação axial

4 - TORÇÃO DE BARRAS DE SEÇÃO CIRCULAR

4.1 - Introdução

• barra de seção transversal


circular engastada
• T = momento torsor ou torque
• efeito de T é no plano yz da seção
• carregamento está fora do plano
xy da peça

Convenção de sinal
T > 0 → quando o vetor momento entra
na seção

Hipóteses:
1. - Seção plana permanece plana
→ na deformação elástica, o diâmetro permanece como linha reta
( só vale para seção circular)

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 30

2. - T é o momento resultante de tensões de cisalhamento perpendiculares


ao diâmetro.

(Torção de Saint-Venaut)

) D
AA'= ϕ × = tgγ d × l , onde
2

ϕ → rotação da seção transversal


γd → distorção longitudinal do eixo de diâmetro D.

Mas, para pequenas distorções (pequenas deformações):


D
γd ≅ tg γd ⇒ ϕ × = γ d × l (1)
2

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 31

)
BB'= ϕ × ρ ≅ γ × l (2)

ρ γ ρ
Dividindo (2) por (1): = ⇒ γ = γD × (3)
D/ 2 γD D/ 2

As distorções γ são proporcionais ao raio ρ e o valor máximo ocorre na


superfície da peça (γmáx = γD).

4.2 - Tensões no Regime Elástico

Analisando um trecho entre 2 seções distantes de dx:

Da lei de Hooke: τ = G.γ, onde :


E
G= → módulo de deformação transversal
2 × (1+ ν)
Para o aço comum: G ≅ 80 GPa

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 32

Aplicando a Lei de Hooke à Equação (3):


ρ
τ= × τ max
D/ 2
τ varia linearmente com o raio ρ e é máxima na periferia da seção transversal

dS = ρ.dρ.dθ
Na posição ρ atua a tensão τ na área dS.

D/2 2π D/2
τ max 3
T = ∫ dT =
S
∫ ∫ τ1(ρ4×4 d2ρ4× d43θ) ×
0 0
ρ
{ = 2π ∫
0 D/ 2
ρ dρ
Força braço

πD 3 16 × T
T = τ max × ⇒ τ max =
16 πD 3

4.3 - Rotação Elástica ϕ

D
γ max × dx ≅ d ϕ ×
2
dx
d ϕ = γ max ×
D/ 2
τ
M as: γ max = max e, como:
G
l

ϕ = ∫ dϕ
0

32 T × dx
l
( para seção circular cheia)
π ∫0 G × D 4
⇒ϕ=

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 33

para barras prismáticas de mesmo material (GxD = cte)


32 l

π × G × D 4 ∫0
⇒ϕ= T × dx

32 × T × l
caso T=cte e G x D= cte ⇒ ϕ =
π × G × D4

4.4 - Tubo de Parede Grossa

16 × T × D
τ max =
π( D 4 − d 4 )
32 × T × l
ϕ=
π × G × (D4 − d 4 )

4.5 - Tubo de Parede Fina


Dm
p/ t ≤
10
2×T
τ= 2
π ×Dm ×t
4×T×l
ϕ=
π × G×Dm ×t
3

4.6 - Eixos de Transmissão

P = ω x T = 2πf.T
P → Potência (W=N.m/s)
ω →Velocidade angular
f →freqüência (Hz = s-1)

1rot 1
1 rpm = = Hz
60s 60
1 HP ≅ 746W

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997


Mecânica dos Sólidos - Notas de aula - página 34

Bibliografia
HIBBELER, R.C. (2011). Estática – Mecânica para Engenharia. 12a Ed.
São Paulo. Pearson Prentice Hall editora.

SCHIEL, F. (1978). Introdução à Resistência dos Materiais LTC, São


Paulo.

TIMOSHENKO, S.P. (1978). Resistência dos Materiais, vol I e II, LTC,


São Paulo.

FONSECA, A. (1976). Curso de Mecânica, vol I e II, LTC, São Paulo.

ROCHA, A.M. (1969). Resistência dos Materiais, vol I, Editora Científica,


São Paulo.

SUSSEKIND, J.C. Curso de Análise Estrutural, vol I, Rio de Janeiro.

BEER, F.P. e JOHNSTON JR, E.R. (1995). Resistência dos Materiais.


Makron Books, 3ª edição, São Paulo.

APOSTILAS DE RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS – USP.

Faculdade de Engenharia de Barretos 1997

Potrebbero piacerti anche