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No segundo princípio, as regras de comportamento de um grupo social contribuem para seu fortaleci-
mento apenas se os sujeitos estão de acordo com elas e as interiorizam como padrões de conduta, isto
é, quando seus participantes entendem a importância desses comportamentos e os aceitam. O sujeito,
no contexto do grupo, pode fortalecê-lo ou enfraquecê-lo, internamente e também politicamente
dentro da sociedade mais ampla na qual se insere. Isso não significa dizer que as regras de ação sejam
imutáveis, mas sim que existe um conjunto de normas que são fundamentais para a existência de um
grupo social e que a sua contestação significa o questionamento da própria existência do grupo. Essa
subjetividade do que se considera ético em grupos menos fortalecidos socialmente é ainda mais impor-
tante.
No terceiro princípio, considera-se que o conhecimento acadêmico produzido é um produto com
características diferentes de um produto material, que pode ser comprado no supermercado, mas nem
por isso deixa de ser o resultado de um trabalho desenvolvido por alguém, seja esse alguém uma pessoa
ou um grupo de pessoas conjuntamente, ou mesmo uma instituição. Como resultado de um trabalho,
o conhecimento acadêmico é assinado, datado e localizado, ou seja, produzido por alguém, num certo
momento e em determinado lugar. O conhecimento produzido por uma pessoa ou grupo social, portan-
to, pertence a esse grupo e a ele deve ser creditado, respeitando-se o momento da sua produção e o
local onde foi produzido. A apropriação desse conhecimento por terceiros, anulando ou substituindo
a sua autoria, historicidade ou localidade, é uma ação tão imoral e antiética quanto qualquer outra
ação intencional de apropriação do resultado do trabalho de outro.
Dessa forma, refletir sobre a ética na produção do conhecimento científico significa também localizar
de qual grupo falamos e em que posição esse grupo se encontra na hierarquia acadêmica ou universi-
tária. Essa segunda questão se refere à particularidade do campo de conhecimento da enfermagem e
do conhecimento nela produzido, sua singularidade ética e a importância desse conhecimento para o
fortalecimento do grupo acadêmico da Enfermagem.