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O verdadeiro sentido da vida

Todos nós da espécie humana procuramos o verdadeiro sentido da vida. Alguém pode negar isso?

Madre Tereza de Calcutá encontrou um sentido que ela expressa na frase: "O amor para ser
verdadeiro têm de doer." Continua ensinando que encontrou um paradoxo que quando você ama
até doer não poderá haver mais dor, somente amor. Mas isso me gerou uma dúvida: - se o amor
não estiver doendo como você vai saber se ele é verdadeiro? Parece que mesmo ela não
equacionou o paradoxo, por isso recomenda: "Ame até que doa. Se dói é um bom sinal."

Eu mesmo me pergunto, por que sou tão inquiridor? Não consigo perdoar nem a Madre Tereza?!
Observo que isso faz parte do meu ser. Sempre fez. Tenho fome de entender as pessoas, suas
crenças e seus comportamentos. E aquelas que são referências para a humanidade são fontes
inestimáveis de aprendizado.

Há um provérbio que diz que o exemplo vale mais que o ensinamento. Talvez seja porque ensinar
um comportamento exemplar seja tarefa dificílima e talvez impossível. E se você admira um
exemplo e quer segui-lo, se persistir, sempre encontra uma forma - que é pessoal - de aprender
e também se tornar um exemplo a ser seguido. E essa forma, que na realidade é um
conhecimento, dificilmente se consegue transmitir. Penso que os líderes religiosos, sabedores
dessa difícil ou impossível tarefa de ensinar comportamento, criaram o conceito da fé.

O que é a fé? Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa:



(latim fides, -ei)
s. f.
1. Adesão absoluta do espírito àquilo que se considera verdadeiro.
2. Testemunho autêntico dado por oficial de justiça.
3. Fidelidade.
4. Prova.
5. Crença.

Sou uma pessoa sem fé.


Não tenho adesão absoluta a algum conceito, mas gostaria de conhecer os fundamentos deles. A
forma que disponho para aprender é investigar, pesquisar, inquirir. Das pessoas, procuro
arrancar seu conhecimento, suas crenças, seus fundamentos. Para isso, utilizo a melhor técnica
que já aprendi chamada: "Diálogo e discussão". Porém, constato que a grande maioria das
pessoas já está satisfeita com sua crença e sua fé. Pouquíssimas pessoas se dispõem a debater
outro assunto que não seja política, vida alheia, futebol e que tais.

Voltando à razão de viver - Madre Tereza encontrou a sua. Concluo que seu amor nunca parou de
doer. Era a dor que a movia. Amor que dói, era uma coisa somente dela. Ninguém nunca vai
entender isso, pois nunca alguém associou o amor à dor. O amor não pode doer. Se doer é outra
coisa que não o amor. Para equacionar essa dissonância cognitiva ela enunciou o paradoxo: -
"amar até doer, então não haverá dor, somente amor". Ato contínuo ao estado de puro amor, nas
suas próprias palavras, ela buscava a dor, que era o bom sinal do amor verdadeiro.
Pela sua formação de freira essa interpretação paradoxal faz sentido na fé pela "Via Crucis" onde
Cristo sofreu e morreu para nos salvar. Ela seguiu o exemplo.

Seguir exemplo é um ato de fé, não de conhecimento. Sou mais atraído pelos grandes seres
humanos que agiram baseados no conhecimento. Mahatma Gandhi foi um dos maiores. Agiu
baseado no conhecimento sobre a força da "não violência". Adquiriu esse conhecimento
estudando a vida de Cristo e não pela fé em Cristo. Homem, idealista e corajoso, praticou esse
conhecimento e conseguiu libertar a Índia do julgo Inglês.

Voltando novamente à razão de viver.


J. Krishnamurti professa que a felicidade criativa, viver, significa libertar a mente dos seus
condicionamentos. Aquietá-la. Isso significa parar de pensar. Não existe "o como" parar de
pensar. Cada um deve experimentar isoladamente. E a experiência é sem esforço e sem nenhum
método, ou qualquer tipo de condicionamento.

Respeito muito esse insight do J. Krishnamurti. Faço um paralelo com a vida dos outros seres não
humanos. Eles simplesmente vivem. Não pensam e por isso não se preocupam se a vida têm
sentido. Na classe dos mamíferos, a qual nós pertencemos, reconhecemos facilmente a felicidade
de viver.

J. Krishnamurti diz que o pensamento é a origem do sofrimento. Deve ser mesmo, pois a espécie
humana e a única que sofre por motivos abstratos.

Otávio Gabriel Diniz

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