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Projeto Conceitual de um cinto com air bag

1. Introdução
Cada vez mais o mercado tem imposto aos produtos especificações que vêm se
desenvolvendo e se atualizando de forma muito rápida. As empresas sabem que, para se
manter no mercado, são obrigadas a aprender, a analisar e atender a essas necessidades a
uma velocidade muitas vezes maior que o próprio surgimento delas (HUANG; MAK,
1998; SALGADO et al., 2009).
Dentre os processos de negócio fundamentais para o sucesso das empresas, está o
Processo de Desenvolvimento de Produtos (PDP). Sendo o PDP uma interface entre
empresa e mercado, é essencial que este processo seja estruturado, já que os diversos
fatores de desempenho de um produto (qualidade, custo, tempo de lançamento) são
conseqüências da forma como a organização gerencia seu PDP e quão consistente é o
mesmo. Melhorar um produto implica em oferecer novas características, tecnologias,
formas atrativas, melhorar a qualidade para o seu lançamento no mercado (GAUTAM;
SINGH, 2008).
De acordo com Rozenfeld et al (2006), o PDP pode ser dividido nas macrofases
de Pré-Desenvolvimento, Desenvolvimento e Pós-Desenvolvimento. Dentro da
macrofase de Desenvolvimento estão as fases de Projeto Informacional, Projeto
Conceitual, Projeto Detalhado, Preparação da Produção e Lançamento do Produto.
É na fase do Projeto Conceitual que ocorre a concepção do produto, tanto em
termos de modelagem funcional quanto em requisitos estéticos. O relatório de
especificações Meta, que é elaborado na última atividade do Projeto Informacional, atua
como diretriz do Projeto Conceitual servindo como parâmetro para a tomada de decisão.
A concepção do produto, elaborada a partir das especificações descritas no Projeto
Informacional, integra os princípios de solução e engloba a arquitetura do produto,
layout e estilo do produto, como também o macroprocesso de fabricação e montagem e
lista inicial dos sistemas, subsistemas e componentes principais.
Assim, neste trabalho, será destacada a realização da fase de Projeto Conceitual
no desenvolvimento de um cinto com air bag acoplado.
2. Fundamentação teórica
2.1. Processo de desenvolvimento de produtos
Segundo Toledo et al. (2008), o processo de desenvolvimento de produto (PDP) é
considerado, cada vez mais, um processo crítico para a capacidade competitiva das
empresas, tendo em vista a necessidade, de um modo geral, de renovação frequente das
linhas de produtos, redução dos custos e prazos de desenvolvimento, desenvolvimento
de produtos mais adequados às necessidades do mercado e, para empresas que
participam de redes de fornecimento de componentes e sistemas, capacitação para
participar de estratégias de desenvolvimento conjunto (co-design) com os clientes.
Para Rozenfeld et al. (2006), desenvolver produtos consiste em um conjunto de
atividades por meio das quais se busca, a partir das necessidades do mercado e das
possibilidades e restrições tecnológicas, e considerando as estratégias competitivas e de
produto da empresa, chegar a especificações de projeto de um produto e de seu processo
de produção para que a manufatura seja capaz de produzi-lo.
A inovação é fundamental para o desenvolvimento da sociedade,
rejuvenescimento, crescimento de negócios e críticas para a sobrevivência, a longo
prazo, de uma empresa no mundo dos negócios. Também é reconhecido que a inovação
é mais do que a invenção de novos produtos, mas um complexo conceito
multidimensional, que deve ser visto de diferentes perspectivas, no seu contexto
específico (HÜSIG; KOHN, 2009).
Muitos produtos são feitos de componentes distintos que, por si só, não têm
nenhuma influência para os consumidores finais. Na indústria automobilística, por
exemplo, alguns componentes de sistemas do carro como, motor, sistema de freio,
sistema de suspensão, são usados para apenas um único veículo. Normalmente, um
componente distinto pode ser usado para produzir sistemas de carros diferentes, desde
que as interfaces relevantes sejam padronizadas. É por isso que empresas diferentes
(que podem ou não ser concorrentes), muitas vezes acordam em desenvolver alguns
componentes do produto por meio da cooperação (BOURREAU; DOGAN, 2009).
Sobre os modelos de desenvolvimento de produtos, Ogliari (1999) cita que é
possível encontrar diversos tipos disponíveis na literatura (BACK, 1983;
ROSENTHAL, 1992; VINCENT, 1989; WHEELWRIGHT; CLARK, 1992; COOPER;
EDGETT, 1999; PAHL et al., 2005; ROZENFELD et al., 2006; BACK et al., 2008), e a
principal diferença entre eles ocorre normalmente nas denominações de suas fases,
mantendo-se quase que constantes as suas sequências e conceitos.
2.2. Projeto Conceitual
Segundo o modelo apresentado na figura 1, o PDP pode ser dividido em
macrofases, que se dividem em fases e estas em atividades. A segunda fase da
macrofase de Desenvolvimento é a fase de Projeto Conceitual.
Dentro da fase de Projeto Conceitual, as atividades estão relacionadas com a
busca, criação, representação e seleção de soluções para o problema de projeto
(ROZENFELD et al, 2006). A principal preocupação desta fase é gerar soluções que
vão ao encontro das necessidades do cliente, sendo que elas devem evoluir para chegar
ao mais próximo possível do que o cliente quer (PUGH, 1990).
Nesta fase, o produto é modelado funcionalmente e descrito de maneira abstrata,
sem a preocupação com aspectos físicos, a partir da definição do produto em termo de
suas funções. Para isto, primeiramente é definida a função principal do produto e esta é
desdobrada em várias estruturas de funções do produto, até que uma seja selecionada. A
seguir, princípios de solução são propostos para satisfazer cada uma das funções da
estrutura de funções anteriormente selecionada. Estes são combinados para a criação de
várias alternativas de solução. Para cada alternativa selecionada, é definida uma
arquitetura que contém a estrutura do produto, em termos de seus componentes. Estas
arquiteturas são mais desenvolvidas, dando origem às concepções que passarão por um
processo de seleção. Nesta seleção, será escolhida a concepção que melhor atende às
especificações-meta, definidas na fase de Projeto Informacional e que são um conjunto
de objetivos que o produto deve ter para atender às necessidades dos clientes
(ROZENFELD et al, 2006).
A concepção obtida é uma descrição aproximada das tecnologias, funcionamento
e forma de um produto, geralmente expressa por um modelo tridimensional
acompanhado de uma explicação textual (ROZENFELD et al, 2006). Portanto, antes da
aprovação da concepção, a mesma é avaliada quanto ao atendimento às especificações
fixadas. Paralelamente às atividades da fase de Projeto Conceitual, o mercado é
monitorado pelo marketing da empresa para a identificação de variações que possam
influenciar no desenvolvimento da concepção do produto (BACK et al, 2008).
3. Estudo de Caso
3.1. Produto
Um cinto de segurança comum possui a função de segurar a pessoa que está no
veículo durante uma colisão, evitando que a pessoa seja arremessada para fora do
veículo. O air bag possui a função de amortecer o impacto do condutor ou passageiro
com a direção ou com o console do carro, evitando que o mesmo sofra ferimentos
graves.
O projeto AIR CINTO apresenta uma junção do air bag com o cinto de segurança
promovendo uma melhor proteção do condutor/passageiro durante uma colisão.
Qualquer veículo pode fazer a adaptação do cinto de segurança ou os carros podem ser
produzidos na fábrica utilizando a nova tecnologia. A principal função do AIR CINTO é
reduzir o impacto sofrido pela pessoa no interior do veículo durante uma colisão.
Para o funcionamento do AIR CINTO existe um sensor de impacto que emite o
sinal liberando o ar, fazendo assim com que o cinto seja inflado. O cinto distribui a
força de colisão pela coluna cinco vezes mais do que o cinto de segurança tradicional.
Depois de inflado o cinto retorna ao seu volume original, semelhante ao air bag já
existente.
No caso de uma colisão lateral ou frontal, sensores determinarão a necessidade de
acionamento do sistema (se não houver necessidade ele funcionará como um cinto
convencional). O cinto infla em 40 milésimos de segundo e, quando expandido, cobre
uma área do corpo cinco vezes maior que o de um cinto convencional, o que também
ajuda a distribuir melhor as forças de contato quando houver uma colisão.
3.2. Projeto Conceitual
Uma das fases iniciais do Projeto Conceitual é a modelagem funcional do produto
que será desenvolvido, nesta fase são feitas as análises das especificações-meta,
identificação das funções e concepção do fluxo das funções.
As especificações – metas do AIR CINTO exigiam um produto que analise o
impacto, acione só e resistência elevada à tração.
Com estas informações foram gerados nomes para o desdobramento funcional os
quais AIR CINTO deveria atender, seriam eles:
Avaliar impacto;
Travar Rolamento do Cinto;
Acionar Cilindro de Ar;
Inflar bolsa.
Com estas informações é possível definir a função global do produto que seria
reduzir o impacto para a pessoa no interior do veiculo, portanto para o produto temos a
seguinte função global e desdobramento da estrutura funcional:

Por último foi definida uma arquitetura para o produto, isto não significa que foi
simplesmente adotado um desing para o equipamento, na verdade, primeiramente,
foram desenvolvidas alternativas de solução para cada função mostrada na figura
anterior, colocadas em uma matriz morfológica e após esse desenvolvimento, escolhida
a que mais se adequou ao plano traçado. Tendo isto ocorrido é possível definir uma
arquitetura do produto.
1 2 3

Avaliar impacto;

Travar Rolamento do
Cinto;
Acionar Cilindro de Ar;

Inflar bolsa.

4. Conclusão
Na fase do projeto conceitual, são confirmados resultados de pesquisas, objetivos
e estratégias definidos anteriormente. Desta forma, pode-se verificar se os conceitos
estão coerentes.
Em um projeto conceitual, devem ser utilizadas diversas técnicas relacionadas à
criatividade para auxiliar no desenvolvimento de idéias que surgiram em fases
anteriores e novos conceitos. Podem ser realizados muitos rascunhos e esboços com ou
sem elementos inovadores. No entanto, uma coerência com a estratégia da empresa
precisa ser enfatizada.
Objetivos devem estar de acordo com a estratégia, restrições e oportunidades que
devem ser definidos levando em consideração novas tecnologias e necessidades do
mercado. Estes objetivos podem ser reformulados conforme a realidade e podem exigir
mudanças de postura com novos problemas e ampliações ou retrações do mercado.
Certos limites definidos durante a fase de planejamento devem ser avaliados no
projeto conceitual para estudar a viabilidade de fabricação do produto. Nesta fase
começam a ser desenvolvidos os aspectos formais e funcionais do produto que devem
estar de acordo com o benefício básico.
O Projeto conceitual é uma fase importante do processo de produção onde são
desenvolvidas as primeiras idéias concretas em busca da criação de um produto
adequado às necessidades do consumidor e realidade do mercado.
5. Referências Bibliográficas
ROZENFELD, H. et al. Gestão de desenvolvimento de produtos: uma
referência para a melhoria do processo.São Paulo: 542 p, Saraiva, 2006.
BACK, N. et al. Projeto integrado de produtos: planejamento, concepção e
modelagem. Porto Alegre: Editora Manole, 2008.
BAXTER, M. Projeto de Produto – guia prático para design de novos produtos.
2. ed. Trad. Itiro Iida. Ed. Edgard Blücher, 2000.
ALMEIDA, F. J. Estudo e escolha de metodologia para o projeto conceitual.
Revista de Ciência e Tecnologia.v. 8, n.16, 2000.
PAHL, G. et al. Projeto na engenharia: fundamentos do desenvolvimento eficaz
de produtos, métodos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.
BACK, N. Metodologia de projeto de produtos industriais. Rio de Janeiro:
Guanabara Dois, 1983.

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