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Geração de

Energia a partir
de Resíduos do
Lixo
Universidade Estadual de
Goiás
Engenharia Agrícola
Acadêmico: Rodrigo Moura
Pereira
 Braga et al. (2005) consideram resíduos
sólidos de uma área urbana como “desde
aquilo que vulgarmente se denomina „lixo‟
(mistura de resíduos produzidos nas
residências, comércio e serviços e nas
atividades públicas, na preparação de
alimentos, no desempenho de funções
profissionais e na varrição de logradouros)
até resíduos especiais provenientes de
processos industriais e de atividades médico-
hospitalares”
 Osaterros sanitários em todo o mundo
produzem cerca de 20 a 60 milhões de
toneladas de metano por ano, como um
resultado direto da decomposição
orgânica dos componentes do lixo
(Muylaert et al, 2000)
 Para o ano de 2000 estimou-se a produção de
lixo nacional em 20 milhões de toneladas anuais –
o que seria capaz de ofertar o potencial teórico
de 50TWh de energia elétrica, cerca de 17% do
consumo nacional e gerar receitas superiores a
US$ 10 bilhões anuais.
 Hoje, conforme a II Pesquisa Nacional de
Saneamento Básico do IBGE (2000) e o
Manual de Gerenciamento Integrado do
Lixo, do IPT-SP (1998), estima-se que a
produção per capita de resíduos urbanos
no Brasil seja da ordem de 0,54 kg por
dia, pouco mais de um terço da
produção norte-americana, sendo que
47,5% é material orgânico e 30% é
material reciclável
A conversão biológica dos RSU com fins
energéticos vem ganhando importância
a cada dia, uma vez que os resíduos
urbanos passaram a ser considerados
uma fonte inesgotável de energia
alternativa.
O principal componente do complexo
gasoso (biogás) gerado nos aterros e/ou
despejos a céu aberto de RSU é o metano
(CH4), gás facilmente inflamável, de elevado
teor calorífico e eventualmente explosivo
quando em ambientes confinados e em
mistura com o oxigênio do ar em proporções
favoráveis entre (5% e 15%) de seu volume.
 Experimentos e ações práticas no sentido
de utilizar os aterros como grandes bio-
reatores tiveram início particularmente
nos Estados Unidos a partir da década de
1970, quando da primeira crise mundial
de suprimento de petróleo (VELLOSO,
1999).
 Aterro de Monterey Park (112.000 m³/dia
de gás metano)
 Aterro de San Fernando (100.000 m³/dia)
 Aterro de Liosia – Atenas – Grécia
(192.000 m³/dia)
 De acordo com CETESB (1999), a geração
de metano em depósitos de RSU no Brasil
representa 1.718 milhões de metros
cúbicos por ano com recuperação típica
de 90%. Sendo assim, estariam disponíveis
1.546 Mm³ de biogás para geração de
energia elétrica.
 Multiplicando este valor pelo poder
calorífico do biogás, 5.800 kcal/m³ e o
resultado por 4.180 J/kcal, obtém-se
3,748 x 10^16 Joules, sendo que cada joule
corresponde a 1 Watt-segundo.
 Dividindoeste valor pelo número de segundos
em uma hora (3.600 s/h) e multiplicando o
resultado pela eficiência do motor a
combustão interna, na faixa de 20%, encontra-
se a energia disponível de 2,1 TWh, que
alimentaria uma cidade de 875 mil residências
com consumo médio mensal de 200KWh, o que
equivale a uma cidade de aproximadamente
3,5 milhões de habitantes.
 Astecnologias convencionais para a
transformação energética do biogás são
as turbinas a gás, as microturbinas e os
motores de combustão interna. O ciclo
otto apresenta vantagens segundo
estudo realizado pelo CENBIO 2005).
 Segundo Cunha (2002), a captação do
gás em aterros sanitários é viável do
ponto de vista econômico, energético e
ambiental, trazendo redução de custos
para a prefeitura local e um destino
nobre para o lixo.
O biogás é formado a partir da
degradação da matéria orgânica, é
composto tipicamente por 60% de
metano, 35% de dióxido de carbono e 5%
de uma mistura de outros gases como
hidrogênio, nitrogênio, gás sulfídrico,
monóxido de carbono, amônia, oxigênio
e aminas voláteis (PECORA, 2006).
O desenvolvimento da tecnologia de utilização
do biogás evidenciou a existência de diversos
fatores de inibição para a sua geração,
capazes de comprometer profundamente seu
potencial teórico de exploração. (PH da massa
do aterro, presença de substâncias
tóxicas(ácidos, óleos, metais pesados)
presentes no RSU, capazes de inibir o processo
de sua bio-digestão (anaeróbica) e,
consequentemente, a metanogênese.
Componentes centrais de um
sistema de coleta de GDL
 Poços de Coleta
 Tubos Condutores
 Sistema de tratamento
 Compressor
 Flare
O biogás é capturado com drenos
internos conformados com manilhas
drenantes de concreto armado (porosas
ou, preferivelmente perfuradas e
preenchidas com brita grossa (nº 3 ou de
maior diâmetro específico).
 Os drenos são conectados com
tubulações de polietileno de alta
densidade, que se adaptam ao aterro
que tem deslocamentos verticais e
horizontais e conduzem o biogás até o
setor de sucção, condensação e queima
(flare).
Principais Usos do GDL
 Uso direto de um gás de médio Btu
(caldeiras ou processos industriais)
 Geração de energia (consumidor
próximo e cogeração)
 Venda de gás de qualidade através de
gasodutos ( pelo menos 113mil m³/dia)
A conversão energética do biogás pode
ser apresentada como uma solução para
o grande volume de resíduos produzidos,
visto que reduz o potencial tóxico das
emissões de metano ao mesmo tempo
em que produz energia elétrica
agregando, desta forma, ganho
ambiental e redução de custos (COSTA,
2002).
O processo de queima transforma o gás
metano em gás carbônico, com
potencial de aquecimento global cerca
de 20 vezes menor (EPA, 2008) neste
processo não há aproveitamento da
energia térmica gerada pela queima.
Cálculo do potencial de
geração do biogás
L0 = MCF x DOC x DOCF x F x 16/12
 Onde:
L0: potencial de geração de metano do
resíduo (m³ biogás/kgRSD)
MCF: fator de correção do metano (%)
DOC: fração de carbono degradável
(kgC/kgRSD)
DOCF: fração de DOC dissolvida (kgC/kgRSD)
F: fração de metano no biogás
16/12: conversão de carbono para metano
O fator de correção do metano varia em função do tipo de local,
definidos segundo o IPCC (1996) a seguir.

Local de Disposição MCF

Lixão 0,4

Locais sem Categoria 0,6

Aterro Controlado 0,8

Aterro Sanitário 1,0


Determinação da potência e
energia disponível:

Px = Qx . Pc metano.n
860.000
 Onde:
Px: potência disponível a cada ano (kW)
Qx: vazão de metano a cada ano
(m³CH4/ano)
Pc: poder calorífico do metano = 8.500
kcal/m³CH4
n: eficiência do motor = 0,28
Onde:
Edisp: energia disponível (kW)
Px: potência disponível (kW)
365: dias/ano
24: h/dia
A energia gerada pode ser injetada nas
redes de concessionárias ou em clientes
específicos da regiões dos
empreendimentos. A energia gerada
para as concessionárias deve possuir
condições técnicas compatíveis com as
da rede, conforme normas técnicas de
cada concessionária.
 Nos cálculos de levantamento do potencial
de aproveitamento do gás gerado deverão
ser levadas em consideração as possíveis
perdas na captação.
O processo de degradação anaeróbica
é mais vantajoso por permitir a produção
de gases por mais de 30 anos. Durante
esse período as formações e as
quantidades gasosas são diferenciadas,
dependendo das fases da degradação
anaeróbica do resíduo.
Potencial de Conservação de Energia por
Tonelada reciclada
Material MWh/tonelada

Papel 3,5

Plástico 5,3

Fonte: Oliveira, Henriques e Pereira, 2002


 Caso a mesma quantidade de material fosse
incinerada, o máximo obtido de energia seria
3,3 MWh por tonelada de material incinerado.
O aproveitamento energético de
resíduos expande a vida útil das reservas
de matéria-prima e energia, na medida
em que reduz a demanda por esses
recursos, tendo em vista que obriga a um
uso mais eficiente dos mesmos
O Brasil, enquanto país signatário do
Tratado de Kyoto, está habilitado a
desenvolver projetos de redução dos GEE
e emitir os créditos aos países
industrializados que devam reduzir suas
emissões até o ano de 2012.
 Para comercializar o biogás através da
recuperação energética, o aterro
sanitário deverá receber no mínimo 200
toneladas/dia de resíduos, com
capacidade mínima de recepção da
ordem de 500.000 toneladas em sua vida
útil e altura mínima de carregamento de
10 metros [World Bank, 2005].
Potencial de Geração de Eletricidade com Resíduos Urbanos
Características dos Resíduos 2020 2030

Volume (milhões de toneladas por 62,7 92,2


ano)

% de material orgânico 56,0 47,5

% de material reciclável 39,0 47,5

Potencial de geração de
eletricidade¹ (MW)

Biogás de aterros 1.700 2.600

Digestão anaeróbica 980 1.230

Incineração 3.740 5.280

Ciclo Combinado Otimizado 5.980 8.440

Nota: 1)Considerando fator de capacidade de 80%

Fonte: MME
Proposta de mecanismos para
estímulo à tecnologia de
utilização do GDL
 Difusão de informações
 Estudos de viabilidade técnico-
econômica
 Priorizar o consumo do GDL para a
geração elétrica
 Taxação de prefeituras que mantém
lixões sem nenhum controle ambiental
 Incentivos fiscais para a geração de
energia a partir do lixo
 Itaquaquecetuba-SP
Referências Bibliográficas
 Matriz Energética Nacional – 2030 – Ministério de Minas e Energia,
Novembro 2007
 BELLO, P.P.G.(2007) Estudo da decomposição e do potencial energético
dos gases de aterro sanitário e sua relação com as fases de degradação
anaeróbica. UNESP-Rio Claro
 Projeto Básico do Aterro Sanitário e Estimativa de Custos para sua
Implantação – Prefeitura de São Carlos – SP, Julho 2008
 PECORA, V. (2008) Potencial de geração de energia elétrica e iluminação
a gás por meio do aproveitamento de biogás proveniente de aterro
sanitário IEE/CENBIO – USP
 ABREU, F. V. (2010) Estudo técnico, econômico e ambiental da produção
de energia através do biogás de lixo PETROBRAS
 FERREIRA, O. M. (2006) Disposição de resíduos sólidos urbanos em aterros
sanitários Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás, Escola
de Engenharia Civil
 MELLO, P. C. (2004) Estudo do potencial de geração de energia renovável
proveniente dos aterros sanitários nas regiões metropolitanas e grandes
cidades do Brasil Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada –
CEPEA - USP
 VANZIN, E. (2006) Análise da viabilidade econômica do uso do biogás
de aterros sanitários para geração de energia elétrica: aplicação no
aterro metropolitano Santa Tecla Universidade de Passo Fundo – UPF
 TOLMASQUIM, M. T. Fontes Renováveis de Energia no Brasil Rio de
Janeiro: Ed. Interciência, 2003.
 SILVA, C. L. Energia no Lixo: Avaliação da viabilidade do uso do biogás
a partir de resíduos sólidos urbanos IV Encontro Nacional da Anppas
2008 Brasília – DF – Brasil
 RIBEIRO, G. S. (2006) Geração de energia elétrica com resíduos sólidos
urbanos – usinas ‘waste-to-energy’ (WTE) WTERT – Brasil
 Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS disponível em
www.cempre.org.br acesso em 01/05/2011

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